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tica e Justia

Na Grcia, Scrates valorizava a Justia como uma forma agradvel de o homem viver em sociedade e, alm disso, de agradar as outras foras que esto acima do ser humano. Para Plato, o justo se comporta de acordo com a lei e somente o justo feliz porque controla seus instintos e enfrenta a realidade com conhecimento, o que imprescindvel para a prtica da justia. Aristteles dizia que a justia a excelncia moral perfeita que advm do hbito de fazer o bem e a lei o resultado da razo de uma comunidade que busca a justia, sendo que a conduta m s ocorre por ignorncia, j que ningum opta pelo mal, o mal o resultado do desconhecimento do bem. A essncia da tica Socrtica o poder libertador do verdadeiro conhecimento confrontado com a hipocrisia. atravs deste conhecimento, cr Scrates, que cada indivduo capaz de um dia chegar compreenso do que o Bem, conhecimento que por si s tem efeito transformador tanto de quem o adquire como da sociedade na qual ele vive. Plato avana no sentido de buscar uma definio concreta para esta tica objetiva, definindo aquilo que Scrates no ousou definir. Seu conceito de que seria a Idia geral de Bem que precisava ser buscada uma reconstruo adequada sua noo deste mundo como um reflexo do Mundo das Idias, acessvel apenas aos dotados de um raciocnio filosfico avanado. Aristteles tenta pensar uma sociedade na qual as instituies baseadas numa anlise das paixes humanas, tentam harmonizar estes sentimentos bsicos dos seres humanos de forma a produzir o melhor resultado possvel. Em outras palavras, enquanto Scrates formula o problema, Plato tenta criar uma tica Ideal que molde os homens a viver na virtude, enquanto Aristteles busca uma tica do Possvel, que no desrespeite a paixes humanas ignoradas por Plato para quem o homem uma tabula rasa na qual qualquer coisa pode ser escrita mas antes as oriente pelo caminho da ponderao at a maturidade racional do equilbrio.

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