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1.1.1. A Empresa
Segundo Lousã (2011, p.19) diz que “Empresa é um conjunto de actividade colectiva
humana organizada que é dirigida por um centro de decisão que tem de adoptar todos os
meios disponíveis com o objectivo pré-determinados, tendo em vista a venda de produtos e
mercadorias ou ainda prestação de serviço”.
Com base nos dois conceitos podemos afirmar que toda empresa é uma organização
mais nem toda organização é uma empresa, isto porque, muitas organizações não têm os
mesmos objectivos que as empresas. As organizações variam não somente em tamanho, em
forma, objectivos, mas também em uma multiplicidade de outras maneiras e características
evidenciadas por variáveis humanas como, padrões de liderança, comunicação, procedimentos
para tomadas de decisões.
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1.1.2. O Cliente
Marques (2000, p.33) define de forma simples considerando que “o cliente é uma
pessoa que compra produtos da empresa, para próprio consumo, ou para distribuir estes
produtos para consumidores finais, como a pessoa mais importante em qualquer tipo de
negócio”. Cliente é a pessoa que adquire produtos e serviços, para consumo próprio ou
distribuição, tornando-se muito importante em qualquer tipo de negócio, no qual a empresa
depende, pois, sem o consumidor não gera lucros e, consequentemente, investimentos.
O cliente ganhou uma dimensão maior no mundo actual e não se importar com ele
tem sido a causa do desaparecimento de muitas empresas. De acordo com Chiavenato (2007)
“o negócio existe para suprir as necessidades dos clientes, definindo se o negócio vai ter
sucesso ou não, também determina o tamanho do sucesso”.
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1.1.2.1. Tipos de Clientes e seus Comportamentos
Faz-se necessário, neste contexto atenção, especial aos tipos de clientes existentes,
aprender a identificá-los e saber lidar com eles para obter resultado na venda do produto ou
mesmo do serviço. Pilares (1991, p.173) classifica alguns tipos de clientes e orienta como
lidar com eles, conforme quadro a seguir exposto:
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sentido e ter respostas objetivas.
É uma pessoa amável, Agir com atenção, demonstrando
DE BOM SENSO agradável e inteligente. prestabilidade, mantendo sempre o
clima de simpatia e cordialidade.
Pessoa agradável, de conversa Ter habilidade e buscar
envolvente, mas que desvia do constantemente retomar o rumo da
BEM HUMORADO
assunto constantemente, conversa. Não perder as rédeas da
dificultando o diálogo. situação.
Sabe tudo sobre tudo, não gosta Usar de bom senso e lógica, nunca
de argumentos fracos. omitindo informações. Esteja bem
INTELIGENTE
informado, agindo com segurança
em tudo que faz.
É aquele cliente indeciso, muda Fazer apresentações firmes e
de opinião constantemente. convincentes, reiniciando com
COMFUSO
paciência sempre que o cliente
solicitar.
Sempre fala “eu sei” depois de Ter muita habilidade, dar valor ao
qualquer afirmativa. Pouco cliente, sem bajulá-lo.
PRESUNÇOSO
argumenta e quase nunca ouve
os seus interlocutores.
Pessoa que quer saber detalhes, Falar pausadamente, várias vezes,
não entende como funciona, com clareza, não se prendendo a
DETALHISTA
demonstra dificuldade em detalhes desnecessários.
associar ideias.
Gosta de discutir por qualquer Não interrompa a fala do cliente,
coisa, seja muito ou pouco deixe-o liberar a sua raiva. Nunca
importante. Critica lhe diga que está nervoso, isso o
abertamente. Tudo é um motivo deixará mais furioso. Use frases
AGRECIVO para brigar. que ajudam a acalmar, exemplos:
Imagino como o senhor ou a
senhora está se sentindo; O senhor
tem razão; Farei tudo para resolver
o problema.
Contudo, deve-se levar em consideração que os clientes incluem todos aqueles cujas
decisões determinantes se sua empresa irá prosperar (WHITELEY, 1992). Para o autor as
pessoas servem nas empresas para três tipos de clientes: os finais, os intermediários e os
internos.
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Os clientes finais são as pessoas que usarão o produto ou serviço de forma que
ficarão encantadas. São conhecidas também como usuários finais. Os clientes intermediários
são os distribuidores ou revendedores que tornam seus produtos e serviços disponíveis para o
cliente final. Por fim, os clientes internos, que normalmente são desconsiderados pelos
trabalhadores, são pessoas a quem se repassa o trabalho concluído para desempenharem a
próxima função na direcção de servir os clientes intermediários e finais (WHITELEY, 1992).
Vale considerar que atendimento e tratamento são dois conceitos diferenciados que
são frequentemente confundidos. Para Carvalho (1999), o atendimento está directamente
ligado aos negócios que uma organização pode ou não realizar, de acordo com suas normas e
regras. O autor considera que prestar o atendimento determina uma relação entre o
profissional, à empresa e o cliente, criando uma interdependência entre eles. Já o tratamento
está directamente ligado ao atendedor, sendo ele o responsável por desenvolver um trabalho
de venda, num processo de conquista gradativa da confiança do cliente com sua simpatia, o
que garante a apreciação do produto, mesmo que naquele momento ele não tiver a intenção de
consumir.
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1.1.2.3. Satisfação do Cliente
Para Cobra (1997, p. 16) “Manter os clientes satisfeitos não basta, ou seja, não se
mantêm clientes apenas satisfeitos. É preciso encantá-los, ou melhor, é preciso surpreendê-
los”. A maneira que o cliente é tratado dentro da organização resulta no grau de sua
satisfação, a organização deve ser comprometida como o cliente procurando oferece-lhe um
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atendimento de confiança, fazê-lo de fato, importante para aquela organização, pois, um
atendimento de qualidade satisfaz, fideliza e conquista clientes.
Santos (1995, p. 31) diz que: “O cliente que não é tratado como objeto, certamente
voltará a sua empresa para fazer novas compras e garantirá não só a continuidade, mas
também o sucesso de seu negócio. Procure encantá-lo o tempo todo”. Para atingir a satisfação
do cliente é necessário, conhecer, avaliar os valores que contam mais para o seu cliente em
relação ao produto que a empresa oferece, ou seja, os valores mais importantes para o cliente
são aqueles que lhe proporcionam maior satisfação.
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empresa para certificar que eles estão funcionando efetivamente conforme a certificação
exige.
Segundo Kotler, Hayes e Bloom (2002, p. 58): “Todo mundo gosta de ser tratado
como alguém importante. A capacidade de fazer cada cliente se sentir especial e importante
constitui o ponto crucial para estabelecer empatia”. A construção de um bom relacionamento
entre cliente e organização é essencial, pois, os clientes devem ser reconhecidos, identificados
e respondidos, para isso, é necessário conhecê-los e ouvir as suas necessidades. O consumidor
deseja, ao optar por determinada empresa, que a mesma, manifeste interesse por ele,
independente de concretizar a venda ou não, que ao prometer, cumpra o que garantiu.
Qualidade tem um amplo significado, ela pode ser interpretada de diversas maneiras,
ou seja, ela pode representar busca da satisfação, a excelência e a fidelização, agregando
valores aos produtos e serviços adquiridos e destinados. De acordo com Denton (1990), não
basta somente o treinamento para garantir a qualidade, pois o importante é fazê-lo de maneira
correcta.
A busca pela qualidade é muito intensa, ela não é mais uma estratégia de
diferenciação no mercado e, sim, uma necessidade de sobrevivência. Para a empresa ganhar
confiança no mercado, ela precisa produzir e oferecer produtos e serviços com qualidade,
ganhando, assim, durabilidade. Um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende
perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às
necessidades do cliente. A qualidade no atendimento (Q.T) é um factor que pode determinar o
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sucesso ou fracasso de um negócio. Se a relação entre funcionários e clientes for satisfatória a
empresa será bem sucedida. Segundo Deming (1990, p.26):
De acordo com Kother (2000, p.56) as empresas estão enfrentando uma concorrência
jamais vista, ressalta que para as empresas retenham clientes e superarem a concorrência,
precisam realizar um melhor trabalho de atendimento e satisfação das necessidades dos
clientes.
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pois, os consumidores estão buscando novidades, ficando mais exigentes, com isso, é
necessário satisfazer suas necessidades e gostos.
Kotler (2000) afirma também que é necessário ter sempre em mente as Seis Regras
do Bom Atendimento:
Observa-se a partir dessas regras expostas por Kotler, que o consumidor gosta de ser
tratado com delicadeza e atenção no atendimento, objectivando a satisfação e o encantamento,
podendo estabelecer vínculos de amizade e respeito. Quando um cliente fica insatisfeito com
o atendimento recebido, é a imagem da organização que fica comprometida. De forma geral,
atender bem está relacionado a poupar esforços do cliente. Chiavenato (2005, p.209) enfatiza
que:
Um atendimento para ficar melhor a cada dia, deve-se utilizar vários aspectos que o
ajude a ter mais desempenho e, assim, melhorar sua percepção perante aos clientes. Evitando
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alguns tipos de atitudes, para não comprometer a qualidade no atendimento e
consequentemente gerar a insatisfação ao cliente.
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Tabela nº 3: Porque se Perde um Ciente
Má qualidade do produto
14%
Para Fidelis e Banov (2007, p. 86) “Treinar significa qualificar, suprir carências
profissionais, preparar a pessoa para desempenhar tarefas específicas do cargo que ocupa (...).
Conclui-se que treinamento é um processo que visa capacitar, reciclar e suprir carências
profissionais.
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Tabela nº 4: Saberes do Atendimento
Saberes do Atendimento
Atenção
SABER OUVIR
Interesse
Linguagem adequada
SABER FALAR
Educação e Cortesia
Diferenças e necessidades individuais.
SABER FAZER
Expectativas
Conhecimento
SABER SENTIR Informação Correcta
Fazer certo para atingir o resultado.
Fonte: Silva (2000, p.44)
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impacto negativo sobre o desempenho. Sentimentos positivos exercem
impacto positivo.
Para o funcionário atender bem, é preciso que saiba que pode e que queira fazê-lo.
Saber fazer é uma questão de conhecimento, habilidade ou atitude. Poder fazer é uma questão
de ter e poder usar os recursos necessários. Querer fazer é uma questão de vontade, que
depende do estado de espírito, do ânimo, da satisfação das pessoas quando realizam o seu
trabalho. Logo, o "querer fazer" está associado ao clima organizacional, que, muitas vezes é
onde encontram-se as causas da má qualidade dos atendimentos.
Para Freemantle, (1994, p.120) “Sem alguma forma do controlo, você não conseguira
saber como estar-se saindo no sector de atendimento ao cliente”. O cliente espera que a
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empresa demonstre, respeito, agilidade e eficiência no atendimento e mesmo que o cliente não
adquira um determinado produto ou serviço.
O atendimento é tão importante quanto o produto final, ou seja, uma boa recepção,
um ambiente agradável e receptivo, funcionários prestativos e atenciosos, menos burocracias
e processos mais rápidos e eficientes constituem, também, as expectativas de qualquer cliente
ao ser atendido.
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