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ou
É o conjunto de normas que ligam ao crime, como fato, a pena como
conseqüência, e disciplinam também as relações jurídicas daí derivadas, para estabelecer a
aplicabilidade das medidas de segurança e a tutela do direito de liberdade em face do poder
punitivo do Estado.
Política criminal: É a atividade que tem por fim a pesquisa dos meios mais adequados para o
controle da criminalidade, valendo-se dos resultados que proporciona a Criminologia,
inclusive através da análise e crítica do sistema punitivo vigente.
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A política criminal não é ciência, mas apenas técnica, aproximando-se das disciplinas
políticas, que são disciplinas de meios e fins. É no campo da Política Criminal (e não no da
Dogmática Jurídico – Penal) que o jurista discute e critica a oportunidade ou a conveniência
de medidas ou soluções propostas ou existentes no direito vigente, sendo este o terreno em
que se defrontam as diversas correntes de opinião.
Política criminal é hoje a denominação empregada pela ONU para designar o critério
orientador da legislação bem como os projetos e programas tendentes a mais ampla prevenção
do crime e controle da criminalidade. A política criminal é parte da política social, devendo
estar integrada nos planos nacionais de desenvolvimento.
Uma política criminal moderna, em conseqüência, orienta-se no sentido da descriminalização
e da desjudicialização, ou seja, no sentido de contrair ao máximo o sistema punitivo do
Estado, dele retirando todas as condutas anti-sociais que podem ser reprimidas e controladas
sem o emprego de sanções criminais. Trata-se de reduzir ao mínimo a aplicação do
instrumento penal, procurando-se recorrer a outros meios de controle social.
Criminologia: é a ciência que estuda o crime como fato social, o delinqüente e a delinqüência,
bem como, em geral, o surgimento das normas de comportamento social e a conduta que as
viola ou delas se desvia e o processo de reação social. A Criminologia, como se vê, não se
limita ao estudo do crime como realidade fenomênica, cabendo-lhe, de forma mais ampla, o
estudo da conduta desviante que constitui fato anti-social grave (p.ex., prostituição,
homossexualismo, alcoolismo, etc).
A perda da paz e a vingança de sangue: Nas sociedades de estrutura familiar que precederam
a fundação do Estado (comunidades que têm o sangue como base) existiram duas espécies de
pena – a) a punição do membro da tribo que na intimidade se fez culpado para com ela ou os
seus membros individualmente considerados – a pena se caracteriza como perda da paz, sob
as suas mais variadas formas, sendo o condenado exposto a forças hostis da natureza e dos
animais; b) a punição do estranho que invadiu o círculo de poder e da vontade do grupo ou de
algum dos seus integrantes. É a vingança de sangue, exercida de tribo contra tribo até a
destruição de uma das partes envolvidas ou até que a luta cessasse pelo esgotamento das
forças de ambas.
Em um e outro caso a pena revela traços acentuadamente religiosos (caráter sacro) e como a
paz está sob a proteção dos deuses, a vingança tem o seu fundamento no preceito divino.
Um direito penal do terror e do martírio: os homens, piores que as feras, a pretexto de punir os
malefícios, cometeram crimes mais repreensíveis, que os que pretenderam reprimir. Deram o
exemplo de crueldade, da violação dos direitos individuais, e dos de propriedade.
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A evolução das penas primitivas: a idéia da pena como instituição de garantia foi obtendo
disciplina através da evolução política da comunidade (clã, grupo, cidade, Estado) e o
reconhecimento da autoridade de um chefe a quem era deferido o poder de punir em nome
dos súditos. Busca-se a proporcionalidade da pena pelo talião e pela composição.
A expulsão da comunidade é substituída pela morte, mutilação, banimento temporário ou a
perda de bens.
A privação e a restrição da liberdade não existiam nas práticas antigas como expressões
autônomas de sanção, embora o encerro e outras modalidades de isolamento fossem impostas
por diversas razões.
A prisão se aplicava no interesse de assegurar a execução das penas corporais, especialmente
a de morte, além de servir para a colheita de prova mediante tortura.
AS REFORMAS DO ILUMINISMO
1-Tendências humanitárias: o iluminismo abriu, pela primeira vez na história das ciências
políticas e sociais, um grande e vigoroso debate sobre a pena de morte, largamente utilizada
pelas legislações penais. O pensamento racionalista do Direito Natural fomentou grandes
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discussões a respeito da natureza e dos fins das penas que deveriam ser “estrita e
evidentemente necessárias” (art. 8º Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de
1789).
Obra mais importante desse período histórico foi “Dei delitti e delle pene” (Dos delitos e das
penas), escrito por Cesare Bonesana, o Marques de Beccaria, publicado em 1764.
Beccaria desenvolveu as mais variadas frentes de crítica ao sistema criminal daquele tempo,
como, por exemplo:
a) denuncia o uso da lei em favor de minorias autoritárias;
b) sustenta a idéia da proporcionalidade entre os delitos e as penas;
c) prega a necessidade de clareza das leis e rejeita o pretexto adotado por muitos
magistrados de que era preciso “consultar o espírito da lei”, visando aplicá-la de forma
injusta;
d) analisa as origens das penas e do direito de punir, sustentando que a moral política não
pode proporcionar nenhuma vantagem durável se não estiver baseada sobre sentimentos
indeléveis do coração do homem;
e) advoga a moderação das penas opondo-se vigorosamente à pena de morte e as demais
formas de sanções cruéis;
f) condena a tortura como meio para obter confissões e sustenta a necessidade da lei
estabelecer, com precisão, quais seriam os indícios que poderiam justificar a prisão de uma
pessoas acusada de um delito;
g) reprova o costume de se pôr a cabeça a prêmio, i.e., de oferecer recompensa para a
captura do criminoso;
h) reivindica a necessidade de uma classificação de delitos e a descriminalização de
vários deles.
II – As Ordenações Manuelinas.
O Livro V tratava do Direito Penal e Direito Processual Penal.
III – As leis extravagantes.
Depois das ordenações manuelinas foram divulgadas várias leis, decretos, alvarás, cartas-
régias, resoluções, provisões, assentos da Casa de Suplicação, regimentos, estatutos,
instruções, avisos e portarias que foram compilados por determinação de D. Henrique.
Não alteraram fundamentalmente o sistema penal anterior, que mantinha as suas
características opressoras e violentas. A prisão continuava a ser prevista como um meio para
obrigar ao pagamento de dívidas (natureza coercitiva) e também como expressão coercitiva,
com fixação em tempo certo: dez, vinte, trinta dias ou dois meses.
Evoluindo no quadro da execução, as leis extravagantes continham muitas regras sobre o
cumprimento da pena privativa de liberdade.
IV – As Ordenações Filipinas.
Não se distinguiam das Manuelinas.
Foi sob a inspiração e o comando desse direito penal do terror que se processaram e
condenaram os mártires do inesquecível episódio da Inconfidência Mineira.
O PERÍODO IMPERIAL
PERÍODOS REPUBLICANOS
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A primeira república
O Código Penal de 1890. Espécies de penas privativas de liberdade: a) prisão celular; b)
reclusão; c) prisão com trabalho obrigatório; d) prisão disciplinar; e) banimento; f) interdição;
g) suspensão e perda do emprego público, com ou sem inabilitação para o exercício de outro;
h) multa.
A segunda república
A consolidação das leis penais. (Dec. 22.213/32).
A terceira república
O Código Penal de 1940.
O Código Penal de 1969.
Critérios de aplicação da interpretação restritiva (lex plus scripsit minus voluit) e extensiva
(lex minus scripsit, plus voluit). O estudo levará ao resultado extensivo ou restritivo.
Na dúvida após todos os meios interpretativos o "in dubio pro reo".
Interpretação analógica - arts. 121, § 2º, V; 28, II; 61, II; 171, caput; 257; 272, 291, 357 etc.
Definição - É permitida toda vez que uma cláusula genérica se segue a uma fórmula
casuística, devendo entender-se que aquela só compreende os casos análogos aos
mencionados por esta.
Trata - se de hipótese de interpretação extensiva, em que a própria lei determina que se
estenda o seu conteúdo.
11 - Analogia (art. 4º LICC). Ubi eadem legis ratio, ib idem legis dispositio.
Conceito e natureza jurídica.
Consiste em aplicar a uma hipótese não prevista em lei, a disposição relativa a um caso
semelhante. (ex. art. 128, II, CPB e atentado violento ao pudor).
É forma de auto integração da lei penal.
Fundamento (ratio legis - onde existe a mesma razão de decidir o mesmo deve ser o direito).
Requisitos e operação mental. Analogia, interpretação extensiva e interpretação analógica.
A questão da terminologia. Analogia = integração analógica, suplemento analógico, aplicação
analógica.
Espécies de analogia: analogia legal, analogia jurídica, analogia in bonam partem (art. 128 II
CPB), analogia in malam partem (arts. 155, 198, 293 e 289, § 1º CPB).
DO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
I - Fundamentos.
II - Aspecto político.
III - Histórico.
IV - Exceção e reações ao princípio legalista.
V - Princípio da legalidade e a anterioridade da lei.
Teoria da tipicidade - tipo e fato típico.
Artigo 1º CPB. Contém dois princípios: da legalidade e da anterioridade. Não se estendem às
normas penais não incriminadoras.
Artigo 5º, XXXV, XXXIX, LIV, LXVII, CF.
Noções introdutórias.
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Eficácia da lei penal em relação: a) ao tempo, b) ao espaço e às c) funções exercidas por
certas e determinadas pessoas.
VII - Novatio legis in mellius : a lei nova modifica o regime anterior, beneficiando o
sujeito. (art. 2º, § único do CPB).
X - Lei intermediária.
art. 2º, § 3º, LICC.
XI - Combinação de leis.
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DO TEMPO DO CRIME
TEORIAS
Questões.
Princípio da especialidade - diz - se que uma norma penal incriminadora é especial em relação
a outra, geral, quando possui em sua definição legal todos os elementos típicos desta, e mais
alguns, de natureza objetiva ou subjetiva, denominados especializantes, apresentando, por
isso, uma diminuição ou aumento de severidade. No conflito é aplicada a norma especial. A
prevalência da norma especial sobre a geral se estabelece pela comparação das definições
abstratas contidas nas normas. Ex. infanticídio e homicídio. latrocínio e homicídio. Furto
simples e privilegiado.
Crime progressivo - existe quando o sujeito, para alcançar um resultado, passa por uma
conduta inicial que produz um evento menos grave que aquele. O autor desenvolve fases
sucessivas, cada uma constituindo um tipo de infração. Exs. arts. 129 e 121; 148 e 149.
Nesses casos, não é aplicada a norma que descreve o comportamento menos grave, pela qual
o sujeito passou até lesar o bem jurídico da figura típica de maior punibilidade.
Crime complexo - quando a lei considera como elemento ou circunstância do tipo legal fatos
que, por si mesmos, constituem crimes (art. 101, CPB).
Ocorre a progressão criminosa em sentido estrito quando a hipótese que seria um crime
progressivo se desvincula no tempo. Ex. homicídio e lesão corporal. Art. 65 LCP e 140 do
CPB.
Antefactum não punível - quando uma conduta menos grave precede a uma mais grave como
meio necessário ou normal fase de realização. Exige - se ofensa ao mesmo bem jurídico do
mesmo sujeito. A primeira é consumida pela segunda. O antefato torna - se um indiferente
penal. Ex. art. 25 LCP e 155 CPB.
Postfactum impunível - quando um fato posterior menos grave é praticado contra o mesmo
bem jurídico e do mesmo sujeito, para utilização de um fato antecedente e mais grave, e disso
para deste tirar proveito, mas sem causar outra ofensa. Ex. subtração e venda do produto do
crime.
Princípio da alternatividade - Só é aplicável uma vez a norma penal que prevê vários fatos
alternativamente, como modalidades de um mesmo crime, ainda que os ditos fatos forem
praticados pelo mesmo sujeito, sucessivamente. Ocorre nos crimes de ação múltipla ou
conteúdo variado. Ex. arts. 122 CPB e 12 da lei 6368/76.
Princípio da territorialidade.
Regra geral - a lei brasileira aplica - se no espaço territorial brasileiro.
Exceção - há permissão, em certos casos, da eficácia de normas de outros países.
Conceito de território.
Território material (natural ou geográfico) - espaço delimitado por fronteiras.
Território jurídico - compreende o espaço dentro do qual o Estado exerce a sua
soberania. É o espaço terrestre, marítimo ou aéreo, sujeito á soberania do Estado, quer seja
compreendido entre os limites que o separam dos Estados vizinhos ou do mar livre, quer
esteja destacado do corpo territorial principal, ou não. (inclusive navios e aeronaves públicos
ou em serviço público).
Art. 70 CPP.
EXTRATERRITORIALIDADE.
Introdução.
Art. 5º, caput, CF.
Art. 5º CPB - ressalva a inaplicabilidade de nossa lei em virtudes de tratados,
convenções e regras de direito internacional.
São privilégios funcionais, não pessoais, por isso não se constituem em exceções ao
princípio da igualdade. Privilégios por força dos quais determinadas pessoas se subtraem à
eficácia da jurisdição criminal do Estado, e outros que as sujeitam a regras particulares nas
ações penais.
Imunidades diplomáticas.
Originam - se do direito internacional, excluindo os Chefes de Estado e representantes
dos governos estrangeiros da jurisdição criminal dos países onde se encontram acreditados.
A não aplicação da sanção decorre da exclusão da jurisdição penal. Os representantes
diplomáticos ficam sujeitos á eficácia da lei penal do Estado a que pertencem.
Os componentes da família do representante e os funcionários do corpo diplomático
também gozam dessa imunidade.
Os lugares em que se exercem os serviços da embaixada são invioláveis, não no
sentido do princípio da extraterritorialidade, mas em função da imunidade dos representantes.
Chefes de governo.
Os soberanos das monarquias constitucionais são invioláveis, dependendo de preceito
constitucional.
Presidente da república - sujeita - se a regime criminal especial. art. 86 CF.
Imunidades parlamentares.
Material - constitui causa funcional de isenção de pena.
Formal - constitui prerrogativa processual.
Contagem de prazo.
Prazo - espaço de tempo, fixo e determinado, entre dois termos: o inicial e o final.
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Termo é o instante (momento) determinado no tempo : fixa o momento da prática de
um ato, designando, também, a ocasião de início do prazo.
O prazo se desenvolve entre dois termos : o termo inicial (termo a quo, dies a quo) e o
termo final (termo ad quem, dies ad quem).
Art. 10 CPB.
Art. 798, § 1º CPPB.
CONCEITO DE CRIME
I - Termos.
Infração, que é termo genérico, abrangendo crime, delito e contravenção.
Crime é sinônimo de delito.
II - Conceito de crime.
Forma e material.
Formal - Crime é fato típico e antijurídico.
Formalmente conceitua - se o crime sob o aspecto da técnica jurídica, do
ponto de vista da lei.
Material - Crime é a violação de um bem penalmente protegido.
Materialmente, o conceito de crime visa aos bens protegidos pela lei penal.
Para a aplicação da pena, não basta a tipicidade e antijuridicidade, exige - se ainda que o
agente seja culpável (culpabilidade é o juízo de reprovação social)
III - Punibilidade.
É a possibilidade jurídica de ser imposta a sanção ao sujeito culpável que
praticou um fato típico e antijurídico.
É uma conseqüência jurídica do crime.
As causas de extinção da punibilidade, salvo a anistia e a abolitio criminis, não
afetam os requisitos do crime, mas somente excluem a possibilidade de aplicação da sanção.
VI - O crime na teoria geral do direito. Como está situado o crime no sistema geral do
direito ?
Fatos comuns.
Fatos jurídicos - fatos jurídicos naturais e ações humanas.
Ações humanas - de efeitos jurídicos voluntários - são os atos jurídicos.
de efeitos jurídicos involuntários - são os atos ilícitos. (de
natureza administrativa, civil e penal)
Portanto, os atos ilícitos, os crimes, não são atos jurídicos, mas fatos jurídicos.
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I - Conceito.
É quem pratica o fato na norma penal incriminadora.
Homem e pessoa jurídica nos crimes ambientais.
II - Terminologia na lei.
Agente, indiciado, denunciado, acusado, réu, sentenciado, preso, condenado, detento
ou recluso.
III - Direitos e obrigações do sujeito ativo. - obrigação de não impedir a imposição da pena e
direito de não ser punido além dos limites estabelecidos na sanção.
DA CAPACIDADE PENAL.
I - Conceito.
É o conjunto das condições exigidas para que um sujeito possa tornar - se titular de
direitos ou obrigações no campo do Direito Penal.
Capacidade e imputabilidade.
II - Da incapacidade penal.
Ocorre quando não há a qualidade de pessoa humana viva e quando a lei penal não se
aplique a determinada classe de pessoas.
Entes inanimados e animais não possuem capacidade penal.
Crime de mão própria ou de atuação pessoal - são os que somente podem ser
praticados pelo autor em pessoa.
I - Conceito.
É o titular do interesse cuja ofensa constitui a essência do crime.
Para identifica - lo é preciso indagar qual o interesse protegido pela lei penal
incriminadora.
II - Espécies.
Sujeito passivo genérico, constante, formal, mediato - Estado.
Sujeito passivo particular, eventual, material, imediato - titular do interesse
penalmente tutelado, que pode ser o homem, a pessoa jurídica, a coletividade e o Estado.
Crimes vagos - aqueles nos quais os sujeitos passivos materiais são coletividades destituídas
de personalidade jurídica, como a família, o público ou a sociedade.
DO OBJETO DO DELITO.
I - Conceito.
É aquilo contra que se dirige a conduta humana que o constitui.
II - Espécies.
Objeto jurídico - é o bem ou interesse que a norma penal tutela.
Objeto material - é a pessoa ou a coisa sobre que recai a conduta do sujeito ativo.
DO TÍTULO DO DELITO
I - Conceito.
É a denominação jurídica do crime, que pressupõe todos os seus elementos.
Encontrado na indicação marginal da figura típica fundamental.
II - Espécies.
Genérico - quando a incriminação se refere a um gênero de fatos, os quais recebem
títulos particulares (título específico). Ex. matar alguém. título genérico - crime contra a vida.
título específico - homicídio.
I - A classificação bipartida.
Infrações - crimes e contravenções.
Diferença entre crime e contravenção.
DO FATO TÍPICO
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I - Introdução.
Crime sob o aspecto formal analítico.
Fato típico - definição.
DA CONDUTA
II - Ausência de conduta.
Atos reflexos. Atos instintivos. Coação irresistível (moral e física). Caso fortuito.
Força maior. Sonambulismo. Hipnose.
Omissão.
Teorias. Naturalística e normativa.
Naturalística - omissão é uma forma de comportamento que pode ser apreciada
pelos sentidos, sem que seja preciso evocar a norma penal. Essa só teria função de atribuir a
ela relevância em face do direito.
Normativa - a omissão não é um simples não fazer, mas não fazer alguma
coisa. A omissão por si mesma não tem relevância jurídica. O que lhe dá esse atributo é a
norma, que impõe um determinado comportamento. (art. 13, § 2º CP).
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DO RESULTADO
I - Conceito.
Resultado é a modificação do mundo exterior provocada pelo comportamento humano
voluntário.
II - Teorias.
Naturalística. Jurídica ou normativa.
DA RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
I - Introdução ao tema.
Estabelece quando o resultado é imputável ao sujeito, sem atinência à ilicitude do fato
ou à reprovação social que ele mereça (culpabilidade)
II - Teoria da equivalência dos antecedentes causais (Teoria da "conditio sine qua non"). Art.
13 CPB.
Causa - é o que determina a existência de uma coisa.
Concausa - é a concorrência de mais de uma causa na produção do resultado. É a condição
que concorre para a produção do resultado com preponderância sobre a conduta do sujeito.
Nexo de causalidade objetivo e Nexo de causalidade normativo (dolo ou culpa).
IV - Da causalidade na omissão.
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Não se fala em nexo causal objetivo nos crimes omissivos. A estrutura da conduta
omissiva é essencialmente normativa, não naturalística. A causalidade não é formulada em
face de uma relação entre a omissão e o resultado, mas entre este e a conduta que o sujeito
estava juridicamente obrigado a realizar e se omitiu. Ele responde pelo resultado não porque o
causou com a omissão, mas porque não o impediu realizando a conduta a que estava obrigado.
Art. 13 § 2º CP - regulamenta a relação de causalidade normativa nos delitos
comissivos por omissão (omissivos impróprios) - teoria da omissão normativa.
V - Da superveniência causal.
Espécies de causas.
Causa dependente - é aquela que, originando - se da conduta, insere - se na linha
normal de desdobramento causal da conduta. Não exclui o nexo causal, ao contrário, integra -
o como parte fundamental, de modo que a conduta está indissoluvelmente ligada ao resultado
naturalístico.
Causa independente - é aquela que refoge ao desdobramento causal da conduta,
produzindo, por si só, o resultado. Duas espécies : causa absolutamente independente e causa
relativamente independente.
Causa absolutamente independente - não se origina da conduta e comporta - se
como se por si só tivesse produzido o resultado, não sendo uma decorrência normal e
esperada. Não tem, portanto, nenhuma relação com a conduta. Rompe totalmente o nexo
causal e o agente só responde pelos atos até então praticados.
Espécies: Preexistentes - existem antes de a conduta ser praticada e atuam
independentemente de seu cometimento, de maneira que com ou sem a ação o resultado
ocorreria do mesmo jeito.
Concomitantes - não têm qualquer relação com a conduta e produzem o resultado
independentemente desta, no entanto, por coincidência, atuam exatamente no instante em que
a ação é realizada.
Supervenientes - atuam após a conduta.
Causa relativamente independente - origina - se da conduta e comporta - se
como se por si só tivesse produzido o resultado, não sendo uma decorrência normal e
esperada. Tem relação com a conduta apenas porque dela se originou, mas é independente,
uma vez que atua como se por si só tivesse produzido o resultado. Não se situa dentro da linha
de desdobramento causal da conduta.
Espécies: Preexistentes. Concomitantes e Supervenientes. Pela teoria da
equivalência dos antecedentes há manutenção do nexo causal. Na hipótese das causas
supervenientes relativamente independentes, contudo, o legislador adotou outra teoria, como
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exceção, qual seja, a da condicionalidade adequada, pois o art. 13, § 2º, determina a ruptura
do nexo causal. Nos demais casos de independência relativa (causas anteriores e
concomitantes) fica mantido o nexo causal, aplicando - se a regra geral da equivalência dos
antecedentes.
Conseqüência das causas relativamente independentes : não rompem o nexo
causal. Com exceção das causas supervenientes (quando responderá o agente pela
tentativa), como existe nexo causal, o agente responderá pelo resultado, a menos que não
tenha concorrido para ele com dolo ou culpa.
Risco permitido (pela ordem jurídica): é todo aquele decorrente da utilização de bens, ainda
que de forma normal, cuja regulação e construção é permitida pelo ordenamento jurídico. Exs.
Automóveis, aviões, navios, armas de fogo.
O perigo de um dano é inerente a toda atividade humana.
É possível que o sujeito, realizando uma conduta acobertada pelo risco permitido, venha
objetivamente dar causa a objetivamente dar causa a um resultado naturalístico danoso que
integre a descrição de um crime. Ex. Uma mulher, dirigindo normalmente, envolve-se em
acidente de trânsito com vitima. Nesse caso o comportamento deve ser considerado atípico.
Falta a imputação objetiva da conduta, ainda que o evento jurídico seja relevante.
Quem dirige um automóvel de acordo com as normas legais oferece a si próprio e a terceiros
um risco tolerado, permitido.
Se conduto, desobedecendo às regras, faz manobra irregular, realizando o que a doutrina
denomina “infração do dever objetivo de cuidado”, como uma ultrapassagem perigosa,
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desrespeito a sinal vermelho de cruzamento, direção em estado de embriaguez, etc.., produz
um risco proibido (desvalor da ação). Esse perigo desaprovado conduz, em linha de princípio,
à tipicidade da conduta, seja a hipótese, em tese, de crime doloso ou culposo. Significa que
não há um risco proibido para os crimes dolosos e outro para os culposos. O perigo é o
mesmo para todos os tipos de infrações penais.
Assim, se o autor, no trânsito, realizando uma conduta produtora de um risco desaprovado,
causa um acidente com morte de terceiro, há imputação objetiva da conduta e do resultado
jurídico.
A imputação objetiva não se relaciona com presunção de dolo e culpa e sim com o nexo
normativo entre a conduta e o resultado jurídico (lesão ou perigo de lesão jurídica).
Trata-se de atribuir juridicamente a alguém a realização de uma conduta criadora de um risco
proibido ou de haver provocado um resultado jurídico.
Âmbito de aplicação.
A maioria da doutrina emprega a expressão nos dois sentidos, i.e., imputação objetiva da
conduta e do resultado, adotando a terceira corrente.
Acatada a tese de que a ausência de imputação objetiva afasta a tipicidade, podemos falar em:
a) atipicidade da conduta (em face da ausência da imputação objetiva); e
b) atipicidade do resultado (diante da inexistência da imputação objetiva).
A imputação objetiva constitui elemento normativo do tipo, seja o crime doloso ou culposo.
Os tipos penais incriminadores passam a conter um elemento normativo, qual seja, a
imputação objetiva: sem ela a conduta e o resultado são atípicos.
Em face disso, nos delitos materiais não são suficientes para compor o fato típico, como
entende a doutrina tradicional, a conduta dolosa ou culposa, o resultado, o nexo causal e a
tipicidade. Requer-se, como condição complementar, que o autor tenha realizado uma conduta
criadora de um risco penalmente relevante e juridicamente proibido a um objeto jurídico e,
assim, produzido um resultado (também jurídico) que corresponda à sua realização,
concretização ou materialização. Nos delitos sem resultado (formais e de mera conduta), a
existência do fato típico fica condicionada à imputação objetiva da conduta criadora de risco
juridicamente reprovado e relevante a interesses jurídicos. Daí a importância da conceituação
de risco permitido e proibido. O primeiro conduz à atipicidade, o segundo, quando relevante,
à tipicidade.
A imputação objetiva da conduta e do resultado jurídico deve ser apreciada depois do nexo de
causalidade material. Assim, o fato típico, nos delitos materiais, passa a conter: a) conduta
voluntária ou culposa; b) resultado material; c) nexo de causalidade objetiva; d) imputação
objetiva.
A tipicidade constitui uma qualidade do fato material e não propriamente um elemento do fato
típico.
Princípios:
TEORIA DA TIPICIDADE
I - Noção introdutória.
II - O tipo legal e o fato concreto.
III - O caráter indiciário da antijuridicidade.
IV - Tipicidade e antijuridicidade.
TEORIA DO TIPO
Tipicidade conglobante
O tipo legal é a manifestação de uma norma que é gerada para tutelar uma relação de um sujeito
com um ente, chamado “bem jurídico”. A norma proibitiva que dá lugar ao tipo (e que permanece
anteposta a ele: “não matarás”, não furtarás”, etc.) não está isolada, mas permanece junto com
outras normas também proibitivas, formando uma ordem normativa, onde não se concebe que uma
norma proíba o que outra ordena ou aquela que outra fomenta. Se isso fosse admitido, não se
poderia falar de “ordem normativa”, e sim de um amontoado caprichoso de normas arbitrariamente
reunidas.
Pois bem: pode ocorrer o fenômeno da fórmula legal aparente abarcar hipóteses que são alcançadas
pela norma proibitiva, considerada isoladamente, mas que, de modo algum, podem incluir-se na sua
proibição, quando considerada conglobadamente, isto é, fazendo parte de um universo ordenado de
normas. Daí que a tipicidade penal não se reduz à tipicidade legal (isto é, à adequação à formulação
legal), e sim que deva evidenciar uma verdadeira proibição com relevância penal, para o que é
necessário que esteja proibida à luz da consideração conglobada da norma. Isto significa que a
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tipicidade penal implica a tipicidade legal corrigida pela tipicidade conglobante, que pode reduzir o
âmbito de proibição aparente, que surge da consideração isolada da tipicidade legal.
A consideração conglobante da norma anteposta ao tipo pode revelar que uma conduta abarcada
pelo tipo legal, na realidade não está proibida.
Devem estar correlacionados o tipo legal (p.ex. o crime de lesão corporal, o crime de furto, etc.), a
norma proibitiva que lhe dá fundamento (não matarás, não furtrás) e o bem jurídico tutelado (vida,
patrimônio). Nessa concepçãp, para existir tipicidade penal é indispensável haver não só a
tipicidade legal (ou seja, a subsunção do fato à fórmula legal), mas também a tipicidade
conglobante (isto é, violação à norma proibitiva que não pode ser vista isoladamente, posto que
inserida em todo um conjunto de normas dos diversos ramos do Direito). Em outras palavras, e
sempre a favor da liberdade em razão da garantia da reserva legal (CP, art. 1º), a análise de todo o
conjunto de normas que venha a tratar de determinado bem jurídico (tipicidade conglobante) pode
reduzir a amplitude do tipo legal, corrigindo-o. De modo que nos jogos oficialmente
regulamentados há atipicidade das lesões culposas desportivas, desde que respeitadas as regras do
jogo (há o art. 129 do CP ao lado de todo o ordenamento desportivo fomentando o esporte);
igualmente, a atipicidade da conduta do médico nas intervenções cirúrgicas com fim terapêutico,
realizadas dentro dos padrões de excelência médica que orientam o exercício da arte médica. Nesses
exemplos as condutas são atípicas, não havendo que se cogitar da incidência da causa de exclusão
da ilicitude do exercício regular de direito (CP art. 23, II) que pressupõe fato típico.
Os principais casos em que, apesar da tipicidade legal, configura-se uma atipicidade conglobante,
ocorrem quando: a) uma norma ordena o que outra parece proibir (cumprimento de dever jurídico),
b)quando uma norma parece proibir o que outra fomenta, c) quando uma norma parece proibir o
que outra norma exclui do âmbito de proibição, por estar fora da ingerência do Estado, e d)quando
uma norma parece proibir condutas cuja realização garantem outras normas, proibindo as condutas
que a perturbam.
O cumprimento do dever jurídico: o “estrito cumprimento de dever legal” é um caso em que “não
há crime”, de acordo com o art. 23, III, primeira parte, do CP; embora um bom número de autores
considere que se trata de uma causa de justificação, assim não é, porque as causas de justificação
são geradas a partir de um preceito permissivo, enquanto no cumprimento de um dever jurídico há
somente uma norma preceptiva (uma ordem). Quem não quer agir justificadamente pode não faze-
lo, porque o direito não lhe ordena que assim o faça, mas simplesmente lhe dá uma permissão. Por
outro lado, quem deixa de cumprir com um dever jurídico é punido, porque o direito lhe ordena que
aja desta forma.
A afirmação de que o cumprimento de um dever jurídico é uma causa de atipicidade penal, por
efeito da correção exercida pela consideração conglobada da norma sobre a tipicidade penal,
42
impede a afirmação absurda de concluir que o policial que detém um suspeito, comete uma privação
ilegal de liberdade justificada, ou que o oficial de justiça que seqüestra uma coisa móvel, comete
um furto justificado, ou que o médico que cumpre com o dever de denunciar uma doença infecciosa
comete uma violação de segredo profissional justificada, etc. Essas condutas são diretamente
atípicas.
I - Introdução.
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Dolo - elemento subjetivo do tipo. Integra a conduta.
IV - Dolo natural - pela teoria finalista o dolo (natural) corresponde à simples vontade de
concretizar os elementos objetivos do tipo, não portando a consciência da ilicitude
(normativo) - integrante da culpabilidade, conforme a doutrina clássica.
Art. 21 CPB - subsiste o dolo quando o sujeito atua sem a consciência da ilicitude do fato.
V - Elementos do dolo.
Presentes os requisitos da consciência e da vontade, o dolo possui os seguintes
elementos :
Consciência da conduta e do resultado típico.
Consciência da relação causal objetiva entre a conduta e o resultado - momento intelectual.
Vontade de realizar a conduta e produzir o resultado (Nos crimes materiais e formais - nos
crimes de mera conduta é suficiente que o sujeito tenha a representação e a vontade de realizá
- la) - momento volitivo.
O dolo abrange :
o objetivo que o sujeito pretende alcançar.
os meios que emprega para isso.
as conseqüências secundárias que necessariamente estão vinculadas com o emprego dos
meios.
V - Espécies de culpa.
Culpa consciente e inconsciente .
Culpa própria e imprópria.
VI - Graus de culpa.
grave, leve e levíssima.
O CRIME PRETERDOLOSO
DO CRIME CONSUMADO
I - Conceito.
art. 14, I, CPB.
II - Crime exaurido.
A consumação encerra o processo executivo (iter criminis - caminho do crime)
O exaurimento é acontecimento posterior à consumação. Ex. concussão, corrupção
passiva.
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III - A consumação nas várias espécies de crimes.
Crime material. Crime culposo. Crime de mera conduta. Crime formal. Crime
permanente. Crime omissivo próprio. Crime omissivo impróprio ou comissivo por omissão.
Crime qualificado pelo resultado.
IV - "Iter criminis".
É o conjunto de fases pelas quais passa o delito. São suas etapas : cogitação, atos
preparatórios, execução, consumação.
DA TENTATIVA
I - Conceito.
É a execução iniciada de um crime, que não se consuma por circunstâncias alheias à
vontade do agente.
Art. 14, II, CPB.
II - Natureza jurídica.
Constitui - se em norma de ampliação temporal da figura típica. É um dos casos de
adequação típica de subordinação mediata.
III - Elementos.
Início (típico) de execução do crime. (art. 14, II, CPB) - Teorias : Subjetiva ou
voluntarista; Sintomática; Objetiva
VI - Aplicação da pena.
Teorias : subjetiva e objetiva.
Art. 15 CPB.
Natureza jurídica - causas de exclusão da adequação típica ampliada.
Desistência voluntária : consiste numa abstenção de atividade; só ocorre antes do sujeito
esgotar o processo executivo (tentativa imperfeita ou inacabada); só é possível nos crimes
materiais e formais. Exceção : crime omissivo impróprio.
Arrependimento eficaz : quando o sujeito tendo já ultimado o processo de execução do crime,
desenvolve nova atividade impedindo a produção do resultado.
Tanto uma como outra devem ser voluntárias, não se exigindo a espontaneidade.
Retiram a tipicidade dos atos somente com referência ao crime cuja execução o sujeito
iniciou, respondendo o sujeito pelos atos já praticados se penalmente relevantes - tentativa
qualificada.
48
DO ARREPENDIMENTO POSTERIOR
I - Conceito.
Art. 16 CPB.
II - Requisitos.
III - Natureza jurídica.
Causa obrigatória de diminuição da pena.
IV - Relevância da reparação do dano.
Art. 312, § 3º; art. 65, II, b; art. 78, § 2º, art. 81, II, art. 83, IV, art. 91, I, art. 94, III.
DO CRIME IMPOSSÍVEL.
(QUASE CRIME - TENT. INIDÔNEA-TENT. INADEQUADA)
I - Conceito.
Art. 17 CPB - Não há tentativa por ausência de tipicidade.
Delito impossível por ineficácia absoluta do meio - quando o meio empregado pelo
agente, pela sua própria natureza é absolutamente incapaz de produzir o resultado.
Delito impossível por impropriedade absoluta do objeto - quando inexiste o objeto
material sobre o qual deveria recair a conduta, ou quando pela sua situação ou condição, torna
impossível a produção do resultado visado pelo agente.
ERRO DE TIPO
I - Conceito.
II - Exemplos.
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III - Erro de tipo e erro de proibição. Relação com o erro de fato e o erro de direito.
IV - Erro de tipo e delito putativo por erro de tipo.
V - Formas. Essencial e acidental.
VI - Erro de tipo essencial.
Erro invencível (escusável, justificável, inculpável)
Erro vencível (inescusável, injustificável)
VII - Efeitos do erro de tipo essencial.
VIII - Descriminantes putativas.
Conceito - art. 20, § 1º, 1ª parte CPB.
Art. 23, 24 e 25 CPB.
O erro do sujeito pode incidir sobre os pressupostos de fato da causa de justificação
(erro de tipo) ou os limites da excludente da ilicitude, supondo, em face disso, a licitude do
fato (erro de proibição).
Causas de inculpabilidade putativas - causas excludentes da culpabilidade putativas.
Descriminantes putativas derivadas de erro de tipo - plenamente justificáveis
pela circunstâncias - erro vencível ou invencível.
Coação moral irresistível putativa (art. 22, 1ª parte do CPB).
Obediência hierárquica putativa. Ordem manifestamente ilegal. Ordem não
manifestamente ilegal. Ordem ilegal. Ordem ilegal e erro de tipo - estrito cumprimento de
dever legal putativo.
I - Conceito.
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É a contradição do fato, eventualmente adequado ao modelo legal, com
a ordem jurídica, constituindo a lesão de um interesse protegido.
II - Terminologia.
Antijuridicidade, injusto e ilicitude.
ESTADO DE NECESSIDADE
I - Considerações gerais.
III - Requisitos.
O Estado de necessidade pode ser desdobrado em:
- Situação de perigo (situação de necessidade)
- Conduta lesiva (fato necessário).
LEGÍTIMA DEFESA
Conceito: Causa de exclusão da ilicitude que consiste em repelir injusta agressão, atual ou
iminente, a direito próprio ou alheio, usando moderadamente dos meios necessários. Arts. 23,
II e 25 do CPB.
Requisitos: agressão injusta; atual ou iminente; a direito próprio ou de terceiro; repulsa com
os meios necessários; uso moderado de tais meios; conhecimento da situação justificante.
Alguns conceitos :
Legítima defesa sucessiva : é a repulsa contra o excesso.
Legítima defesa putativa : é a errônea suposição da existência da legítima defesa por erro de
tipo ou de proibição. O fato é objetivamente ilícito.
Legítima defesa subjetiva : é o excesso derivado de erro de tipo escusável, que exclui dolo e
culpa.
Dever legal : compreende toda e qualquer obrigação direta ou indiretamente derivada de lei.
O cumprimento deve ser estritamente dentro da lei. Os excessos cometidos poderão constituir
crime de abuso de autoridade - lei 4898/65 - ou crimes previstos no código penal.
Alcance da excludente : dirige - se aos funcionários ou agentes públicos, que agem por ordem
da lei, sem excluir o particular que exerce função pública (jurado, perito, mesário da justiça
eleitoral etc.)
Conhecimento da situação justificante.
Conceito e Natureza jurídica - causa de exclusão da ilicitude que consiste no exercício de uma
prerrogativa conferida pelo ordenamento jurídico, caracterizada como fato típico. O exercício
de um direito nunca é antijurídico. art. 23, III, 2ª parte CPB.
Alcance - qualquer pessoa pode exercitar um direito subjetivo ou uma faculdade previstos em
lei (penal ou extra penal).
Art. 5º II CF. Arts. 142, II e 146, § 3º CPB.
Significado da expressão direito : empregada em sentido amplo, abrangendo todas as formas
de direito subjetivo, penal ou extrapenal.
Conhecimento da situação justificante.
Introdução: em regra, uma só pessoa pratica delitos. Mas nada impede que várias se unam para
essa prática. Nessa hipótese, denomina-se concurso de pessoas, concurso de agentes, co-
delinqüência, co-autoria, participação, co-participação, concurso de delinqüentes, etc. P.ex. no
furto um pode ficar vigiando, outro arromba a porta e outro se apodera do bem.
crimes plurissubjetivos (necessário): devem ser praticados por uma pluralidade de agentes. Ex.
quadrilha, rixa, bigamia, adultério, etc. Os crimes plurissubjetivos podem ser:
a-) de condutas paralelas: as condutas se auxiliam mutuamente, visando a produção de um
resultado. Ex. quadrilha.
b-) de condutas convergentes: as condutas tendem a se encontrar e desse encontro, surge o
resultado. As condutas se manifestam na mesma direção e no mesmo plano, encontrando-se no
resultado. Ex. crime de adultério e bigamia.
c-) de condutas contrapostas: as condutas são praticadas uma contra as outras. Ex. crime de rixa.
Nos crimes plurissubjetivos, desnecessária a aplicação do artigo 29, pois
todos praticam condutas típicas e por isso, não há necessidade da norma de extensão do art. 29
Autoria: autor é o sujeito que executa a conduta descrita no tipo penal, isto é, aquele que mata,
subtrai, ofende, etc... . Autor é quem realiza diretamente a ação típica, no todo ou em parte,
colaborando na execução.
Sobre a autoria, existem duas teorias:
restritiva: (critério formal - objetivo / adotada pelo Código Penal) autor é aquele que realiza a
conduta típica;
56
extensiva: (critério material-objetivo)autor é também todo aquele que concorre de qualquer modo
para o crime. É quem dá causa ao evento. É aquele que causa modificação no mundo exterior, e não
somente aquele que realiza uma conduta típica, como na restritiva.
domínio do fato : (critério objetivo-subjetivo)autor é todo aquele que detém o controle final da
produção do resultado, possuindo assim, o domínio completo de todas as ações até a eclosão do
evento pretendido. Formas de autoria por esta teoria : autoria propriamente dita. autoria intelectual.
autoria mediata. co - autoria (direta e parcial ou funcional).
Pela teoria do domínio do fato (critério objetivo-subjetivo), autor é quem tem o controle final do
fato, domina finalisticamente o decurso do crime e decide sobre a sua prática, interrupção e
circunstâncias. É uma teoria que se assenta em princípios relacionados à conduta e não ao resultado.
Agindo no exercício desse controle, distingue-se do partícipe, que não tem o domínio do fato,
apenas cooperando, induzindo, incitando, etc. Constitui tese restritiva, aplicando critério objetivo
subjetivo.
A teoria do domínio do fato só é aplicável aos crimes dolosos, sejam materiais, formais, ou de mera
conduta. Nos culposos, inexiste distinção entre autoria e participação: é autor todo aquele que,
mediante qualquer conduta, produz um resultado típico, deixando de observar o cuidado objetivo
necessário.
Na autoria propriamente dita (autoria direta individual e imediata), o autor ou executor realiza
materialmente a conduta típica (executor material individual), age sozinho, não havendo indutor,
instigador ou auxiliar. Ele tem o domínio da conduta.
Na autoria intelectual o sujeito planeja a ação delituosa, constituindo 0 crime produto de sua
criatividade. (art. 62, I, CPB).
57
Na autoria mediata, uma pessoa, o “sujeito de trás”, serve-se de outrem para praticar o fato,
podendo a ele ser atribuída a “propriedade” do crime. Ele possui o domínio da vontade do executor,
chamado de “instrumento”.
Na co-autoria (reunião de autorias), que constitui forma de autoria, o co-autor realiza o verbo típico
ou concretiza parte da descrição do crime, ainda que, no último caso, não seja típica a conduta
perante verbo, desde que esteja abarcada pela vontade comum de cometimento do fato. É a prática
comunitária do crime. Cada um dos integrantes possui o domínio da realização do fato
conjuntamente com outro ou outros autores, com os quais tem plano comum de distribuição de
atividades.
A co-autoria pode ser:
a) direta; e
b) parcial ou funcional.
Na co-autoria direta todos os sujeitos realizam a conduta típica.
Na co-autoria parcial ou funcional há divisão de tarefas executórias do delito. Trata-se do chamado
“domínio funcional do fato”, assim denominado porque alude à repartição de atividades (funções)
entre os sujeitos.
Exceções à teoria monista: apesar do Código ter adotado a teoria monista, o próprio § 2º do artigo
29, do CP ressalva a divisão de responsabilidades, de acordo com a intenção do sujeito. Assim, há
casos em que o Código Penal adotou a teoria pluralística, em que a conduta do partícipe constitui
outro crime. Há então um crime do autor e outro do partícipe, sendo ambos descritos pelas normas
como delitos autônomos.
59
Além disso, em alguns casos específicos, o Código abandonou a teoria
monista. Ex. arts.124/126 – caso não houvesse o art. 124, 2ª parte, a gestante seria partícipe do 126.
E, caso não houvesse o 126, o agente seria partícipe do 124.
317/333 e 342/343, CP.
Acessoriedade Limitada: para que o partícipe responda com o autor, é preciso que este pratique
um fato típico e antijurídico (ilícito), sendo desnecessário que ele seja culpável. É a adotada pelo
Código Penal. Assim, para a punibilidade da participação, basta que o fato seja típico e antijurídico,
não havendo a necessidade de ser considerado culpável.
Contudo, não basta que a conduta do partícipe aceda a um comportamento
principal que constitua apenas “fato típico” - acessoriedade mínima -. Isto porque, caso o autor
principal cometa um fato típico, mas não antijurídico (legítima defesa), o partícipe não poderá ser
responsabilizado.
Também, não se pode exigir que o comportamento principal constitua um
fato típico, antijurídico e culpável - acessoriedade extrema -. Isto porque, caso ou autor principal
não seja culpável, o partícipe também não responderia pelo delito, o que não se pode admitir.
Hiperacessoriedade - fato típico, antijurídico, culpável, respondendo o partícipe também pelas
agravantes e atenuantes do autor ou coa autores.
Autoria Mediata (indireta – mediador): não se confunde com participação. Ocorre a autoria
mediata quando alguém, por erro ou inimputabilidade de outrem, utiliza-o para a prática da conduta
típica.
Assim, o autor mediato seria o idealizador do crime, sendo o único
responsável pela prática criminosa.
A autoria mediata exige a existência de uma pluralidade de pessoas, não
havendo a mesma quando o agente se utiliza de um animal ou de um instrumento para a prática do
delito.
Também, não se admite a autoria mediata nos crimes de mão própria (falso
testemunho) e nos crimes culposos.
Na autoria mediata ocorre o abuso do homem não-livre. E, somente quem
possui o domínio do fato pode abusar de alguém para a sua realização. O domínio do fato pertence
exclusivamente ao autor (mediato) e não ao executor (autor imediato). Aquele detém o domínio da
ação e, conseqüentemente do fato.
P.ex. O médico entrega uma injeção com veneno ao invés de medicamento
para que a enfermeira ministre. O dono do armazém entrega veneno no lugar de açúcar para a
empregada. O traficante se utiliza de um menor inimputável para a consumação do delito.
Pode resultar de:
61
a) ausência de capacidade penal da pessoa, da qual o autor mediato se serve. Ex. induzir um doente
mental a praticar um crime;
b) coação moral irresistível, na qual o executor pratica o fato com a vontade submissa à do coato;
c) obediência hierárquica, quando o autor da ordem sabe que esta é ilegal, mas assim age para que o
subordinado pratique os atos típicos;
d) erro de tipo invencível (escusável), quando o agente induz alguém a matar um inocente, fazendo-
o crer que estava em legítima defesa.
Importante: na autoria mediata não há concurso de pessoas, pois o “autor imediato” não tem
consciência da prática delitiva;
Incabível a autoria mediata nos crimes de mão própria e nos crimes culposos.
Punibilidade no Concurso de Pessoas: a regra é que todos respondem pelo mesmo delito (teoria
monista). Entretanto, apesar de todos terem praticado um único crime, as penas podem ser distintas,
havendo distinção entre autor e partícipe.
Participação de menor importância: a parte final do artigo 29 “caput”, diz “na medida de sua
culpabilidade”. Isso significa que o crime é único, mas a culpabilidade é individual, ou seja, cada
um deve ser castigado de acordo com sua culpa. Por isso, o § 1º do citado artigo traz uma causa
obrigatória (apesar da expressão “pode”) de redução de pena, pois o “poder” do juiz fica restrito ao
“quantum” a ser reduzido.
Cooperação dolosamente distinta – art. 29, § 2º: se o partícipe quis praticar um crime menos
grave daquele que o autor praticou, responde pelo crime menos grave. Esse dispositivo consagra o
princípio constitucional da individualização da pena.
Há na hipótese o denominado desvio subjetivo entre os sujeitos. P.ex. o sujeito A determina B a
espancar C. B age com tal violência que produz a morte de C. Entretanto, se o resultado mais grave
63
era previsível ao partícipe, terá a pena do crime menos grave, aumentada até a metade (artigo 29, §
2º, última parte).
Esta solução é estranha, pois o correto seria que o mesmo fosse processado –desde que o resultado
fosse previsível- por lesão corporal seguida de morte e não por lesão corporal leve com a pena
agravada até a metade.
A falta de previsibilidade quanto ao crime mais grave, excluí a responsabilidade do partícipe no
ilícito que resultara exclusivamente da vontade do praticante da ação típica.
Obs: quando o crime mais grave, embora não querido, é previsto e aceito pelo partícipe, responde
por este ilícito a título de dolo eventual.
Obs: o concurso de pessoas pode ser uma qualificadora do delito em virtude da maior facilidade
para a execução do crime e a conseqüente diminuição do risco do agente, a lei reforça a garantia
penal quando, em determinados delitos, há associação de delinqüentes, como por exemplo no caso
do constrangimento ilegal (146, § 1º), violação de domicílio (150, § 1º), furto (155, § 4º, IV) e
roubo (157, § 2º).
Participação e Arrependimento: pode ocorrer que iniciado o “iter”, um dos participantes desista
de continuar na conduta delituosa, persistindo os outros.
a) o arrependido é o autor principal ou é o partícipe que impede aquele de iniciar a execução do
crime. O fato é impunível face a regra do art. 15 CP;
65
b) ambos se arrependem e param no meio da execução do crime. Não respondem pelo delito,
podendo entretanto, responder por outro (art. 15 CP).
c) o partícipe se arrepende, mas não consegue evitar a execução do crime pelo autor. Responde pelo
delito, pois contribuiu voluntariamente para o crime. Só seria beneficiado se o arrependimento fosse
eficaz.
Obs: a desistência voluntária e o arrependimento eficaz são circunstâncias comunicáveis.
Participação da participação: é punível desde que possua eficiência causal. São os casos de
induzimento de induzimento, mandado de mandado, etc.. P.ex. A induz B a induzir C a matar D. A
será punível desde que seu induzimento possua eficiência.
Participação sucessiva: ocorre quando presente o induzimento ocorrer outro induzimento para a
prática do mesmo fato. P. ex. A induz B a matar C. Após, o agente D, sem conhecer o induzimento
anterior, também induz B a matar C. Se o induzimento de D foi eficiente, o mesmo responderá pelo
homicídio. Caso B, já estivesse firmemente disposto a cometer o homicídio, pelo induzimento de A,
D, não responderá. Após a conduta assessorando a principal ocorre outra. O partícipe induz o autor
a praticar um crime e depois o auxilia.
Autoria Colateral Incerta: ocorre quando inexiste o vínculo subjetivo entre as partes. Duas
pessoas buscam um mesmo resultado, sem conhecer a intenção do outro. Ex. “A” e “B” atiram na
direção de “C” para matá-lo, sem que um saiba da ação do outro.
Descobrindo-se quem matou “C”, temos a chamada autoria colateral certa.
Entretanto, não se descobrindo quem matou “C”, temos a chamada autoria colateral incerta. Na
hipótese, qual é a solução?
a) ambos respondem por homicídio consumado? Não, pois um estará sendo punido além de sua
conduta;
b) ambos serão absolvidos? Não pois houve um evento morte querido;
c) ambos serão condenados por homicídio tentado? É a solução mais razoável, pois abstrai-se do
fato o resultado morte e ambos são punidos pela tentativa.
O Concurso de Pessoas nos Crimes Culposos: é admissível a co-autoria mas não a participação. É
que todos realizam a conduta típica, ou seja, a conduta imprudente. O ato de instigar a não tomar
cuidado, a correr, são condutas típicas dos crimes culposos.
Existente um vínculo psicológico entre duas pessoas na prática da conduta,
ainda que não em relação ao resultado, concorrem elas para o resultado lesivo se obrarem com
culpa em sentido estrito. P.ex. dois empregados que atiram uma tábua de um andaime, atingindo
outra pessoa; Duas pessoas que preparam uma fogueira e causam um incêndio culposamente; O
motorista que dirige em velocidade incompatível, instigado por seu colega ao lado e, desta conduta
resulta um evento danoso.
Não devemos confundir isto com concorrência de culpas, que ocorre quando
o evento é produzido por culpa de duas pessoas, sem que uma possuísse conhecimento da conduta
da outra.
Obs: Não existe participação culposa em crime doloso ou participação dolosa em crime culposo.
Deve haver homogeneidade do elemento subjetivo.
CULPABILIDADE
CONCEITO DE CULPABILIDADE
I - Introdução.
II - Teorias da culpabilidade : teoria psicológica; teoria psicológica - normativa e teoria
normativa
pura.
DA IMPUTABILIDADE
I - Conceito.
69
Imputabilidade penal é o conjunto de condições pessoais que dão ao agente
capacidade para lhe ser juridicamente imputada a prática de um fato punível.
Sem a imputabilidade entende - se que o sujeito carece de liberdade e de
faculdade para comportar - se de outro modo, com o que não é capaz de culpabilidade, sendo,
portanto, inculpável.
A capacidade de culpabilidade apresenta dois momentos específicos : um
intelectual e outro de vontade, isto é, a capacidade de compreensão do injusto e a
determinação da vontade conforme essa compreensão, acrescentando que somente os dois
momentos conjuntamente constituem, pois, a capacidade de culpabilidade.
Arts. 26 e 27 do CPB.
Arts. 101, 103 e 112 do ECA.
Art. 228 CF.
II - Imputabilidade e responsabilidade.
III - Fundamento da imputabilidade.
Teoria da imputabilidade moral.
IV - Causas de exclusão da imputabilidade.
Arts. 26, caput e 28, § 1º CPB.
V - Actio libera in causa.
São casos de conduta livremente desejada, mas cometida no instante em que o sujeito
se encontra em estado de inimputabilidade, isto é, no momento da prática do fato o sujeito não
possui capacidade de entender e de querer. Houve liberdade originária mas não liberdade
atual (instante o cometimento do fato).
I - Introdução. Teorias.
Para que uma ação contrária ao Direito possa ser reprovada ao autor, será necessário
que conheça ou possa conhecer as circunstâncias que pertencem ao tipo e à ilicitude.
A ausência de conhecimento da proibição exclui a culpabilidade - caso de erro de
proibição invencível.
Teoria extrema do dolo. Teoria limitada do dolo. Teoria extrema da culpabilidade.
Teoria limitada da culpabilidade.
I - Introdução.
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É a exigibilidade de obediência ao Direito.
Trata - se da possibilidade concreta do autor, capaz de culpabilidade, de poder adotar
sua decisão de acordo com o conhecimento do injusto.
A inexigibilidade afasta a culpabilidade.
II - Teoria das circunstâncias concomitantes de Frank.
III - Efeito da inexigibilidade de conduta diversa.
Coação moral irresistível.
Conceito atual de culpabilidade : juízo de reprovação dirigido ao autor por não haver obrado
de acordo com o Direito, quando lhe era exigível uma conduta em tal sentido.
DAS PENAS
II - Classificação.
Doutrinária.
As penas são : corporais, privativas de liberdade, restritivas de liberdade,
pecuniárias e privativas e restritivas de direitos.
Na Constituição Federal.
A lei adotará as seguintes penas (art. 5º, XLVI) : privação ou restrição de
liberdade; perda de bens (art. 5º, XLV CF - exceção ao princípio da personalidade); multa;
prestação social alternativa; suspensão ou interdição de direitos.
De acordo com o CPB as penas classificam - se em : privativas de liberdade;
restritivas de direitos e pecuniárias.
71
As penas privativas de liberdade são : reclusão e detenção.
São penas restritivas de direitos : prestação pecuniária; perda de bens e valores;
prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; interdição temporária de direitos e
limitação de fim de semana.
Penas proibidas pela CF - art. 5º, XLVII.
Sistemas penitenciários.
Há três. O de Filadélfia, o de Alburn e o inglês ou progressivo.
Art. 33, § 2º CPB e art. 112, LEP.
Estágios a serem cumpridos pelo condenado que inicia o cumprimento da pena no
regime fechado : art. 34, §§ 1º a 4º CPB; arts. 33, § 2º e 40; art. 83 CPB.
§ 4o O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do
cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do
produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais. (Incluído pela Lei nº 10.763, de
12.11.2003)
Regras também aplicáveis ao regime semi aberto - art. 35 CPB.
VI - Direitos e trabalho do preso. Arts. 38 e 39 CPB. Art. 5º, XLIX CF. Arts. 28 a 37 e
40 a 43 da LEP.
Das penas previstas no art. 43, as dos incs. IV e V são restritivas da liberdade do condenado.
O CP, com as alterações da lei 9714/98, passou a prever que são penas alternativas, algumas
delas restritivas de direitos : prestação pecuniária (art. 43, I; 45, § 1º, CPB); perda de bens e
valores (art. 43, II; 45, § 3º, CPB); prestação de serviços à comunidade ou a entidades
públicas (arts. 43, IV e 46 CPB); a interdição temporária de direitos (art. 43, V, CPB; 157
LEP), constituída pela - proibição de exercício de cargo, função ou atividade pública, bem
74
como de mandato eletivo (art. 47, I, CPB); proibição de exercício e profissão, atividade ou
ofício que dependam de habilitação especial, de licença ou autorização do Poder Público (art.
47, II, CPB); suspensão de autorização ou de habilitação para dirigir veículo (art. 47, III,
CPB); proibição de freqüentar determinados lugares (art. 47, IV, CPB); limitação de fim de
semana (arts. 43, VI e 48, CPB; art. 151, LEP); multa (art. 44, § 2º, CPB); prestação
inominada (art. 45, § 2º, CPB).
II - Natureza das penas restritivas de direitos.
São autônomas, substitutivas, obrigatórias e de execução condicional (art. 44, §
2º, CPB).
III - Condições.
Art. 44, I a III do CPB. (Transcrever quadro de requisitos).
Reincidência - art. 64, I, CPB. Não constitui obstáculo à imposição das penas
alternativas (art., § 3º, CPB).
Reincidência específica.
DA PENA DE MULTA
Natureza - a pena de multa é uma modalidade de pena patrimonial que consiste no pagamento
por parte do sentenciado, a um fundo penitenciário, de um importância correspondente no
mínimo de dez e no máximo de trezentos e sessenta dias-multa, calculado de modo a
corresponder a um trigésimo do salário mínimo vigente à época do fato.
Critérios de cominação.
a) Parte alíquota do patrimônio do agente.
b) renda.
c) dia-multa.
d) cominação abstrata da multa.
Art. 49 CPB.
Art. 51 CPB.
A execução não se procede mais nos termos dos arts. 164 e segs. da LEP.
Introdução.
Sanção penal - penas e medida de segurança.
Pressupostos de aplicação.
A aplicação de medida de segurança pressupõe :
I - a prática de fato descrito como crime.
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II - a periculosidade do sujeito.
Tratando - se de agente semi responsável (art. 26, § único CPB), é necessário que o fato seja
típico, antijurídico e o sujeito culpado.
Espécies.
Detentiva (art. 96, I, CPB) e restritiva (art. 96, II, CPB).
Execução - arts. 171 e segs. da LEP.
Sistema vicariante.
Art. 26, § único do CPB - pena reduzida ou medida de segurança (art. 98 CPB).
Sistema do duplo binário - aplicação cumulativa e sucessiva de pena e medida de
segurança.
DAS CIRCUNSTÂNCIAS
III - Classificação.
Circunstâncias objetivas ou reais - são as que se relacionam com os modos e meios de
realização da infração penal, tempo, ocasião, lugar, objeto material e qualidades da vítima.
Circunstâncias subjetivas ou pessoais - são as que só dizem respeito à pessoa do agente, sem
qualquer relação com a materialidade do crime, como os motivos determinantes, suas
condições ou qualidades pessoais e relações com o ofendido (vítima).
Sob outro aspecto podem ser classificadas em :
1º) circunstâncias judiciais (art. 59 caput).
2º) legais, que se subdividem em :
gerais comuns ou genéricas, que são : agravantes (circunstâncias qualificativas) - arts.
61 e 62 CPB; atenuantes - art. 65 CPB; causas de aumento e de diminuição da pena - arts. 26,
§ único e 60, § 1º CPB.
especiais ou específicas, que podem ser : qualificadoras; causas de aumento e de
diminuição da pena.
As circunstâncias ainda podem ser : antecedentes; concomitantes e supervenientes.
IV - Circunstâncias judiciais.
Art. 59 CPB - auxiliam o juiz na verificação da culpabilidade do sujeito.
Denominam - se judiciais porque seu reconhecimento é deixado ao poder
discricionário do juiz.
Culpabilidade do agente.
Antecedentes do agente - art. 6º, IX, CPP.
Conduta social.
Personalidade do agente - art. 6º, IX, CPP. Personalidade - conjunto de qualidades morais do
agente.
Motivos determinantes do crime.
Conseqüências do crime.
Circunstâncias do crime - são aquelas que escapam à especificação legal e que servem de
meios diretivos para o juiz aplicar a sanção penal.
Comportamento da vítima.
V - Circunstâncias agravantes.
São de aplicação obrigatória, exceto quando a pena base for fixada no máximo.
Salvo a reincidência, são aplicáveis somente aos delitos dolosos.
Arts. 61 e 62 CPB.
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Para que incidam as circunstâncias agravantes do art. 61, II, é necessário que o agente
conheça os fatos ou elementos que as constituem.
São objetivas - II, c, d (salvo o meio cruel), h, i e j. Subjetivas as dos incisos I (reincidência) e
II, a, b, l e d (meio cruel), e, f, e g.
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REINCIDÊNCIA
III - Efeitos : arts. 61, I; 67; 77, I; 83, II; 110, caput; 117, VI; 155, § 2º; 170 e 171, § 1º CPB.
VI - Comunicável ou incomunicável.
CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES
Artigos 65 e 66 do CPB.
Violenta emoção. Art. 121 § 1º CPB. Diferenças. Influência. Domínio. Qualquer ato
injusto. Provocação injusta. Logo após.
VI - Confissão espontânea.
VII - Multidão em tumulto.
Causas de aumento na parte geral = arts. 14, § único; 24, § 2º; 26, § único; 28, § 2º; 29.
§ 1º; 60, § 1º; 70, caput; 73, 2º parte e 74, parte final.
Causas de aumento de pena na parte especial = arts. 121,§§ 1º e 4º; 122, § único; 127;
129, §§ 4º e 7º; 155, §§ 1º e 2º; 157, § 2º; 295; 342, § 2º, etc..
Circunstâncias qualificadoras.
arts. 121, § 2º; 150, § 1º; 157, § 3º; 163, § único; 262, § 1º etc..
CONCURSO DE QUALIFICADORAS
Não há mínimo e máximo de pena de multa cominada na parte especial. Em todos os crimes o
mínimo é de 10 e o máximo de 360 (X3) dias multa.
Art. 60 - principalmente a situação econômica. Outros secundários : dano sofrido pela vítima,
a avidez, ganância do infrator, o proveito obtido ou a ser obtido com o crime.
Art. 60 CPB. § 1º.
Na quantidade de dias multa (arts. 49, caput e 59 CPB) leva - se em conta as circunstâncias
judiciais e as causas de aumento e de diminuição e para o valor de cada dia multa verifica- se
a situação econômica do réu ao tempo da sentença. (art. 60 caput).
Fixação do valor do dia multa - arts. 60, caput, e 49, § 1º CPB.
Substituição da pena privativa de liberdade por multa - pena superior e pena inferior a um ano
- crime doloso. Multa principal e Multa substitutiva ou vicariante. Possibilidade da
cumulação.
DO CONCURSO DE CRIMES
I - Introdução.
Concurso de agentes. Concurso aparente de normas. Concurso de crimes.
II - Posição da matéria.
No CPB a questão pertence à teoria geral da pena, sendo tratada nos arts. 69 a 72, 75 e
76, no título das penas e no capítulo que se refere à aplicação da pena. Portanto correto seria
dizer concurso de penas e não concurso de crimes.
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IV - Espécies de concurso.
O concurso de crimes ou de penas pode ser : material (art. 69); formal (Art. 70) e
crime continuado (art. 71).
Entre crimes - dolosos, culposos, dolosos e culposos, culposos, consumados ou
tentados, comissivos ou omissivos.
Requisitos.
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Teoria subjetiva : unidade de conduta; pluralidade de crimes; unidade de
desígnio.
Teoria objetiva : unidade de conduta; pluralidade de crimes.
O CPB adotou a teoria objetiva, contudo a questão subjetiva deve ser
apreciada na aplicação da pena (art. 70, caput, 2ª parte).
Pode haver concurso formal entre crime doloso e outro culposo. Exs.
arts. 73, 2ª parte, e 74.
Aplicação da pena. Uma só das penas idênticas ou a mais grave, uma ou outra
aumentada de 1/6 até a metade.
Exs. motorista que em um acidente causa a morte de duas pessoas ou morte e lesão
corporal. Contaminado de moléstia venérea o agente pratica um estupro.
O art. 70, caput, prevê uma causa de diminuição e uma causa de aumento de pena.
Aumento variável de acordo com o número de crimes : 02 - 1/6; 03 - 1/5; 04 - 1/4; 05 -
1/3; 06 ou mais - 1/2.
A pena decorrente do concurso formal não pode ser superior a que resultaria do
concurso material. Ex. homicídio e lesão leve. ( Cúmulo material benéfico).
Aplicação da pena.
O crime continuado pode ser : simples (art. 71, caput) e qualificado (§ único).
Tipo simples : penas idênticas, aplica - se uma só, com o aumento de um sexto
a dois terços. penas diversas, aplica - se a mais grave, aumentada de um sexto a dois terços.
Prevê um causa de diminuição e uma de aumento da pena. Aumento de acordo
com o número de crimes.
Tipo qualificado - aumento de um sexto até o triplo. (art. 71, § único)
I - Generalidades.
art. 98, I, CF. Lei 9099/95.
Transação penal - importante forma de despenalizar sem descriminalizar.
Objetiva a reparação dos danos e prejuízos sofridos pela vítima; é mis econômica,
desafoga o Poder Judiciário; evita os efeitos criminógenos da prisão. Art. 62 Lei 9099/95.
Persecutio criminis.
I - Introdução.
IV - Período de prova - lapso temporal, entre dois a quatro anos, em que o beneficiário tem o
processo suspenso e durante o qual deverá cumprir as condições que lhe forem impostas.
VI - Extinção da punibilidade.
Arts. 107 CPB e 89, § 5º da Lei 9099/95. Causa interruptiva da prescrição - §
6º.
I - Introdução.
Arts. 77 a 82 do CPB.
Arts. 156 e segs. da LEP.
II - Sistemas.
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Sistema anglo-americano - Probation system
Sistema belga-francês - Europeu Continental - Sursis.
III - Formas.
Sursis simples - art. 77 CPB.
Sursis especial - art. 78, § 2º CPB.
Sursis etário - art. 77, § 2º, 1ª parte CPB.
Sursis humanitário - art. 77, § 2ª parte CPB.
IV - Requisitos.
Objetivos - quantidade e qualidade da pena - art. 77, caput, e § 2º, e art. 80 do CPB.
Qualidade da pena. art. 11 da LCP.
Quantidade da pena - Sursis simples, etário e humanitário.
Subjetivos - antecedentes pessoais e qualidades pessoais do réu - Art. 77, I, II e III, do
CPB.
Antecedentes judiciais - não ser reincidente em crime doloso.
Anterior condenação à multa. Art. 77, § 1º CPB.
Art. 64, I, CPB.
Efeitos secundários da condenação. art. 91 CPB. São abrangidos pelo sursis ? Art. 81,
II, CPB.
Durante o sursis permanecem suspensos os direitos políticos - art. 15, III, CF.
A sentença que concede, denega ou revoga o sursis não faz coisa julgada.
VI - Revogação.
Efeito da revogação.
As causas da revogação do sursis são : obrigatórias (art. 81, I a III, CPB e art. 161
LEP); facultativas (art. 81, § 1º, CPB). Na revogação facultativa o juiz tem a opção de revogá
- la ou prorrogar até o máximo o período de prova. (art. 81, § 3º CPB).
VII - Prorrogação e extinção da pena - art. 81, § 2º CPB. art. 82, CPB.
DO LIVRAMENTO CONDICIONAL
I - Introdução.
Arts. 83 a 90 do CPB. Arts. 131 e segs. da LEP.
II - Pressupostos.
Objetivos - art. 83, caput e incisos I, II, IV e V, do CPB.
Subjetivos - inciso III.
Art. 11, da LCP.
Espécies : especial ou simples - cumprimento de um terço da pena.
ordinário ou qualificado - cumprimento de metade da pena.
Requisitos objetivos :
Art. 83, I e II CPB.
Art. 83, § único, CPB.
Art. 84 CPB.
IV - Revogação.
As causas de revogação do livramento condicional são : judiciais (art. 87, 1ª parte, do
CPB) e legais (arts. 86 e 87, parte final, CPB).
As causas de revogação ainda podem ser : obrigatórias (art. 86, I e II, CPB) e
facultativas (art. 87 CPB).
Os fatos de revogação devem ocorrer durante o período de prova.
EFEITOS DA CONDENAÇÃO
I - Efeitos penais.
Condenação = ato através do qual o juiz impõe uma sanção penal ao sujeito ativo de
uma infração.
Produz a condenação como efeito principal a imposição de penas para os imputáveis,
ou, eventualmente, medida de segurança para os semi-imputáveis.
VI - Confisco.
É a perda de bens do particular em favor do Estado após o trânsito em julgado da
sentença condenatória. A CF, no art. 5º, XLVI, b, o prevê como pena. Previsto como pena
restritiva de direito (arts. 43, II e 45 do CPB)
Art. 91, II, do CPB. Não se constitui em pena. É efeito da condenação. Não incide
sobre bens particulares do sujeito, mas sim sobre instrumentos (instrumenta sceleris) e
produtos (producta sceleris) do crime e de qualquer bem ou valor (pretium sceleris) que
constitua proveito auferido pelo agente com a prática do fato criminoso.
Art. 34, § 2º, lei 6368/76. Art. 243 da CF. (lei 8257/92) - independe de ação penal,
apenas de ação expropriatória. Também sem caráter penal a perda de bens ou valores no caso
de enriquecimento ilícito dos agentes públicos (lei 8429/92).
A perda dos instrumentos e do produto do crime é automática, decorrendo do trânsito
em julgado da sentença como efeito da condenação. Não é necessário que conste
expressamente da decisão.
É requisito a condenação por crime.
Arts. 122/124 CPP. art. 40, § 2º lei 6368/76.
Art. 125 CPP - seqüestro dos bens imóveis adquiridos pelo indiciado com os proventos
da infração.
Confisco e apreensão (arts. 6º, 118 e 120 CPP).
Só se efetivará o confisco previsto no art. 94, II, CPB na hipótese de permanecer ignorado o
dono (art. 123 CPP) ou não reclamados os bens ou valores e não for aplicada a pena restritiva
de direitos da perda de bens e valores do condenado.
VII - Incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela. (art. 92, II, CPB).
É efeito específico e deve ser declarada motivadamente na sentença. (art. 92, § único,
CPB).
Deve ser reservada para os casos de maior gravidade, em que resulte do crime
incompatibilidade com o exercício do pátrio poder, tutela, curatela ou abuso de autoridade de
seu titular. Pode ser excluída pela reabilitação.
99
Efeito político - Art. 92, I, a e b, CPB. Arts. 15, III, 55, IV, VI, § 2º, CF. Art. 92, §
único, CPB.
IX - Efeitos trabalhistas.
REABILITAÇÃO
I - Conceito e efeitos.
É a reintegração do condenado no exercício dos direitos atingidos pela sentença. Trata
- se de causa suspensiva de alguns efeitos secundários, específicos, da condenação (art. 92).
Tem a finalidade de conferir ao reabilitado um boletim de antecedentes criminais sem
anotações. (art. 93, caput, parte final).
Art. 202 LEP. Art. 94, caput, CPB.
Não rescinde a condenação - art. 64, I, CPB.
II - Condições.
Art. 94, caput, CPB.
Negado o requerido - § único.
Revogação da reabilitação - art. 95 CPB.
DA PERSECUÇÃO PENAL
DA AÇÃO PENAL
100
I - Conceito.
II - Classificação.
Considerando o objeto jurídico do delito e o interesse do sujeito passivo em
movimentar a máquina judiciária no sentido de aplicar o Direito Penal objetivo ao fato
cometido pelo agente.
Ação penal pública incondicionada.(arts. 100, caput, 1ª parte do CPB e 24, 1ª parte do
CPP)
Ação penal pública condicionada : representação (art. 154 CPB) e requisição do
ministro da justiça (art. 7º, § 3º, b, 145, § único CPB) - Arts. 100, § 1º, CPB e 24, caput, 2ª
parte, do CPP.
Ação penal privada (arts. 100, caput, 2ª parte, § 2º, 140, 145 e 161, § 3º CPB. Art. 30
CPP). Ação penal privada subsidiária da pública (arts. 100, § 3º CPB, 29 e 46 do CPP. Art. 5º,
LIX CF). Ação penal privada personalíssima.
Como saber qual o tipo de ação penal ? Regra geral - art. 100, caput, CPB.
DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
I - Conceito de punibilidade.
IV - Escusas absolutórias.
São causas que fazem com que a um fato típico e antijurídico, não obstante a
culpabilidade do sujeito, não se associe pena alguma por razões de utilidade pública. Situam -
se na parte especial do CPB.
Art. 181, I e II, CPB. Art. 348, § 2º, CPB.
IX - Abolitio Criminis.
Art. 107, III, CPB.
PERDÃO JUDICIAL.
I - Conceito e elenco.
É o instituto pelo qual o juiz não obstante comprovada a prática da infração penal pelo
sujeito culpado, deixa de aplica a pena em face de justificadas circunstâncias. Exs. art. 121, §
5º CPB; Art. 129, § 8º, CPB.; Art. 176, § único, CPB; Art. 180, § 3º, CPB, etc.
II - Natureza jurídica.
Art. 107, IX, CPB.
III - Distinções.
Perdão do ofendido. Arts. 105/107, V, parte final CPB.
Escusas absolutórias.
IV - Extensão.
DA MORTE DO AGENTE
I - Introdução.
Art. 107, I, CPB.
104
A responsabilidade penal é personalíssima.
II - Prova.
Art. 62 CPP.
Certidão de óbito falsa. Art. 89 CPP.
I - Introdução.
Art. 107, III, CPB.
Arts. 187 e segs. LEP - execução da indulgência soberana.
II - Anistia.
É o esquecimento jurídico de uma ou mais infrações penais. Deve ser concedida em
casos excepcionais, para apaziguar os ânimos, acalmar as paixões sociais, etc.
Anistia comum. Anistia especial. Crimes hediondos.
Art. 5º, XLII e Lei 8072/90.
Quem pode conceder a anistia : arts. 21, XVII e 48, VIII, CF.
A anistia é lei penal e depois de concedida não pode ser revogada. Art. 5º, XXXVI e
XL, CF.
Refere - se a fatos ou pessoas ? Quais os seus efeitos ?
Rescinde a sentença penal condenatória ? Impede a execução da sentença condenatória
para efeito de reparação do dano ?
Formas de anistia : própria; imprópria; geral ou plena; parcial ou restrita;
incondicionada; condicionada.
Pode ser recusada ? Estende - se a pena de multa ?
Diferenças entre anistia (exclui o crime, rescinde a condenação e extingue totalmente a
punibilidade, graça e indulto. Anistia condicionada e Indulto condicionado. Entre anistia e
abolitio criminis.
Art. 96, § único, CPB.
RENÚNCIA E PERDÃO
II - Oportunidade da renúncia.
Art. 104, caput, CPB. Art. 103 do CPB.
Cabimento na ação penal privada subsidiária da pública.(Art. 29 CPP).
V - Oportunidade do perdão.
Art. 106, § 2º, CPB.
VI - Formas do perdão.
Art. 106, caput, e § 1º, do CPB : processual - art.106, caput, 1ª figura, CPB;
extraprocessual - art. 106, caput, 2ª figura, CPB; expresso - arts. 50, 56 e 58 do CPP e art.
106, caput, 3ª figura, CPB; e tácito - art. 106, § 1º, CPB.
DECADÊNCIA E PEREMPÇÃO
RETRATAÇÃO DO AGENTE
I - Conceito.
Art. 107, VI, CPB.
II - Casos.
Art. 143 CPB - somente possível na ação penal privada.
Antes da sentença - antes do juiz proferir sentença, não se tratando de decisão
irrecorrível.
Leva - se em conta a data da publicação da sentença.
Precisa ser cabal.
Art. 26 da Lei 5250/67 - possível em todos os crimes contra a honra.
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Art. 342, § 3º CPB - Só é possível até a sentença final do procedimento em que foi
praticado o falso testemunho.
CASAMENTO SUBSEQÜENTE
DA PRESCRIÇÃO
IV - Imprescritibilidade.
Art. 5º, XLII CF e Lei 7716/89.
Art. 5º, XLIV CF.
XIII - Multa.
Art. 114 CPB : Cinco casos de prescrição da pretensão punitiva e executória da multa.
I - Arts. 110, § único e 117, IV, CPB
Inexiste prescrição da pretensão executória penal da multa. Art. 144 CTN.
II - Art. 118 CPB.
Art. 115 CPB.
O aumento da reincidência não se aplica à multa. O art. 110, caput, final, diz respeito apenas
ao art. 109 CPB.
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
III - pela decisão confirmatória da pronúncia; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
3 - Homicídio.
Conceito. Morte. Lei 9434/97.
Formas típicas (quanto ao aspecto objetivo - simples ou fundamentais, qualificadas e
privilegiadas; quanto ao aspecto subjetivo/normativo - doloso e culposo; norma penal
permissiva - § 5º) e objetividade jurídica. (diferença entre objeto jurídico e objeto material)
Sujeitos (ativo e passivo-genocídio e crime contra a segurança nacional. Homicídio
qualificado pela idade da vítima) do delito e qualificação doutrinária (crime comum, material,
simples, de dano, instantâneo e de forma livre)
Elementos objetivos do tipo (são os que se referem á materialidade da infração penal,
no que concerne á forma de execução, tempo, lugar etc. São também chamados descritivos.
Crime de forma livre. Admite qualquer forma de execução. Pode ser cometido por omissão ou
comissão, material ou moralmente, direta ou indiretamente.
Relevância causal da omissão.
Homicídio e nexo de causalidade.
Elemento subjetivo e normativo do tipo (dolo e culpa). O tipo do homicídio doloso : conceito
e elementos.
Espécies de dolo no homicídio : direto ou determinado, indireto ou indeterminado (alternativo
e eventual).
Homicídio privilegiado. Art. 65, III, "a" e "c", CPB. Homicídio qualificado-privilegiado.
Homicídio qualificado.( que resultam dos motivos determinantes, dos meios, da forma e da
conexão com outro crime ).
Homicídio e crime hediondo (lei 8072/90). Duas ou mais qualificadoras.
Tortura - lei 9455/97.
Aumento de pena
PARTICIPAÇÃO EM SUICÍDIO.
1. Introdução.
Suicídio - Não constitui ilícito penal, mas é ato que contraria o ordenamento jurídico. (art.146,
§3º, II, do CPB)
Criminosa é a conduta de participar em suicídio (art. 122 CPB)
2. Objetividade jurídica.
Direito à vida. Exige o tipo a morte ou lesão corporal de natureza grave.
3. Natureza jurídica da morte e das lesões corporais de natureza grave.
Constituem elementares do tipo.
4. Conduta da própria vítima.
O legislador leva em conta o ato da vítima que destrói a própria vida ou cause lesão corporal
de natureza grave.
116
Vítima de resistência nula será homicídio (autoria mediata). Necessidade de a vítima ter
capacidade de resistência.
Vítima forçada à conduta através de violência ou grave ameaça - homicídio (autoria mediata).
Ato material praticado pela própria vítima.
5. Sujeitos do delito.
Sujeito ativo - qualquer pessoa.
Sujeito passivo - qualquer pessoa, salvo a de resistência nula. É necessário que seja
determinada.
6. Elementos objetivos do tipo.
Participação moral - induzimento e instigação.
Participação material - auxílio.
Crime de conduta múltipla e de conteúdo variado.
7. Elemento subjetivo do tipo.
É o dolo, vontade livre e consciente de induzir, instigar ou auxiliar a vítima a suicidar - se.
Exige - se ainda, o elemento subjetivo do injusto, contido no cunho de seriedade que o sujeito
imprime ao seu comportamento, no sentido de que a vítima venha a destruir a própria vida.
8. Qualificação doutrinária.
Delito material, de dano, instantâneo, comissivo, de ação livre, de conteúdo variado ou
alternativo, comum, principal, simples e plurisubsistente.
9. Consumação e tentativa.
Consumação - com a morte ou lesão corporal de natureza grave.
Não há tentativa.
10. Figuras típicas qualificadas.
Motivo egoístico.
Menoridade da vítima.
Redução de capacidade de resistência da vítima.
11. Hipóteses várias.
a) Pacto de morte.
b) Roleta russa.
c) Resultado diverso do pretendido.
12. Pena e ação penal.
INFANTICÍDIO
I - Introdução.
117
Artigo 123 do CPB. Não constitui forma típica privilegiada de homicídio, mas delito
autônomo com denominação jurídica própria.
IV - Sujeitos do crime.
Sujeito ativo - só a mãe. Crime próprio.
Sujeito passivo - neonato ou nascente.
V - Infanticídio e aborto.
O fato para ser qualificado como infanticídio deve ser praticado durante o parto ou logo após.
Fases do parto - dilatação, expulsão do nascente, expulsão da placenta. ( antes é aborto).
IX - Meios de execução.
Qualquer meio de execução - delito de forma livre. Meios diretos e indiretos, comissivos e
omissivos.
X - Qualificação doutrinária.
Delito próprio, de dano, material, instantâneo, comissivo ou omissivo impróprio, principal,
simples, de forma livre e plurisubsistente.
XI - Consumação e tentativa.
Consumação - com a morte do nascente ou neonato. É crime material, sendo possível a
tentativa.
ABORTO
I - Conceito.
É a interrupção da gravidez com a conseqüente morte do feto (produto da concepção).
O correto seria abortamento, que indica a conduta de abortar e não aborto que significa o
produto da concepção cuja gravidez foi interrompida.
Formas de aborto - natural, acidental, criminoso, legal ou permitido.
Natural - interrupção espontânea da gravidez.
119
Acidental - geralmente em conseqüência de traumatismo.
Legal ou consentido - aborto terapêutico; aborto eugenésico ou eugênico; aborto social ou
econômico.
CPB - duas formas de aborto legal : aborto necessário ou terapêutico e aborto sentimental ou
humanitário (artigo 128)
Criminoso - artigos 124 a 127.
X - Aborto consensual.
Artigo 126 do CPB.
obs. artigos 124, 2ª parte e 126 - exceção pluralísitca da teoria unitária ou monística.
Consenso irrelevante - trata - se de bens jurídicos indisponíveis.
É exigida a capacidade da gestante para consentir. (art. 126, par. único; 26, caput - caso em
que o fato desloca - se para o tipo do art. 125).
O consentimento deve perdurar durante toda a conduta.
Formas típica : simples e qualificada.
Sujeito ativo - o terceiro (qualquer pessoa).
Sujeitos passivos - gestante e feto.
XI - Aborto qualificado.
Artigo 127 CPB. Resultado qualificador, de natureza preterdolosa ou preterintencional,
proveniente do aborto e dos meios empregados na provocação do aborto.
121
Formas qualificadas aplicadas apenas aos artigos 125 e 126.
LESÕES CORPORAIS
II - Sujeitos do crime.
Qualquer pessoa. Crime comum.
Art. 129, §§ 1º, IV e 2º, V - mulher grávida.
Art. 129, § 7º - menor de 14 anos de idade.
IV - Figuras típicas.
lesão corporal simples - art. 129, caput.
lesão corporal qualificada - §§ 1º, 2º e 3º.
lesão corporal privilegiada - §§ 4º e 5º.
lesão corporal culposa :
simples - § 6º.
qualificada - § 7º.
Perdão judicial - § 8 º.
122
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006)
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas no §
9o deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004)
§ 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for
cometido contra pessoa portadora de deficiência. (Incluído pela Lei nº 11.340, de 2006)
V - Auto lesão.
Impunível.
Art. 171, § 2º, V CPB.
IX - Questões várias.
Lesão corporal e estrito cumprimento do dever legal.
Lesão corporal e exercício regular de direito.
Lesão corporal e coação para impedir o suicídio (art. 146, § 3º, II, CPB).
Lesão corporal e vias de fato (art. 21, LCP).
Lesão corporal e dor.
Lesão corporal e omissão.
Tentativa de lesão corporal como crime autônomo - arts. 130, § 1º e 131 CPB.
Lesão corporal e perigo para a vida ou a saúde de outrem (art. 132 CPB).
Inciso I - Ocupações habituais por mais de trinta dias - qualquer ocupação lícita.
Exame de corpo de delito.
Inciso II - Perigo de vida. É perigo concreto. Necessita ser investigado e comprovado
por perícia. O êxito letal deve ser provável e não simplesmente possível.
Se houver dolo quanto ao resultado - tentativa de homicídio.
Preterdolo e morte da vítima - art. 129, § 3º CPB.
Inciso III - debilidade permanente de membro, sentido ou função.
Membros superiores - braço, antebraço e mão.
Membros inferiores - coxa, perna e pé.
Sentidos - visão, olfato, paladar, tato e audição.
Função - é a atividade de um órgão.
Debilidade - é a diminuição da capacidade funcional. ( a perda de um órgão duplo).
Permanência - não é perpetuidade. Basta ser duradoura.
Inciso IV - aceleração (antecipação) de parto. Ocorre quando o feto, em virtude da
lesão corporal produzida na vítima, vem a ser expulso antes do período determinado para o
nascimento.
124
XIII - Lesões corporais gravíssimas.
Inciso I - Incapacidade permanente para o trabalho - Permanência = duradoura. Sempre que
não se possa fixar o limite temporal da incapacidade, deve ser considerada permanente.
Considera - se o trabalho genérico, qualquer espécie de trabalho.
Inciso II - Enfermidade incurável - Incurabilidade absoluta e relativa.
Inciso III - Perda ou inutilização de membro, sentido ou função - Perda é a ablação do
membro ou órgão. Inutilização é a inaptidão do órgão à sua função específica.
Inciso IV - Deformidade permanente - é o dano estético de certa monta, permanente, visível,
irreparável e capaz de causar impressão vexatória. Refere - se a tudo que desfigure uma
pessoa, de forma permanente e grave. É deformidade irreparável em si mesma ou incurável
por meios comuns.
Inciso V - Aborto - resultado preterdoloso.
Diferença - art. 129, § 2º, V e art. 127 CPB.
Generalidades.
Estão descritos nos arts. 130 a 136 do CP. São crimes subsidiários.
Princípio da especialidade - arts. 130, § 1º e 131 CPB ( constituem tentativa de lesão
corporal)
125
Elemento subjetivo dos crimes de periclitação da vida e da saúde - dolo de perigo,
direto ou eventual.
Figuras típicas.
três figuras típicas.
Exposição ao contágio.
Pode ocorrer através de relações sexuais ou qualquer ato de libidinagem.
Contágio venéreo = lesão corporal.
Doença venérea produzindo perigo de vida = sujeito sabia que estava contaminado e
assumiu o risco da contaminação - lesão corporal seguida de perigo de vida.
126
Consentimento do ofendido.
Sujeitos do crime.
Qualificação doutrinária.
Crime de perigo abstrato, simples, comum, instantâneo, comissivo e de forma
vinculada.
§ 1º descreve um crime formal.
Consumação e tentativa.
Com a prática das relações sexuais ou dos atos de libidinagem.
É possível a tentativa.
Sujeitos do crime.
Sujeito ativo - qualquer pessoa contaminada de moléstia grave.
Sujeito passivo - qualquer pessoa.
Qualificação doutrinária.
Crime formal, com dolo de dano, comum, simples, comissivo, plurissubsistente, de
forma livre e instantâneo.
Consumação e tentativa.
Consuma - se com a prática do ato capaz de produzir o contágio.
128
Se o ato tendente ao contágio for único não é admissível a tentativa. Se, porém, são
exigidos vários atos, é admissível.
Sujeitos do crime.
Sujeitos ativo e passivo - qualquer pessoa.
É necessário que o perigo iminente atinja pessoa certa e determinada.
Qualificação doutrinária.
Crime de perigo concreto, comissivo ou omissivo, simples, instantâneo, de forma livre
e subsidiário.
Consumação e tentativa.
Consumação - com a produção do perigo concreto.
Na forma comissiva é possível a tentativa, embora de difícil ocorrência.
129
Na modalidade omissiva é impossível.
ABANDONO DE INCAPAZ
Consumação e tentativa.
Consuma - se com o abandono, desde que resulte o perigo concreto.
É admissível a tentativa.
Introdução.
tipo privilegiado em relação ao crime do art. 133.
Sujeitos do delito.
Sujeito ativo só pode ser a mãe que concebeu extra matrimonium e o pai adulterino ou
incestuoso.
Sujeito passivo do delito é o recém nascido, assim considerado até o momento da
queda do cordão umbilical.
131
"Honoris causa".
- reprovação social sofrida pela mulher que concebe foram do casamento.
- conflito psíquico entre a honra objetiva (reputação - intolerância social) e honra
subjetiva ( dignidade).
- Preservação da dignidade X pretensão de preservação da vida do produto da
concepção.
- Aborto ou abandono do recém nascido (para a preservação da honra)
Honra - é a de natureza sexual, a boa fama e a reputação que goza o autor ou a autora pela sua
conduta de decência e bons costumes.
OMISSÃO DE SOCORRO
MAUS - TRATOS.
DA RIXA
I - Conceito.
Art. 137 CPB.
Três sistemas a respeito da punição da rixa quando resulta morte ou lesão corporal :
da solidariedade absoluta - todos os participantes respondem pela morte ou
lesão corporal.
da cumplicidade correspectiva - os participantes sofrem pena que constitui a
média entre a pena do autor e a sanção imposta ao partícipe.
134
da autonomia - a rixa é punida por si mesma, independentemente da morte ou
da lesão corporal produzida em algum dos participantes ou em terceiro. - é o critério adotado
pelo CPB.
NO caso de morte com autoria definida o homicida responderá pelo crime de
homicídio em concurso material com a rixa qualificada, enquanto os demais rixosos pelo
crime de rixa qualificada.
II - Objetividade jurídica.
Vida e a saúde física e mental da pessoa humana. Por via indireta a ordem pública.
Motivo - irrelevante.
Meios - vias de fato, violências materiais (arremesso de objetos).
Rixa de improviso e proposital.
I - Objetividade jurídica.
Arts. 138 a 141 CPB - honra - conjunto de atributos morais, físicos, intelectuais e
demais dotes do cidadão, que o fazem merecedor de apreço no convívio social.
Honra - objetiva - é a reputação, aquilo que os outros pensam a respeito do cidadão, no
tocante a seus atributos físicos, intelectuais, morais, etc.
subjetiva - é o sentimento de cada um a respeito de seus atributos físicos,
intelectuais, morais da pessoa humana.
honra dignidade - conjunto de atributos morais do cidadão.
honra decoro - é o conjunto de atributos físicos e intelectuais da
pessoa.
IV - Qualificação doutrinária.
Crimes formais.
136
V - Sujeitos do delito.
Sujeito ativo - qualquer pessoa.
Sujeito passivo - desonrados, doentes mentais, menores de 18 anos, pessoa jurídica
( lei de imprensa - 5250/67, art. 23, III; lei de proteção ambiental - 9605/98), Presidentes da
República, do Senado, da Câmara dos Deputados; morto (art. 138, § 2º CP).
A ofensa deve ser dirigida a pessoa certa e determinada.
IX - Imunidade parlamentar.
Imunidade diplomática e parlamentar.
Arts. 53, 53 § 1º, 27, § 1º e 29 VI CF.
CALÚNIA
II - Núcleos do tipo.
Imputar, propalar ( relato verbal) e divulgar (narrar algum fato por qualquer meio).
III - Elemento normativo do tipo - falsamente.
Falsidade - sobre o fato e autoria.
VI - Qualificação doutrinária.
Crime formal, instantâneo, simples, comum, comissivo, unissubsistente ou plurissubsistente.
XII - Pena.
DIFAMAÇÃO
V - Qualificação doutrinária.
Crime formal, simples, instantâneo, comum, comissivo, plurissubsistente ou
unissubsistente.
VIII - Pena.
INJÚRIA
VI - Injúria real.
VIII - Pena.
V - Ação penal.
Art. 145. CPB.
140
Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I
do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II
do mesmo artigo, bem como no caso do § 3o do art. 140 deste Código. (Redação dada pela Lei
nº 12.033. de 2009)
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA
Objetividade jurídica dos crimes contra a liberdade individual - liberdade jurídica = faculdade
de realizar condutas de acordo com a própria vontade do sujeito.
São crimes subsidiários - arts. 157, 158, 159, 213, 214 CPB.
Constrangimento ilegal.
II - Figuras típicas.
Ameaça.
II - Sujeitos do delito.
Sujeito ativo - qualquer pessoa.
Sujeito passivo - com capacidade de entendimento.
Ameaçar Presidentes da República, Senado Federal, Câmara dos Deputados e do STF
- Crime contra a Segurança Nacional.
IV - Qualificação doutrinária.
Crime formal, subsidiário.
IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos; (Incluído pela Lei nº 11.106, de
2005)
V – se o crime é praticado com fins libidinosos. (Incluído pela Lei nº 11.106, de 2005)
II - Sujeitos do delito.
Sujeito ativo - qualquer pessoa.
Sujeito passivo - qualquer pessoa.
Crime contra a Segurança Nacional.
Consentimento do sujeito passivo.
VI - Consumação e tentativa.
144
Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados
ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo,
por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto:
(Redação dada pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
(Redação dada pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: (Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo
no local de trabalho; (Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem. (Incluído pela Lei nº
10.803, de 11.12.2003)
Sujeitos do delito.
Ativo e passivo - qualquer pessoa.
Qualificação doutrinária.
Crime comum, simples, comissivo, permanente, material e de forma livre.
Consumação e tentativa.
Violação de domicílio.
Conceito de domicílio.
Tem maior amplitude que o conceito de direito civil.
É a casa, o barraco, o lugar onde alguém mora. Tutela - se o direito ao sossego, no
local de habitação, seja permanente, transitório ou eventual.
Sujeitos do delito.
Ativo e passivo - qualquer pessoa.
Sujeito passivo - regime de igualdade e de subordinação.
Conceito de casa.
Art. 150, § 4º CPB.
Qualificação doutrinária.
Crime de mera conduta, pode ser permanente e instantâneo, de formulação típica
alternativa (de ação múltipla ou de conteúdo variado).
Crime consunto - no conflito aparente de normas fica absorvido por outro, de maior
gravidade objetiva, ao qual serve como meio de execução ou normal fase de realização.
I – Generalidades.
Art. 5º, XII, CF.
Garantia da liberdade individual de manifestação do pensamento através da
correspondência.
Arts. 153 e 154 CPB: São figuras típicas anormais e subsidiárias.
Violação de correspondência.
I – Conceito e objetividade jurídica.
Art. 40, caput, lei n.º 6.538/78.
Está protegida a liberdade de comunicação do pensamento.
147
Espionagem – arts. 13 e 14 da lei 7.170/83.
II – Correspondência.
Conceito - Art. 47, lei n.º 6.538/78.
Deve ser fechada. É protegida a correspondência independentemente da violação do
segredo.
Pode ser particular ou oficial.
Deve ser atual e Ter destinatário específico.
II – Sujeitos do delito.
III – Conduta.
Divulgar. Transmitir. Utilizar.
Objetividade jurídica.
Liberdade da comunicação telefônica.
Sujeito ativo.
Primeira parte do tipo – qualquer pessoa.
Segunda parte – Juiz, Promotor, Delegado e agente da concessionária de serviço
público (art. 7º, lei 9.296/96).
Sujeitos passivos.
Interlocutores. Crime de dupla subjetividade passiva. Havendo consentimento de um
dos sujeitos passivos, subsiste o delito.
Condutas típicas.
Interceptar = ouvir a conversação ou gravá – la.
Mensagem transmitida via modem ou internet = tomar conhecimento, lê – la, vê – la
ou captá – la.
Elemento normativo do tipo.
Ausência de autorização judicial. Havendo exclui a tipicidade.
É um tipo aberto. Complemento está no art. 5º, XII, da CF e arts. 1º e segs. Da lei
9.296/96.
Elementos subjetivos do tipo.
Dolo + fim diverso do estabelecido pela lei (investigação criminal ou prova em
processo penal).
Momento consumativo.
No instante em que o sujeito está iniciando a gravação da conversação ou começa a
ouvi – la.
Tratando – se de mensagem ou documento transmitidos via modem ou internet,
quando principia capta – los ou deles toma conhecimento.
Qualificação doutrinária.
Crime de mera conduta.
Tentativa. É possível.
Ação penal – é pública incondicionada.
Correspondência comercial.
I – Conceito e objetividade jurídica.
Art. 152, CPB.
Está protegida a liberdade de comunicação de pensamento transmitida por intermédio de
correspondência comercial.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – crime próprio.
Sujeito passivo – é a pessoa jurídica (estabelecimento comercial).
III – Conduta.
Desviar. Sonegar. Subtrair. Suprimir. Revelar.
Divulgação de segredo.
I – Conceito e objetividade jurídica.
Art. 153 CPB.
A objetividade jurídica é o resguardo de fatos da vida cujo conhecimento pode causar dano a
terceiro.
Proteção do segredo de forma secundária – arts. 325 e 326 CPB.
II – Sujeitos do delito.
Ativo – crime próprio (detentor ou destinatário do segredo). Não é protegida a confidência
oral e não necessária.
Sujeito passivo – outrem – é quem pode sofrer dano em conseqüência da conduta do sujeito.
Pode ser o remetente, o destinatário ou terceiro qualquer.
V – Qualificação doutrinária.
Crime formal.
IV – Qualificação doutrinária.
Crime próprio, formal.
VII – Dano.
Deve ser injusto.
Furto.
II - Figuras típicas.
Caput - furto simples.
§ 2º - furto privilegiado, mínimo, de coisa de pequeno valor.
§§ 1º, 4º e 5º - furto qualificado.
IV - Objeto material.
154
É a coisa móvel com valor econômico. (valor de afeição)
Arts. 148, 211 e 249 CPB.
Res nullius. Res derelicta. Res desperdita (art. 169, § único, II, CPB).
VI - Conduta.
Subtrair - tirar, retirar.
Apossamento direto e indireto.
X - Furto de uso.
É a subtração de coisa infungível para fim de uso momentâneo (elemento subjetivo) e
pronta restituição (elemento objetivo).
É atípico em face do CP vigente.
XI - Furto noturno.
Art. 155 § 1º CPB.
Repouso noturno - é o período em que, à noite, as pessoas se recolhem para descansar.
Parte da jurisprudência exige dois requisitos : que o fato da subtração seja praticado
em casa habitada; que seus habitantes estejam repousando no momento da subtração.
155
Outra corrente : é suficiente que a subtração ocorra durante o período noturno, em casa
habitada ou não, durante o repouso dos moradores ou não.
Só é aplicável ao furto simples.
II - Sujeitos do delito.
Crime próprio.
Sujeito passivo - que detém legitimamente a coisa.
156
IV - Qualificação doutrinária.
Crime próprio, simples, plurissubsistente, de forma livre, comissivo e instantâneo.
Roubo.
II - Sujeitos do delito.
Sujeito ativo - qualquer pessoa.
Sujeito passivo - pode ser mais de um.
IV - Objetos materiais.
Pessoa humana e coisa móvel.
157
VI - Qualificação doutrinária.
Crime material, instantâneo, complexo, de forma livre, de dano, plurissubsistente.
IX - Concurso de crimes.
Subtração de bens de uma pessoa e violência ou grave ameaça contra várias - um
roubo.
Subtração de bens de várias pessoas e violência ou grave ameaça contra uma - um
roubo
Roubo de bens, no mesmo contexto, de componentes de uma só família.
Violência ou grave ameaça, num só contexto, contra várias pessoas, com
multiplicidade de violações possessórias concurso formal - art. 70 CPB.
Continuação nos crimes de roubo - art. 71, § único CPB.
X - Roubo- próprio e impróprio - qualificado pelo resultado. (art. 157, § 3º, CPB)
Lesão corporal de natureza grave - roubo doloso e lesão dolosa ou culposa
(preterdolo).
Morte - latrocínio ( Crime hediondo - pena agravada de metade quando a vítima se encontra
nas condições do art. 224 do CPB ).
Latrocínio - morte (dolosa ou culposa) para subtrair bens da vítima.
Hipóteses - homicídio consumado e subtração consumada - latrocínio consumado (STF e
TJSP).
homicídio tentado e subtração tentada - latrocínio tentado (STF e TJSP).
homicídio tentado e subtração consumada - latrocínio tentado (RTJ 61/321).
homicídio consumado e subtração tentada - latrocínio consumado(STF e TJSP).
Súmula 610 do STF.
Extorsão.
II - Sujeitos do delito.
III - Conduta.
Verbo constranger - compelir, coagir, forçar.
Fazer algo - ex. o sujeito, mediante ameaça de morte, faz com que a vítima deixe certa
importância em determinado local; entregar ao agente certa quantia.
Tolerar que faça algo - ex. permitir que o credor rasgue o título de crédito.
Deixar de fazer alguma coisa - ex. deixar de cobrar uma dívida.
IV - Meios de execução.
Violência física e moral.
II - Sujeitos do delito.
III - Conduta.
Seqüestro ou cárcere privado.
IV - Elementos subjetivos do tipo.
Dolo + elemento subjetivo no tipo ( "com o fim de obter para si ou para outrem")
art. 148 CPB.
V - Resultado.
"Qualquer vantagem" - vantagem devida/indevida e econômica/não econômica.
"Condição ou preço do resgate" . Condição : fato que o sujeito pretende que a vítima
pratique a fim de libertar o sujeito passivo. Preço : é o valor dado pelo autor a fim de que
libere o ofendido.
VI - Qualificação doutrinária.
Crime permanente, complexo, formal e hediondo.
VII - Consumação e tentativa.
VIII - Tipos circunstanciados.
161
§ 1º - mais de 24 horas; seqüestrado menor de 18 anos (maior de 14 anos); bando ou
quadrilha (art. 288 CPB).
§ 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é menor de 18
(dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha.
Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
§ 4º - Delação premiada - art. 29 CPB : co-autores e partícipes. Requisito : efetiva
libertação da vítima.
IX - Figuras típicas qualificadas pelo resultado.
§ 2º - se do fato resulta lesão corporal de natureza grave - art. 129, §§ 1º e 2º CPB.
§ 3º - se do fato resulta morte.
Resultados dolosos ou culposos. (no seqüestrado).
EXTORSÃO INDIRETA.
II - Sujeitos do delito.
IV - Qualificação doutrinária.
Formal e material.
V - Consumação e tentativa.
162
VI - Elementos subjetivos do tipo.
dolo + elemento subjetivo do tipo ( abusando da situação de alguém ).
Concurso – a denunciação caluniosa é post factum não punível.
DA USURPAÇÃO.
Alteração de limites.
I – Generalidades.
Capítulo III – o legislador protege a posse e propriedade das coisas imóveis.
VI – Consumação e tentativa.
Com a supressão ou deslocamento. Crime formal.
É possível a tentativa.
VII – Concurso.
Havendo violência – concurso material.
O esbulho possessório absorve este crime.
Usurpação de águas.
II – Sujeitos do delito.
V – Consumação e tentativa.
Com o desvio ou represamento.
VI – Concurso e distinção.
164
Havendo violência há concurso material – Art. 161, § 2º, CPB.
Esbulho possessório.
II – Sujeitos do delito.
V – Consumação e tentativa.
Com a invasão com o fim de esbulho possessório. Crime formal.
VI – Distinção.
Esbulho possessório e exercício arbitrário das próprias razões.
Imóvel objeto de financiamento do SFH – art. 1º, lei 5.741/71.
VII – Concurso.
Com violência – art. 161, § 2º, CPB.
165
VIII – Ação penal.
Art. 161, § 3º, CPB.
II – Sujeitos do delito.
VI – Consumação e tentativa.
VII – Concurso.
Furto e apropriação indébita – absorvem o crime do art. 162 CPB.
DANO
II - Sujeitos do delito.
Pode ser cometido por meio de ação ou omissão; por meios mediatos ou imediatos.
V - Qualificação doutrinária.
Crime material, simples, subsidiário, instantâneo, comissivo/omissivo e de forma livre.
VI - Consumação e tentativa.
II – Sujeitos do delito.
VI – Qualificação doutrinária.
Crime material, de dano, simples, comum, instantâneo, comissivo ou omissivo.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito passivo – O Estado, titular do tombamento. Em segundo lugar o proprietário,
se particular a coisa.
V – Qualificação doutrinária.
Crime comum, simples, de dano, material, comissivo ou omissivo, de forma livre e
instantâneo.
VI – Consumação e tentativa.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – qualquer pessoa, inclusive o proprietário.
Sujeito passivo – O Estado e o proprietário tratando – se de coisa particular.
VI – Qualificação doutrinária.
Crime simples, comum, comissivo e instantâneo.
APROPRIAÇÃO INDÉBITA
II - Sujeitos do delito.
Funcionário público - peculato (art. 312 CPB).
Em todas as hipóteses de apropriação indébita existe relação obrigacional entre duas
pessoas, de modo que sujeito ativo é quem tinha a posse ou detenção. Sujeito passivo é a
outra pessoa da relação obrigacional que sofre o prejuízo.
É necessário que o sujeito ativo esteja na posse ou detenção da coisa alheia móvel.
Arts. 1196, 1197 CC - posse direta e posse indireta.
Art. 1198 CC - detenção.
Arts. 85, 586, 592 e 645 CC : há transferência de domínio e por isso inexiste crime de
apropriação indébita. (a não ser que seja entregue ao sujeito para transferir a coisa a terceiro).
Arts. 644 e 664, 681, 708 CC - a negativa de restituição não constitui crime de
apropriação indébita, mas exercício regular de direito. (direito de retenção).
Art. 368 CC - direito de compensação.
VI - Qualificação doutrinária.
Crime comum, simples, instantâneo, material e comissivo.
Tratando - se de depósito necessário legal, duas hipóteses podem ocorrer : sujeito ativo
funcionário público : art. 312 CPB. Sujeito ativo particular : art. 168, § único, II, última figura
(depósito judicial). Portanto, não se aplica o inciso I.
171
Tratando - se de depósito necessário por equiparação - inciso III (coisa recebida em
razão de profissão).
Comportamento omissivo :
1 - deixar de repassar.
2 - deixar de recolher.
3 - deixar de pagar.
Finalidade da lei : proibir as atividades de apropriar - se de valores que devem ser transferidos
para a Previdência Social ou para o segurado.
172
O não repasse/recolhimento (contribuição) e o não pagamento (benefício) são meios de
realização da conduta típica descrita na lei penal.
VI - Sujeitos do delito.
Sujeito ativo - É crime próprio.
Sujeito passivo - Seguridade Social.
Estabelecimentos bancários.
art. 60, lei 8212/91 - prazo convencional.
Secretaria da Receita Federal.
arts. 19 e 33, lei 8212/91 - prazo legal. Os valores devem ser repassados mensalmente
pelo Tesouro Nacional.
2 - Art. 168 - A, § 1º, I : Deixar de recolher no prazo legal (art. 30, I, b e III, lei
8212/91 - estatui prazos para arrecadação e recolhimento das contribuições ).
4 - Art. 168 - A, § 1º, III : Benefício pago pela empresa com ressarcimento futuro do
INSS.
benefícios = salário família, salário maternidade.
173
Ocorre a dedução da contribuição do salário sem o pagamento do respectivo
benefício.
Só pode haver reembolso do desembolsado.
IX - Extinção da punibilidade.
Art. 168 - A, § 2º , CPB.
Declaração = art. 337 - A, CPB.
Contribuições = certa importância ou valor em dinheiro.
A confissão é do débito não do crime.
Ação fiscal = procedimento administrativo fiscal.
Art. 34, lei 9249/95 - não tem aplicação.
Art. 337 - A, § 1º, CPB - não é necessário o pagamento.
Elementos objetivos do tipo : Erro (sem qualquer participação dolosa do sujeito ativo) : sobre
a pessoa - ocorre quando uma pessoa é tomada por outra. Sobre a coisa.
Caso fortuito e força da natureza : causas estranhas à vontade do proprietário.
Elemento subjetivo do tipo : dolo deve coexistir com a conduta de apropriação. Dolo
ab initio = estelionato. O erro, caso fortuito ou força da natureza por si só não constitui o
crime. A conduta ilícita é a posterior apropriação.
II - Apropriação de tesouro.
Conceito e objetividade jurídica : art. 169, § único, I, CPB.
Tesouro : arts. 1264 e 1265 CC. (encontro casual, caso contrário será furto)
Art. 1266 CC - Enfiteuse/aforamento (Art. 678, do antigo CC: “Dá-se a enfiteuse,
aforamento ou emprazamento, quando por ato entre vivos, ou de última vontade, o
proprietário atribui a outrem o domínio útil do imóvel, pagando a pessoa, que o adquire, e
175
assim se constitui enfiteuta, ao senhorio direto uma pensão, ou foro, anual, certo e
invariável”).
Art. 610, antigo CC: “Deixa de considerar-se tesoiro o depósito achado, se alguém
mostrar que lhe pertence”.
O CP protege a inviolabilidade do patrimônio.
ESTELIONATO
Estelionato.
II - Sujeitos do delito.
Possibilidade de dupla subjetividade passiva e ativa.
Sujeito passivo determinado. Se indeterminado será crime contra a economia popular.
176
Meio executivo apto a enganar. No caso concreto deve ser levado em consideração o
grau de cultura da vítima.
DUPLICATA SIMULADA
II - Sujeitos do delito.
V - Qualificação doutrinária.
crime formal e unissubsistente.
ABUSO DE INCAPAZES
II - Sujeitos do delito.
Sujeito passivo - menor de 18 anos. Não compreende o menor emancipado.
alienado ou débil mental.
Alienado mental - é o louco, privado da capacidade de compreensão e
autodeterminação.
179
Débil mental - é o portador de deficiência psíquica, também privado de capacidade
intelectiva e volitiva. Incluem - se os imbecis e idiotas.
Art. 26, caput, CPB.
INDUZIMENTO À ESPECULAÇÃO
II – Sujeitos do delito.
IV – Qualificação doutrinária.
Crime formal.
180
V – Elementos subjetivos do tipo.
Dolo. Consciência de que está abusando do sujeito passivo. Conduta realizada com a
intenção de obter indevido proveito. Saiba ou deva saber que a operação é ruinosa. Dolo
direto e eventual.
FRAUDE NO COMÉRCIO
II – Sujeitos do delito.
Crime próprio. Sendo particular art. 171, § 2º, IV, CPB.
IV – Qualificação doutrinária.
Crime material.
OUTRAS FRAUDES
II - Sujeitos do delito.
IV - Qualificação doutrinária.
Crime material.
V – Consumação e tentativa.
Crime formal.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo: qualquer pessoa, em regra o depositário da mercadoria.
Sujeito passivo: portador ou endossatário dos títulos.
V – Consumação e tentativa.
Crime formal. Consuma –se com a circulação dos títulos, não se exigindo prejuízo
efetivo.
É impossível a tentativa.
FRAUDE À EXECUÇÃO
I - Conceito.
Art. 179 CPB.
II - Objetividade jurídica.
VI - Consumação e tentativa.
VII - Distinção.
Crime falimentar. Lei 11.101/05.
Estelionato - art. 171, § 2º, II, CPB.
RECEPTAÇÃO
185
I - Conceito.
Art. 180, caput, CPB.
Receptação - dar abrigo, esconderijo.
II - Objetividade jurídica.
VI - Consumação e tentativa.
Receptação própria - Com a aquisição (transferência da propriedade); recebimento
(transferência da posse ou detenção); transporte (transferência da coisa de um lugar para
outro); condução (o ato de dirigir um veículo); ocultação (o ato de esconder que,
normalmente, pressupõe o recebimento).
Receptação imprópria - com a influência, ainda que sem efeito, desde que idônea e
inequívoca para alcançar o objetivo. É crime formal.
VII - Distinção.
Art. 334, § 1º. d, CPB.
Art. 349 CPB.
VIII - Receptação qualificada pelo objeto material.
Art. 180, § 6º, CPB.
186
XI - Receptação culposa.
Art. 180, § 3º, CPB.
Quando há dúvida quanto à origem da coisa, mas mesmo assim a adquire ou recebe.
Condutas - adquirir e receber.
Ocultação - conduta de quem sabe da origem criminosa. (dolo).
São três os indícios objetivos que vinculam a presunção da culpa : natureza da coisa
(objeto com o nome do proprietário); desproporção entre o valor e o preço; condição de quem
oferece a coisa.
Esses indícios têm valor relativo.
Consuma - se com a aquisição ou recebimento. Não admite tentativa.
I – Escusas absolutórias - Imunidades absolutas ou materiais: art. 181 CPB. Natureza idêntica
a das causas extintivas da punibilidade.
TÍTULO III
Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de
1º.7.2003)
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. (Redação dada pela Lei nº 10.695,
de 1º.7.2003)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.695, de
1º.7.2003)
§ 2o Na mesma pena do § 1o incorre quem, com o intuito de lucro direto ou indireto, distribui,
vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, oculta, tem em depósito, original ou cópia
de obra intelectual ou fonograma reproduzido com violação do direito de autor, do direito de artista
intérprete ou executante ou do direito do produtor de fonograma, ou, ainda, aluga original ou cópia
de obra intelectual ou fonograma, sem a expressa autorização dos titulares dos direitos ou de quem
os represente. (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 10.695, de
1º.7.2003)
188
o o o o
§ 4 O disposto nos §§ 1 , 2 e 3 não se aplica quando se tratar de exceção ou limitação ao
direito de autor ou os que lhe são conexos, em conformidade com o previsto na Lei nº 9.610, de 19
de fevereiro de 1998, nem a cópia de obra intelectual ou fonograma, em um só exemplar, para uso
privado do copista, sem intuito de lucro direto ou indireto. (Incluído pela Lei nº 10.695, de
1º.7.2003)
Art. 186. Procede-se mediante: (Redação dada pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
I – queixa, nos crimes previstos no caput do art. 184; (Incluído pela Lei nº 10.695, de
1º.7.2003)
II – ação penal pública incondicionada, nos crimes previstos nos §§ 1 o e 2o do art. 184;
(Incluído pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
III – ação penal pública incondicionada, nos crimes cometidos em desfavor de entidades de
direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou fundação instituída
pelo Poder Público; (Incluído pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
IV – ação penal pública condicionada à representação, nos crimes previstos no § 3 o do art. 184.
(Incluído pela Lei nº 10.695, de 1º.7.2003)
Generalidades.
CAPÍTULO I
Generalidades.
II – Sujeitos do delito.
Admite – se a tentativa.
Generalidades.
Título IV CPB.
191
Arts. 5º, XIII, CF.
Capítulo “Dos Direitos Sociais” – CF.
O CPB buscando tutelar a liberdade de trabalho, definiu crimes que atentam contra a
sua organização.
A Lei de Segurança Nacional (Lei 7.170/83) pune crimes contra a organização do
trabalho que tenham objetivo político social.
Lei 7.783 de 28 de junho de 1.989 – dispõe sobre o exercício de greve, define as
atividades essenciais, regula o atendimento das necessidades inadiáveis à comunidade.
Lei 9.029 de 13 de abril de 1.995 – prevê crimes relacionados com práticas
discriminatórias para efeito de acesso a relação de emprego, ou sua manutenção, por motivo
de sexo, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar ou idade.
II – Sujeitos do delito.
V – Consumação e tentativa.
192
VI – Qualificação doutrinária.
Crime material, comum e instantâneo.
VII – Pena e ação penal.
II – Sujeitos do delito.
III – Elementos objetivos do tipo.
Coação para exercer contrato de trabalho.
Coação para não exercer – art. 146 CPB.
Meios de execução – violência e greve ameaça.
Matéria prima – é a substância principal e essencial com que se faz alguma coisa.
Produto industrial – resultante de transformação por intermédio da indústria.
Produto agrícola – resultante da agricultura.
Figura típica mista cumulativa – duas condutas, concurso de crimes.
VI – Qualificação doutrinária.
Crimes comuns, materiais e instantâneos.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – empregado, empregador ou terceira pessoa.
No caso de a paralisação do trabalho ser causada pelos empregados (abandono
coletivo de trabalho), exige-se o concurso de, pelo menos, três empregados. Na hipótese de
ser causada pelos empregadores (suspensão coletiva de trabalho), exige – se o concurso de
mais de uma pessoa.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – empregador ou empregado.
Sujeito passivo – coletividade.
V – Consumação e tentativa.
Com a interrupção.
É possível a tentativa.
VI – Qualificação doutrinária.
Crime simples, comum, material, de concurso necessário e instantâneo.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – qualquer pessoa. (- empregador).
Sujeito passivo – empregador e coletividade.
V – Consumação e tentativa.
Com a invasão e ocupação. Com o dano ou disposição.
Crime formal.
VI – Qualificação doutrinária.
Crimes comuns pluriofensivos (organização do trabalho e tranqüilidade pessoal;
organização do trabalho e patrimônio).
Invasão é crime permanente. Sabotagem é crime instantâneo.
II – Sujeitos do delito.
V – Consumação e tentativa.
VI – Qualificação doutrinária.
Crime comum, simples e material.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – qualquer pessoa. Em regra o empregador.
Sujeito passivo – Estado, titular do interesse coletivo na nacionalização do trabalho.
V – Consumação e tentativa.
VI – Qualificação doutrinária. Crime comum, simples e material.
VII – Pena e ação penal.
Exercício de atividade com infração de decisão administrativa.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – a pessoa impedida.
Sujeito passivo – o Estado.
V – Consumação e tentativa.
Habitualidade. Não é possível a tentativa.
VI – Qualificação doutrinária.
Crime habitual e próprio.
VII – pena e ação penal.
II – Sujeitos do delito.
V – Consumação e tentativa.
VI – Qualificação doutrinária.
Crime comum, simples, formal e de tendência (o crime condiciona a sua existência à
intenção do sujeito).
II – Sujeitos do delito.
VI – Qualificação doutrinária.
Crime formal, comum, simples, instantâneo e de tendência.
TÍTULO V
DOS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO E
CONTRA O RESPEITO AOS MORTOS.
CAPÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA O SENTIMENTO RELIGIOSO
II – Figuras típicas.
Três figuras típicas.
VI – Sujeitos do crime.
IX – Qualificação doutrinária.
Escarnecer – crime formal.
Impedir, perturbar – crime material e eventualmente permanente.
201
Vilipêndio – formal ou material.
X – Consumação e tentativa.
XI – Forma qualificada.
Art. 208, § único, CPB.
Capítulo II.
Dos crimes contra o respeito aos mortos.
II – Sujeitos do crime.
V – Qualificação doutrinária.
Crime material.
VI – Consumação e tentativa.
Com o efetivo impedimento ou perturbação de enterro ou cerimônia fúnebre.
202
VII – Forma qualificada.
Art. 209, § único, CPB.
Violência contra o cadáver – arts. 211 ou 212 CPB.
Violação de sepultura.
I – Conceito e objetividade jurídica.
Art. 210 CPB.
Protege – se o sentimento de respeito aos mortos.
II – Sujeitos do crime.
V – Qualificação doutrinária.
Crime material.
VI – Consumação e tentativa.
Tentativa de violação = profanação consumada.
203
II – Sujeitos do crime.
V – Qualificação doutrinária.
Crime material.
VI – Consumação e tentativa.
Vilipêndio a cadáver.
I – Conceito e objetividade jurídica.
Art. 212 CPB.
Sentimento de respeito pelos mortos.
II – Sujeitos do crime.
V – Qualificação doutrinária.
O crime pode ser material ou formal de acordo com a maneira de execução.
VI – Consumação e tentativa.
TÍTULO VI
DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
Considerações gerais.
O título VI do Código penal tutela a dignidade sexual, expressão umbilicalmente
ligada à liberdade e ao desenvolvimento sexual da pessoa humana.
Trata da proteção ao direito individual de qualquer pessoa, da liberdade de escolha do
parceiro (a) e do consentimento na prática do ato sexual.
A violência nos crimes sexuais atinge a personalidade humana correspondendo a uma
invasão da privacidade da vítima, que teve violada sua liberdade sexual.
205
TÍTULO VI
DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
CAPÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Estupro
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção
carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: (Redação
dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de
2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Violação sexual mediante fraude (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém,
mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da
vítima: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de
2009)
CAPÍTULO II
DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Sedução
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14
(catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput com alguém
que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a
prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. (Incluído
pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Corrupção de menores
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de
2009)
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18
(dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste
artigo; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
CAPÍTULO III
DO RAPTO
Rapto consensual
Diminuição de pena
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES GERAIS
Ação penal
Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se
mediante ação penal pública condicionada à representação. (Redação dada pela Lei nº
12.015, de 2009)
Aumento de pena
CAPÍTULO V
DO LENOCÍNIO E DO TRÁFICO DE PESSOA PARA FIM DE
PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE
EXPLORAÇÃO SEXUAL
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº
12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de
2009)
Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra
exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou
gerente: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Rufianismo
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº
12.015, de 2009)
Art. 231. Promover ou facilitar a entrada, no território nacional, de alguém que nele
venha a exercer a prostituição ou outra forma de exploração sexual, ou a saída de alguém
que vá exercê-la no estrangeiro. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de
2009)
Tráfico interno de pessoa para fim de exploração sexual (Redação dada pela
Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de
2009)
CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES GERAIS
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena é aumentada: (Incluído pela Lei nº
12.015, de 2009)
212
I – (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
III - de metade, se do crime resultar gravidez; e (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 234-B. Os processos em que se apuram crimes definidos neste Título correrão em
segredo de justiça.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
CAPÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL
ESTUPRO.
2. Elementos do tipo.
Constranger – forçar, compelir, coagir.
213
Conjunção carnal – é a relação sexual normal. A introdução do pênis na vagina da mulher.
Ato libidinoso – é gênero do qual é espécie a conjunção carnal. Por isso o tipo penal assinala
“outro” ato libidinoso. Assim, pode ser definido como aquele comportamento sexual,
diferente da conjunção carnal,, destinado a satisfazer a lascívia, o apetite sexual. Qualquer
atitude com conteúdo sexual que tenha por finalidade a satisfação da libido.
3. Sujeitos do crime.
Ativo – qualquer pessoa.
Agente ascendente, padrasto, madrasta, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador,
preceptor ou empregador da vítima ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de
cuidado, proteção ou vigilância, a pena será majorada de metade (art. 226, II).
Passivo – qualquer pessoa (inclusive a prostituta)
214
Tratando-se de vítima menor de 18 anos e maior de 14 anos o crime será qualificado(§ 1º). Se
menor de 14 anos o delito será o do art. 217-A do CP (estupro de vulnerável), abolindo-se a
presunção de violência trazida pelo art. 224 do CP.
Se no dia do seu aniversário a vítima estiver completando 14 anos e o ato sexual for praticado
com violência ou grave ameaça haverá estupro simples; se o ato foi consentido, o fato é
atípico. Nesse caso, a alteração legislativa é benéfica devendo retroagir para alcançar os fatos
pretéritos.
4. Elemento subjetivo.
Dolo. A simples vontade de submeter a vítima à prática de relações sexuais completas.
5. Consumação e tentativa.
O crime consuma-se com a prática do ato de libidinagem (gênero que abrange a conjunção
carnal e inúmeros atos libidinosos).
É possível a tentativa.
6. Resultados qualificadores.
Os §§ 1º e 2º trazem qualificadoras preterdolosas.
Revogação do artigo 223, CPB.
7. Ação penal.
Artigo 225, CPB.
Envolve os antigos crimes de posse sexual mediante fraude e atentado ao pudor mediante
fraude.
A pena do tipo básico foi majorada, não retroagindo para alcançar os fatos passados.
2. Elementos do tipo.
Fraude: artifício, ardil.
É o estelionato sexual. Há o emprego de meio enganoso para a obtenção da prestação sexual.
215
A vítima tem a sua vontade iludida e externa o consentimento.
É necessário que a fraude seja capaz de iludir alguém, analisando-se, para tanto, não só o
meio empregado, como também as condições do ofendido, que poderão variar conforme o
caso concreto.
A fraude utilizada na execução do crime não pode anular a capacidade de resistência da
vítima, caso em que estará configurado o delito de estupro de vulnerável (art. 217-A). P. ex.
uso de psicotrópicos para vencer a resistência da vítima e com ela manter a conjunção carnal.
4. Consumação e tentativa.
Consuma-se com a prática do ato de libidinagem.
Sendo delito plurissubsistente admite a tentativa.
5. Ação penal.
Art. 225, CPB.
ASSÉDIO SEXUAL
2. Sujeitos do crime.
Sujeito ativo: superior hierárquico ou ascendente em relação de emprego, cargo ou função.
Artigo 226, II, CPB.
Crime próprio.
Sujeito passivo: pessoa subalterna do autor.
Inexistindo a relação entre os sujeitos: art. 146, CPB, ou art. 61, LCP.
Menor de 18 anos: § 2º - pena aumentada até um terço.
5. Consumação e tentativa.
Quanto a consumação há duas correntes: a) com o constrangimento, pois é crime formal; b) o
crime é habitual, sendo necessária a prática de reiterados atos constrangedores.
Dependendo do posicionamento adotado será ou não possível a tentativa.
6. Ação penal.
Art. 225, CPB.
Capítulo II.
DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL.
Estupro de vulnerável.
2. Sujeitos do crime.
Sujeito ativo: qualquer pessoa. Trata-se de crime comum.
Art. 226, II, CPB.
Sujeito passivo: pessoa com menos de 14 anos ou portadora de enfermidade ou deficiência
mental ou incapaz de discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa,
sem condições de oferecer resistência.
6. Consumação e tentativa.
Consuma-se com a prática do ato de libidinagem.
É possível a tentativa.
7. Ação penal.
Art. 225, CPB.
2. Sujeitos do crime.
Sujeito ativo: crime comum.
A mediação pressupõe um triângulo constituído pelo sujeito ativo (mediador ou lenão), a
vítima (pessoa menor de 14 anos induzida a satisfazer a lascívia de outrem) e o “destinatário”
da atividade criminosa do primeiro. Este (consumidor) não pode ser considerado co-autor do
crime, ainda que haja instigado o mediador, pois a norma exige o fim de satisfazer a lascívia
de outrem (e não própria).
Sujeito passivo: a pessoa menor de 14 anos, não corrompida, não afeita à vida sexual
promíscua.
Deve ser pessoa determinada. Tratando-se de um número indeterminado de pessoas: art. 218-
B, CPB.
5. Consumação e tentativa.
Consuma-se o delito com a prática do ato que importa na satisfação da lascívia de outrem,
independentemente deste considerar-se satisfeito.
É possível a tentativa.
6. Ação penal.
Art. 225, CPB.
219
Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente.
Interpretando o artigo 218 do CPB, antes da alteração realizada pela lei 12.015/09 a doutrina
observava que induzir vítima não maio de 14 anos a presenciar ato de libidinagem sem deles
participar, ativa ou passivamente, era, em regra, um indiferente penal (fato atípico).
A lei 12.015/09 integrou a lacuna, criando o art. 218-A.
2. Sujeitos do delito.
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Art. 226, II, CPB.
Sujeito passivo: qualquer pessoa, desde que menor de 14 anos.
Observação importante: em nenhum das duas situações a vítima participa do ato sexual,
limitando-se a observar, pois, caso contrário, haverá estupro de vulnerável (art. 217-A).
5. Consumação e tentativa.
Na primeira modalidade típica com a efetiva realização do ato sexual.
Na segunda modalidade típica com a ação de induzir a presenciar, independentemente da
concretização do ato de libidinagem.
220
É possível a tentativa nas duas formas.
6. Ação penal.
Artigo 225, CPB.
Observação: este crime não se confunde com o definido no art. 218 (mediação para servir a
lascívia de outrem). No art. 218, o agente induz a vítima a satisfazer a lascívia de pessoa (s)
certa (s) e determinada (s). Já no crime em análise o agente leva, atrai, propicia ou retém a
vítima, visando desta o exercício da prostituição, consistente em satisfazer a lascívia de
pessoa indeterminada.
2. Sujeitos do crime.
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Art. 226, II, CPB.
Sujeito passivo: qualquer pessoa nas condições descritas no tipo (homem ou mulher).
A lei não diferencia o já corrompido daquele que conta com sua moral intacta.
221
A prostituta pode ser vítima deste crime? Quando impedida de deixar a prostituição sim.
Entretanto, por já se dedicar ao comércio carnal, não será possível, obviamente, induzir, atrai
ou facilitar o seu ingresso.
Exploração sexual: pode ser definida como uma dominação e abuso do corpo de crianças,
adolescentes e adultos (oferta), por exploradores sexuais (mercadores), organizados, muitas
vezes, em rede de comercialização local e global (mercado), ou por pais ou responsáveis, e
por consumidores de serviços sexuais pagos (demanda), admitindo quatro modalidades:
a) prostituição: atividade na qual atos sexuais são negociados em troca de pagamento, não
apenas monetário.
b) turismo sexual: é o comércio sexual, bem articulado, em cidades turísticas, envolvendo
turistas nacionais e estrangeiros e principalmente mulheres jovens, de setores excluídos de
países de terceiro mundo.
c) pornografia: produção, exibição, distribuição, venda, compra, posse e utilização de material
pornográfico, presente também na literatura, cinema, propaganda, etc...
d) tráfico para fins sexuais: movimento clandestino e ilícito de pessoas através de fronteiras
nacionais, com o objetivo de forçar mulheres e adolescentes a entrar em situações
sexualmente opressoras e exploradoras, para lucro dos aliciadores, traficantes.
O favorecimento pode ocorrer por ação ou omissão, esta na hipótese em que o agente,
revestido do dever jurídico de impedir que a vítima ingresse na prostituição, nada fez,
aderindo subjetivamente à sua conduta.
5. Consumação e tentativa.
Nas modalidades submeter, induzir, atrair e facilitar consuma-se o delito no momento em que
a vítima passa à prostituição, colocando-se, de forma constante, à disposição dos clientes,
ainda que não tenha atendido nenhum.
Já na modalidade de impedir ou dificultar o abandono da prostituição, o crime consuma-se no
momento em que a vítima delibera por deixar a atividade e o agente obsta esse intento,
protraindo a consumação durante todo o período de embaraço (crime permanente).
É possível a tentativa.
6. Ação penal.
Art. 225, CPB.
Capítulo III
(Revogado)
Capítulo IV.
Disposições gerais.
Ação penal.
Artigo 225, CPB.
Considerações gerais.
Antes da lei 12.015/09 a ação penal nos crimes sexuais era de iniciativa privada, de acordo
com o que estabelecia o caput do art. 225. Agora, com a reforma, a regra estabelece que a
ação penal é pública condicionada, transformando-se em pública incondicionada quando a
vítima é:
I – menor de 18 anos;
II – pessoa vulnerável.
Observação: a ação penal, para os casos praticados antes da vigência da nova lei, deve
continuar sendo privada (queixa crime), vez que, do contrário, estar-se-ia subtraindo inúmeros
institutos extintivos da punibilidade ao acusado. A mudança da titularidade da ação penal é
223
matéria de processo penal, mas conta com reflexos penais imediatos. Daí a imperiosa
necessidade de tais normas (processuais, mas com reflexos penais diretos) seguirem a mesma
orientação jurídica das normas penais. Quando a inovação é desfavora´vel ao réu não
retroage.
CAPÍTULO V
DO LENOCÍNIO E DO TRÁFICO DE PESSOA PARA FIM DE PROSTITUIÇÃO OU
OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL
2. Sujeitos do crime.
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Artigo 228, § 1º, CPB.
Sujeito passivo: qualquer pessoa com idade igual ou superior a 18 anos, seja homem ou mulher,
capaz mentalmente, possuindo, no momento do crime, o necessário discernimento para a prática do
ato.
A lei não diferencia o já corrompido daquele que conta com sua moral intacta.
A prostituta pode ser vítima do crime quando impedida de deixar a prostituição.
O favorecimento pode acontecer por ação ou omissão, esta na hipótese em que o agente, revestido
do dever jurídico de impedir que a vítima ingresse na prostituição, nada faz, aderindo
subjetivamente à sua conduta.
5. Confronto.
a) A exploração da prostituição de crianças e adolescentes está prevista como crime no art. 218-B,
do CP (revogando o art. 244-A, do ECA).
b) A exploração da prostituição de adultos está tipificada no art. 228 do CP.
c) No art. 231 pune-se a exploração sexual da espécie tráfico internacional de pessoas (criança,
adolescente ou adulto).
d) No art. 231-A, o tráfico interno.
e) A pornografia envolvendo crianças e adolescentes foi incriminada no ECA nos arts. 240, 241,
241-A a 241-D.
f) a pornografia envolvendo adultos, em regra, não é crime.
8. Ação penal.
Pública incondicionada.
Casa de prostituição.
2. Sujeitos do delito.
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: a pessoa explorada sexualmente.
A intenção do legislador parece ser punir também hotéis, hospedarias e até restaurantes, desde que
destinados, habitualmente, à exploração sexual.
5. Consumação e tentativa.
Consuma-se no momento em que fica caracterizada a manutenção do estabelecimento.
Por ser crime habitual não admite a tentativa.
6. Ação penal.
Ação penal pública incondicionada.
Rufianismo.
2. Sujeitos do crime.
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Rufião: pessoa que vive às custas de prostitutas. Espécies:
a) cafetão: utiliza a coação, força terror.
b) cafinflero: atuam pelo poder de sedução ou do amor.
c) comerciante: faz da atividade apenas um comércio.
227
d) gigolô: se serve gratuitamente da meretriz, ou dela recebe presentes. Não praticam o crime.
§ 1º.
Sujeito passivo: a coletividade, como também quem, se dedicando à prostituição, tem sua atividade
explorada pelo rufião (ou rufia).
§ 2º.
É crime habitual.
5. Consumação e tentativa.
A consumação ocorrerá com a prática de atos reiterados de obtenção de proveito ou de sustento por
parte do rufião.
Não é possível a tentativa.
6. Ação penal.
Ação penal pública incondicionada.
No § 1º:
a) agenciar: intermediar, servir de agente;
b) aliciar: atrair;
c) comprar: obter mediante pagamento;
d) transportar: conduzir a determinado lugar;
e) transferir: mudar de um lugar para outro;
f) alojar: por ou guardar;
A dignidade sexual, é bem jurídico indisponível, sendo irrelevante o consentimento por parte
daquele que se submete à ação delituosa.
Segundo o “Protocolo adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado
Transnacional relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em especial de
mulheres e crianças (2000), instrumento já ratificado pelo Estado brasileiro, tráfico de pessoas
significa: “o recrutamento, o transporte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas,
recorrendo à ameaça ou uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao
abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou
benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre oura para fins de
exploração”.
Nesse mesmo Protocolo encontramos a definição de exploração, como sendo “no mínimo, a
exploração da prostituição de outrem ou outras formas de exploração sexual, o trabalho ou serviços
forçados, escravatura ou práticas similares à escravatura, a servidão ou a remoção de órgãos”.
A lei 12015/09, adaptando nossa legislação aos documentos internacionais, alterou a finalidade do
crime, não mais restringindo à prostituição, abrangendo toda espécie de exploração sexual.
Exploração sexual: dominação e abuso do corpo de crianças, adolescentes e adultos (oferta), por
exploradores sexuais (mercadores), organizados, muitas vezes, em rede de comercialização local e
global (mercado), ou por pais ou responsáveis, e por consumidores de serviços sexuais pagos
(demanda), admitindo quatro modalidades: prostituição, turismo sexual (comércio sexual, bem
articulado, em cidades turísticas nacionais, envolvendo turistas nacionais e estrangeiros e
229
principalmente mulheres jovens, de setores excluídos de países de terceiro mundo, pornografia
(produção, exibição, distribuição, venda, compra e utilização de material pornográfico, presente
também na literatura, cinema, propaganda, etc, e tráfico para fins sexuais (movimento clandestino e
ilícito de pessoas através de fronteiras nacionais, com o objetivo de forçar mulheres e adolescentes a
entrar em situações sexualmente opressoras e exploradoras, para lucro dos aliciadores, traficantes.).
Obs. A exploração da prostituição de crianças e adolescentes está prevista como crime no art.
218-B do CP (revogando o art. 244-A do ECA).
A exploração da prostituição de adultos está tipificado no art. 228 do CP.
No art. 231 pune-se a exploração sexual da espécie tráfico internacional de pessoas (criança,
adolescente ou adulto).
No art. 231-A pune-se o tráfico interno.
A pornografia envolvendo crianças e adolescentes foi incriminada no ECA, mais
precisamente nos arts. 240, 241, 241-A a 241-D.
A pornografia de adultos, em regra, não configura crime.
3. Sujeitos do delito.
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: qualquer pessoa.
6. Consumação e tentativa.
230
Consumação: para a maior parte da doutrina a consumação se dá com a entrada ou a saída da pessoa
do território nacional, dispensando-se que pratique, efetivamente, algum ato fruto da exploração
sexual.
Para alguns doutrinadores deve haver o efetivo exercício da prostituição.
Modalidades equiparadas do § 1º: o crime se consuma com o agenciamento, aliciamento ou compra
da pessoa traficada, ou com seu transporte, transferência ou alojamento, sendo estas três últimas
modalidades formas permanentes do crime, admitindo flagrante a qualquer tempo.
É possível a tentativa.
7. Ação penal.
A ação penal é pública incondicionada.
2. Sujeitos do delito.
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: qualquer pessoa.
6. Consumação e tentativa.
231
Consumação: depende do entendimento que se tenha a respeito do dolo.(caput).
§ 1º: com o agenciamento, aliciamento, compra, transporte, transferência ou alojamento (três
últimas modalidades crime permanente).
É possível a tentativa.
Art. 232 - Nos crimes de que trata este Capítulo, é aplicável o disposto nos arts. 223
e 224. (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)
Generalidades.
Arts. 233 e 234. O legislador tem por fim proteger o sentimento de moralidade
sexual vigente numa sociedade em determinado momento (pudor público).
Conceito variável no tempo e no espaço.
Ato obsceno.
II - Sujeitos do delito.
V - Consumação e tentativa.
232
Com a prática do ato que ofende a moralidade pública. Não é necessário que o
ato obsceno seja presenciado por outrem, nem que tenha ofendido o pudor dos assistentes.
Tentativa é inadmissível.
VI - Qualificação doutrinária.
Crime comum, de perigo abstrato e instantâneo.
II - Sujeitos do delito.
VI - Consumação e tentativa.
Não é necessário, para a consumação, que alguém tenha acesso ao material,
nem que o pudor público seja efetivamente atingido. Basta a possibilidade de que tal
aconteça.
A tentativa é possível.
233
VII - Qualificação doutrinária.
Crime de perigo abstrato, de ação múltipla ou de conteúdo variado e comum.
Capítulo VII.
Disposições gerais.
Aumento de pena.
Art. 234-A.
Traz duas novas majorantes, cada qual com frações diferentes, incidindo sobre todos os capítulos do
Título VI.
Art. 234: restrição ao princípio da publicidade: arts. 5º, LX e 93, IX da CF), para impedir a violação
à intimidade da pessoa.
“Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando
infração penal ou induzindo-o a praticá-la:
Pena: reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§ 1º. Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali tipificadas
utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet.
§ 2º. As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de 1/3 (um terço) no caso de a
infração cometida ou induzida estar incluída no rol do art. 1º da Lei 8072, de 25/07/90.
Generalidades.
Artigos 235 a 249 do CPB.
O adultério, definido no artigo 240, CPB, está revogado pela lei 11.106/05.
Sobre a invalidade do casamento ver artigos 1.548 a 1.564 do Código Civil.
Sobre os impedimentos para o casamento ver artigos 1.521 e 1.522 do Código Civil.
O Título VII está dividido em quatro capítulos:
234
Capítulo I – Dos crimes contra o casamento.
Capítulo II – Dos crimes contra o estado de filiação.
Capítulo III – Dos crimes contra a assistência familiar.
Capítulo IV – Dos crimes contra o pátrio poder (poder familiar), tutela e curatela.
Generalidades.
Capítulo I – proteção ao casamento monogâmico.
Capítulo II – proteção à família, no que diz respeito à segurança do estado de filiação.
Capítulo III – proteção das regras relativas ao dever de assistência mútua entre os familiares.
Capítulo IV – trata dos crimes contra a assistência familiar.
Bigamia.
2 – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – é a pessoa casada. (§ 1º).
Sujeito passivo – Estado. Cônjuge do primeiro casamento e o do segundo, se de boa fé.
5 – Consumação e tentativa.
235
Consuma-se no momento em que os nubentes manifestam o consentimento à vontade de casar.
Arts. 1514 e 1535, CC.
É admissível a tentativa.
Publicação dos proclamas e processamento da habilitação – atos preparatórios ou crime de falso.
6 – Qualificação doutrinária.
Crime instantâneo de efeitos permamentes. Crime bilateral ou de encontro.
7 – Prescrição.
Art. 111, IV, CPB.
05 – Qualificação doutrinária.
Crime instantâneo e comissivo.
06 – Consumação e tentativa.
O crime se consuma no momento da realização do casamento incriminado.
A tentativa é inadmissível. (§ único – condição de procedibilidade).
07 – Condição de procedibilidade.
08 – Ação penal.
Ação penal de iniciativa privada personalíssima.
A morte do contraente enganado acarreta a extinção da punibilidade, não se aplicando o art. 31,
CPP.
09 – Pena e prescrição.
Art. 111, I, CPB.
05 – Consumação e tentativa.
Consuma-se com a realização do casamento.
É possível a tentativa.
06 – Qualificação doutrinária.
É crime instantâneo e formal.
05 – Qualificação doutrinária.
Crime formal.
07 – Consumação e tentativa.
Consuma-se o crime pela simples conduta do agente que pratica ato inequívoco de atribuir-se a
falsa autoridade.
A tentativa será possível quando o ato inequívoco puder ser fracionado.
Simulação de casamento.
05 – Consumação e tentativa.
Consuma-se com a efetiva simulação da cerimônia do casamento.
É possível a tentativa.
Adultério
5 – Consumação e tentativa.
Consuma-se com a inscrição no Registro Civil de nascimento inexistente.
É possível a tentativa.
6 – Qualificação doutrinária.
É crime instantâneo de efeitos permanentes.
7 – Prescrição.
Art. 111, IV, CPB.
5 – Qualificação doutrinária.
Crimes instantâneos, plurissubsistentes.
6 – Consumação.
Consuma-se o delito com a apresentação (parto suposto), registro, ocultação ou substituição
(supressão ou alteração de direito inerente ao estado civil).
É possível a tentativa.
9 – Prescrição.
Art. 111, IV, CPB.
2 – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – qualquer pessoa.
Sujeito passivo – Estado; criança abandonada.
5 – Consumação e tentativa.
Consuma-se o crime com o abandono do menor e a ocultação ou falsa atribuição de filiação.
É possível a tentativa.
6 – Qualificação doutrinária.
Crime material, de tendência.
Abandono material.
Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18
(dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos,
não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia
judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou
ascendente, gravemente enfermo: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
2 – Objetividade jurídica.
Proteção do organismo familiar. Procura-se garantir a subsistência e o amparo de seus membros.
3 – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – apenas aquele que tem o dever legal de prover a subsistência do sujeito passivo,
podendo ser o pai, a mãe, o cônjuge, o descendente, qualquer pessoa que deixa de socorrer
ascendente ou descendente gravemente enfermo.
Art. 5º, I; 226, § 5º, CF – a mulher tem os mesmos deveres do homem.
Art. 1511, CC. Arts. 1565/1568, CC. Art. 1694, CC. Art. 1703, CC.
Ordem estabelecida pela civil na obrigação de prestar alimentos: arts. 1696/1698, CC.
Arts. 732, 733, e 852, CPC.
Sujeito passivo – Estado, e todo aquele que, nos termos da lei penal, pode exigir a prestação do
cônjuge ou parente.
243
4 – Elementos objetivos do tipo.
a) Deixar de prover à subsistência de filho menor de dezoito anos, ou inapto para o trabalho, ou
ascendente inválido ou maior de sessenta anos, não lhe proporcionando os recursos necessários.
A noção de meios de subsistência é mais restrita do que a de alimentos, no campo do direito
privado, restringindo-se às coisa estritamente necessárias para a vida como alimentação, vestuário e
habitação. Não inclui, portanto, as despesas de caráter simplesmente alimentar assim como a
prestação de educação, diversão, etc.
Não se condiciona o crime à decisão ou mesmo instauração de prévia ação de alimentos.
Lei 8971/94 – passou a ter direito também a alimentos a companheira comprovada de um homem
solteiro, separado judicialmente, divorciado ou viúvo, que com ele viva há mais de cinco anos, ou
dele tenha prole, reconhecido igual direito ao companheiro de mulher solteira, separada
judicialmente, divorciada ou viúva.
Arts. 1723 a 1726, CC – união estável.
d) Frustra ou impede o pagamento de pensão.
Arts. 133 a 136, CPB. Art. 99, lei 10741/03.
5 – Elemento subjetivo do tipo.
Dolo.
7 – Qualificação doutrinária.
Crime permanente, omissivo puro.
8 – Consumação e tentativa.
244
Crime omissivo puro (ou próprio), consuma-se em qualquer de suas modalidades, com a recusa do
sujeito em ministrar à vítima os meios de subsistência necessários, ou em pagar a pensão
alimentícia devida (respeitados os prazos processuais existentes para o pagamento).
É impossível a tentativa.
9 – Detração penal.
Art. 42, CPB.
5 – Qualificação doutrinária.
Crime de perigo abstrato, instantâneo.
6 – Consumação e tentativa.
Consuma-se com a entrega do menor ao terceiro, não se exigindo que lhe resulte efetivo prejuízo.
É possível a tentativa.
Abandono intelectual.
7 – Qualificação doutrinária.
Crime omissivo próprio, permanente.
Abandono moral.
Em todas essas condutas não se exige que a permissão seja dada expressamente, bastando a omissão
dolosa do sujeito ativo, ou seja, a sua concordância tácita. Devem os pais impedir essas condutas,
solicitando providências às autoridades quando impotentes para coibi-las.
Exige-se habitualidade.
247
4 – Elementos subjetivos do tipo.
Dolo.
+ para excitar a comiseração pública (inc. IV).
5 – Consumação e tentativa.
A consumação pode ocorrer em duas situações diversas, ou seja, quando o sujeito ativo concede a
permissão antes dos fatos ou quando tolera que os fatos continuem ocorrendo após tomar
conhecimento deles.
Se a permissão for dada antes o crime se consuma com a prática pelo menor da conduta que traga
perigo a sua formação moral e a tentativa será admissível.
Se a permissão for dada depois, o crime será omissivo puro, não admitindo tentativa. O momento
consumativo, nesse caso, sra aquele em que ocorrer a permissão.
6 – Qualificação doutrinária.
Crime instantâneo, de perigo abstrato.
Generalidades.
Pátrio poder: conjunto de direitos e deveres atribuídos aos pais, em relação à pessoa e aos bens dos
filhos não emancipados, tendo em vista a proteção deles.
Nos termos do novo Código Civil o pátrio poder é agora denominado poder familiar, estando
disciplinados em seus arts. 1630 a 1638, CC.
Tutela – art. 1728, I, II, CC.
Curatela – art. 1767, I a V, CC.
6 – Consumação e tentativa.
Induzimento – ocorre com a fuga.
Entrega arbitrária – no ato da entrega do incapaz.
Sonegação – no ato da recusa injustificada em entregar o menor ou interdito a quem legitimamente
o reclame.
É possível a tentativa nas figuras de induzimento a fuga e entrega arbitrária de incapaz.
Na sonegação a tentativa é inadmissível.
7 – Qualificação doutrinária.
Crime instantâneo, material – induzimento a fuga.
Crime comissivo – entrega arbitrária.
Crime omissivo puro e permanente – sonegação de incapaz.
Subtração de incapazes.
5 – Consumação e tentativa.
Consuma-se mediante a subtração contra a vontade de quem de direito, ou seja, quando o menor ou
interdito é retirado da esfera de vigilância e proteção do responsável.
É possível a tentativa.
6 – Qualificação doutrinária.
É crime instantâneo, comissivo, material.
7 – Perdão judicial.
Art. 249, § 2º, CPB.
GENERALIDADES
250
O Código Penal Brasileiro objetivando garantir a segurança de todos os cidadãos, sem limitação e
determinação de pessoas, contra danos físicos, morais e patrimoniais, tipificou os crimes contra a
incolumidade pública.
São crimes que provocam perigo a um número indeterminado de pessoas e, por isso, acarretando
intranqüilidade generalizada.
A coletividade é o interesse tutelado. Os interesses e bens particulares são protegidos apenas de
maneira reflexa.
Se do perigo resultante da conduta advier danos aos bens e interesses particulares, o dano,
geralmente, funciona como qualificadora do delito-base.
GENERALIDADES
Incêndio.
O incêndio qualificado pelo resultado morte ou lesão corporal de natureza grave, seja doloso ou
culposo, está previsto no art. 258, do CPB.
Diferença: crime preterdoloso e crime qualificado pelo resultado.
6 – Consumação e tentativa.
O crime de incêndio consuma-se com a provocação do perigo comum.
É possível a tentativa.
7 – Qualificação doutrinária.
Crime de perigo concreto, instantâneo e material.
GENERALIDADES
252
Aqui o legislador tem por objetivo punir condutas que atentem contra a incolumidade pública, no
particular aspecto da saúde do grupo social.
2 – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – é crime próprio.
Sujeito passivo – a coletividade.
5 – Consumação e tentativa.
O crime consuma-se com a não-comunicação da doença à autoridade competente no prazo
designado para tanto nos regulamentos ou outros atos normativos que versem sobre a matéria.
No caso de não constar de tais atos normativos o prazo dentro do qual a notificação deve ser feita, o
crime consuma-se com a prática de ato incompatível com a vontade de fazer a comunicação.
2 – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – sem autorização legal e excedendo-lhes os limites.
Sujeito passivo – coletividade.
Exercer profissão significa praticar, reiteradamente, atos próprios da ocupação especializada. Exige-
se a reiteração de tais atos, de forma a constituir um estilo ou hábito de vida.
O exercício pode ser a título oneroso ou gratuito, mas se com o fim de lucro - § único.
7 – Consumação e tentativa.
O crime consuma-se com a caracterização da habitualidade da prática de atos privativos de médico,
dentista ou farmacêutico.
A tentativa é inadmissível.
8 – Qualificação doutrinária.
Crime de perigo abstrato, crime comum e próprio, crime habitual.
Charlatanismo.
2 – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – qualquer pessoa.
Sujeito passivo – a coletividade.
5 – Consumação e tentativa.
Consuma-se com a inculcação ou anúncio da cura, independentemente de qualquer outro resultado.
É possível a tentativa.
6 – Qualificação doutrinária.
Crime de perigo abstrato, simples, comum, vago e instantâneo.
Curandeirismo.
2 – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – qualquer pessoa. (espiritismo, umbanda).
Sujeito passivo – coletividade.
6 – Consumação e tentativa.
O crime consuma-se com a reiteração de atos mencionados nos incs. I a III do art. 248 do CP.
A tentativa é inadmissível.
7 – Qualificação doutrinária.
Crime de perigo abstrato, habitual, de forma vinculada e comum.
Generalidades.
Arts. 286 a 288 CPB.
Objetividade jurídica – a paz pública.
Cogitação. Atos preparatórios. Execução. Consumação.
Art. 31 do CPB.
Punição de atos preparatórios de outros crimes, desde que tais atos se
projetem no mundo exterior através de atos sensíveis.
São crimes de perigo abstrato.
Art. 5º, IV, XVI, XVII, CF.
Incitação ao crime.
I – Conceito e objetividade jurídica.
Art. 286 CPB. Paz pública: sentimento de sossego, tranqüilidade e segurança
da coletividade.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – qualquer pessoa.
257
Sujeito passivo – a coletividade. Crime vago.
I – Conceito e objetividade jurídica. Art. 287 CPB. “Incitação indireta”. Paz pública.
II – Sujeitos do delito.
Quadrilha ou bando.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – qualquer pessoa que se associe no mínimo a mais três pessoas. Crime
de concurso necessário, plurissubjetivo, de condutas paralelas.
Sujeito passivo – qualquer pessoa.
Delação premiada ou traição benéfica – art. 8º, § único, da lei 8072/90. A quantidade
da diminuição varia de acordo com a maior ou menor contribuição causal do sujeito no
desmantelamento do bando.
Autoridades – Juiz, Promotor, Delegado de Polícia.
Alcança apenas o crime de quadrilha ou também os praticados pelo bando ?
X – Qualificação doutrinária.
Crime de perigo abstrato, de concurso necessário, permanente e simples.
PRINCÍPIOS GERAIS.
Da moeda falsa.
I – Conceito e objetividade jurídica.
Art. 289, caput, CPB.
II – Sujeitos do delito.
III – Elementos objetivos do tipo.
Falsificar : fabricação ou alteração (devem ser idôneas e ter presente a potencialidade
de dano).
Objeto material.
Moeda de curso legal no país e deve constituir meio de pagamento.
IV – Elemento subjetivo do tipo.
Dolo.
V – Consumação e tentativa.
VI – Concurso de crimes.
I – selo destinado a controle tributário, papel selado ou qualquer papel de emissão legal
destinado à arrecadação de tributo; (Redação dada pela Lei nº 11.035, de 2004)
V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro documento relativo a arrecadação de rendas
públicas ou a depósito ou caução por que o poder público seja responsável;
263
VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de transporte administrada pela União, por
Estado ou por Município:
§ 1o Incorre na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei nº 11.035, de 2004)
I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis falsificados a que se refere este artigo;
(Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004)
II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda, fornece ou restitui à
circulação selo falsificado destinado a controle tributário; (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004)
III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda, mantém em depósito, guarda, troca,
cede, empresta, fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio, no
exercício de atividade comercial ou industrial, produto ou mercadoria: (Incluído pela Lei nº 11.035,
de 2004)
a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a controle tributário, falsificado; (Incluído
pela Lei nº 11.035, de 2004)
b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tributária determina a obrigatoriedade de sua
aplicação. (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004)
§ 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de alterado, qualquer dos papéis a que se refere
o parágrafo anterior.
§ 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora recibo de boa-fé, qualquer dos papéis
falsificados ou alterados, a que se referem este artigo e o seu § 2º, depois de conhecer a falsidade ou
alteração, incorre na pena de detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
§ 5o Equipara-se a atividade comercial, para os fins do inciso III do § 1o, qualquer forma de
comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em vias, praças ou outros logradouros
públicos e em residências. (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004)
IX – Concurso.
Falsificação e o uso de documento público ou particular para a prática de outros
crimes, em especial o estelionato, ou para encobrir outras infrações penais.
I – Falso e estelionato. 04 posições: a) O estelionato, crime-fim, absorve o falso.(Súmula 17
do STJ). b) Configura no caso o crime de falso ou uso do documento falso. O estelionato é
exaurimento do falso. O falso é punido mais severamente que o crime de estelionato e
portanto não pode ser absorvido por ele. c) Há concurso material entre o falso e o estelionato
– há lesão há duas objetividades jurídicas, o patrimônio e a fé pública. d) Há concurso formal
de dois crimes – há dois resultados, sendo que o falso e o estelionato estão no contexto de
uma única conduta causadora de dois resultados.
Hipótese de crime de falso ser praticado para encobrir crime anteriormente praticado
(apropriação indébita, peculato, etc.). Duas posições: a)exaurimento de crime anterior ou post
factum não punível; b) há dois crimes autônomos em concurso material.
Falsificação após o furto, para vender a coisa subtraída: a)concurso material; b) falsificação
como post factum impunível.
Falsidade ideológica.
I – Conceito e objetividade jurídica.
Art. 299, caput, CPB.
Protege – se a fé pública no que se refere à autenticidade do documento em seu
aspecto substancial.
II – Sujeitos do delito.
III – Elementos objetivos do tipo.
Documento público – art. 297 CPB. Documento particular – art. 298 CPB.
03 condutas: omitir declaração, inserir e fazer inserir.
Omitir – crime omissivo.
Insere – inserção direta e falsidade imediata.
Faz inserir – inserção indireta e falsidade mediata.
A falsidade deve ser idônea e possuir potencialidade lesiva (a declaração falsa ou a
omissão deve, por si só ou em comparação com outros fatos ou circunstâncias, ser capaz de
criar obrigação, prejudicar direito ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante). A
falsidade deve recair sobre fato ou circunstância cuja veracidade o documento tem a
destinação de provar.
267
Sujeito ativo particular – a existência do delito depende de que tenha o dever jurídico
de declarar a verdade.
IV – Abuso de folha em branco.
V – Elementos subjetivos do tipo.
VI – Momento consumativo e tentativa.
VII – Falsidade de registro civil.
Assentamentos – lei 6015/73.
Arts. 241 e 242 do CPB.
VIII – Crime cometido por funcionário público.
IX – Concurso de crimes.
Usuário é o falsário – princípio da consunção.
Falsidade ideológica e sonegação fiscal.
Falsidade ideológica e estelionato.
X – Pena e ação penal.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – funcionário público que tem a função específica de reconhecimento de firma
ou letra (tabelião de notas, escrevente de tabelionato, etc.) (crime próprio).
Sujeito passivo – Estado e secundariamente quem sofre a lesão material.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – crime próprio. Só pode ser sujeito ativo o funcionário público no exercício do
ofício.
Se a mesma pessoa falsifica e usa o objeto material, responde por um só delito, o de falsidade,
ficando absorvido o de uso (art. 304).
6 – Consumação e tentativa.
Consuma-se no momento em que o atestado falso ou certidão falsa é entregue a terceiro
(destinatário ou interessado).
Crime formal. Há crime ainda que o atestado ou certidão não sejam empregados para o fim
desejado ou que, usados, não permitam, por qualquer circunstância, a obtenção da vantagem
de natureza pública pretendida.
É possível a tentativa.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – só pode ser praticado por médico. Crime próprio.
Sendo o médico funcionário público – art. 301, CPB, desde que o atestado habilite o terceiro a
obter qualquer vantagem de natureza pública.
Médico falsifica e usa – o uso fica absorvido.
Sujeito passivo – Estado e quem sofre o dano.
VI – Tipo qualificado.
Basta a intenção de obter o lucro com o fornecimento do atestado falso.
Sendo o médico um funcionário público – art. 317, CPB (corrupção passiva).
Supressão de documento.
I – Conceito e objetividade jurídica.
Art. 305, CPB.
Protege-se a fé pública no que concerne à segurança jurídica dos documentos como meio de
prova.
VI – Consumação e tentativa.
O crime consuma-se com a realização das condutas de destruir, ocultar ou suprimir o objeto
material.
É crime formal. Não há necessidade, para a consumação, de que o sujeito otenha o proveito
ou cause prejuízo.
É possível a tentativa.
Falsa identidade.
I – Conceito e objetividade jurídica.
Art. 307 CPB.
II – Subsidiariedade expressa.
III – Sujeitos do delito.
IV – Elementos objetivos do tipo.
Atribuir – se ou atribuir a terceiro falsa identidade.
Identidade.
A vantagem e o dano podem ser de ordem material ou moral.
V – Elementos subjetivos do tipo.
Dolo mais elemento subjetivo do tipo.
273
II – Autonomia típica.
Trata-se de crime autônomo, independente da receptação do veículo automotor.
IV – Objetos materiais.
São os sinais identificadores do veículo automotor.
V – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – crime comum. Sendo funcionário público (§§ 1º e 2º).
Sujeito passivo – Estado.
274
VI – Condutas típicas.
Adulterar, remarcar.
Princípios gerais.
II – Figuras típicas.
Art. 312, caput: peculato apropriação – peculato desvio.
Art. 312, § 1º - peculato furto.
Art. 312, § 2º - peculato culposo.
Art. 312, § 3º - prevê uma causa extintiva de punibilidade e uma causa de diminuição de pena,
restritas à modalidade culposa.
III – Sujeitos do delito.
IV – Objeto material.
V – Elementos objetivos do tipo.
Duas condutas: apropriação e desvio. Ambas exigem posse ou detenção lícita e que
tenham sido confiadas ao funcionário em razão do cargo.
Peculato de uso. Objeto material fungível e infungível.
VI – Consumação e tentativa.
Peculato apropriação e peculato desvio.
Desvio em proveito da Administração Pública – art. 315 CPB.
VII – Elemento subjetivo do tipo.
Dolo + animus rem sibi habendi = intenção definitiva de não restituir o objeto material
e de obter um proveito próprio ou de terceiro, de natureza moral ou patrimonial.
VIII – elemento normativo do tipo.
Funcionário público.
IX – Peculato-furto.
Art. 312, § 1º.
Núcleo do tipo – verbo subtrair.
Furto cometido pelo funcionário público, valendo – se de sua condição perante a
Administração Pública.
Hipóteses do tipo: subtrair ou concorrer para que outrem subtraia.
Concorrência: art. 30 CPB.
Consumação: nos moldes do furto.
Crime material. Admite a tentativa.
Elemento subjetivo: dolo + intenção de proveito próprio ou alheio.
277
X – Peculato culposo.
Art. 312, § 2º.
Reparação do dano. Art. 16 CPB. Art. 65, III, b, CPB. Art. 66, CPB.
XI – Formas típicas qualificadas.
Art. 327, § 2º.
II – Sujeitos do delito.
Art. 337 CPB.
IV – Conduta típica.
Tipo de formulação alternativa.
Extraviar. Sonegar. Inutilizar. Condutas devem ser realizadas pelo funcionário que guarda os
livros ou documentos em razão do ofício.
VII – Subsidiariedade.
II – Sujeitos do delito.
280
Crime próprio, só podendo ser praticado pelo funcionário público que tem o poder de
disposição de verbas e rendas públicas.
Presidente da República, Ministros, Governadores – lei 1079/50. Prefeito Municipal – DL
201/67.
IV – Conduta típica.
Aplicação diversa da determinada ou não autorizada por lei (orçamentária).
O objeto material é empregado no benefício da própria Administração Pública.
VI – Tipo qualificado.
Art. 327, § 2º, CPB.
Concussão.
II – Sujeitos do delito.
Art. 3º, II, lei 8137/90.
VI – Qualificação doutrinária.
Crime formal. A conduta é exigir e não receber.
Excesso de exação.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – funcionário público, com a atribuição funcional ou não de arrecadação de
tributos ou contribuições sociais.
VI – Consumação e tentativa.
Na primeira modalidade típica o crime se consuma no momento em que a vítima toma
conhecimento da exigência. É crime formal.
Na segunda o crime atinge a consumação com o emprego do meio vexatório ou gravoso.
É possível a tentativa.
Corrupção passiva.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – funcionário público (co-autoria e participação). Art. 3º, II, lei 8137/90. Art.
342, § 2º, CPB.
Sujeito passivo – Estado.
V – Consumação e tentativa.
Crime formal.
Tentativa: solicitação – possível na forma escrita. Recebimento e aceitação – não é possível.
Crime exaurido – causa de aumento de pena – art. 317, § 2º, CPB.
284
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – funcionário público com o dever de reprimir ou fiscalizar o contrabando ou
descaminho. Caso não tenha esta atribuição – art. 334 CPB, ou partícipe deste art. 319 CPB.
IV – Conduta típica.
Facilitar: ação ed omissão.
Prevaricação.
II – Sujeitos do delito.
VI – Consumação e tentativa.
Consuma-se com a omissão, retardamento ou realização do ato.
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar
ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros
presos ou com o ambiente externo: (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007).
Condescendência criminosa.
II – Sujeitos do delito.
V – Consumação e tentativa.
VI – Tipo qualificado.
Art. 327, § 2º, CPB.
VII – Penas e ação penal.
Advocacia administrativa.
II – Sujeitos do delito.
VI – Tipo qualificado.
Art. 321, § único, CPB.
Violência arbitrária.
I – Revogação.
Houve ou não revogação pela lei 4898/65 ?.
Duas posições: A lei 4898/65 não revogou o art. 322 do CPB. (STF)
A lei 4898/65 revogou o art. 322 do CPB. (TACrimSP). A letra “i” do art. 3º,
da lei 4898/65 revogou o art. 322 do CPB.
288
II – Conceito e objetividade jurídica.
Art. 322 CPB.
VI – Consumação e tentativa.
Abandono de função.
II – Sujeitos do delito.
VI – Consumação e tentativa.
Consuma-se o delito com o afastamento do exercício do cargo público por tempo
juridicamente relevante.
Crime omissivo próprio.
II – Sujeitos do delito.
Art. 328 CPB.
Após demitido não é mais funcionário público.
VI – Consumação e tentativa.
Com a realização do primeiro ato de ofício indevido.
II – Subsidiariedade expressa.
Arts. 13, 14 e 21, lei 7170/83.
Art. 326, CPM.
Lei 6453/77 (energia nuclear).
V – Qualificação doutrinária.
Dolo (abrangendo o conhecimento de que o fato deve, por sua natureza, permanecer em
sigilo) + de que tem ciência em razão do cargo.
VI – Consumação e tentativa.
Consuma-se com o ato da revelação do segredo ou de sua facilitação. É crime formal.
Na revelação por escrito é possível a tentativa.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo - Art. 84, lei 8666/93 – Conceito de servidor público. § 1º - Servidor público
por equiparação.
Sujeito Passivo – Estado e licitantes eventualmente prejudicados.
IV – Consumação e tentativa.
Consuma-se no momento em que o funcionário (na devassa) ou o terceiro ( na hipótese do
verbo proporcionar) toma conhecimento do conteúdo da proposta.
VI – Tipo qualificado.
Art. 84, § 2º, lei 8666/93.
Princípios gerais.
II – Sujeitos do delito.
VI - Tipo qualificado.
Vantagem moral ou material – art. 328, § único.
Resistência.
I – Conceito e objetividade jurídica.
Art. 329, caput, CPB.
II – Sujeitos do delito.
Desobediência.
I – Conceito e objetividade jurídica.
Art. 330 CPB.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – qualquer pessoa, inclusive funcionário público, desde que o objeto da ordem
não se relacione com as suas funções, caso em que pode haver prevaricação.
Art. 327, caput. Não se aplica a equiparação do § 1º.
O conceito de funcionário público para o efeito do crime de desobediência é fornecido pelo
direito administrativo: é a pessoa legalmente investida em cargo público criado por lei, com
denominação própria, em número certo e paga pelos cofres públicos.
Desacato.
I – Conceito e objetividade jurídica.
Art. 331 do CPB.
II – Sujeitos do delito.
O funcionário público pode ser sujeito ativo do desacato? Há três posições: a) não pode ser
sujeito ativo, a não ser que tenha se despido da qualidade funcional ou o fato tenha sido cometido
fora do exercício de suas funções; b) b) pode ser, desde que seja inferior hierárquico do ofendido; c)
pode ser sujeito ativo de desacato em qualquer hipótese.
V – Consumação e tentativa.
Com o ato ofensivo. Crime formal. Não admite a tentativa por exigir a presença do sujeito
passivo.
VI – Concurso de crimes.
O desacato absorve as infrações de menor gravidade objetiva (princípio da consunção): vias
de fato, lesão leve, difamação, injúria.
Lesão grave – concurso formal.
Tráfico de influência.
II – Sujeitos do delito.
298
Corrupção ativa.
II – Sujeitos do delito.
VI – Consumação e tentativa.
Crime formal.
A aceitação do funcionário é irrelevante.
Contrabando ou descaminho.
II – Sujeitos do delito.
Funcionário público – art. 318 CPB.
IV – Questão prejudicial.
Responsabilidade penal independente da administrativa.
V – Princípio da especialidade.
Art. 234 CPB (importação de objeto obsceno). Art. 169, III, Dec.lei 7.903/45 (mercadoria
privilegiada). Art. 12 e § 1º, I, lei n.º 6.368/76 (importação de entorpecentes). Arts. 12 e 14, lei n.º
7.170/83 (importação de material bélico privativo das Forças Armadas).
Art. 334, § 1º, “d”, CPB. São condutas normalmente consideradas receptação dolosa.
Duas hipóteses na receptação de mercadoria objeto de contrabando ou descaminho: se houve
dolo – art. 334, § 1º, “d”. Se houve culpa – art. 180, § 3º.
Ação desenvolvida no exercício de atividade comercial ou industrial.
rt. 334, § 2º, CPB – define atividade comercial por equiparação. Se não há atividade
comercial ou industrial – art. 180, caput e § 3º, CPB.
Verbos típicos: adquirir, receber e ocultar.
Objeto material: mercadoria de origem estrangeira sem documentação legal ou com
documentos falsos.
Elementos subjetivos: dolo + em proveito próprio ou alheio.
IX – Tipo qualificado.
Art. 334, § 3º, CPB. Vôos clandestinos.
302
XI – Extinção da punibilidade.
Art. 34, lei 9249/95. Art. 16, CPB.
II – Sujeitos do delito.
Conceito de funcionário público – art. 84, § 1º, lei 8.666/93.
V – Consumação e tentativa.
Art. 93 – crime material.
Art. 95 – crime formal.
303
VI – Concurso de crimes.
II – Sujeitos do delito.
IV – Consumação e tentativa.
VI – Consumação e tentativa.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – o responsável tributário.
305
Sujeito passivo – A Previdência Social (INSS) e secundariamente o segurado que
eventualmente vier a ser prejudicado.
VI – Extinção da punibilidade.
Art. 337 – A, § 1º, CPB. Declarar. Confessar. Ação fiscal. (Termo de início de ação fiscal)
Art. 168 – A, § 2º, CPB.
Art. 34, lei 9.249/95. A contribuição social tem natureza tributária.
Art. 16, CPB.
CAPÍTULO II-A
Pena – reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se, em razão da vantagem ou
promessa, o funcionário público estrangeiro retarda ou omite o ato de ofício, ou o pratica
infringindo dever funcional. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
Art. 337-C. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,
vantagem ou promessa de vantagem a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público
estrangeiro no exercício de suas funções, relacionado a transação comercial internacional: (Incluído
pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 10467, de
11.6.2002)
Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem
é também destinada a funcionário estrangeiro. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
Art. 337-D. Considera-se funcionário público estrangeiro, para os efeitos penais, quem, ainda
que transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública em entidades
estatais ou em representações diplomáticas de país estrangeiro. (Incluído pela Lei nº 10467, de
11.6.2002)
Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público estrangeiro quem exerce cargo, emprego
ou função em empresas controladas, diretamente ou indiretamente, pelo Poder Público de país
estrangeiro ou em organizações públicas internacionais. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
307
II – Sujeitos do delito.
Denunciação caluniosa.
I – Conceito e objetividade jurídica.
Art. 339 CPB.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – qualquer pessoa, inclusive funcionário público.
Delegado de Polícia, Juiz de Direito, Juiz – quando evidente a temeridade ou
o abuso de poder.
Ação penal pública condicionada a representação e privada – quem tem
legitimidade para exercer o direito de representação ou de queixa.
308
Sujeito passivo – Administração Pública e a pessoa atingida em sua honra pela denunciação
caluniosa.
III – Denunciação caluniosa. Calúnia (art. 138 CPB). Comunicação falsa de crime (art. 340 CPB).
Auto – acusação falsa (art. 341 CPB).
II – Sujeitos do delito.
V- Consumação e tentativa.
Auto-acusação falsa.
I – Conceito e objetividade jurídica.
Art. 341 CPB.
Auto calúnia.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – qualquer pessoa (menos aquele que se apresentou como participante do crime
anterior).
Elementar “outrem” e falsa.
Sujeito passivo – é o Estado.
V – Consumação e tentativa.
No momento em que a autoridade toma conhecimento da auto-acusação.
Crime formal (não é necessária a instauração de Inquérito Policial).
Possível a tentativa quando feita por escrito.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – testemunha (arts. 203, 206, 207, 208, 218, 219 CPP e 330 CPB), perito,
contador, tradutor ou intérprete.
Art. 208 CPP – Testemunha numerária ou informante: comete o crime de falso testemunho?
Perito funcionário público (oficial) – art. 317 CPB.
Sujeito passivo – Estado. Indiretamente a pessoa prejudicada pela falsidade.
IV – Qualificação doutrinária.
Crime instantâneo, formal, próprio e de mão própria.
IX - Falso testemunho ou falsa perícia em processo penal, ou, civil em quem for parte entidade da
administração pública direta ou indireta.
Causa de aumento de pena.
Processo penal – inclui o inquérito policial.
Administração pública direta e indireta.
Elemento subjetivo – dolo + com o fim de produzir (basta a potencialidade lesiva).
X – Retratação.
Art. 342 § 2º CPB.
Causa extintiva da punibilidade (art. 107, VI, CPB).
Condição resolutiva de punibilidade.
Sentença de primeiro grau.
Júri.
Comunicabilidade e incomunicabilidade.
XI – Penas e ação penal.
Em que momento pode ser proposta a ação?
II – Sujeitos do delito.
V – Consumação e tentativa.
Com a dação, oferta ou promessa de vantagem.
Possível a tentativa quando empregado o meio escrito.
VI – Figura típica qualificada.
Art. 343, § único CPB.
VIII – Bilateralidade.
Art. 342, § único, CPB – perito, contador, tradutor ou intérprete.
Art. 343 CPB – crime se caracteriza mesmo que o destinatário da oferta não a aceite.
II – Sujeitos do delito.
313
III – Elementos objetivos do tipo.
Crime de forma vinculada – meios de execução: violência e grave ameaça.
Violência física – contra a pessoa.
Ameaça grave: capaz de provocar temor a um homem normal. O mal pode ser justo ou
injusto.
Autoridade: Juiz, Delegado de Polícia, Promotor, Defensor Público, etc.;
Parte: autor, réu.
Outra pessoa: escrivão, intérprete, jurado, perito, etc.
Processo pode ser judicial(civil ou criminal); administrativo ou em curso em juízo arbitral.
Não se exclui o Inquérito Policial.
V – Qualificação doutrinária.
Formal e de forma vinculada.
VI – Consumação e tentativa.
II – Sujeitos do delito.
II – Sujeitos do delito.
Fraude processual.
II – Sujeitos do delito.
VI – Consumação e tentativa.
Crime formal.
É possível a tentativa.
Favorecimento pessoal.
316
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – qualquer pessoa menos o participante do crime anterior.
O advogado pode cometer este crime.
V – Consumação e tentativa.
Quando o favorecido subtraí se à ação da autoridade.
Favorecimento real.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – qualquer pessoa menos o participante do crime anterior (aqui excluído
espressamente pelo tipo penal).
V – Consumação e tentativa.
Crime formal.
VI – Distinção.
Favorecimento pessoal e real.
Favorecimento real e receptação.
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. (Incluído pela Lei nº 12.012, de 2009).
318
Exercício arbitrário ou abuso de poder.
II – Sujeitos do delito.
Crime próprio.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – qualquer pessoa, menos o preso ou internado (mesmo no induzimento ou
instigação).
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – o preso e o submetido a medida de segurança. (Prisão e internação legais).
Sujeitos passivos – Estado e a pessoa submetida à violência física.
Arrebatamento de preso.
II – Sujeitos do delito.
Motim de presos.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo - Crime plurissubjetivo, coletivo ou de concurso necessário. Mínimo de três.
Crime próprio.
Sujeitos passivos – Estado e pessoas submetidas à violência.
V – Consumação e tentativa.
Crime material.
VI – Pena e ação penal.
322
Patrocínio infiel.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – crime próprio. Advogado ou procurador judicial (estagiário, provisionado
inscrito na OAB ou pessoa idônea nos casos em que a lei permite o exercício do mandato judicial a
pessoas não formadas).
Sujeito passivo – o Estado e a pessoa prejudicada pela ação delituosa.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo – advogado ou procurador judicial.
Exploração de prestígio.
II – Sujeitos do delito.
VI – Qualificação doutrinária.
325
Solicitar – crime formal. Receber – crime material.
VII – Tentativa.
II – Sujeitos do delito.
V – Consumação e tentativa.
Consuma-se com o efetivo impedimento, perturbação ou fraudação de arrematação judicial;
ou com o emprego de violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem, ainda que o
competidor não se deixe afastar.
É possível a tentativa na primeira hipótese. Na Segunda o legislador considerou a tentativa
crime consumado.
II – Sujeitos do delito.
Sujeito ativo é quem por via de decisão judicial está privado ou suspenso de exercício de
função, atividade, direito, autoridade ou múnus e não cumpre a ordem que impôs essas restrições.
Crimes Fiscais
Daí a importância da questão relativa à gestão fiscal. Mas não só por isso. A
estabilização da economia, tema que se atrela à falada (boa) gestão, é assunto que não interessa
apenas internamente, mas igualmente além-mar, posto que hoje o conceito de economia mundial,
com características sistêmicas, é simplesmente inafastável.
“Art. 29. Para os efeitos desta Lei Complementar, são adotadas as seguintes
definições:
Estabelece a LRF:
Estabelece na LRF:
Subseção I
"Art. 359-E. Prestar garantia em operação de crédito sem que tenha sido
constituída contragarantia em valor igual ou superior ao valor da garantia prestada, na forma da lei:"
(AC)
Seção V
Da Garantia e da Contragarantia
§ 3o (VETADO)
§ 4o (VETADO)
Disposto na LRF:
I - na esfera federal:
339
a) 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) para o
Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União;
II - na esfera estadual:
I - o Ministério Público;
§ 6o (VETADO)
Esse fato, segundo parte da doutrina, para caracterizar crime deve ser típico
e antijurídico. Aqui os elementos (componentes) do delito. A culpabilidade é pressuposto da pena e
se aloca fora do fato, mas junto ao agente.
No tocante ao assunto lei penal no tempo pode-se dizer que essa espécie de
lei, como muitas, não possui aplicação universal. Se a aplicação é restrita (em termos), é correto
afirmar que a eficácia limitada da lei penal deve ser encarada debaixo dos aspectos territorial,
temporal e pessoal. Importa-nos o aspecto temporal, pois a cláusula de vigência da Lei n° 10.028,
de 19 de outubro de 2000, diz que ela entra em vigor na data de sua publicação, o que ocorreu no
dia 20 daquele mesmo mês. Sendo assim, as condutas praticadas antes de tal data são fatos sem a
menor significação para o Direito Penal.
Conclusão:
343
Isso não significa que pelo simples fato de se ter lei regrando ou coibindo
uma conduta, esta estará, quando regrada, assoalhada na ética ou mesmo não ocorrerá, quando
proibida pela norma.
Outro aspecto que precisa ser abordado, até pela oportunidade, é quanto a
punição aos administradores públicos que deixarem, no final de seus mandatos, dívidas a seus
sucessores, sem previsão de recursos para saudá-las, caracterizando crime com punição de até
quatro anos de reclusão.
Muito ainda se falará sobre essa lei, inclusive sobre sua vigência e efeitos,
todavia, a priori, a preocupação dos prefeitos, pelas condutas anteriores é descabida, uma vez que
poderíamos estar no plano da imoralidade, mas jamais da ilegalidade penal.
346
LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS
DECRETO LEI Nº 3.688 DE 03 DE OUTUBRO DE 1.941.
Parte geral.
Generalidades.
Princípios da legalidade e da anterioridade da lei contravencional (arts. 5º, XL, CF e art. 1º CPB.)
“Abolitio Criminis e retroatividade da lei mais benéfica – art. 2º CPB.
Leis excepcionais ou temporárias – art. 3º CPB.
Tempo da contreavenção – art. 4º CPB.
Contagem de prazo – art. 10 CPB.
Infrações penais – crimes (delitos) e contravenções.
Distinção entre crime e contravenção – art. 1º LICPB (Decreto Lei 3.914 de 09 de dezembro de
1.941.
Conceitos material e formal de contravenção.
Características da contravenção sob o aspecto formal. : fato típico e ilícito. Ausente um desses
requisitos não há contravenção.
Conceito de fato típico contravencional. Elementos do fato típico contravencional.
Sujeitos ativo e passivo. Objeto da contravenção.
Formas de conduto contravencional: ação e omissão. Resultado: arts. 29 e 65 LCP. Relação de
causalidade.
Tipicidade. Função da tipicidade. Tipo contravencional. Elementos do tipo: objetivos, subjetivos e
normativos.
Elementos objetivos: importunar (art. 61); na via pública (art. 32).
Elementos normativos do tipo contravencional francamente referentes à ilicitude da conduta: sem as
formalidades legais (art. 22 e § 1º), em desacordo com as prescrições legais (art. 42, II).
Elementos normativos sob a forma de termos jurídicos: funcionário público (art. 45); função
pública (arts. 46 e 66, I).
Elementos normativos do tipo referentes a expressões culturais (extrajurídicos): pudor (art. 61),
pessoa inexperiente (arts. 31 e 44).
347
Elementos subjetivos do tipo: por motivo de urgência (art. 22, § 1º); por ociosidade ou cupidez (art.
60).
Antijuridicidade ou ilicitude. É objetiva ou material.
Causas excludentes da ilicitude: art. 23 CPB.
Consentimento da vítima: efeitos. Art. 51 LCP e 65 LCP.
Culpabilidade como pressuposto da pena. Conceito de culpabilidade. Elementos da culpabilidade e
causas de exclusão.
Momento consumativo: art. 14, I, CPB. Art. 4º LCP.
Contravenção impossível: art. 17 CPB. Art. 19 LCP e Art. 21 LCP.
Legislação aplicável ao menor que comete contravenção: Estatuto da Criança e do adolescente (lei
8.069/90).
Confisco: Art. 91, II, a, CPB.
Prisão em flagrante: casos em que o contraventor se livra solto: art. 321 CPP e art. 323, III, IV CPP.
Fiança: arts. 322 e segs. LCP.
Contravenções inafiançáveis: art. 323, II, CPP- arts. 59 e 60 LCP (vadiagem e mendicância).
Causas extintivas de punibilidade: arts. 107 a 120 CPB.
Prescrição: arts. 109 e 110 CPB.
Imputação falsa de contravenção: difamação.
Denunciação caluniosa de contravenção: art. 339, § 2º, CPB.
Comunicação falsa de contravenção: art. 340 CPB.
Receptação de produto de contravenção: fato atípico.
Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 anos de idade, com ele praticando contravenção
ou induzindo- a cometê – la. Art. 1º, lei 2.252/54.
Territorialidade.
Art. 2º LCP. Arts. 5º e 7º CPB.
Tentativa.
Art. 4º LCP.
Fundamento da impunidade da tentativa.
348
Natureza jurídica da xpressão: “não é punível a tentativa de contravenção”.
Desistência voluntária e arreopendimento eficaz: não tem aplicação. Exceção: art. 29 LCP.
Penas principais.
Art. 5º LCP.
As penas acessórias foram extintas pela reforma de 1.984.
Fixação de prisão simples: arts. 59 e 68 CPB.
Aplicação da pena de multa :arts. 49 e 60 CPB.
Prisão simples.
Art. 6º LCP.
Regimes aplicáveis às contravenções: semi-aberto e aberto.(art. 33 CPB).
Trabalho.
Penas restritivas de direitos: art. 44 CPB. Conversão: art. 180 LEP.
Concurso de crime e contravenção: art. 76 CPB.
Reincidência.
Art. 7º LCP. Arts. 63 e 64 CPB. Sentença estrangeira (art. 9º CPB).
Erro de direito.
Art. 8º LCP.
Prevê caso de perdão judicial. Súmula 18 STJ: a sentença que o concede é declaratória da extinção
da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório.
Erro de proibição nas contravenções: art. 21 CPB.
Requisitos para a aplicação do sursis: a) prisão simples imposta na sentença condenatória não pode
ser superior a dois anos; b) deve ser considerada incabível a substituição da prisão simples por pena
restritiva de direitos; c) o condenado não pode ser reincidente em crime doloso; d) presença de
circunstâncias pessoais favoráveis.
Quanto à aplicação do sursis, atendendo ao disposto nos arts. 12 do CPB e 1º LCP deve ser atendido
o disposto no art. 11 da LCP.
Penas acessórias.
Art. 12 LCP.
Foram extintas pela lei 7.209/84.
Medidas de segurança.
Art. 13 LCP.
Contraventor inimputável – arts. 96 a 99 do CPB.
Presunção de periculosidade.
Art. 14 LCP.
Revogado pela reforma de 1.984 – arts. 26, caput e 97 do CPB.
PARTE ESPECIAL
CAPÍTULO I
Art. 18 LCP.
Objetividade jurídica.
Proteção à pessoa.
Sujeitos da contravenção.
Sujeito passivo a coletividade.
Condutas típicas.
Fabricar. Importar. Exportar. Ter em depósito. Vender.
Momento consumativo.
Subsidiariedade expressa.
Art. 12, lei 7.170/83.
Receptação dos objetos materiais ou do produto da contravenção: fato atípico (art. 180 CPB).
Contrabando ou descaminho (Art. 334 CPB).
Porte de arma.
Art. 19 LCP.
Objetividade jurídica.
É múltipla: vida, integridade física e a saúde dos cidadãos.
Sujeito ativo.
Contravenção comum.
Sujeito passivo.
352
O Estado.
Conduta típica.
Trazer consigo: é necessário que a arma esteja sendo portada de maneira a permitir seu
pronto uso, segundo a sua natureza e destinação.
Porte e transporte. Transporte impunível: só ocorre quando o uso da arma, pela forma com
que é conduzida, não se mostra imediato e fácil. Exemplos.
Arma defeituosa.
Tipos assemelhados.
§ 2º.
“a”: norma penal em branco.
Menor de dezoito anos: art. 242, Lei 8.069/90.(desde que seja fornecida arma branca ao
menor).
Arma de fogo: art. 10, lei 9.437/97.
Momento consumativo: no instante em que o sujeito, fora de casa ou de suas dependências, traz a
arma consigo.
§ 2º, a: com a simples omissão. b e c: com o manejo ou apoderamento.
Crime de constrangimento ilegal com ameaça por meio de arma: art. 146, § único, CPB.
Art. 20 LCP.
Crime de aborto – arts. 124/128 CPB.
Objetividade jurídica.
Direito à vida.
Sujeitos do delito.
Conduta típica.
Anunciar.
Conteúdo do anúncio: deve versar sobre processo abortivo, consistente em meio ou série de atos
capazes de provocar o aborto.
Vias de fato.
Sujeitos do delito.
Conduta típica.
Com a prática de vias de fato.
Tipo subsidiário.
Vias de fato e crime de lesão corporal.
Vias de fato e tentativa de lesão corporal.
Vias de fato e injúria real.
Subsidiariedade implícita: as vias de fato são absorvidas pelos crimes em que a violência física
funciona como meio de execução expresso: estupro, roubo, extorsão, etc.
Consunção: as vias de fato são absorvidas pelos crimes em que a violência física, embora não
expressa no tipo, pode funcionar como meio de execução: lesão corporal, homicídio (crimes
progressivos em relação à contravenção).
Ação penal.
355
Art. 88, lei 9.099/95.
Sujeitos da contravenção.
Contravenção própria.
Conduta típica.
Receber (acolher). Internar.
Doente mental: incapaz de compreensão e autogoverno. A lei não exige que seja doente mental.
Momento consumativo: com a internação – caput. Ao término do prazo concedido: § 1º. Com a
saída do doente mental: § 2º.
Momento consumativo.
Quando se inicia a custódia do doente mental.
Liberdade provisória: o sujeito se livra solto, independentemente de fiança, salvo se vadio (art. 321,
II, CPP).
Capítulo II.
Das contravenções referentes ao patrimônio.
Conduta típica: Fabricar: A norma penal pune o fabrico ilegal. Ceder. Vender.
Gazua: é todo instrumento apto a fazer funcionar fechadura, cadeado ou aparelho similar.
357
Outros instrumentos: alicate, serra, pé de cabra, chave de fenda.
Momento consumativo: com o início da fabricação ou com a cessão ou venda do objeto material.
Sujeitos da contravenção.
Ativo: contravenção própria.
A enumeração é taxativa.
Condenação irrecorrível por crime de furto ou roubo.
Vadio: é o sujeito que pratica a ociosidade com habitualidade, embora tendo condições de trabalhar,
não possuindo renda para lhe custear a subsistência. (Art. 59 LCP)
Mendigo: é o sujeito que vive de esmolas.(art. 60 LCP)
Passivo: a coletividade.
Conduta típica: consiste na posse de instrumentos de uso comum na prática de crime de furto ou
roubo.
Sujeitos da contravenção.
Ativo: contravenção própria.(ferreiro, mecânico, serralheiro, armeiro, chaveiro, etc.)
Passivo: a coletividade.
Conduta típica.
Abrir fechadura.... (dar acesso, desobstruir a entrada)
Formas típicas: duas condutas – a) omissiva: ausência de diligência no conhecimento da pessoa que
solicita a abertura; b) comissiva: abertura da fechadura.
Capítulo III.
Das contravenções referentes à incolumidade pública.
Desabamento de construção.
Subsidiariedade expressa: é absorvido por crime contra a incolumidade pública (art. 256 CPB – há
perigo concreto de dano a vida, a incolumidade pública ou ao patrimônio de outrem).
Art. 29 – trata – se de contravenção de perigo abstrato.
Sujeitos do delito.
Ativo: qualquer pessoa.
Passivo: o Estado.
Conduta típica.
Provocar: dar causa ao desabamento de construção.
Desabar: ruir.
Perigo de desabamento.
Sujeitos da contravenção.
360
Conduta típica omissiva: comportamento negligente do proprietário ou responsável pela
conservação da construção.
Estado ruinoso da construção: determinado de acordo com normas administrativas (código de
obras).
Sujeitos da contravenção.
Ativo: qualquer pessoa.
Passivo: a coletividade. Secundariamente as pessoas vítimas de perigo de dano.
Conduta típica.
Deixar em liberdade: livre em local público.
Contravenção de perigo abstrato.
Resultando lesão corporal.
Animal perigoso: que pode causar dano a terceiro, seja ou não feroz.
Cão de guarda: é educado para agressão
Pessoa inexperiente: é aquela que pelas suas condições físicas, psíquicas, etc, não tem meios de
dominar o animal perigoso.
Animal de tiro é o que carrega veículos.
Momento consumativo.
Caput – abandono do animal ou com a simples omissão na cautela.
“a” – com a sua entrega a terceiro ou abandono.
“b” – com a excitação ou irritação.
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“c” – com o perigo decorrente da condução perigosa.
VI – Momento consumativo.
Com o início da condução da embarcação.
CAPÍTULO IV.
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PAZ PÚBLICA.
CAPÍTULO V.
DAS CONTRAVENÇÕES REFERENTES À FÉ PÚBLICA.
Vadiagem.
II – Sujeitos da contravenção.
V – Ocioso ou vadio – é o que não trabalha, o preguiçoso. Aquele que, sendo apto para o trabalho,
não possui ocupação, não tendo renda para a sua subsistência.
Vadiagem não é apenas não ter emprego.
Mendicância (REVOGADO)
III – Conduta típica – ociosidade: qualidade de quem se presta a não trabalhar. Cupidez: ambição,
cobiça. O tipo não exige a habitualidade, um só ato já caracteriza a contravenção.
II – Sujeitos da contravenção.
Perturbação da tranqüilidade.
II – Sujeitos da contravenção.
CAPÍTULO VIII.
DAS CONTRAVENÇÕES RFERENTES À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
III – Elementos normativos do tipo – “crime”; “função pública”; “ação pública” e “representação”.
A omissão de comunicação de contravenção é atípica.
V – Momento consumativo.
Não há prazo para a comunicação. Consuma – se com a omissão por tempo juridicamente
relevante.