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Planejamento Estratégico

e Sistemas de Segurança
da Informação
Estratégia, Planejamento e Gestão

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Dr. João Luiz de Souza Lima

Revisão Textual:
Pérola Damasceno
Estratégia, Planejamento e Gestão

• Introdução;
• Planejamento: Qual o Caminho a Seguir?
• Gestão Estratégica;
• Planejamento Estratégico;
• Organização e o Ser Humano;
• Administração e o Administrador.


OBJETIVOS

DE APRENDIZADO
• Estudo dos conceitos relativos à Estratégia, Planejamento e Gestão, envolvendo as características,
os componentes, os ambientes e as ferramentas envolvidas;
• Aborda os conceitos de Planejamento e Gestão em Segurança Privada, a Governança Corpo-
rativa, a Missão, a Visão e os Valores, envolvendo a empresa/organização do segmento de
Segurança Privada contemporânea;
• Apresenta também os conceitos de Gestão Estratégica, os Modelos de Gestão, o Processo de
Tomada de Decisões e os Sistemas de Gestão.
UNIDADE Estratégia, Planejamento e Gestão

Introdução
Há a necessidade de se fazer uma reflexão sobre as mudanças ocorridas na gestão
empresarial nos últimos anos. Acredita-se que as mudanças foram determinantes na mu-
dança do termo “dono do negócio”, que retratava o empresário das décadas anteriores
aos anos 1990 para o presente momento vivido pelas organizações.
No século XX, as empresas “encontravam” seus caminhos e por eles podiam seguir
por, talvez, longas décadas. As mudanças ambientais não eram tão intensas e a concor­
rência representava uma competição muito pequena ou quase nula na maioria dos se-
tores da economia.
Atualmente, o período de turbulência pelo qual o mundo está passando, com uma com-
petição cada vez mais intensa, exige dinamicidade em se formular caminhos alternativos
para que as empresas não entrem em um ciclo de estagnação ou até mesmo de declínio.
O mundo está evoluindo numa velocidade tamanha, em virtude das inovações, das
novas tecnologias e no crescimento dos mercados. E a partir desse novo momento – de
busca incessante pela sobrevivência e pelo crescimento – é que o futuro gestor precisa ser
capaz de fazer com que as organizações acompanhem pontualmente essas mudanças.

Planejamento: Qual o Caminho a Seguir?


Alice no País das Maravilhas
Alice – Pode me dizer que caminho devo tomar?
Gato – Isto depende do lugar para onde você quer ir. Respondeu, com muito propó-
sito, o Gato.
Alice – Não tenho destino certo.
Gato – Neste caso, qualquer caminho serve.
Charles Lutwidge Dodgson (1832 – 1898), mais conhecido pelo seu pseudônimo
Lewis Carroll, foi um romancista, contista, fabulista, poeta, desenhista, fotógrafo, matemá-
tico e reverendo anglicano britânico. Lecionou matemática no Christ College, em Oxford.
Carroll escreveu um clássico da literatura: Alice no País das Maravilhas, cujo diálogo denota
o que acontece quando não há planejamento.

Figura 1 – Alice no País das Maravilhas


Fonte: Wikimedia Commons

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Figura 2 – Lewis Carroll
Fonte: Wikimedia Commons

Sêneca
Sêneca (4 a.C. – 65 d.C.) foi um filósofo romano que teceu uma frase que ficou para
a posteridade, conforme segue:

“Se um homem não sabe a que porto se dirige, nenhum vento lhe será favorável!”.
(Sêneca)

Figura 3 – Sêneca
Fonte: Wikimedia Commons

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Camões
Luís Vaz de Camões foi um poeta português, considerado uma das maiores figuras
da literatura mundial e lusófona, e um dos grandes poetas da tradição ocidental, que
define o planejamento da seguinte forma:

“Como saber se o vento é bom se não se sabe para onde ir?”. (Camões)

Figura 4 – Luiz Vaz de Camões


Fonte: Getty Images

Frederick Winslow Taylor


Frederick Winslow Taylor (1856-1915) foi um dos precursores do estudo da Adminis-
tração. A preocupação básica de Taylor foi focada na eliminação dos desperdícios e das
perdas sofridas pelas empresas de sua época, elevando a produtividade pela aplicação de
métodos e técnicas da engenharia industrial, por meio dos seguintes princípios:
• Planejar: Substituir a improvisação pela ciência, por meio do planejamento do método;
• Preparar: Selecionar, cientificamente, os trabalhadores, de acordo com suas apti-
dões, prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o
método planejado. Preparam-se, também, as máquinas e equipamentos de produção,
bem como o arranjo físico e a disposição racional das ferramentas e materiais;
• Controlar: Controlar o trabalho para se certificar de que ele está sendo executado
de acordo com as normas estabelecidas e seguindo o plano previsto;
• Executar: Distribuir, distintamente, as atribuições e as responsabilidades para que
a execução do trabalho seja bem mais disciplinada.

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Figura 5 – Winslow Taylor
Fonte: Wikimedia Commons

Henry Ford
Henry Ford (1863 – 1947) promoveu a grande inovação do século XX, ou seja, a
Produção em Massa. O seu principal objetivo era a produção de maior número de pro-
dutos acabados com a maior garantia de qualidade, pelo menor custo possível.

Ele se utilizou dos seguintes princípios de gestão:


• Produtividade: Máxima de produção dentro de um período determinado, distri-
buição dos ganhos, redução de custos e redução de preços;
• Intensificação: Aumentar o capital de giro que seria obtido dos próprios consumidores;
• Economicidade: Reduzir, ao mínimo, o volume de matéria-prima (estoque).

Figura 6 – Henry Ford


Fonte: Wikimedia Commons

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Henri Fayol
Jules Henri Fayol (1841-1925) publicou, em 1916, o livro Administration Industrielle
et Générale (Administração Industrial e Geral), no qual definiu as funções básicas da
empresa, conforme segue:
• Técnicas: Relacionadas com a transformação, operação e produção de bens (pro-
dutos e serviços);
• Comerciais: Relacionadas com as transações de compra, venda e permuta;
• Financeiras: Relacionadas com a captação e bom uso do capital;
• Segurança: Relacionadas com a preservação e proteção das pessoas e dos bens;
• Contábeis: Relacionadas com os controles e registros, como inventários, balanços,
custos e estatísticas;
• Administrativas: Relacionadas com a integração de todas as operações da organi-
zação. As atividades administrativas coordenam e sincronizam as atividades ante-
riores, tendo, portanto, interferência e influência sobre elas.
Fayol definiu as funções administrativas, que ficaram conhecidas pela expressão
“POCCC”, conforme segue:
• Planejamento: Consiste na avaliação do futuro, ou seja, tudo aquilo que pode
acontecer;
• Organização: Consiste na preparação de todas as coisas que sejam úteis ao funcio-
namento da empresa, desde a parte material e pessoal;
• Comando: Consiste na ação de fazer o pessoal agir, de forma a obter o máximo
retorno em todos os aspectos de desempenho da empresa;
• Coordenação: Consiste na harmonia de todas as atividades realizadas pela empresa;
• Controle: Consiste na medição e dimensionamento dos atos, para verificação se
estão ocorrendo de acordo com o planejamento, bem como do tratamento das
falhas e erros, visando a correção deles.

Figura 7 – Jules Henri Fayol


Fonte: Wikimedia Commons

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Princípios Contemporâneos da Administração
O processo administrativo implica no domínio, por parte do gestor contemporâneo,
de quatro princípios básicos:
• Planejamento;
• Organização;
• Direção;
• Controle.

Os Princípios da Administração, segundo a sua concepção, estão sempre presentes


em todos os processos administrativos, bem como nas atividades de gerência, ou seja,
nos níveis hierárquicos da organização e nas suas diversas áreas internas.

A Figura 8 (a seguir) apresenta os princípios contemporâneos e consagrados da


Administração.

Planejamento

Controle Organização

Direção

Figura 8 – Princípios da Administração


O Princípio do Planejamento consiste na determinação do que deve ser realizado.
Ele envolve vários aspectos e decisões a serem tomadas pelo administrador, tais como:
esclarecer objetivos, fixar as políticas e diretrizes, traçar programas e campanhas, esta-
belecer métodos e processos e fixar a programação do dia a dia.
O Princípio da Organização consiste na disposição dos recursos (humanos, materiais,
financeiros, tecnológico e etc.) envolvidos em prol do planejamento. Ele deve agrupar as ati-
vidades essenciais e necessárias à realização dos planos pelas unidades / áreas administra-
tivas e definir as relações entre os níveis da estrutura (diretorias, gerências e colaboradores).
O Princípio da Direção consiste na realização da gestão diária das operações.
A direção deve emitir as instruções aos colaboradores do que deve ser executado, motivar
aos que devem seguir as instruções, coordenar detalhadamente o trabalho a ser realizado,
dirimir toda e qualquer dúvida dos colaboradores e buscar recursos alternativos para a
finalização das tarefas, quando necessário for.

O Princípio do Controle consiste no asseguramento de que os resultados obtidos no


processo correspondam, tanto quanto possível, ao planejamento realizado. Ele implica
em estabelecer padrões, comparar os resultados frente ao padrão que foi estabelecido e
na necessária ação corretiva, quando a execução se desviar do planejamento.

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UNIDADE Estratégia, Planejamento e Gestão

O sucesso contemporâneo da gestão eficiente, eficaz e efetiva consiste na utilização plena


e integrada, por parte do gestor contemporâneo, dos quatro princípios básicos da Adminis-
tração, ou seja, o PODC (Planejamento, Organização, Direção e Controle).

Gestão Estratégica
A estratégia consiste na arte militar de planejar e executar o movimento e a operação
de tropas, navios e/ou aviões, visando o alcance ou a manutenção de posições relativas
e potenciais bélicos favoráveis com vista a objetivos específicos ou explorar condições
favoráveis com vista a objetivos específicos.

A estratégia, segundo Fischmann e Almeida (2009):


• A estratégia sempre esteve ligada a situações de guerra, questões diplomáticas
e política;
• Strategus, ou seja, a arte do general. Segundo alguns autores, estratégia cuida de
como dispor os exércitos e a tática de como lutar.

A união entre a estratégia e o planejamento, segundo Fischmann e Almeida (2009),


se deu no início da década de 1960.

Por sua vez, o estudo da Gestão Estratégica teve sua forma definida pela primeira vez
após a Fundação Ford e a Carnegie Corporation patrocinarem, na década de 1950, uma
pesquisa sobre os currículos acadêmicos nas escolas de Administração norte-americanas.

Assim, o Relatório Gordon-Howell, resultado da pesquisa, recomendou a inclusão


de um curso de capacitação na área de política de negócios.

Por volta da década de 1970, com a ampliação do escopo, incluindo a organi­


zação global e seu ambiente, a Gestão Estratégica passou a ser denominada “Admi-
nistração Estratégica”.

As fases do processo de Administração Estratégica, segundo Fischmann e Almeida


são as seguintes:
• Primeira Fase – Planejamento Pré-estratégico:
» Projeção do passado para o futuro, envolvendo os orçamentos financeiros, até o
início da década de 1950;
• Segunda Fase – Planejamento Estratégico:
» Consideração do ambiente no processo de planejamento, envolvendo as proje-
ções baseadas em vendas, o fluxo de caixa descontado e a análise do retorno
de investimentos;
• Terceira Fase – Administração Estratégica:
» Introdução de cenários e estratégias contingenciais em meados da década de 1970.

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A Tabela a seguir, apresenta as diferenças entre o Planejamento Estratégico e a
Administração Estratégica.

Tabela 1 – Diferenças: Planejamento Estratégico X Administração Estratégica


Planejamento Estratégico Administração Estratégica
Estabelece uma postura em relaçao
Acresce capacidade estratégica.
ao ambiente.
Adiciona aspirações das pessoas, e lida
Lida com fatos, ideias, probabilidades.
com mudanças rápidas do ambiente.
Caracteriza-se mais como sistema Incorpora ao sistema de planejamento
de planejamento. o sistema de ações.
Fonte: Adaptada de FISCHMANN; ALMEIDA, 2009

Segundo Certo e Peter (2011), a Administração Estratégica pode ser definida como
sendo um processo contínuo e interativo, que visa manter uma organização como um
conjunto integrado a seu ambiente.
Por sua vez, a Administração ou Gestão Estratégica consiste na determinação da
missão e dos objetivos da organização frente aos seus ambientes externo e interno e
à administração dos estágios de formulação, implementação e controle da estratégia
(WRIGHT; KROLL; PARNELL, 2000);
Segundo Fischmann e Almeida, Gestão Estratégica consiste na capacitação da orga-
nização, de forma a permitir que as decisões administrativas e operacionais estejam de
acordo com as decisões estratégicas (FISCHMANN; ALMEIDA, 2009, p. 26).
A Gestão Estratégica visa a definição de maneira explícita, participativa e com base
em um diagnóstico atual e futuro de seus ambientes interno e externo, do rumo que se
pretende dar à organização, formulando missão, visão e valores, além de implementar e
controlar os objetivos, as estratégias e os planos de ações definidos.

Não basta apenas conhecer o ambiente externo atual e fazer uma projeção de possíveis mu-
danças no mesmo. Para gerenciar estrategicamente, o gestor deve adotar uma postura pro-
ativa. E o que é ser proativo? Ser proativo é se antecipar às mudanças. Gerenciar estrategica-
mente é estar em constante prospecção, atualização e adequação da organização em relação
a seus ambientes interno e externo. Ser prospectivo é fundamental para a Gestão Estratégica.

Planejamento Estratégico
O Planejamento se divide em três partes, conforme identificado na Tabela 2, a seguir:

Tabela 2 – Tipos de Planejamento


Tipo de Planejamento Nível Tempo Descrição
Consiste nas atividades que levam
ao desenvolvimento de uma missão
Estratégico Alta Gerência Longo Prazo (5 anos) clara, bem como de objetivos e de es-
tratégias que possibilitem o alcance
dos resultados esperados.

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UNIDADE Estratégia, Planejamento e Gestão

Tipo de Planejamento Nível Tempo Descrição


Consiste na criação de objetivos e
estratégias destinados a alcançar
Tático Média Gerência Médio Prazo (2,5 anos) metas de departamentos especí-
ficos ao longo de um intervalo de
tempo médio.
Consiste na criação de objetivos e
estratégias para unidades opera-
Operacional Baixa Gerência Curto Prazo (1 ano)
cionais individuais ao longo de um
curto intervalo de tempo.

O Planejamento Estratégico consiste em uma técnica utilizada para a definição do


caminho estratégico a ser seguido pela empresa, devendo servir como base no desen-
volvimento dos planos táticos e operacionais

O Planejamento Estratégico deve ser aplicado, tendo em vista seis fases, conforme
segue:
• Fixação de objetivos;
• Auditoria externa;
• Auditoria interna;
• Avaliação da estratégia;
• Operacionalização da estratégia;
• Programando todo o processo.

Por sua vez, o Planejamento Estratégico deve ser implementado em nove etapas,
conforme segue:
• Etapa 1: Pré-diagnóstico;
• Etapa 2: Sensibilização;
• Etapa 3: Diagnóstico estratégico;
• Etapa 4: Definição da base estratégica corporativa;
• Etapa 5: Definição de Estratégias;
• Etapa 6: Definição dos Planos de Ações;
• Etapa 7: Definição dos Recursos;
• Etapa 8: Implementação;
• Etapa 9: Monitoração, Avaliação e Controle.

Organização e o Ser Humano


O homem é um animal social com tendência à organização e à administração dos
seus assuntos. O homem é um animal que se organiza. O termo “social” implica que os
seres humanos tendem a estabelecer relações cooperativas e interdependentes.

O comportamento humano se orienta para uma meta e, segundo a concepção da


história, foi classificado dualisticamente da seguinte forma:

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• O homem é agressivo e competidor. Portanto, o homem é mau;
• O homem tem boa natureza e é cooperador. Portanto, o homem é bom.

As Organizações, por sua vez, são classificadas em:


• Famílias;
• Clãs;
• Grupos não formais (Ad hoc);
• Organizações formais;
• Atividades militares e religiosas.

A Organização, em termos conceituais, pode ser definida das seguintes formas:


• “Uma organização existe quando as pessoas interagem entre si para realizar fun-
ções essenciais que auxiliem a alcançar uma meta...” (Richard Daft).
• As Organizações são:
» Orientadas para uma meta, ou seja, gente com uma finalidade;
» Sistemas psicossociais, ou seja, gente trabalhando em grupos;
» Sistemas tecnológicos, ou seja, gente usando conhecimentos e técnicas;
» Uma unificação de atividades estruturadas, ou seja, gente trabalhando junto.
• A Organização consiste na capacidade que a empresa tem de criar organismos,
estruturas e sistemas integrados.

A Figura 9 (a seguir), apresenta a Organização e os seus elementos constitutivos.

Elementos Constitutivos
Materiais e Físicos
Financeiros Operação
Produto ou Serviço
Humanos Organizacional
Mercadológicos
Administrativos

Análise e Correção

Figura 9 – Elementos da Organização

A Organização consiste em um importante Sistema Social, que tem a capacidade de reunir


seres humanos com objetivos comuns, desenvolver produtos e serviços e causar uma sinergia
entre seus membros. Portanto, um Sistema Social ou Organização pode ser definido como
duas ou mais pessoas que estejam trabalhando juntas, de modo estruturado, para alcançar
objetivos comuns.

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UNIDADE Estratégia, Planejamento e Gestão

A Organização, conforme apresentado na Figura 10, tem as seguintes variáveis básicas:


• Pessoas;
• Tarefas;
• Estrutura;
• Tecnologia;
• Ambiente.

Pessoas

Ambiente Tarefas
Variáveis da
Organização

Tecnologia Estrutura

Figura 10 – Variáveis da Organização

Administração e o Administrador
A Administração é o processo pelo qual os recursos (humanos, financeiros, tecno-
lógicos, materiais e etc.), não relacionados entre si, são unificados em um sistema total
para alcançar determinado objetivo. Em outras palavras, a Administração visa à união
dos diversos elementos (seres humanos), cooperadores e/ou conflitantes.
A Administração inclui a coordenação de recursos humanos e outros recursos (mate-
riais, tecnológicos, financeiros, equipamentos e etc.), visando a atingir o objetivo. Com
frequência se fala de pessoas que dirigem seus negócios, mas habitualmente a conotação
é de esforço em grupo.
A Administração envolve quatro elementos básicos que podem ser assim identificados:
• Voltados para objetivos;
• Através de pessoas;
• Por meio de técnicas;
• Em uma organização.
As definições características indicam que a Administração constitui um processo de
planejamento, organização, direção e controle. Portanto, a Administração consiste em
um conjunto de técnicas que contribuem para a empresa trazendo melhoria nos processos
e métodos de trabalho.

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Os Administradores são os elementos profissionais que coordenam os recursos
humanos e outros recursos (materiais, tecnológicos, financeiros, equipamentos e etc.)
existentes na empresa, visando a atingir os objetivos traçados e/ou almejados pelo Plane-
jamento Estratégico.

A Figura 11 (a seguir), apresenta uma empresa que tem uma situação ideal, dentro da
atual economia mundial, ou seja, parte do lucro gerado retorna à empresa na forma de
investimentos na produção/operação do seu modus operandi. Por sua vez, o incremento
dos investimentos na produção tende a incrementar a geração de novos empregos.

A Empresa compra
Produz
Recursos Humanos
Bens e Serviços
e Suprimentos

Vende os
Bens e Serviços

Paga os Recebe um valor


Recursos Humanos pela venda dos
e Suprimentos Produtos/Serviços

Gera o Lucro

Paga Dividendos
Investe na Produção
aos Acionistas

Figura 11 – Visão da Empresa Ideal

Em Síntese
Nesta Unidade foi possível obter o conhecimento da Gestão Estratégica, a qual consiste
em uma prática administrativa que vem sendo aplicada nas organizações a partir da
década de 1970 e que define com base em um diagnóstico ambiental interno e externo.
Foram abordados, também, os conceitos de Organização, Sistemas Sociais e da Admi-
nistração, além da figura do Administrador e a sua principal atribuição, que é gerir os
recursos (humanos, materiais, financeiros, tecnológicos e etc.) da empresa/organização.
Foram discorridos os conceitos envolvendo os Princípios da Administração, tais como:
o planejamento, a organização, a direção e o controle, consagrados pela sigla PODC.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Sites
Institucional Banco Mundial (World Bank)
https://bit.ly/3sLBqpr
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Apresenta os indicadores de desenvolvimento econômico.
https://ibge.gov.br/
Institucional da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
https://bit.ly/3jbeFIz
Institucional da Confederação Nacional dos Trabalhadores de Segurança Privada
https://bit.ly/3zgzeZN

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Referências
CERTO, S. C.; PETER, J. P. Administração Estratégica: Planejamento e Implantação
da Estratégia. São Paulo: Makron Books, 2011.

FISHMANN, A. M.; ALMEIDA, M. I. R. de. Planejamento Estratégico na Prática.


São Paulo: Atlas, 2009.

LACOMBE, F. J. M.; HEILBORN, G. L. J. Administração: Princípios e Tendências.


São Paulo: Saraiva, 2008.

MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, B; LAMPEL, J. Safári de Estratégia: um roteiro


pela selva do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2010.

OLIVEIRA, D. P. R. Planejamento Estratégico: conceitos, metodologia e práticas. São


Paulo: Atlas, 2010.

OLIVEIRA, D. P. R. Sistemas, Organização e Métodos: uma abordagem gerencial.


São Paulo: Atlas, 2010.

ROBBINS, S.; COULTER, M. Administração. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil,


1998.

WRIGHT, P.; KROLL, M.; PARNELL, J. Administração Estratégica: Conceitos. São


Paulo: Atlas, 2000.

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