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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO CIÊNCIAS SOCIAIS, SAÚDE E TECNOLOGIA


ENGENHARIA DE ALIMENTOS

PRÁTICA 3 – TESTE TRIANGULAR

Kamila Saraiva Dias

Imperatriz
2012
Kamila Saraiva Dias

PRÁTICA 3 – TESTE TRIANGULAR

Aula prática para aplicação do teste triangular que é


parte do programa da disciplina Análise Sensorial
ministrada pela Profª Ana Lúcia.

Imperatriz
2012
1. INTRODUÇÃO

Os testes sensoriais discriminativos são considerados métodos objetivos utilizados em


análise sensorial de alimentos, bebidas e água. Medem atributos específicos pela
discriminação simples, indicando por comparações, se existem ou não diferenças estatísticas
entre amostras.

Os testes discriminativos ou de diferença mais empregados em análise sensorial são o


triangular, duo-trio, ordenação, comparação pareada e comparação múltipla ou diferença do
controle.

O teste triangular detecta pequenas diferenças entre amostras. São apresentadas


simultaneamente três amostras codificadas, sendo duas iguais e uma diferente. Cabe ao
julgador identificar a amostra diferente (Ficha 1) (RODAS).

O provador é solicitado a provar as amostras da esquerda para a direita e identificar a


amostra diferente. A probabilidade de acertar ao acaso é de 1/3, pois é um método de escolha
forçada: o provador deve escolher 1 amostra ainda que não tenha identificado a amostra
diferente (COBUCCI, 2010).

O número de provadores selecionados deve ser de 20 a 40, embora apenas 12 possam


ser utilizados quando as diferenças entre amostras são razoavelmente grandes. As amostras
devem ser apresentadas casualizadas em igual número de vezes nas permutações distintas:
AAB, BAA, ABA, ABB, BBA e BAB (RODAS).

Ficha 01– Modelo para teste triangular:

Fonte: ABNT, NBR 12995, 1993.


2. OBJETIVO

Verificar se há diferença sensorial significativa entre duas amostras que passaram por
tratamentos diferentes, como: mudanças de ingredientes, processamento, mudança na
formulação, mudança de fornecedor, embalagem ou estocagem.

3. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

3.1. Materiais utilizados

- Achocolatado;

- Bandejas de isopor;

- Copos descartáveis.

3.2. Realização do teste

Ao provador foram apresentadas três amostras codificadas, duas iguais e uma


diferente. Em seguida solicitou-se que ele avalia-se dentre as três amostras qual era a
diferente. A probabilidade de acerto ao acaso era de 1/3 , considerando – se a técnica de escolha
forçada.

O delineamento balanceado das amostras foi feito de forma casualizada entre os


provadores, ou seja, as amostras foram testadas em todas as combinações possíveis num
mesmo número de vezes em cada posição (AAB, BAA, ABA, ABB, BBA e BAB).

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para a análise de resultados foi necessário saber o número total de testes aplicados,
bem como o número de respostas corretas. Em seguida consultou-se a tabela para o teste
Triangular (tabela 01).
Tabela 01 – Teste Triangular. Número mínimo de julgamentos corretos para
estabelecer significância em vários níveis de probabilidade.

Fonte: ABNT, NBR 12995, 1993.

Na tabela verificou-se o número mínimo de respostas em relação ao número de testes


aplicados, ao nível de significância de 5% .

A amostra A se apresentava 40% diluída em leite e a amostra B se apresentava 45%


diluída em leite. Foram utilizados 18 provadores e obtido um total de 7 acertos, como o
número de respostas foi menor que o número tabelado em todos os níveis de probabilidade: a
5% (7 < 10), a 1% (7 < 12) e a 0,1% (7 < 13) não houve diferença sensorial perceptível.

5. CONCLUSÃO

Como o número de respostas foi menor que o número tabelado conclui-se não houve
diferença entre as amostras de bebidas produzidas com diferentes concentrações de
achocolatado.
REFERÊNCIAS

COBUCCI, R. M. A. Análise Sensorial. Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Curso


Tecnológico Superior em Gastronomia, 2010. Disponível em [www. professor.ucg.br/] acesso
em 09/12/12.

ESTEVES, E. Análise Sensorial. Apontamentos para as aulas teóricas da disciplina de


Análise Sensorial do Curso de Engenharia Alimentar. Universidade do Algarve. Faro, 2009.

RODAS, M. A. B; TORRE, J. C. M. D. Métodos Físico-Químicos para Análise de Alimentos-


4ª Edição. 1ª Edição. Digital Cap. 6. Análise Sensorial. Disponível em [pt.scribd.com] acesso
em 10/12/12.

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