1.A – Vida intra-uterina: surge a partir da nidação, fixação do óvulo no útero, 14 dias após a
fecundação. Portanto, pílula do dia seguinte não é crime. Essa espécie de bem jurídico é tutelada
pelos artigos 124, 125 e 126 do CP.
1.B – Vida extra-uterina: COMPLETAR... Até o inicio do parto, o crime será o de aborto, depois,
homicídio ou infanticídio.
* Parto normal: inicia-se com a dilatação do colo do útero preparando-se para a expulsão do feto;
* Cesariana: início do rompimento da membrana aminiótica.
Essa espécie de bem jurídico é tutelada pelos artigos 121, 122 e 123 do CP.
O direito a vida é RELATIVO, pois pode ceder nos casos de legítima defesa, estado de
necessidade, estrito cumprimento do dever legal, pena de morte, que neste caso, ocorro por
fuzilamento, nos moldes do art.56 do COM.
QUANDO OCORRE A MORTE: Lei 9.437\97, art.3, se dá com a paralisação das
atividades cerebrais.
QUESTÃO. Assalto a ônibus com várias vítimas: se trata de uma ação desdobrada em várias atos,
portanto, concurso formal impróprio.
• Dolo direto de primeiro grau: resultado diretamente desejado pelo agente;
• Dolo direto de segundo grau: o resultado é desejado como conseqüência necessária do meio
escolhido;
• HOMÍCIO contra o presidente da República: se houver motivação política do agente,
responderá pelo crime tipificado no na lei 7.170-83;
• HOMICIDIO contra cadáver: crime impossível, por absoluta impropriedade do objeto.
3 – TIPO OBJETIVO
Ação ou omissão. Art. 13, p. segundo, do CP. Poder de agir e dever de agir.
QUESTÃO. Irmão de 18 anos se afogando: o irmão remisso responde pelo art. 135, p. ú., CP.
• Crime material: o resultado esta inserido no tipo penal – ex: art 121;
• Crime formal ou de consumação antecipada: existe resultado, mas este não precisa ocorrer
para que se verifique a consumação do delito – ex: extorsão
• Pode-se condenar por homicídio sem cadáver: apesar de se tratar de crime material, pode sim,
pois geralmente crimes materiais deixam vestígios, a ausência do cadáver é compensada pelo
exame de corpo de delito indireto, nos moldes do art. 167 do CPP, feito por meio de
testemunhas do fato delituoso – Ex: homicídio praticado no crematório;
HOMICÍDIO SIMPLES
Art. 121, caput, do CP. Pena: 6 a 20 anos.
HOMICÍDIO QUALIFICADO
Art. 121, p. segundo. Pena de 12 a 30 anos. Reclusão nos dois casos. A pena desses
delitos se dá em virtude do desvalor da AÇÃO do agente. OBS: homicídio simples não é hediondo!
• Hipóteses de HOMICÍDIO HEDIONDO:
1 – QUALIFICADO;
2 – HOMICÍDIO SIMPLES, quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que
cometido por um só agente. Para CAPEZ, grupo se dá com no mínimo 3 pessoas, para ALBERTO
SILVA FRANCO, 4 pessoas, mesmo da quadrilha ou bando. Se trata de homicídio indeterminado, o
agente não sabe ou ignora quem esta matando, mas sabe que o faz em virtude da pessoa pertencer a
determinada classe social, etnia, raça ou cor. A verificação desse fato cabe ao juiz presidente, não
podendo ser apresentado quesito específico aos jurados, pois diz respeito a pena. Ver lei 8.930-94.
• O homicídio pode ser qualificado e privilegiado ao mesmo tempo: sim, desde que a
qualificadora tenha natureza objetiva. Art. 121, p. segundo, III e IV, do CP. Os demais
incisos tem natureza subjetiva (motivo fútil, torpe, para assegurar execução de outro crime).
OBS: o correto é homicídio qualificado-privilegiado, baseado no critério tri-fásico de
NELSON HUNGRIA para a dosimetria penal, abaixo descrita:
PRIMEIRA FASE: CIRCUNSTANCIAS JUDICIAIS – Art. 59 CP;
SEGUNDA FASE: ATENUANTES E AGRAVANTES;
TERCEIRA FASE: CAUSAS DE DIMINUIÇÃO E DE AUMENTO DE PENA. Ex: art 121, p.
primeiro do CP. Observe que primeiro aparece a qualificadora e depois