MILL Pontos fortes e pontos fracos MÉRITOS DA ÉTICA DE STUART-MILL
Naturalismo
A perspetiva hedonista, ao pôr em destaque a ideia de
que a felicidade está associada ao prazer, que está na base do utilitarismo é-nos familiar, pois está enraizada nas nossas vidas. Não é algo abstrato. Simplicidade
O Utilitarismo possui a simplicidade indispensável para tratar de
casos complexos ao colocar as questões de uma forma clara.
O Utilitarismo não se preocupa com conceitos morais como
"dever", "direitos" e "culpa", nem faz juízos sobre o caráter das pessoas.
Numa perspetiva muito mais simples, pergunta: Que opções são
realizáveis? Para cada uma das opções realizáveis, quantas pessoas beneficiarão e quantas sofrerão? E quanto? Pesar o prazer e a dor
O Utilitarismo tem de pesar as boas e as más
consequências e essa avaliação depende da análise pormenorizada da situação no seu devido contexto.
Assim, é o princípio da utilidade que vigora,
defendendo-se que, embora as regras morais que nos regem tenham o seu valor, não lhes devemos obedecer de uma maneira absoluta, isto é, cegamente. CRÍTICAS À ÉTICA DE STUART-MILL
O Utilitarismo justifica a prática de ações imorais
Ao dar importância apenas às consequências das ações como
critério para avaliar a sua moralidade, o Utilitarismo justifica a prática de ações imorais.
As regras morais mais básicas como "não matar" ou "não
mentir" podem ser quebradas, desde que a ação leve à maior felicidade de um número maior de pessoas do que aquelas a quem cause sofrimento. O Utilitarismo é excessivamente imparcial
A imparcialidade excessiva significa que o Utilitarismo não distingue
familiares e amigos na promoção da felicidade.
O princípio utilitarista enuncia que a nossa ação tem valor moral se
promover a felicidade de um modo imparcial para o maior número é pessoas.
Ora, na nossa vida, não nos comportamos da mesma forma em relação a
familiares e amigos ou em relação a estranhos...
Se seguíssemos sempre em todas as nossas ações o critério utilitarista da
imparcialidade, provavelmente acabaríamos por destruir as relações pessoais com as pessoas de quem mais gostamos. O Utilitarismo exige demasiado do agente moral.
Seria mentalmente desgastante pensar, sempre, no
bem-estar do todo e em beneficiar o maior número possível em tudo o que fazemos.
Poderíamos, se levássemos esta atitude ao limite, pôr
em causa as nossas relações e compromissos familiares e pessoais.