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Resolução de exercícios
Verónica Monteiro
Pedro
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máxima tutor
Índice 0.5
Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura Discussão 0.5
organizacionais
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução
Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio do
discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
Exploração dos dados 2.5
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
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iv
Índice
Introdução..........................................................................................................................5
Pedagogia do desporto.......................................................................................................6
1. Conceitos................................................................................................................6
2. Definição da Pedagogia do Desporto.....................................................................7
3. Pedagogia do desporto...............................................................................................7
3.1. A pedagogia do desporto....................................................................................7
3.2. Objetivos da pedagogia do desporto...................................................................8
3.3. Aplicação da pedagogia do desporto nas escolas...............................................8
3.4. O papel do professor na pedagogia do desporto.................................................9
3.5. Importância de contar com cursos de qualidade.................................................9
4. Jogos desportivos e suas modalidades.....................................................................10
6. A importância da comunicação no desporto............................................................14
6.1. Comunicação assertiva: fundamental no desporto............................................14
7. Aspectos técnicos – tácticos do desporto.................................................................15
7.1. Importâncias técnicas culturais.............................................................................16
7.2. Conceitos das técnicas corporais..........................................................................16
7.3. Táctica...................................................................................................................16
8. Pressupostos da ciência tradicional e os jogos desportivos e coletivos...................17
Conclusão........................................................................................................................22
Referências Bibliográficas...............................................................................................23
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Introdução
O presente trabalho é da cadeira de Pedagogia do Desporto, onde abordar-se-á o conceito da
pedagogia, a definição da pedagogia do desporto, debruce sobre pedagogia do desporto, jogos
escolares e suas modalidades, historia e origem dos jogos desportivos e colectivos,
importância da comunicação nos jogos desportivos, aspectos técnicos - tácticos do desporto e
a visão tradicional da ciência nas ciências do desporto.
Frisar que, o objecto da pedagogia do desporto é composto pela relação do jogo e do desporto
com o corpo e o movimento, considerando as relações de força existentes na interação entre
os inúmeros factores envolvidos no processo de iniciação desportiva, tais como: professores,
pais, dirigentes desportos, directores escolares e tendo como tarefa ensinar técnicas, tácticas e
valores sociais indispensáveis para o desenvolvimento da criança, jovem ou adolescente.
Pedagogia do desporto
1. Conceitos
Pedagogia é um conjunto de técnicas, princípios, métodos e estratégias da educação e do
ensino, relacionados à administração de escolas e à condução dos assuntos educacionais em
um determinado contexto.
A Pedagogia é a ciência que tem a educação como objeto de estudo, diz Libâneo (2001).
Portanto:
“é a Pedagogia que pode postular o educativo, propriamente dito, e ser ciência integradora dos
aportes das demais áreas. Isto não quer dizer, todavia, que ela, por isso, passa ocupar lugar
hierarquicamente superior às demais” (LIBÂNEO, 1996, p. 118).
Outro educador que tem como preocupação a Pedagogia é Saviani (2001), que também
preconiza que a Pedagogia tem íntima relação com uma teoria da prática educativa. Salienta
que:
Ainda, Saviani (2007), remete-se a Giovani Genovesi ao escrever sobre a Pedagogia como
ciência.
A Pedagogia é ciência autônoma porque tem uma linguagem própria, tendo consciência de usá-
la segundo um método próprio e segundo os próprios fins e por meio dela, gera um corpo de
conhecimentos, uma série de experimentações e de técnicas sem o que lhe seria impossível
qualquer construção de modelos educativos (GENOVESI, 1999, p. 79-80 apud SAVIANI,
2007, p. 102).
Mazzotti (1996) considera que é viável e possível sustentar a Pedagogia como uma ciência da
prática educativa, utilizando as lógicas não-clássicas.
Estas lógicas seriam utilizadas no exame das teorias pedagógicas antecipações das ações, em
última instância- para verificar quais os enunciados corretos – todavia, não-passíveis de
validação lógica- quais os enunciados válidos e quais os não-válidos (MAZZOTTI, 1996, p.
14).
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Para Mazzotti (1996), a Pedagogia é uma ciência da prática educativa fundamentada numa
reflexão sistemática sobre a técnica particular: a educação. Salienta o autor, que ao não
considerar a Pedagogia como ciência da prática educativa, aceita-se que toda e qualquer
prática humana se constitui em arte, pura e simplesmente.
3. Pedagogia do desporto
O desporto no ambiente escolar é fundamental para estimular o desenvolvimento de
competências sociais, comunicacionais e técnicas, orientando o aluno de forma prática a se
relacionar com as suas próprias necessidades e com as dos outros. Assim, a pedagogia do
desporto tem uma importante função na formação de atletas e também cidadãos.
Contudo, por meio das práticas desportivas, outros valores são aprendidos, como a tolerância,
cumprimento de regras, a persistência, saber ganhar e perder, saber esperar e outras noções de
convivência, além dos próprios benefícios oriundos das atividades físicas.
Portanto, a pedagogia do desporto pode ser classificada como uma estrutura educacional na
qual são realizadas intervenções e ações intencionais, com investimento nas exigências
pedagógicas, que assume a responsabilidade de conduzir a relação entre prática e teoria.
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Nesse sentido, a pedagogia do desporto assume o para quê, o porquê, o quê e o como ensinar
desporto, levando em consideração ambientes diversos para faixas etárias distintas.
Nesse cenário, são trabalhados fatores morais como o respeito, a persistência, o cumprimento
de regras, saber esperar a sua vez, saber ganhar e também saber perder, a tolerância, saber
lidar com suas emoções negativas, sem descontá-las nos demais participantes do jogo.
Além disso, a pedagogia do desporto também colabora para a saúde das crianças e jovens da
atualidade. Isso, porque as novas gerações são hiperconectadas e acabam deixando de lado
atividades físicas, como brincar e correr, para usarem, desde muito cedo, os aparelhos móveis,
como tabletes e smartphones, favorecendo o sedentarismo.
Essas metodologias surgem sob uma nova perspectiva, sendo diretamente influenciada pelas
teorias interacionistas, que trazem um novo modelo de pensar e agir no desporto.
Dessa forma, o estudante é analisado como indivíduo ativo em seu desenvolvimento, passa a
influenciar o ambiente — que deve oferecer vastas possibilidades — e também sofre
influência dele.
Além disso, o aluno tende a buscar maior autonomia aliada à emancipação e aprende a tomar
decisões — principalmente à medida que se torna consciente de suas atitudes e da
manifestação da lógica do desporto no seu âmbito social e cultural.
Assim, ao vivenciar sua autonomia, o estudante passa a exercer um papel ativo no processo de
seu próprio desenvolvimento, regulando suas ações e elaborando de forma intencional seus
projetos de ação nos jogos propostos na escola.
Assim, ele compreende, por exemplo, que a estratégia do passe no polo aquático é a mesma
do basquete e das outras atividades coletivas. Nesse cenário, ao entender a lógica do passe,
torna-se mais fácil para o aluno fazer a construção de ações motoras para cada jogo em
específico.
Logo o motivo de fazer, chamada de tática, será determinante para o modo de fazer,
compreendendo a técnica. E, assim, o aluno aprende o desporto jogando-o.
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Diante disso, fica evidente que a pedagogia do desporto vem se reinventando, principalmente
pelas metodologias interacionistas, que abordam importantes construções para o
desenvolvimento do atleta e também para a construção de cidadãos mais conscientes.
No entanto, seu foco principal é a disputa, no que diz respeito a arte dos atletas, outra
conhecida como agonística. Aqui é comum que sejam formadas equipes (grupos) ou mesmo
que se jogue de forma individual, como é o caso do tênis, golfe, ciclismo, hipismo, surf, skate,
ginástica ou automobilismo, por exemplo.
Ainda que a capacidade física seja muito importante para obter bons resultados finais, existem
outros fatores que incidem no desenvolvimento do desporto, como é o caso do equipamento
do desportista (a roupa, instrumentos, etc.) e a força mental.
Pedagogos tem dado elevada importância aos jogos desportivos na formação de crianças e
jovens, uma vez que esses jogos estimulam comportamentos positivos como a interação,
inclusão e o trabalho em conjunto.
Nos jogos desportivos há os regulamentos que tem tanto a finalidade de organizar o jogo,
sendo distinto para cada modalidade esportiva, quanto também estipula o modo como os
jogadores, treinadores e demais envolvidos devem ser comportar.
Ainda falando sobre jogos desportivos, existem os conhecidos por “jogos pré-desportivos”.
Esses são conhecidos por terem a finalidade de preparar um indivíduo para os jogos
desportivos.
Em outras palavras, os jogos pré-desportivos são como uma espécie de treino quanto ao que é
essencial para uma modalidade esportiva. Eles ajudam também a desenvolver o trabalho em
equipa.
Os jogos desportivos, para concluir, são atividades que combinam, em maior ou menor
medida, diferentes facetas dos jogos e do desporto, como o entretenimento, o
desenvolvimento físico, o estímulo mental, o desempenho e a competição.
Modalidades esportivas são:
1) Atletismo
2) Badminton
3) Basquete
4) Beisebol
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5) Boxe
Surgiu na Grécia;
6) Canoagem
7) Ciclismo
8) Esgrima
Surgiu como técnica de sobrevivência, porém, com o surgimento das armas tornou-se
um esporte;
9) Ginástica Artística
10) Halterofilismo
11) Handebal
12) Hipismo
É um esporte equestre;
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13) Hóquei
14) Judô
15) Natação
16) Tênis
17) Vela
18) Vôlei
19) Futebol
Por volta de 1850 a.C., foi descoberto no Egito, na Necrópole de Beni-Hassan, um mural com
imagens que mostravam a luta em vários movimentos. Na Irlanda ocorreram arremessos em
1830 a.C. e salto em altura em 1160 a.C. Vestígios dos primeiros esquiadores são apontados na
Noruega e dos primeiros remadores e pescadores na Rússia.
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Em 1500 a.C., em Creta, praticava-se o pugilismo. Em 1300 a.C. a 800 a.C. já havia o jogo da
pelota. Homero, em 1200 a.C., faz versos para retratar os Jogos Fúnebres, no Canto XXIII da
Ilíada […] Em 776 a.C. temos os Jogos Olímpicos gregos, com importância local e regional,
que depois passam a ser o próprio calendário, pois eram disputados de quatro em quatro anos.
As primeiras ‘corridas de fundo’, com 4 mil metros e 164 centímetros, são disputadas em 720
a.C. A luta e o pentatlo (corrida, disco, luta, salto em distância e dardo) estão nos Jogos de 708
a.C. Em 648 a.C. entra o puligismo, e em 632 a.C. ocorrem as competições para juniores (16 a
18 anos) e as corridas de quadrigas.
Data-se que o profissionalismo no desporto foi considerado a partir de 580 a.C., onde ocorreu
a instituição de prêmios em dinheiro aos campeões, tais campeões recebiam premiações de
500 dracmas e ânforas de óleo.
“De 75 d.C. a 83 d.C., o desporto ganhou mais destaque, e novas competições ocorreram na
Grécia e em Roma” (DUARTE, 2003, p. 14).
Aponta-se que o esqui surgiu na Finlândia e na Suécia em 1771. Em 1603 a natação torna-se
obrigatória no Japão.
E finalmente, não deixaríamos de comentar sobre um dos desportos mais inspiradores para os
brasileiros. Não é tão difícil adivinhar a que estamos nos referindo! Sim, isso mesmo, a nossa
paixão nacional, o Futebol. Veja alguns relatos que já dão início a esse desporto.
Na China, em 2600 a.C. surge o kemari, uma invenção do sr. Yang-Tsé. O kemari era
composto por oito jogadores de cada lado em um campo quadrado de 14m separado por um
fio de seda amarrado em duas estacas fincadas no chão. Os jogadores deviam passar a bola de
22 cm de diâmetro, além das estacas, com os pés, sem deixar a bola cair. A bola era
preenchida com cabelos para que ficasse cheia. Pensa-se que o futebol surgiu a partir desse
acontecimento, mas há muitas dúvidas e polêmicas.
Na Grécia antiga havia um jogo disputado com bola, a bola era feita de bexiga de boi e
revestida por uma capa de couro. Surgiu em 1488 o desporto chamado cálcio florentino,
considerado por muitos como o “pai do futebol”. Seu surgimento deu-se precisamente em 15
de fevereiro de 1488, na Praça Santa Croce, de Florença. Era composto por duas equipes,
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Brancos X Verdes, e cada equipe possuía mais de 25 jogadores, com defensores, passadores e
corredores. Há relatos de que em 1660 iniciaram os regulamentos no futebol, como o número
de participantes no jogo e o tamanho do terreno (80 m x 120 m). Também surgem os gols,
inicialmente chamados de arcos. O pioneirismo do futebol é disputado entre Franceses e
Ingleses, mas há quem afirma que a organização é inglesa.
De acordo com Duarte (2003, p. 214 – 215) “O jogo começou a ser organizado há 150 anos
[…] Em 1868 surge a figura do árbitro […] Em 1891 aparecem as redes”.
“Em 1907 temos a lei do impedimento, alterada em 1926.O futebol como é hoje conhecido
chegou à França em 1872, à Suíça, em 1879, à Bélgica, em 1880; à Alemanha, Dinamarca e
Holanda, em 1889; à Itália em 1893; aos países da Europa Central, em 1900. Em 1904, surge a
Federação de Futebol Association (FIFA)”. (DUARTE, 2003, p. 215).
Historiadores relatam que o futebol surgiu no Brasil através dos marinheiros de navios
ingleses, holandeses e franceses que na segunda metade do século XIX vinham ao nosso país.
“Eles jogavam em nossas praias, durante as paradas dos seus navios, iam embora e levavam a
bola”. (DUARTE, 2003, p. 215). Outros historiadores informam que foi em Jundiaí, em 1882,
que o futebol começou a ser jogado no Brasil, mais precisamente pelos funcionários do São
Paulo Railway, e na mesma época funcionários da Estrada de Ferro Leopoldina começam a
jogar o futebol no Rio de Janeiro.
Múltiplas funções: existem muitos participantes em uma equipe e, por sua vez,
muitas funções. Se a comunicação não estiver bem estruturada, isso pode ser um
problema.
Um atleta precisa se sentir reconhecido por mais do que suas habilidades desportivas. Por
isso, quanto mais participação tiver no processo de comunicação, melhor será seu rendimento
pessoal e da equipa.
Ser claro e conciso: não é necessário deixar aspectos relacionados ao jogo abertos à
interpretação. É necessário ser claro nas ideias, nos conceitos e na maneira como são
transmitidos.
Permitir a inclusão: um treinador deve fazer com que seus atletas se sintam ouvidos
sem que isso interfira demais em suas ideias de jogo. Então, deve estabelecer uma
comunicação bidirecional. Nesse sentido, o feedback é a ferramenta pela qual as
necessidades e emoções de todos podem ser ouvidas.
1. A tradição e
2. A eficácia simbólica.
Estão vinculados à transmissão de gestos, imbuídos de valores, sendo esta característica que
diferencia as técnicas humanas dos movimentos dos animais.
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7.3. Táctica
Tendo em vista a técnica e a táctica, não deve ser apresentada dissociada da outra, pois, se
queremos que nosso aluno compreenda a lógica táctica é importante que ele disponha de
elementos técnicos. Da mesma forma, quando se propõem a técnica, esta deve ser
compreendida dentro do contexto táctico, sendo os aspectos físicos e psico-cognitivos
também exigidos a todo o momento. A partir do ponto no qual a criança vai desenvolvendo
esses itens aumentam suas possibilidades de resolver os problemas do jogo e fazê-los com
variações de movimento e táctica, ou seja, dominar os gestos e tomar decisões flexíveis para
resolução de problemas.
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Nota-se uma relação de causa-efeito entre as etapas, ou seja, para que se possa jogar
basquetebol, deve-se primeiramente saber arremessar a bola; antes de saber arremessar a bola,
é preciso que o aluno saiba recebê-la e passá-la corretamente; antes, porém, ele deve aprender
a driblar a bola, o que por sua vez só pode ser feito se o aluno tiver uma técnica mínima de
corrida. Essa perspectiva prevaleceu nas primeiras propostas metodológicas sistematizadas
para o ensino dos jogos desportivos e colectivos por volta da década de 1960 (GARGANTA,
1995) e, ainda que criticada pelas propostas contemporâneas, se mostra presente na prática
pedagógica atual (REVERDITO; SCAGLIA, 2009; FERREIRA, 2009; MESQUITA; PEREIRA;
GRAÇA, 2009; GALATTI et al., 2013; GALATTI et al., 2012).
Esse pressuposto pode ser observado no uso dos exercícios analíticos, ainda predominante
como estratégia de ensino na iniciação ao treinamento nos jogos desportivos e ccolectivos.
Outro exemplo, bastante comum são as jogadas pré-determinadas, seja na ação defensiva ou
ofensiva. Os treinadores esportivos ensaiam ações táticas (jogadas) pré-determinadas com
seus jogadores, determinando quais espaços estes devem ocupar na quadra para aproximar-se
do alvo, a fim de aplicá-las quando em confronto com adversários; da mesma forma é feito na
ação defensiva, em que uma equipe assume um determinado esquema defensivo, muitas vezes
independentemente das características do adversário. Nestes casos, a característica de
imprevisibilidade do jogo tende a ser desconsiderada e impõe-se aos jogadores formas rígidas
de agir e de organizar-se taticamente, desestimulando a busca por respostas novas para os
problemas que os jogos apresentam.
O estudo dos jogos desportivos e colectivos sobre a égide dos pressupostos da Ciência
tradicional (simplicidade, estabilidade e objetiva) acumulou conhecimento pautado na
compreensão das partes. De um processo baseado no isolamento das partes, com a finalidade
de simplificar a natureza complexa do fenômeno, evidenciando um caráter disciplinar em
diferentes níveis do estudo e da intervenção.
justapostos, privilegiando ações voltadas para a relação do sujeito com a bola ou objeto. A
aprendizagem é orientada por modelos pré-determinados (o modelo é o jogador de elite),
hierarquizada em diferentes níveis e sob a forma de repertório de gestos técnicos (do simples
ao complexo), privilegiando procedimentos pautados na imitação, demonstração e repetição.
Do mesmo modo que o modelo de Ciência Tradicional foi importante enquanto conhecimento
acumulado, perceberam-se consequências no que tange ao ensino, vivência, aprendizagem e
treinamento nos jogos desportivos e colectivos. A consequência desses pressupostos
tradicionais para o ensino dos jogos desportivos segundo Scaglia e Souza (2004) e Scaglia,
Reverdito e Galatti (2013), ao analisar suas principais características (centrado na técnica,
busca pela reprodução de modelos, repetição de movimentos para a automação, mecanização
do gesto, pobre acervo de possibilidades de respostas, descarta a solução eficaz em função da
eficiente, exigência de pré-requisitos, valoriza a seletividade e pobre em tomada de decisões)
foi gerar a dependência do jogador à instrução do técnico, logo que o ambiente de
aprendizagem foi pouco estimulante ou inadequadas as demandas do jogo, ou seja, sua gênese
complexa (LEONARDO; REVERDITO; SCAGLIA, 2009).
Conclusão
De forma generalizada, a Pedagogia do Desporto é essencialmente constituído da ligação do
jogo e do desporto ao corpo e ao movimento. No âmbito do seu objecto está toda a ação de
movimento corporal que se manifesta em termos desportivos e lúdicos com ou contra pessoas
activas, cujas motivações têm a ver com os processos de educação, formação,
desenvolvimento e aprendizagem.
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A Pedagogia do Desporto é uma teoria e uma prática ao serviço do Homem. Neste sentido,
existe para servir o Desporto na justa medida em que serve a Humanidade que neste se
substancia.
A Pedagogia, enquanto praxis, exige aos seus diversos agentes muito mais do que uma
intervenção técnica; exige uma intervenção fundada na filosofia e, simultaneamente, na
ciência, esclarecendo, deste modo, e tornando mais eficaz, a sua intervenção no plano ético
e de orientação dos seus potenciais efeitos formativos para aspectos da formação e do
desenvolvimento moral, da formação do carácter, da formação pessoal e social dos diversos
agentes desportivos.
Neste contexto, podemos dizer que a Pedagogia do Desporto é, hoje, chamada a enfrentar
velhos e novos desafios, numa sociedade sempre diferente, em evolução constante, onde
muitas novas questões se colocam aos processos formativos que podem resultar das práticas
desportivas.
Referências Bibliográficas
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Bento, J. O. 2006. Da pedagogia do desporto. In: Tani, G.; Bento, J. O.; Petersen, R. D. S.
Pedagogia do desporto. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, p. 26-40.
25
Galatti, L. R.; Serrano, P.; Seoane, A. M.; Paes, R. R. Pedagogia do desporto e basquetebol:
aspectos metodológicos para o desenvolvimento motor e técnico do atleta em formação.
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2021.
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Kuhn, T. S. 2006. O caminho desde A estrutura: ensaios filosóficos. São Paulo: UNESP.
Reverdito, R. S.; Scaglia, A. J. 2009. Pedagogia do desporto: jogos coletivos de invasão. São
Paulo: Phorte.
Sadi, R. S. 2010. Pedagogia do desporto: descobrindo novos caminhos. São Paulo: Ícone.