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Ficha Informativa 1
Modelos
Pedagógicos de
Educação
Introdução
Antigamente, não havia a consciência de que a criança necessitava de uma atenção especial e
diferenciada na sua educação, sendo que a responsabilidade da criança era atribuída às mães e
a criança era vista como uma cópia do adulto, à qual não era dada a devida importância ao seu
desenvolvimento e ao seu processo de aprendizagem.
Os antigos gregos foram os pioneiros em termos de educação às crianças, sendo que os
rapazes eram entregues à educação militar e as raparigas permaneciam sob a tutela da mãe,
aprendendo as várias tarefas domésticas.
Mais tarde, por volta do século XVI e XVII houve um despertar para a necessidade da educação
da criança como ser social e não apenas como parte de um grupo familiar.
Surgiram os chamados precursores da educação pré-escolar e ao longo dos anos, esta
educação foi evoluindo, conforme as necessidades da criança, acompanhando a própria
evolução da sociedade e a evolução dos estudos feitos nesse sentido.
Dois desses precursores deram origem a dois modelos pedagógicos, que se destacaram e que,
actualmente, são os mais utilizados.
Um desses modelos é o High-Scope, que tem as suas origens na teoria de Jean Piaget, que se
centra no desenvolvimento cognitivo, na interacção com os objectos e com os outros pares ou
adultos e tem como principal preocupação a autonomia intelectual da criança.
De acordo com as características das crianças de creche e as das de Jardim de Infância, qual
destes modelos pedagógicos se adequa melhor a cada uma destas valências?
O modelo MEM é mais adequado à valência de Jardim de Infância, enquanto que o modelo
High-Scope pode adequar-se a ambas as valências, embora existam muitas características
direccionadas apenas à creche.
Justificação
O MEM adequa-se melhor ao ensino pré-escolar pelas suas características. Este assenta a sua
educação na organização dos espaços, nos mapas de registo e na organização do tempo,
procurando que estes parâmetros sejam um treino para um sistema democrático.
Dá preferência aos grupos heterogéneos que é indicador que se aplica melhor ao jardim-de-
infância, onde as salas poderão ter crianças dos 3 aos 5 anos, enquanto que na creche, as salas
têm grupos de crianças da mesma idade, não havendo essa hipótese de escolha heterogénea.
Este modelo também aposta nas oficinas ou ateliers, que permitem que a criança possa
exprimir-se em diferentes áreas como a biblioteca, a oficina de escrita, as actividades plásticas,
a oficina de carpintaria, o laboratório de ciências, o canto dos brinquedos, a cozinha (que pode
ser exterior à sala) e uma área polivalente, onde se fazem os encontros do grande grupo. Evita-
se, o mais possível, que estes espaços sejam infantilizados, devendo aproximarem-se o mais
possível à realidade dos adultos. Estas áreas são aplicadas a crianças dos 3 aos 5 anos, pela
exploração e pela maturação que a criança tem que ter atingida, para poder fazer plenamente
essa mesma descoberta. Também em termos de maturação e para poder interrogar-se sobre
as coisas, este modelo é aplicável ao jardim-de-infância, pois é através das actividades que a
criança faz, que ela, posteriormente, irá interpor outras questões, que poderão desencadear
outros projectos auto-propostos ou provocados pelo educador.
Depois, ainda podemos analisar os mapas de registo que, em tudo, nos indicam que se dirigem
a crianças na faixa etária do pré-escolar, por exemplo, para preenchermos o diário de grupo, a