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VINICIUS MAGRI DOS SANTOS

RESUMO LH – MODULO DE NEURO

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DO CRÂNIO E ENCEFALO


Métodos de diagnóstico

 Radiografia simples
 USG
 TC
 RNM
 Angiografia
 Medicina Nuclear (usam radioisótopos e tem sua indicação mais precisa para estudo funcional e
não anatômico como em outros métodos)

INDICAÇÕES
RX Trauma, deformidade, lesões ósseas.
USG Hidrocefalia, hemorragia neonatal, screening de infecções, malformações.
TC TCE, AVC, e screening de todas as doenças.
RNM Avaliação de todas as doenças exceto calcificações ósseas e lesões ósseas.

RADIOGRAFIA SIMPLES DO CRÂNIO

Vantagens

Rápida, simples, barata, disponível na maioria dos serviços.

Desvantagens

Mostra apenas estrutura óssea, não permitindo a visualização do encéfalo.

Indicação

 Traumatismos craniofaciais;
 Lesões ósseas focais: osteomielite, tumor ósseo, granuloma eosinofílico e outras lesões líticas;
 Metástases, histiocitose, e lesões metabólicas com envolvimento ósseo;
 Cranioestense e síndrome genética com deformidades crânio-faciais;
 Hidrocefalia, e controle de fratura DVP.

É um exame bastante LIMITADO. Tem caído no desuso.

Como examinar um RX de Crânio?


 Tamanho forma e simetria;
 Espessura e densidades ósseas;
 Lesões focais líticas ou escleróticas;
 Calcificações intra-cranianas;
 Integridade óssea da calota e base (buscar fraturas)
 Cavidades para-nasais (sinovite)
 Transição Crânio-vertebral

Medida das 3 dimensões permitirá a consulta de tabelas específicas para a idade e raça, para
verificação de normalidade. Comparação FACE/CRÂNIO:
 No adulto há 2 faces num crânio.
 Na criança há 3 faces num crânio.
 No RN há 4 faces num crânio.

Avaliar simetria  incidência AP


Visualizar parênquima  RNM, TC e USG.

ULTRASSONOGRAFIA TRANFONTANELA
Vantagens
Rápida, barata, simples, amplamente disponível, não usa radiação ionizante, pode ser
realizado no berçário sem a necessidade de transportar o RN, pode ser repetido se
necessário, imagem que pode ser feita mesmo com a movimentação do RN, permite estudo
Doppler das artérias e veias.

Desvantagens
Imagem pouco anatômica que exige experiência e altamente dependente do operador,
sujeita a interpretações equivocadas.

Indicação de exames no RN?


A USG é o método de primeira escolha porque é dinâmico, não usa radiação, pode ser feito na
incubadora, permite repetição; pouca resolução: usado para screening.
Obs: A TC avalia melhor o parênquima é um exame mais rápido, tem alta sensibilidade pra sangue e osso, mas usa
radiação ionizante e é preciso deslocar o RN.

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

Vantagens
Rápida, disponível em hospitais e clinicas de meio porte, custo intermediário, permite uma
excelente avaliação dos ossos e calcificações, permite boa visualização do parênquima,
permite diagnóstico de doenças do SNC.

Desvantagens
Usa radiação, não diferencia bem substancias branca e cinzenta. Não permite Dx preciso
da maioria das doenças, muitas vezes necessitando ser complementada com a RNM. Pode
exigir o uso de contraste que muitas vezes gera reação anafilática no pcte.

Indicações
 Trauma,
 Doença cerebrovascular aguda,
 Estudos que avaliam osso e calcificações,
 Pcte instável e/ou pouco corroborativo,
 Casos onde a RNM está contraindicada (pcte com artefatos não fixados).

Contra-indicação
 GRAVIDEZ
 Alergia ao iodo

RESSONANCIA MAGNÉTICA

Vantagens
 Não usa radiação,
 Melhor avaliação do parênquima
 Melhor Dx na maioria dos casos
 Avaliações adicionais podem ser configuradas
 Se necessário contrasta com gadolínio (baixo potencial de reação anafilática)
 GESTANTE PODE!

Desvantagens
 Maior custo
 Claustrofóbicos
 Mais demorado
 Campo magnético dificulta a monitoração de pacientes críticos

Contraindicação
 Pcte com próteses metálicas ou marca-passo (mais antigos)

CORTES
 AXIAL
 CORONAL
 SAGITAL

NOMENCLATURA
 hiperINTENSO = hiperSINAL
 isoINTENSO = issoSINAL
 hipoINTENSO = hipoSINAL

Mecanismo
Spins dos ions de hidrogênio (átomo mais abundante no corpo humano) é percebido
através de pulsos magnéticos. A partir de tempos de repetição (TR) e tempos de eco (TE)
podemos obter diferentes tipos de imagem as quais classificamos como ponderações (ou
janelas).

Importância do contraste
Quando há quebra na barreira hematoencefálica (proc inflam, desmielinização e
infecção):
 CONTRASTE EXTRAVAZA DO VASO  DIFUNDE NO PARÊNQUIMA  REALCE,
IMPREGNAÇÃO: HIPERSINAL.

Gordura
BRILHA EM T1 e T2
Gordura é apagada no modo fat-sat, e fica escura!
Para diferenciar T1 T2 e FLAIR
T1 T2 FLAIR
Líquor PRETO BRILHA! PRETO
Subst. BRANCA BRANCA CINZA CINZA
Subst. CINZENTA CINZA BRANCA BRANCA

IMPORTÂNCIA DO FLAIR
 Potencializa o LIQUIDO DO EDEMA
 APAGA O LÍQUOR, mas a AGUA (hidratação) BRILHA!
 Sensibilidade para mostrar lesões (maioria brilha no FLAIR)
COLUNA VERTEBRAL

ANATOMIA DAS VERTEBRAS


COLUNA CERVICAL
ATENÇÃO!!!

Como temos noção da ponderação que estamos observando?


Pelo tempo de repetição (TR) e o tempo de eco (TE).
 TR e TE BAIXOS: Imagem pondera em T1
 TR e TE ALTOS: Imagem pondera em T2

SEQUÊNCIAS
T1 e T2 significa que as imagens estão sendo adquiridas por tempos de eco e repetição diferentes
e alternados. Na prática, o que significa? Dependendo desses tempos as imagens geradas
possuem sinais diferentes. O que é HIPOINTENSO em T1 pode ser hiperintenso em T2 e vice-
versa.

Ex: a água...
Em T1 a água  HIPOSINAL
Em T2 a água  HIPERSINAL
Na pratica quer dizer que as imagens
ponderadas em T1 liquor  HIPOINTENSO,
e em T2 Liquor  HIPERINTENSO.
Em T1 agua fica escura, a substancia branca continua branca e a cinzenta continua cinzenta.
Em T2 é o INVERSO agua fica branca (BRILHANTE!), substancia branca fica cinzenta e substancia
cinzenta fica branca.

CONTRASTE

Contraste é o gadolínio (brilha em T1).


CONTRASTE É SEMPRE FEITO EM T1.

PROTOCOLO:
1. Primeiramente faz-se as sequencias sem contraste. T1, T2, FLAIR, SWI, Difusão.
2. Depois injeta-se o contraste na veia e fazemos a sequencia T1.
3. Depois comparamos as seuquencias T1 sem contraste e T1 com contraste.

RADIOGRAFIA DA COLUNA VERTEBRAL


Radiação ionizante, avaliação inicial, é CONTRA-INDICADA nas GESTANTES!!

CERVICAL - PERFIL CERVICAL – AP

RADIOGRAFIA DA COLUNA VERTEBRAL


Radiação ionizante
Contra-indicado: GESTANTE
Acessível
Menor tempo de execução que RNM
Menos caro que RNM
Cortes axiais
Reconstruções multiplanares
Reconstrução 3D
Melhor avalia a constituição óssea
Importante pra avaliar traumatismos.

Indicação TC ou RNM?
Trauma: TC é melhor para avaliar FRATURA, e MORFOLOGIA ÓSSEA; RNM é melhor para
procurar lesões MUSCULARES e RADICULARES.
Doenças degenerativas: TC e RNM são aplicadas. Mas para o estudo do cone medular e
avaliação pós operatória, dependendo do material cirúrgico empregado a RNM é SUPERIOR.
Processos infecciosos e inflamatórios, tumores e anomalias congênitas: RNM é mais indicada.
Escólios (+em criança), doenças vasculares e do plexo braquial: RNM é superior

RNM DE COLUNA
Mesmas características citadas anteriormente.
IMAGENS PONDERADAS EM T1 e T2:

T1
T2

Vários são os elementos de diferenciação, mas será suficiente observar os processos transversos:

Vértebras Cervicais:

Possuem um corpo pequeno exceto a primeira vértebra. Em geral apresentam processo espinhal bífido e
horizontalizado e seus processo transversos possuem forames transversos (passagem de artérias e veias
vertebrais.

VÉRTEBRA CERVICAL
Vértebras Torácicas:
O processo espinhoso não é bifurcado e se apresenta descendente e pontiagudo. As vértebras torácicas
se articulam com as costelas, sendo que as superfícies articulares dessas vértebras são chamadas fóveas
e hemi-fóveas. As fóveas podem estar localizadas no corpo vertebral, pedículo ou nos processos
transversos.

VÉRTEBRA TORÁCICA
VÉRTEBRA TORÁCICA

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

VÉRTEBRAS LOMBARES:
Os corpos vertebrais são maiores. O processo espinhal não é bifurcado, além de estar disposto em posição
horizontal. Apresenta o forame vertebral em forma triangular e processos mamilares. Apresenta um processo
transverso bem desenvolvido chamado apêndice costiforme. Pode ser diferenciado também por não apresentar
forame no processo transverso e nem a fóvea costal.
VÉRTEBRA LOMBAR
CURIOSIDADE!

CHIARI 1

CHIARI 2

EXAME

RX Radiotransparente -- Radiopaco

TC hipoDENSO isoDENSO HiperDENSO

RNM HipoSINAL/HipoINTENSO IsoSINAL/IsoINTENSO HiperSINAL/HiperINTENSO

USG HipoECOGÊNICO IsoECOGÊNICO HiperECOGÊNICO


DESCREVENDO

EXAME CORTE/INCID PONDERÂNCIA LOCAL LESÃO


Crânio
AP Tórax
RX -
Perfil Abdome
Membros
Crânio
Coronal Coluna
TC Sagital - (cervical,
torácica, lombar,
Axial lombosacra,
sacral)
Crânio
Coronal T1 Coluna
RNM Sagital T2 (cervical,
torácica, lombar,
Axial FLAIR lombosacra,
sacral)
AVE HEMORRAGICO
TC

RNM  não deve ser solicitada, pois a TC já discrimina.

AVE ISQUÊMICO

TC
TC – AVC ISQUEMICO RNM – AVC ISQUEMICO
Exame de tomografia computadorizada. Corte axial sem injeção do meio de contraste. Infarto
isquêmico, com transformação hemorrágica em território de artéria cerebral média (ACM).

C e D - cortes axial (C) e sagital (D) de imagens de ressonância magnética, ponderadas em T2,
demonstrando infarto isquêmico em território da artéria cerebral anterior.

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