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UFC – UNIVESIDADE FEDERAL DO CEARÁ

DEPARTAMENTO DE DIREITO PRIVADO

DISCIPLINA: DIREITO CIVIL III – MANHÃ

CONDIÇÕES DE VALIDADE DO CONTRATO

LUAN GERSON MIRANDA DA SILVA


luan8g@gmail.com

RESUMO
O contrato, via de regra, é uma forma livre de manifestação de vontade das partes
presente em um negócio jurídico. Entretanto, é necessário observar que para que
produza os efeitos buscados pelo agente, o contrato deve cumprir os requisitos
essenciais para a sua validade, caso contrário, torna-se inválido e os efeitos jurídicos
passam a ser nulos ou anuláveis.

Palavras-chave: Condições de validade. Contratos. Subjetivos. Objetivos. Formais.

INTRODUÇÃO

Neste resumo expandido serão trazidas algumas informações referentes aos


contratos, especificamente no que tange as condições de validade destes. Tais
condições podem ser classificadas como de ordem geral, necessárias que estejam
presentes em todos os atos e negócios jurídicos; e de ordem especial, sendo condições
particulares dos contratos, como o consentimento recíproco e o consentimento de
vontades. Serão abordados, portanto, os requisitos de validade dos contratos sendo
divididos em três grupos: subjetivos, objetivos e formais, tratando de assuntos como
a forma dos contratos, seu conteúdo e a capacidades dos contratantes.

METODOLOGIA

Para elaboração deste resumo expandido foram feitos estudos bibliográficos


de doutrinas e pesquisas em sítios da internet que tratavam da questão central deste
resumo, identificando conceitos essenciais para o desenvolvimento de uma exposição
clara e concisa sobre tema proposto.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os requisitos que validam o contrato podem ser de três tipos: requisitos


subjetivos, requisitos objetivos e requisitos formais, os quais serão abordados a seguir.
REQUISITOS SUBJETIVOS

São componentes dos requisitos subjetivos: a capacidade e a manifestação de


duas ou mais vontades; a aptidão específica para contratar; e o consentimento
recíproco ou o acordo de vontades.

A capacidade dos contratantes é um elemento de ordem geral e requisito


subjetivo para a validade dos contratos, os quais serão nulos ou anuláveis, se a
incapacidade, seja ela absoluta ou relativa, não for suprida pelo representante ou pelo
assistente da parte. A capacidade de agir poderá inexistir quando a parte for menor de
idade ou poderá ser reduzida em razão de menoridade relativa, de embriaguez
habitual, de dependência de tóxicos, de impossibilidade de manifestação da vontade
em virtude de causa transitória ou permanente ou de prodigalidade. A manifestação
de duas ou mais vontades

A aptidão específica para contratar trata-se de uma capacidade especial que


deve existir no momento da declaração de vontade do contratante. É um requisito
subjetivo pois a ordem jurídica impõe certas limitações à liberdade de celebrar
determinados contratos, como a regra proibitiva presente no art. 469 do Código Civil.

O consentimento reciproco ou acordo de vontades é um requisito de ordem


especial que deve ser livre e espontâneo, caso contrário, poderá ter a sua validade
afetada pelos vícios ou defeitos do negócio jurídico. O consentimento deve abranger
os seus três aspectos: o acordo sobre a exigência e a natureza do contrato; o acordo
sobre o objeto do contrato; e o acordo sobre as suas cláusulas.

A manifestação de vontade dos contratantes é um requisito especial de


validade dos contratos, onde estes só existem quando há tal manifestação. Pode ser
tácita, quando a lei não exigir que seja expressa, onde há a exteriorização verbal, por
escrito, por gesto ou por mímica, de forma inequívoca. Quando não houver tal
exigência é possível que ocorra a manifestação tácita, a qual será inferida na conduta
do agente.

REQUISITOS OBJETIVOS

Os requisitos objetivos estão ligados ao objeto do contrato, o qual deve ser


lícito, possível, determinado ou determinável.

A licitude do objeto diz respeito ao objeto não atentar contra a lei, contra a
moral ou contra os bons costumes; desse modo não se pode firmar negócio sobre
objeto ilícito. Determina-se na lei, aquilo que é ilícito sendo a licitude regulada de
forma negativa. A lei impõe limitações ao objeto do negócio, não permissões.

A possibilidade diz respeito à forma física ou jurídica do objeto, desse modo,


entendendo-se tudo que esteja dentro das forças humanas ou da natureza; portanto,
quando impossível, o negócio é nulo. A impossibilidade física decorre das leis físicas
ou naturais; enquanto a impossibilidade jurídica ocorre quando o ordenamento
jurídico proíbe, de forma expressa, a formação de negócios a respeito de determinado
bem.
Determinação do objeto, diz respeito a estabelecer o objeto do negócio
jurídico; quando não for determinado, é necessário que seja, pelo menos,
determinável. Dessa forma, é possível a venda de um táxi com placa e chassi
específicos, sendo, portanto, um objeto determinado; do mesmo modo que é possível
a venda de um táxi qualquer de uma frota, sendo determinável. Quando não for
possível a sua determinação, ou seja, o objeto for indeterminável, o negócio jurídico
torna-se inválido.

REQUISITOS FORMAIS

Os requisitos formais dizem respeito ao modo de revelação da vontade das


partes sendo observada a forma exigida pela lei, podendo ser livre, nos casos em que
a lei não exigir expressamente e desde que não seja defesa em lei e que tenha forma
prescrita. A forma livre é a regra no direito brasileiro, onde as partes têm a
possiblidade de celebrar o contrato por forma escrita, particular ou publica, ou por
forma verbal, exceto quando a lei exigir a forma escrita para dar maior segurança e
seriedade ao negócio. Podem ser destacadas três tipos de forma: livre, contratual e
especial ou solene.

A forma livre predomina no direito brasileiro, é qualquer forma de


manifestação da vontade e que não é imposta obrigatoriamente pela lei. A forma
especial ou solene é a forma que a lei exige para validar determinados negócios
jurídicos; como regra tem a finalidade de assegurar a autenticidade dos negócios,
garantir a livre manifestação da vontade, garantir a seriedade do ato e facilitar a sua
prova. Já a forma contratual é a forma acordada pelas partes, as quais podem
determinar que o instrumento público torne-se necessário para validar o negócio.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto neste resumo expandido, pode-se concluir que são diversas
as condições de validade do contrato, as quais dizem respeito a sua forma, a
capacidade das partes, o seu conteúdo e até a determinação do objeto, cada uma sua
particularidade, os quais devem ser obedecidos e preenchidos para tornar o contrato
válido e eficaz, dessa forma, extinguindo qualquer possibilidade vício que possa tornar
nulo ou anulável determinado contrato.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: condições de validade dos
contratos. 16. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. 3 v.

http://blog.zampieriadvocacia.com.br/quais-sao-as-condicoes-de-validade-de-um-
contrato/

https://upis.br/blog/contratos-no-direito-
civil/#:~:text=O%20objeto%20em%20quest%C3%A3o%20do,lei%2C%20se%20for
%20o%20caso.

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