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Aula 03
Carlos Xavier
Sumário
1. Palavras iniciais. .......................................................................................................... 2
2. Análise do ambiente interno e externo. ...................................................................... 3
2.1. Análise do ambiente interno. .................................................................................................. 3
1321999
2.2. Análise do ambiente externo. ................................................................................................. 4
3. Diagnóstico organizacional: Matriz SWOT. .................................................................. 6
4. Vantagem competitiva: Modelo de Porter e Estratégias Genéricas. .......................... 19
4.1. O Modelo das 5 Forças de Porter. ......................................................................................... 19
4.2. As três estratégias competitivas genéricas........................................................................... 28
4.3. A cadeia de valor. .................................................................................................................. 34
5. Balanced Scorecard. .................................................................................................. 39
6. Questões comentadas ............................................................................................... 57
7. Lista de questões. ................................................................................................... 115
8. Gabarito. ................................................................................................................. 150
9. Bibliografia Principal ............................................................................................... 151
1. PALAVRAS INICIAIS.
Oi!
Hoje vamos ter uma aula longa para estudar os seguintes assuntos:
• Análise do ambiente interno e externo, e mais detalhadamente a Matriz SWOT;
• Modelo Porter de estratégia competitiva;
• Balanced Scorecard.
Veja aqui um resumo sobre o BSC:
https://youtu.be/tRXKK0ss0QQ
Veja aqui um resumo sobre a Matriz SWOT:
https://youtu.be/4szi_ue_byc
Veja um resumo sobre o Modelo Porter:
https://youtu.be/5u7XZoIys68
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Os componentes dessa análise estratégica fundamental são os obtidos através da Análise SWOT,
que veremos um pouco mais à frente, nessa mesma aula, incluindo os seguintes elementos:
• Forças (fatores internos, positivos);
• Fraquezas (fatores internos, negativos);
• Oportunidades (fatores externos, positivos);
• Ameaças (fatores externos, negativos).
A análise do ambiente interno consiste em olhar para dentro da organização a procura dos fatores
que podem facilitar (pontos fortes) ou dificultar (pontos fracos) o seu desenvolvimento,
observando ainda os fatores identificáveis, mas sobre os quais não há clareza se são facilitadores
ou dificultadores (pontos neutros).
Nesse sentido, para estabelecimento dos pontos fortes, fracos e neutros, Djalma de Oliveira (2012)
destaca que é preciso fazer a análise de diversos aspectos, dentre os quais:
• Funções a serem analisadas e desempenhadas pelas diversas áreas da empresa;
• Aspectos organizacionais;
Tenha em mente para a prova que o ambiente externo está fora do controle da organização. Pode-
se dizer apenas que o ambiente externo influencia a organização e que, por outro lado, a
organização influencia o seu ambiente externo.
• Ambiente natural: são os recursos naturais disponíveis para, ou afetados pela organização,
tais como o ar, a água, os minerais, as plantas e os animais.
• Ambiente econômico: envolve a economia de forma global, os ciclos econômicos e de
negócios, renda, inflação, etc.
• Ambiente Político-legal: leis, regulamentos, normas, governos, grupos de interesses
organizados, etc.
• Ambiente social/sociocultural: pessoas de uma sociedade, seus valores, crenças,
comportamentos, cultura, etc.
o Incluem ainda as variáveis demográficas (ex.: crescimento da população, idade,
renda, instrução, origem, etc.), que também podem ser consideradas como um
ambiente separado - o ambiente demográfico.
• Ambiente tecnológico: inclui o conhecimento científico, pesquisas, invenções e inovações
que atuem sobre a organização.
• Ambiente competitivo: inclui todas as organizações que possuem potencial para criar valor
para o mesmo cliente.
Apesar dessa divisão conceitual e da análise que se faz do ambiente externo, deve-se ter em conta
que ele não é um conjunto estável de fatores e variáveis. Ao contrário, o ambiente externo é
mutável, dinâmico e influenciado por diversas forças competitivas.
Strengths (forças)
Weaknesses (fraquezas)
Opportunities (oportunidades)
Threats (ameaças/desafios)
Já vi esta matriz ser chamada de SLOT (“L” para limitações) e FOFA (forças, oportunidades,
fraquezas e ameaças) então associem estes nomes à matriz SWOT.
Quanto aos seus elementos, quais deles pertencem ao ambiente interno e ao ambiente externo da
organização?! É isto que podemos ver na tabela a seguir:
Forças Oportunidades
Fraquezas Ameaças
Grosso modo, podemos dizer que as forças e oportunidades são pontos positivos, enquanto as
fraquezas e ameaças são pontos negativos. Esta simples classificação ajudará a responder
eventuais questões na sua prova.
Uma apresentação gráfica desta matriz que é muito utilizada é a seguinte:
S W
O T
(SEFAZ-RS/Auditor) A identificação dos pontos fortes e dos pontos fracos bem como das
ameaças e das oportunidades são suficientes para subsidiar o processo de tomada de
decisão.
Comentário:
O processo decisório da organização sobre a estratégia deve envolver vários outros aspectos
e devem considerar, inclusive, os pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças
identificados.
Como estes não são os únicos elementos que importam, a questão está errada.
GABARITO: Errado.
(SEFAZ-RS/Auditor) A organização como um todo pode não ser parte integrante de seu
ambiente, sendo o conhecimento efetivo do ambiente fundamental para o processo
estratégico.
Comentário:
Não tem nenhum sentido: a organização, simplesmente por existir, faz parte do ambiente
onde está inserida.
GABARITO: Errado.
consideraram que há uma certa estabilidade, e a economia do país não deve sofrer
sobressaltos nos próximos meses. Os dois componentes apontados serão classificados na
Matriz S.W.O.T. como
(A) ameaças
(B) fraquezas
(C) pontos fortes
(D) pontos fracos
(E) oportunidades
Comentário:
Uma nova regra tributária que melhoria a situação da organização é uma oportunidade,
assim como a economia nacional sem sobressaltos, já que são elementos externos à
organização e de cunho positivo.
GABARITO: E.
ameaças decorrentes dos pontos fracos. Por fim, analisou o grau com que os pontos fortes da
organização compensavam as ameaças e as oportunidades que poderiam superar os pontos
fracos. Esse Analista utilizou o método da análise
a) SWOT.
b) Monte Carlo.
c) GUT.
d) RICE.
e) DELPHI.
Comentário:
Mais uma vez: bastava saber os elementos da Matriz SWOT para identificar que o comando
falava deles: forças, fraquezas, oportunidades e ameaças.
GABARITO: A
Agora vamos entender uma grande crítica que se faz à Matriz SWOT. Ela raramente é cobrada em
provas, mas acho importante que você conheça para uma eventual questão discursiva:
O problema central da ferramenta é que forças e fraquezas só poderiam ser definidas depois das
oportunidades e ameaças, mas estas últimas também só existem em função de forças e fraquezas!
A definição é circular! Vamos entender melhor... imagine:
A resposta é: DEPENDE!
Se, no primeiro caso, houver oportunidades no mercado para as quais a empresa precise de
recursos de informática de ponta, teremos uma grande força na organização. Se a empresa for
uma oficina de artesanato, em um ambiente estável, produzindo poucas peças, recursos de
informática de ponta não farão nenhuma diferença.
Já no segundo caso, imagine um grande estacionamento numa capital, faturando milhões de reais
por mês... e com um só funcionário no caixa! A ausência de funcionários com pós-graduação
representa uma fraqueza?! Claro que não! Há alguma ameaça para se proteger ou oportunidade
para aproveitar que necessite de funcionários pós-graduados?! Não!
Já vimos que as forças e fraquezas só podem ser definidas em função das oportunidades e
ameaças. O problema é recíproco, quer ver!?
• No passado as pessoas precisavam (às vezes sem perceber...), de conectividade. Quando
saiam do escritório, estavam isoladas. Não havia tecnologia para este tipo de serviços. Havia
aí uma oportunidade a ser explorada?
• Uma empresa gostaria de fornecer um serviço para concorrer com outra já existente no
mercado. Apesar disto, a primeira empresa produtora detém nível de conhecimento técnico
especialíssimo e único, que fará com que seu serviço não seja substituído pelo novo. No
máximo, a nova empresa passará a fornecer para outros consumidores que, devido ao
preço praticado pela primeira, não comprariam dela. Há ai alguma ameaça?!
Olhe a combinação logo abaixo, com alguns exemplos hipotéticos de elementos identificados na
matriz SWOT:
Perceba que, na combinação dos fatores positivos internos e externos teremos a alavancagem. A
combinação dos fatores negativos internos e externos resulta em problemas. Por outro lado, a
combinação positiva/negativa (em ambientes diferentes), gerará vulnerabilidades e limitações. Em
resumo, é possível lembrar que esta combinação se estrutura da seguinte maneira:
• Dimensões:
o Interna/Externa:
▪ Alavancagem;
▪ Problemas.
o Positiva/negativa:
▪ Vulnerabilidades;
▪ Limitações.
Além de saber disso, você precisa conhecer as estratégias que a organização deve adotar em cada
caso. Estas posições estratégicas a serem adotadas serão consequências da existência da
possibilidade de alavancagem, limitações, vulnerabilidades e problemas, sendo conhecidas como:
• Sobrevivência;
• Manutenção;
• Crescimento;
• Desenvolvimento
O importante é decorar esta tabela, mas dou algumas dicas abaixo com o intuito de facilitar a
memorização. Pense assim:
1. Quando o ambiente externo está predominantemente ruim, a vida é difícil.
a. Se a organização estiver cheia de fraquezas, tudo estará ruim, e o grande foco será
manter-se viva (sobreviver), concentrando-se na essência do negócio e aceitando
sacrificar partes menos importantes da organização e do mercado. Imagine um
pescador inexperiente sair para pescar para sobreviver quando o mar está difícil... O
foco dele é pegar os poucos peixes necessários para viver!
b. Se a organização estiver cheia de forças, mesmo o ambiente externo estando ruim,
ela conseguirá usar essas forças para manter-se como está no mercado. Em outras
palavras, um pescador bom consegue pescar mesmo com o mar ruim. Ainda assim,
conseguirá ter uma certa regularidade no resultado – dá para comer e ainda vende
um pouco – dentro do normal.
2. Se o ambiente externo estiver bom, aí as coisas melhoram e a organização pode buscar algo
a mais!
a. Quando o mar está para peixe (oportunidades), até o pescador inexperiente
consegue crescer o número de peixes que ele pega e vende! Em outras palavras, se o
ambiente interno for de muitas fraquezas, ainda assim a organização poderá crescer
no mercado, já que o ambiente externo é favorável.
b. Se tudo estiver bom (forças+oportunidades), então a organização vai se desenvolver
internamente e externamente. No exemplo, quando o pescador é bom, e o mar tem
todo tipo de peixe, ele deve buscar se desenvolver em um pescador ainda melhor,
aprendendo com a experiência, ao mesmo tempo em que crescem suas vendas –
ops, sua pesca! =)
https://youtu.be/4szi_ue_byc
Bem, depois dessa explicação, vamos agora para o próximo tópico de nossa aula!
A primeira coisa a se saber sobre o modelo é a relação das forças competitivas. São cinco as forças
competitivas do modelo de Michael Porter:
1. Ameaça de novos entrantes;
2. Ameaça de produtos substitutos;
3. Poder de barganha (ou negociação) dos clientes (ou compradores);
4. Poder de barganha (ou negociação) dos fornecedores;
5. Rivalidade entre os concorrentes atuais.
Além das cinco forças mencionadas acima, devemos considerar ainda o papel dos governos sobre
a dinâmica da indústria. Apesar disto, ele não deve ser considerado uma força em si, mas sim uma
grande influência sobre todas as 5 forças.
Apresento, a seguir, uma das várias formas comuns de se apresentar este modelo visualmente:
As cinco forças competitivas refletem o fato de que a concorrência em uma indústria não está
limitada aos “concorrentes” propriamente ditos.
Clientes, produtos substitutos, novos entrantes em potencial e fornecedores podem ser
considerados como concorrentes, podendo ter maior ou menor importância, a depender de cada
circunstância. Porter define concorrência, neste sentido, como uma “rivalidade ampliada”.
Em outras palavras, qual das alternativas não aponta uma força competitiva de Porter. Para
saber a resposta, é preciso lembrar das 5 forças:
Poder de barganha dos clientes
Poder de barganha dos fornecedores
Ameaça de novos entrantes
Ameaça de produtos substitutos
Rivalidade entre os concorrentes atuais.
Assim, a única alternativa fora da teoria é a letra C.
GABARITO: C
Compreender bem este modelo é essencial para que possamos chegar às estratégias competitivas,
pois os dois assuntos andam associados tanto na prática quanto nos concursos! Por isso, vamos
aprofundar nosso conhecimento sobre cada uma das forças:
Novas empresas, quando entram em um determinado setor, trazem mais capacidade produtiva e
maior demanda por insumos. O consumidor passa a ter mais ofertas disponíveis no mercado e o
fornecedor passa a contar com mais um cliente. Estes movimentos podem gerar, isoladamente ou
em conjunto, tanto a redução nos preços do produto final quanto a inflação dos custos da
indústria.
Perceba que a ameaça de novos entrantes dependerá das barreiras de entrada que existam em
determinado setor, juntamente com a reação que o novo concorrente pode esperar dos que já
estão no mercado.
Imagine se uma empresa vai desejar concorrer em um mercado se souber que, assim que entrar
na disputa pelos clientes, as concorrentes atuais conseguirão bloquear seu acesso a insumos
estratégicos, por exemplo; ou reduzir drasticamente seus preços para inviabilizar a lucratividade
das suas operações. O novo entrante teria que ter muito mais dinheiro para bancar o risco, não é?!
Estes são alguns exemplos de barreiras de entrada!
Segundo Porter, se as barreiras de entrada são elevadas, o recém-chegado pode esperar retaliação
acirrada dos concorrentes na defensiva. Assim, por conta dessas barreiras, a ameaça real de
entrada de uma nova concorrente no mercado será pequena.
2. Diferenciação do produto
A diferenciação do produto nada mais é do que a vantagem que as empresas já
estabelecidas têm em sua marca e a relação desenvolvida pelos consumidores com ela, de
modo que pode haver um sentimento de lealdade em seus clientes que já foram alvo de
esforços de publicidade, serviço ao consumidor, diferença de produtos, etc.
Algumas vezes, o simples fato de ser o primeiro a entrar na indústria pode gerar
diferenciação do produto.
Como as empresas já estabelecidas já possuem um vínculo com o consumidor, novos
entrantes em um mercado precisam realizar gastos adicionais para conseguir romper este
vínculo e ganhar a lealdade dos consumidores.
Percebe-se que, quanto maior a diferenciação dos produtos existentes no mercado, maior
será a barreira de entrada para novos competidores, facilitando aos concorrentes já
existentes a manutenção de suas posições competitivas.
3. Necessidades de capital
A necessidade de investir grandes quantias de capital cria mais uma barreira de entrada
para novos competidores, uma vez que eles terão que disponibilizar grandes volumes de
recursos financeiros apenas para entrar no mercado.
Esta afirmativa é especialmente forte quando se trata de dinheiro que não pode ser
diretamente recuperado, como o gasto em publicidade e em pesquisa e desenvolvimento.
Quanto maior a necessidade de capital para se ingressar em uma indústria, maior a barreira
de entrada, uma vez que menos concorrentes em potencial terão o montante e a vontade
de ingressar em um mercado nessa condição.
4. Custos de mudança
Esta é uma barreira de entrada menos óbvia: imagine um mercado como o de software de
computador para uso em escritório. Por mais que um software novo seja bom, para que o
cliente troque para outro de uma nova empresa no mercado, haverá necessidade de
treinamento na nova plataforma. Isto representa um custo para os clientes que desejam
trocar de produto.
Nessa condição, observa-se que há custos de mudança de produto para os clientes já
estabelecidos. Assim, fica mais difícil eles escolherem comprar de um novo entrante no
mercado.
Percebe-se, deste modo, que novos entrantes terão que investir em treinamento para os
clientes e aceitar que o mercado não se abrirá tão facilmente.
De modo geral, os custos de mudança podem incluir custos de um novo treinamento, de
equipamentos auxiliares, etc.
Porter cita um interessante exemplo, diferente do que mencionei: em soluções
intravenosas e conjuntos para uso em hospitais, os procedimentos para ligar as soluções
aos pacientes são diferentes entre os concorrentes, e os aparelhos para pendurar as
ampolas não são compatíveis. Nesse caso, a mudança encontra grande resistência por parte
do setor de enfermagem responsável pela administração do tratamento, e exige novos
investimentos em tais aparelhos.
Esta força representa a possibilidade de o produto fornecido pela empresa ser substituído por
outro no mercado, com características similares.
Os livros para concurso, por exemplo, podem ser substituídos por livros eletrônicos em PDF como
o que você está lendo agora!
De forma geral, considera-se que, em termos amplos, todas as empresas em um setor estão
competindo com seus substitutos.
FORÇA 4: Poder de Barganha dos Clientes (ou poder de negociação dos compradores)
os fornecedores poderosos se aproximam daquelas que dão poder de negociação aos clientes, só
que no sentido oposto.
Para os fornecedores, as condições que dão poder de negociação são:
1. Quando o setor do fornecedor é dominado por poucas companhias e é mais concentrado
do que a indústria para a qual vende;
2. Quando o fornecedor não se vê obrigado a lutar com produtos substitutos para venda à
mesma indústria;
3. Quando a indústria não é um cliente importante para o grupo fornecedor;
4. Quando o produto vendido pelos fornecedores é importante enquanto insumo para a
indústria compradora;
5. Quando os produtos dos fornecedores são diferenciados ou há custo de mudanças para as
indústrias compradoras;
6. Quando o grupo de fornecedores possui a capacidade de se “integrar para frente”,
produzindo os produtos que normalmente seriam feitos por seus clientes, “engolindo” os
negócios de seus clientes.
Tendo como base a análise estrutural da indústria e buscando criar uma posição defensável para
que se possa enfrentar com sucesso as cinco forças competitivas, as organizações tendem a se
posicionar de diferentes maneiras. Estes posicionamentos, entretanto, podem ser resumidos em
três estratégias competitivas genéricas que podem ser adotadas pela organização, como veremos
no próximo tópico.
Essa estratégia se tornou muito popular na década de 1970 com a popularização do conceito de
curva de experiência.
Você se lembra do conceito geral de curva de experiência? Segundo ele, as empresas passariam a
produzir com menor custo unitário ao passo que adquirissem maior experiência no mercado.
Deste modo, a estratégia de liderança em custo total (ou simplesmente liderança em custo),
consiste em orientar a organização para que consiga liderar em custo dentro de sua indústria. A
empresa deve ter instalações em escala ótima, perseguir a redução de custos pela experiência,
controlar custos, etc.
O tema central de toda esta estratégia é reduzir o seu custo, para que possa liderar a indústria
neste aspecto, mantendo seu espaço no mercado e combatendo eficientemente as cinco forças
competitivas.
Diferenciação
Esta estratégia genérica consiste em criar aspectos do produto que sejam considerados únicos
pelo cliente, não havendo qualquer comparação no mercado. Segundo Porter, os métodos para
essa diferenciação podem assumir muitas formas, como projeto ou imagem de marca, tecnologia,
peculiaridades, serviços sob encomenda, rede de fornecedores e outros.
Enfoque
A estratégia de enfoque está centrada não na vantagem estratégica a ser obtida frente à indústria,
mas no alvo estratégico.
Esta estratégia baseia-se na premissa de que a empresa é capaz de atender seu alvo estratégico
estreito (ou específico) mais efetiva ou eficientemente do que os concorrentes que estão
competindo de forma mais ampla.
Sob esta estratégia a empresa busca atender as necessidades específicas de um público alvo,
atingindo suas fontes principais de satisfação. Por conta disso, geralmente os clientes de nicho
estão dispostos a pagar um pouco mais que os clientes em geral para que a organização atenda
suas necessidades.
Mesmo que ela não atenda o mercado como um todo, considera-se que, no segmento específico
do enfoque, ela atinge uma ou ambas das estratégias já mencionadas.
Isso porque, além do "enfoque" genérico, podem existir estratégias de enfoque específicas:
o enfoque com liderança em custo: dentro do nicho a empresa busca atuar com o
menor custo;
o enforque com diferenciação: a empresa busca lançar um produto com características
únicas e exclusivas para ser aquela que melhor atende às necessidades do
consumidor dentro do nicho.
Unicidade observada
Posição de baixo custo
pelo cliente
No âmbito de toda a
Diferenciação Liderança em custo
indústria
II) Falso. Liderança em custo e diferenciação são duas estratégias genéricas de atuação no
mercado como um todo, ao contrário da estratégia genérica de enfoque, que atua sobre uma
parte específica do mercado.
III) Verdadeiro. Ao diferenciar seu produto, a organização obtém mais lealdade dos clientes e
maiores margens, exatamente como previsto pela assertiva.
GABARITO: E.
• Atividades de apoio: são aquelas que dão sustentação ao funcionamento das atividades
primárias e também a si próprias.
Para Porter (1989), as atividades primárias e de apoio podem ser divididas em categorias
padronizadas aplicáveis em qualquer indústria, sendo que as categorias podem ser subdivididas
em novas áreas a depender do setor de atuação da empresa. Vamos ver quais são as atividades
aplicáveis a toda a indústria, segundo Porter:
• Atividades primárias:
o Logística interna;
o Operações;
o Logística externa;
o Marketing e vendas;
o Serviço
• Atividades de apoio:
o Aquisições;
o Desenvolvimento de tecnologia;
o Gerência de Recursos Humanos;
o Infraestrutura da empresa;
Vamos ver como Porter apresenta a referida cadeia de valor em uma figura:
Nesta figura, as linhas tracejadas nas atividades de apoio de recursos humanos, tecnologia e
aquisições indicam que elas se relacionam com as várias áreas primárias, podendo gerar valor em
cada uma delas isoladamente. A infraestrutura da empresa, por sua vez, não possui linha
tracejada, uma vez que ela dá suporte para o funcionamento de todas as atividades primárias em
conjunto.
As atividades primárias, por sua vez, agregam valor à organização com base em seu próprio
funcionamento interno, sempre tendo em conta a estratégia estabelecida.
( ) Os serviços (ou pós venda) foram propostos como uma atividade primária da organização.
( ) A logística externa está classificada como uma atividade secundária da organização.
As afirmativas são, respectivamente,
a) V – V – F.
b) F – V – V.
c) V – F – F.
d) F – V – F.
e) V – V – V.
Comentário:
A cadeia de valor de Porter estabelece a existência de atividades primárias (que agregam
valor diretamente ao cliente final da organização) e as atividades de apoio, que agregam
valor para o cliente interno.
As atividades de apoio seriam: infraestrutura da empresa, gestão de RH, desenvolvimento de
tecnologia, aquisições.
As atividades primárias, por sua vez, seriam: logística de entrada, operações, logística de
saída, marketing e vendas, e serviços (pós-venda).
Assim, o único item errado é o terceiro, por afirmar que logística externa é atividade
secundária (de apoio), quando na verdade é atividade primária.
GABARITO: A.
https://youtu.be/5u7XZoIys68
5. BALANCED SCORECARD.
O Balanced Scorecard (BSC) é uma importante ferramenta para a gestão estratégica. Ele consiste
no desdobramento dos objetivos estratégicos e a visão de uma organização em indicadores de
desempenho para o monitoramento estratégico, ligando o planejamento estratégico à gestão do
dia a dia organizacional. Seu principal objetivo é a implementação da estratégia na organização
através do estabelecimento de objetivos e indicadores para todos os envolvidos.
Esta ferramenta parte do princípio de que as medidas financeiras tradicionais não captam a
totalidade do esforço organizacional na busca de objetivos futuros. Para os autores desta
ferramenta (Kaplan e Norton), questões financeiras e não financeiras podem servir como medidas
de desempenho. Até mesmo os sistemas de mensuração organizacionais podem exercer forte
influência sobre os gestores e os empregados/
De maneira mais específica, podemos definir Balanced Scorecard como um sistema de integração
da gestão estratégica de curto, médio e longo prazo, traduzindo visão de futuro, missão e
estratégia organizacional em indicadores e metas em diferentes perspectivas, atribuíveis a cada
indivíduo, de forma integrada.
Ele vai além dos modelos tradicionais voltados apenas para as medidas financeiras da organização.
Trata-se de um modelo moderno que dá a devida importância aos indicadores financeiros, como o
retorno sobre o investimento, o lucro por ação e a margem de contribuição, mas também
considera outras perspectivas estratégicas para a organização, num total de quatro, nesta ordem:
• Perspectiva financeira
Esta perspectiva, que também pode ser chamada de perspectiva do acionista, considera
que os indicadores financeiros são medidas objetivas para acompanhar como as ações
estratégicas (desdobradas dos objetivos de longo prazo) contribuem para o resultado da
organização.
Busca relacionar os objetivos de longo prazo com metas e indicadores de curto e médio
prazo a serem monitorados estrategicamente em busca do sucesso da organização.
Geralmente é nesta perspectiva que se encontram os principais objetivos organizacionais
de uma empresa - de retorno financeiro ao acionista.
Kaplan e Norton afirmam que é na perspectiva financeira que se encontram duas
estratégias básicas: crescimento da receita (com mais receitas de novos produtos,
mercados ou clientes, ou ampliação dos atuais) e produtividade (redução dos custos
associados às atividades atuais).
Organizações públicas e sem fins lucrativos raramente têm objetivos centrais na perspectiva
financeira, que geralmente representa, para estas organizações, uma restrição e não o foco.
• Perspectiva do cliente
Possui relação com as definições sobre os mercados e segmentos nos quais a organização
resolve atuar.
Nesta perspectiva a organização deve traduzir em indicadores aquilo que é importante para
os seus clientes, agregando valor. Indicadores normalmente relacionados nesta perspectiva
possuem relação com satisfação, retenção, captação e lucratividade dos clientes1.
De outra forma, é possível enquadrar os interesses dos clientes em quatro categorias:
prazo, qualidade, desempenho e serviços.
As organizações públicas e sem fins lucrativos geralmente têm foco em seus públicos-alvo,
que se encontram, tradicionalmente, nesta perspectiva2.
Apesar dessas quatro perspectivas representarem o padrão original para aplicação do BSC, seus
autores previram que elas devem ser adaptadas para cada realidade, incluindo-se ou retirando-se
perspectivas, ou mudando o seu sentido original. Além disso, a ordem de apresentação das quatro
perspectivas é importante, mas também pode ser adaptada a cada caso.
1
Conforme Kaplan e Norton. Por isso, memorize mesmo que não concorde.
2
É comum que sejam feitas adaptações das perspectivas e de sua ordem a depender da necessidade
de cada organização. Discutiremos mais sobre o assunto e como ele costuma cair nas provas, nas
próximas páginas.
3
Conforme Kaplan e Norton. Por isso, memorize mesmo que não concorde.
Como vimos, para efeito de adaptação do modelo, o nome das perspectivas pode mudar, mas o
importante é que a ideia central de cada uma delas seja adaptada. Em concursos, geralmente se
pede o nome das perspectivas tradicionais, mas nunca se sabe.... Tenha atenção!
Questão interpretativa. As competências realmente fazem parte do ativo intangível, mas este
é representado na perspectiva do aprendizado e crescimento, e não na perspectiva dos
processos internos (“interna”, nessa questão).
GABARITO: Errado.
Seguindo em frente...
Por conta dessas diversas perspectivas, o BSC capacita a organização para que ela possa
acompanhar os resultados financeiros, ao mesmo tempo em que monitora o progresso do
desenvolvimento dos diversos tipos de ativos intangíveis necessários para um bom desempenho.
O BSC considera tudo, tanto o tangível quanto o intangível!
Kaplan e Norton entendem o BSC como uma ferramenta que permite a implementação
operacional da estratégia, devendo passar pelas seguintes etapas:
1. Estabelecimento de metas de superação;
2. Identificação e racionalização das iniciativas estratégicas;
3. Identificação de iniciativas críticas que envolvam mais de uma unidade de negócios;
Outro ponto importante sobre o BSC é saber que Kaplan e Norton apontaram a existência de três
pessoas na organização que desempenham um papel crítico para a implementação de sucesso do
BSC:
• O arquiteto: alto executivo que é designado responsável pela construção do BSC e sua
inclusão ao sistema gerencial da organização, devendo ter a capacidade de educar a equipe
e orientar o processo de tradução da estratégia em indicadores;
• O agente de mudanças: é um representante do executivo principal, tendo como papel
moldar as ações de rotina decorrentes do novo sistema gerencial;
• O comunicador: pessoa responsável por conquistar o apoio e a adesão de todos os
membros da organização quanto ao novo sistema gerencial a ser implantado com o BSC.
Como vimos, a proposta do BSC é centrada sobre os principais processos gerenciais da organização
relacionados à elaboração e implementação da estratégia, como planejamento dos recursos,
orçamentos e relatórios.
Observe que, para esta ferramenta, os principais aspectos estratégicos são decididos na cúpula
organizacional e implantados a partir daí. É por isso que se afirma que, no BSC, o planejamento
estratégico é necessariamente top-down, ou seja, a visão de futuro, a missão, a estratégia e a
alocação dos recursos vêm de cima para baixo na organização.
Um detalhe importante: a implementação, a inovação, o feedback e a aprendizagem fluem de
baixo para cima! Isso acontece porque a implementação prática dos aspectos estratégicos
acontece em todas as áreas da organização, gerando consequências para o todo organizacional.
Já falei sobre o que é o BSC, suas perspectivas e pessoas relevantes para seu funcionamento,
vamos agora entender com mais clareza quais as principais funções do BSC para a organização:
1. Esclarecer e atualizar a estratégia;
2. Divulgar a estratégia de toda a empresa (comunicar!);
3. Alinhar as metas das unidades e dos indivíduos com a estratégia;
4. Conectar os objetivos estratégicos às metas de longo prazo e aos orçamentos anuais;
5. Identificar e alinhar as iniciativas estratégicas;
6. Conduzir avaliações do desempenho periódicas para conhecer melhor a estratégia.
Além de toda essa discussão, é fundamental que você entenda o que tem por trás do BSC, ou seja,
quais os princípios que guiam sua utilização.
Para que a organização consiga utilizar o BSC com eficácia e atingir suas funções, alguns princípios
devem ser observados:
1. Princípio 1: Traduzir a estratégia em termos operacionais
Há ainda outros aspectos cobrados em prova sobre o BSC. Nesse sentido, saiba que há quatro
processos gerenciais básicos envolvidos na elaboração do BSC:
1. Tradução da visão: busca a construção do consenso no esclarecimento da visão de futuro
da organização, vindo logo após a elaboração da própria visão. O BSC permite a clara
expressão da visão e sua tradução em indicadores e objetivos integrados.
2. Comunicação e ligação (comunicação e conexão): consiste na educação e comunicação
sobre metas específicas, de cima para baixo na estrutura organizacional. Recompensas
passam a ser ligadas aos indicadores de desempenho.
3. Planejamento dos negócios: busca integrar o plano de negócios com o plano financeiro,
definindo prioridades e alocando recursos para que os objetivos sejam atingidos.
4. Feedback e aprendizado: a organização recebe informações sobre o próprio desempenho e
aprende em tempo real, o que facilita a revisão da estratégia, caso seja necessário.
GABARITO: B
Muita coisa, não!? Pra ser sincero, há centenas de outros detalhes sobre o BSC nos livros sobre o
assunto... ainda bem que as provas se concentram “apenas” no que estamos vendo por aqui...
O Mapa Estratégico
O mapa estratégico busca estabelecer uma relação de causa e efeito que conecta os resultados
desejados com os seus vetores, impulsionadores, ou temas - que podem levar ao resultado
pretendido4.
Tais relações buscam apresentar claramente os vínculos mais significativos das relações entre os
diferentes objetivos em cada perspectiva do BSC. As relações de causa e efeito podem ser
claramente identificadas pelas setas do mapa.
Segundo Kaplan e Norton, os mapas estratégicos estão baseados nos seguintes princípios:
• A estratégia equilibra forças contraditórias;
4
Os temas/resultados são apresentados em círculos, enquanto os vetores são as setas que conectam
os resultados, fazendo com que uma coisa gere consequência sobre a outra. Veja um exemplo prático
no gráfico apresentado na sequência.
Para ilustrar, localizei um mapa estratégico parcial levantado em uma pesquisa sobre uma grande
empresa feita por Igarashi et al. (2007):
Veja: a leitura deve ser feita de baixo para cima, indicando com clareza as relações de causa-efeito
entre os objetivos em cada perspectiva. Perceba ainda que o efeito final que se busca é o lucro,
dentro da perspectiva financeira, nesse exemplo prático5.
Um detalhe que deve ser observado é que este mapa estratégico apresentado por Igarashi et al
(2007) encontra-se com as perspectivas ordenadas fora do padrão, pois os autores resolveram
5
organizações com fins lucrativos geralmente possuem como objetivo estratégico final, na perspectiva
financeira, o lucro para o acionista. Isso costuma ser diferente entre organizações, mas especialmente
diferente em organizações públicas e do terceiro setor, que normalmente buscam a efetiva prestação
do serviço ao cidadão
adaptá-las. A ordem tradicional, de cima para baixo, seria: perspectiva financeira, clientes,
processos internos, e aprendizagem e crescimento.
Isso quer dizer que a ordem está errada? Não!
Quer dizer apenas que, na lógica dessa organização específica, a adaptação da ordem das
perspectivas fazia sentido para o analista!
Enquanto o mapa estratégico mostra a relação de causa e efeito entre diferentes objetivos
estratégicos, nas diferentes perspectivas, o painel estratégico, verdadeiro quadro de bordo da
estratégia, busca traduzir em metas, indicadores e ações os objetivos estratégicos e sua localização
no mapa estratégico. Este documento é de grande importância para deixar claro a toda a
organização o papel de cada um na implementação da estratégia com o uso do BSC.
A mesma pesquisa mencionada anteriormente (IGARASHI et al., 2007) apresenta um destes
painéis (parcial) como consequência da elaboração do mapa estratégico:
Note que o painel apresentado considerou apenas alguns dos vetores abordados pelo mapa
estratégico e seus objetivos relacionados, buscando traduzi-los em metas, indicadores e ações a
serem tomadas. Perceba ainda que a ordem das perspectivas também foi adaptada. Além disso,
esse mapa está incompleto, pois foi elaborado com base em informações de uma empresa real,
que não quis divulgar toda a sua estratégia.
Em um mapa real e completo, espera-se que haja desdobramentos em metas, indicadores e ações
para cada um dos objetivos estratégicos e temas identificados no mapa estratégico.
Para que possamos compreender o BSC é preciso que entendamos ainda quais os processos
internos que agregam valor na visão de Kaplan e Norton (2004), que são os seguintes:
• Processos de gestão operacional: são processos ligados ao dia a dia do funcionamento da
organização. Kaplan e Norton (2004) apontam que até quatro processos podem estar
envolvidos aqui: abastecimento (desenvolver relacionamento com fornecedores); Produção
dos produtos e serviços; distribuição aos clientes; e gerenciamento dos riscos.
• Processos de gestão de clientes: são os processos ligados ao gerenciamento dos clientes
como ativo das empresas. Envolvem a seleção de clientes, sua conquista, retenção e
crescimento (cultivo de relacionamentos duradouros pós-venda).
• Processos de inovação: permitem o desenvolvimento de novas soluções. Incluem os
processos de identificação de oportunidades de novos produtos e serviços, gerenciar o
portfólio de P&D (pesquisa e desenvolvimento), projetar e desenvolver novos produtos e
serviços, e lançar novos produtos e serviços no mercado.
• Processos regulatórios e sociais: estão mais ligados à necessidade de as empresas
conquistarem continuamente sua legitimidade de operar nas comunidades e sociedades
onde atuam. Seus desempenhos nesses processos incluem impactos gerados para os
stakeholders6 nas seguintes dimensões: meio ambiente, segurança e saúde, práticas
trabalhistas, investimentos na comunidade.
Cada um dos processos mencionados pode ser desdobrado em outros, fazendo com que haja
centenas de processos contribuindo para a geração de valor nas organizações.
6
Stakeholders são as partes impactadas/interessadas, incluindo, por exemplo, funcionários,
fornecedores, clientes, acionistas, etc.
https://youtu.be/tRXKK0ss0QQ
6. QUESTÕES COMENTADAS
GABARITO: Errado.
GABARITO: Errado.
(B) cenário econômico negativo do mercado é uma ameaça para o próximo exercício de vendas.
(C) forte preparo da equipe em relação às técnicas de vendas é uma oportunidade de mercado.
(D) protecionismo externo para produtos brasileiros se configura como uma fraqueza para o país.
(E) saída do mercado de um banco concorrente é uma força para que a equipe melhore seus
resultados.
Comentário:
Vejamos cada alternativa:
A) Errada. Aumento do poder aquisito é um elemento externo e positivo, portanto uma
oportunidade.
B) Certa. Elementos externos e negativos são ameaças!
C) Errada. Trata-se de elemento interno e positivo, portanto uma força!
D) Errada. Elementos ruins e externos são ameaças.
E) Errada. Coisas positivas e externas são oportunidades.
GABARITO: B.
Comentário:
Quais os elementos do ambiente interno? Forças e fraquezas! Lembre-se ainda que oportunidades
e ameaças são do ambiente externo!
GABARITO: E
GABARITO: C.
B) Método PDCA.
C) Matriz Swot.
D) Modelo DMADV.
E) Modelo DMAIC.
Comentário:
A questão é simples e direta, pedindo apenas que você conheça a essência da Matriz SWOT:
Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças.
GABARITO: C.
A existência de muitas instituições de ensino superior que atuam há muito tempo no mercado, o
crescimento lento do setor de ensino superior e a pouca diferenciação nos serviços ofertados
são fatores que impedem a entrada de novos concorrentes.
Comentário:
Questão interpretativa que pode ser resolvida com base no Modelo Porter. Para ele, as principais
barreiras de entrada em um mercado são: economias de escala; elevada diferenciação; elevada
necessidade de capital; elevados custos de mudança; dificuldades de acesso aos canais de
distribuição; e desvantagens de custo independentes de escala (incluindo: tecnologia patenteada,
acesso favorável às matérias primas, localizações favoráveis, subsídios oficiais, e curva de
aprendizagem/experiência).
Lembrando disso, você já veria com clareza que "pouca diferenciação" não é barreira de entrada
em um mercado. Ao contrário, possibilita a entrada de concorrentes com mais diferenciação.
De forma mais interpretativa, sabe-se que o número elevado de concorrentes aumenta a
concorrência e o risco do mercado, mas não é barreira de entrada. O crescimento lento do
mercado gera o mesmo efeito: as empresas têm que brigar firmemente por espaço, mas isso não
impede novos entrantes.
GABARITO: Errado
As atividades primárias, por sua vez, seriam: logística de entrada, operações, logística de saída,
marketing e vendas, e serviços (pós-venda).
Assim, o único item errado é o terceiro, por afirmar que logística externa é atividade secundária
(de apoio), quando na verdade é atividade primária.
GABARITO: A.
GABARITO: C.
Comentário:
Em outras palavras, qual das alternativas não aponta uma força competitiva de Porter. Para saber
a resposta, é preciso lembrar das 5 forças:
Poder de barganha dos clientes
Poder de barganha dos fornecedores
Ameaça de novos entrantes
Ameaça de produtos substitutos
Rivalidade entre os concorrentes atuais.
Assim, a única alternativa fora da teoria é a letra C.
GABARITO: C
investimentos dispõe para efetuar uma avaliação do projeto. A partir exclusivamente desse
modelo de Porter, os seguintes fatores devem ser considerados na análise do projeto:
a) o poder de barganha dos fornecedores e dos clientes; a possibilidade de acordo entre
concorrentes e o risco de uma alteração na regulação do setor;
b) a ameaça de novos entrantes e de produtos substitutos; a rivalidade entre concorrentes e o
risco de uma alteração na regulação do setor;
c) o poder de barganha dos fornecedores e dos clientes; a ameaça de novos entrantes e a
concorrência de produtos substitutos;
d) a ameaça de novos entrantes e de produtos substitutos; a possibilidade de acordo entre
concorrentes e o risco de uma alteração na regulação do setor;
e) a rivalidade entre concorrentes e a ausência de regulação do setor; a possiblidade de acordo da
empresa com fornecedores, concorrentes e clientes.
Comentário:
Aqui você precisaria lembrar das cinco forças para responder à questão, mas deveria ter a noção
de que a banca brincou com sua capacidade de interpretação, pois nenhuma das alternativas traz
todas as forças.
Apesar disso, a única que traz forças corretas é a letra C.
GABARITO: C.
II) errada. A estratégia de baixo custo demanda produção em larga escala, ou experiência com o
tempo. A estratégia que demanda mais investimentos desse tipo é a de diferenciação.
III) certa. A estratégia de diferenciação avalia muito mais a percepção subjetiva dos clientes do que
os custos monetários, por isso a afirmação faz sentido.
GABARITO: C.
Acho que a banca forçou um pouco a barra ao afirmar que esse é o pressuposto central do BSC.
Apesar disso, como essa busca de resultados para os stakeholders (incluindo o acionista)
realmente acontece, considero a questão como correta, assim como o examinador.
GABARITO: Certo.
A perspectiva financeira trata da criação de valor para o acionista, e não para o cliente. A
perspectiva que se ocupa desses últimos é a do cliente.
GABARITO: Errado.
A banca foi preciosista. Considerou a questão errada porque a perspectiva não se chama
“aprendizado e conhecimento” e sim “aprendizado e crescimento”.
GABARITO: Errado.
E) Errada. Os indicadores não são para a missão, mas para os objetivos e metas desdobrados a
partir da Missão e da Visão.
GABARITO: B
C) Ser top-down não é negativo, mas sim mera característica. Além disso, parte do geral para o
particular.
D) O mapa apresenta as relações de causa-efeito, e não as medidas quantitativas.
E) O foco é no longo prazo.
GABARITO: B.
102. (FCC/TRT23-MT/AJAA/2016) O Balanced Score Card − BSC pode ser utilizado como
modelo de gestão estratégica, assim como mecanismo para implementação da estratégia da
entidade, bem assim como sistema de avaliação de desempenho organizacional. Nesse contexto,
o BSC prioriza o equilíbrio organizacional, a partir de diferentes perspectivas, a saber:
a) econômica; social; corporativa e individual.
b) organizacional; conjuntural; circunstancial e prospectiva.
c) financeira; do cliente; dos processos internos; do aprendizado e crescimento.
d) otimista; moderada; cautelosa e pessimista.
e) individual; corporativa; coletiva e externa.
Comentário:
Questão simples, cobrando as quatro perspectivas originais do BSC: financeira, clientes, processos
internos e aprendizado e crescimento.
GABARITO: C.
Questão simples, cobrando as quatro perspectivas originais do BSC: financeira, clientes, processos
internos e aprendizado e crescimento.
GABARITO: A.
106. (FCC/TRT3/TJ – TI/2015) O Modelo Balanced Scorecard – BSC, em sua visão geral,
estabelece perspectivas, que foram propostas para facilitar o entendimento da estratégia por
toda a organização. Dentre tais perspectivas, NÃO se enquadra a
a) financeira.
b) do cliente.
c) da competitividade.
d) do aprendizado e do crescimento.
e) dos processos internos.
Comentário:
As quatro perspectivas do BSC são: financeira, cliente, processos internos, e aprendizado e
crescimento. “Competitividade” não é uma perspectiva.
GABARITO: C.
Comentário:
As perspectivas clássicas do BSC são exatamente as mencionadas na alternativa A!
GABARITO: A.
Dentre os indicadores apresentados pela questão, o único que tem relação com os clientes é a
participação no mercado, pois considera se os produtos da empresa estão sendo, ou não, os
preferidos pelos clientes.
GABARITO: C
Comentário
Mais uma questão interpretativa, e que requer conhecimentos mais amplos sobre administração.
Ela cobra que você saiba o que significam cada um dos indicadores para encontrar o que é
pertinente a "crescimento" financeiro e "mix da receita" financeira.
Nesse sentido, "percentual de receitas geradas por novos serviços" aponta com clareza o
crescimento da receita. Além disso, "aumento da taxa de vendas por segmento" mostra, ao
mesmo tempo, aumento das vendas e o mix de vendas, ou seja, o conjunto de produtos que faz
parte da distribuição de receitas da empresa.
Nenhuma outra alternativa apresenta solução pertinente.
GABARITO: C
B) Errada. O "número de sugestões" que cada funcionário dá não implica nada do ponto de vista
do aprendizado dos próprios funcionários e o desenvolvimento de sua capacidade. Tem mais a ver
com o quanto os funcionários estão motivados a ajudar com o desenvolvimento da organização e
com o seu alinhamento com as necessidades organizacionais.
C) Trata-se de elemento da perspectiva processos internos.
D) Trata-se de elemento da perspectiva clientes.
E) Alternativa confusa demais para ser enquadrada! Não está claro o que quer dizer!
GABARITO: A.
e) De aprendizagem e crescimento.
Comentário:
As perspectivas do BSC são: financeira, clientes, processos internos e aprendizado e crescimento.
GABARITO: C.
Questão bastante simples e direta sobre a essência do BSC: quais são as suas perspectivas:
financeira, clientes, processos internos e aprendizado e crescimento.
GABARITO: B
GABARITO: E.
7. LISTA DE QUESTÕES.
posição essa que, segundo a matriz SWOT, pode ser classificada em manutenção, sobrevivência,
crescimento ou desenvolvimento.
(C) natural
(D) econômico
(E) demográfico
d) III.
e) I e III.
c) à visão da organização.
d) à missão da organização.
e) aos cenários, classificados em otimista ou pessimista.
espaços para inovar e utilizar suas linhas de produção automatizadas para desenvolver e colocar
no mercado novos equipamentos de cuidados médicos domiciliares (home care).
Para identificar essa possível estratégia, a empresa relacionou
a) uma força de mercado com uma ocasião propícia.
b) uma fraqueza dos concorrentes com uma oportunidade de utilização dos recursos internos.
c) uma falha de mercado com uma ameaça à economia brasileira.
d)uma força dada pelos recursos internos com uma oportunidade representada por uma
tendência demográfica.
e)uma fragilidade no atendimento à saúde pública com uma ameaça representada pela
globalização da concorrência.
c) Fraquezas.
d) Oportunidades.
e) Competitividade.
e) I, II e III.
investimentos dispõe para efetuar uma avaliação do projeto. A partir exclusivamente desse
modelo de Porter, os seguintes fatores devem ser considerados na análise do projeto:
a) o poder de barganha dos fornecedores e dos clientes; a possibilidade de acordo entre
concorrentes e o risco de uma alteração na regulação do setor;
b) a ameaça de novos entrantes e de produtos substitutos; a rivalidade entre concorrentes e o
risco de uma alteração na regulação do setor;
c) o poder de barganha dos fornecedores e dos clientes; a ameaça de novos entrantes e a
concorrência de produtos substitutos;
d) a ameaça de novos entrantes e de produtos substitutos; a possibilidade de acordo entre
concorrentes e o risco de uma alteração na regulação do setor;
e) a rivalidade entre concorrentes e a ausência de regulação do setor; a possiblidade de acordo da
empresa com fornecedores, concorrentes e clientes.
c) F, V e V.
d) V, V e F.
e) F, V e F.
evitar as cinco forças competitivas, mas de forma diferente da liderança de custos (PORTER,
1986). Desse modo, leia as proposições a seguir atribua valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).
( ) A diferenciação pode proporcionar isolamento contra os concorrentes.
( ) A diferenciação pode proporcionar isolamento contra os concorrentes devido à lealdade dos
consumidores com relação à marca, como também à menor sensibilidade a preço.
( ) A lealdade resultante dos consumidores já serve também como um barreira à entrada de novos
entrantes.
( ) A diferenciação também permite margens maiores, com as quais se pode lidar com o poder dos
fornecedores, e também ameniza o poder dos compradores, devido à falta de alternativas
comparáveis.
( ) A empresa que se diferencia para obter lealdade não estará, necessariamente, mais bem
posicionada em relação aos substitutos, até por que não é difícil ou impossível substituir o que é
diferenciado.
Assinale a alternativa que apresenta, de cima para baixo, a sequência correta.
a) F, V, V, V, F
b) V, V, V, V, F
c) F, F, F, V, V
d) V, F, F, V, V
e) V, V, F, F, F
102. (FCC/TRT23-MT/AJAA/2016) O Balanced Score Card − BSC pode ser utilizado como
modelo de gestão estratégica, assim como mecanismo para implementação da estratégia da
entidade, bem assim como sistema de avaliação de desempenho organizacional. Nesse contexto,
o BSC prioriza o equilíbrio organizacional, a partir de diferentes perspectivas, a saber:
a) econômica; social; corporativa e individual.
b) organizacional; conjuntural; circunstancial e prospectiva.
c) financeira; do cliente; dos processos internos; do aprendizado e crescimento.
d) otimista; moderada; cautelosa e pessimista.
e) individual; corporativa; coletiva e externa.
106. (FCC/TRT3/TJ – TI/2015) O Modelo Balanced Scorecard – BSC, em sua visão geral,
estabelece perspectivas, que foram propostas para facilitar o entendimento da estratégia por
toda a organização. Dentre tais perspectivas, NÃO se enquadra a
a) financeira.
b) do cliente.
c) da competitividade.
d) do aprendizado e do crescimento.
e) dos processos internos.
(C) percentual da receita gerado por novos serviços; aumento da taxa de vendas por segmento;
(D) percentual de participação no mercado; receita por funcionário;
(E) turnover; taxa de redução de custos
c) Capacidade de produção.
d) Aumento de produtividade.
e) Lucratividade por funcionário.
8. GABARITO.
9. BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL
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TAVARES, Mauro Calixta. Gestão Estratégica. 3ª Ed. São Paulo: Atlas, 2010.