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DETERMINAÇÃO DE PROTEÍNA
Determinar um elemento ou um grupo pertencente à proteína e em seguida convertemos.
A conversão para conteúdo de proteína é feita através de um fator de conversão.
Os elementos analisados geralmente são carbono ou nitrogênio, e os grupos são
aminoácidos e ligações peptídicas.
1- ANÁLISE DE CARBONO
Digestão mais fácil do que para o nitrogênio;
Achavam que ocorria menores erros no resultado por causa da maior quantidade em relação
ao nitrogênio;
o Carbono tem em tudo: lipídeos, carboidratos, acaba sendo difícil separar;
Fator de correção mais constante que para o nitrogênio;
Maior dificuldade em separar os carbonos pertencentes à proteína dos carbonos de outros
componentes.
o Um só, hoje em dia, não faz mais teor de proteína por carbonos, porque para separar
é muito mais difícil;
2. ANÁLISE DE NITROGÊNIO
É a determinação mais utilizada;
Considera que as proteínas têm 16% de nitrogênio em 100 g em média (vai depender do tipo
de proteína);
Determina o teor de nitrogênio e multiplica pelo fator de correção;
O fator geral na transformação de nitrogênio para proteína é de 6,25.
% de nitrogênio x 6,25 = porcentagem de proteínas
FATORES DE CONVERSÃO
Fatores de conversão para casos específicos, porque nem todas as proteínas têm a mesma quantidade de
nitrogênio;
Quando tem laudo técnico, deve ser informado o fator de conversão utilizado para proteínas!
Se não falarem nada = 6,25;
Trigo: 5,70;
Leite: 6,38;
Gelatina: 5,55;
Ovos: 6.68;
Soja: 6,00;
Arroz: 5,95;
LEGISLAÇÃO
Pode ser usado um fator diferente quando estiver indicado em um Regulamento Técnico específico
ou na sua ausência o fator indicado em um método de análise específico validado e reconhecido
internacionalmente.
Resolução - RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003 D.O.U de 26/12/2003
Tentaram homogeneizar isso:
5,75 proteínas vegetais;
6,38 proteínas lácteas;
6,25 proteínas da carne ou misturas de proteínas;
6,25 proteínas de soja e de milho;
o Vegetais tem exceção, com tem mais proteína tem outro fator;
Temos de tomar cuidado, analise sujeita a muito erro, porque tem muitas etapas;
Análise realizada em duplicata é o mínimo do mínimo;
MÉTODO KJELDAHL
DETERMINAÇÃO ATRAVÉS DO “N” TOTAL
O nitrogênio da amostra é transformado em amônia, o qual é posteriormente separado
por destilação e finalmente dosado por titulação.
Ocorre em 3 etapas:
o Digestão, etapa mais demorada;
o Destilação, para separar o nitrogênio;
o Titulação, para quantificar o nitrogênio;
Essa análise tem muitas fontes de erro, então é necessário fazer duplicata, triplicata, então por isso
convém usar esse equipamento (blocos digestores), pois dá para fazer maiores quantidades;
Empresas que trabalham com análise fazem com maiores quantidades, o balão é como se fosse
análise independente e não podemos fazer mais de uma vez;
Micro kjeldahl quando a amostra é de 10 - 20 mg;
Macro Kjeldahl quando a amostra é de 1-5 g;
Amostra com muitas proteínas não posso pegar amostra pequena;
O nitrogênio da proteína é reduzido e transformado em sulfato de amônia.
Digestão com H2SO4, K2SO4 e catalisador metálico;
o Degradar, carbonizar toda a amostra para liberar os componentes;
o Deve haver ácido sulfúrico em excesso, pois se tiver pouco, amônia vai embora (ou seja,
perdemos a amônia);
Esta é uma fonte de erro!!
Reações envolvidas na análise;
Matéria Orgânica → H SO +SO + CO + H O + (NH ) SO
2 4 2 2 2 4 2 4
COBRE
É o menos eficiente de três catalisadores e só tem problema de limite de aplicação pela sua
toxicidade.
MERCÚRIO
É melhor que o cobre como catalisador, porém é necessária uma etapa a mais no método
para separar o complexo de mercúrio- amônia formado.
o Bem perigoso, pode entrar na corrente sanguínea e não temos mecanismo de remoção;
o Acelerava mais a reação e dava mais trabalho, pois o mercúrio reage com amônia e
formava um complexo mercúrio-amônia e depois precisava fazer a separação desses
componentes, a fonte de erro aumentava.
Esta separação é feita pela precipitação do mercúrio com tiossulfato de sódio ou de
zinco.
o Acrescentava mais uma etapa, gastando mais reagente, mais tempo, com maior fonte de
erro;
SELÊNIO
É o mais polêmico dos três catalisadores.
o Questão da toxicidade;
o É necessário em quantidades pequenas;
Tem efeito mais rápido do que o mercúrio e não necessita de separação após seu
uso.
Pode haver perda de N se ele for utilizado em excesso ou se a temperatura de
digestão não for cuidadosamente controlada.
o Tomar cuidado pois ele acelera muito a reação, a pro não utiliza em aula, porque se
esquecer de ligar a capela pode matar todo mundo kk, é muito tóxico.
As condições são mais críticas que para o mercúrio e o cobre.
COMBINAÇÃO DE CATALISADORES
Promove melhor efeito associativo, do que cada um dos catalisadores separadamente.
O uso da mistura Hg- Cu ou Cu-Se não acarreta perda de nitrogênio, desde que a
concentração do sulfato seja alta.
Combinação mais comum:
o 100 partes K2SO4 ou Na2SO4
o 1 parte de CuSO4.H2O
o 0,8 partes de Se metálico (pó)
Quem trabalha muito com proteína, eles misturam esse pó e vão vendo se dá certo, mas tem
como comprar pronto essas misturas;
Essas é uma das mais conhecidas, a Missouri é mais adequada para uso escolar porque não é tão
tóxica;
DIGESTÃO
Dependendo da demanda do laboratório, posso ser um bloco digestor com mais tubos;
Quando acaba a digestão, fica uma cor verde brilhante;
Esta modificação é vantajosa no sentido de que será necessário somente uma solução
padronizada.
Nem a quantidade (cerca de 50 mL), nem a concentração (cerca de 4%) de ácido bórico
necessitam ser precisas.
o Não precisa ser uma quantidade exata.
Reações Envolvidas:
(NH ) SO + 2NaOH → 2 NH OH + Na SO
4 2 4 4 2 4
NH OH → NH + H O
4 3 2
TITULAÇÃO - DIRETA
Usa-se ácido bórico para recolher a amônia.
Ocorre a formação de borato de amônia.
A amônia é titulada diretamente por um ácido forte padronizado que desloca a amônia da
molécula de borato.
o Geralmente utiliza-se HCL 0,1 N com fator de correção;
REAGENTE PADRONIZADO;
O cálculo neste caso é direto, sendo o número de equivalentes do ácido consumido igual ao
número de equivalentes da amônia.
O ácido bórico empregado não é padronizado e seu volume não precisa ser conhecido
exatamente.
o Pois na titulação com HCL, ele dissocia esse sal. Amônia vai para o ambiente e muda a
coloração;
o N início da destilação, a solução estará cm uma coloração vermelha, ao final da destilação,
fica verde. Ao final da titulação, é esperado a cor vermelha de volta, pois o pH fica ácido.
Vermelho menos intenso;
o Lembrando que no erlen vai ter 220 mL aproximadamente;
INDICADOR UTILIZADO
Misturam-se 30 mL de solução alcóolica de verde bromocresol a 0,1% e 20 mL de solução alcoólica de
vermelho de metila a 1%
1. Pesar a amostra;
Amostra escolhida: farinha de trigo, geralmente tem mais de 10% de proteína;
Faremos a análise em duplicata;
Utilizou o micro Kjeldahl;
o Se a amostra tiver pouca proteína tenho de fazer 1 a 5 g (macro Kjeldahl);
Pesar em balança analítica, anotando todas as casas decimais pois dá muita diferença;
Adição de amostra no tubo:
Devemos garantir que o tubo esteja bem seco, para que não fique amostra grudada no fundo;
Na hora da pesagem, podemos utilizar o auxílio do papel manteiga, e colocar junto para realizar a
análise (para amostras pastosas);
o O papel não tem quantidades significativas de nitrogênio, então este se decompõe
completamente no ácido sulfúrico;
2. Adicionamos o ácido sulfúrico dependendo da quantidade de amostras;
Geralmente 10 a 15 ml de ácido sulfúrico para evitar perda da amostra;
Quantidade não é tão rígida;
Dependendo da amostra já esquenta o tubo;
Ficar de olho na cor;
o Vai escurecendo, ficando um marrom! Sem o catalisador;
o Teria que usar temperaturas abaixo de 180°C sem o catalizador;
3. Adição do catalisador;
Temos algumas opções;
o Em pastilhas, parece uma bala;
Aumenta a temperatura do ácido sulfúrico (de ebulição), aumentamos a temperatura e aceleramos
o processo para degradar os componentes;
o Por isso precisamos do excesso de ácido sulfúrico, para reagir totalmente com amônia;
o A temperatura de ebulição é 400°C, mas usamos por volta de 380°C para não ter risco de
perdas;
o O vidro de kjeldahl tem sílica e resistência a essas temperatura, mas devemos ir ligando e
aumentando paulatinamente para não quebrar o vidro;
4. Colocar no bloco digestor e deixar lá.
Mesmo com o catalisador, geralmente demora mais de um dia;
Mesmo sendo feito para ficar fora da capela é mais seguro que fique lá dentro;
Deixar a temperatura constante por mais tempo possível para acelerar o processo;
Equipamento para controlar a temperatura, sobe gradativamente;
Vai ficar bem preto. Vai digerindo até a solução ficar totalmente límpida, translúcida;
Quando está quente a solução fica meio esverdeada e ao esfriar fica levemente azulada por causa
do sulfato de cobre;
Ela aumentou até 160°C, ela vai chegar até 380°C;
O vidro é próprio para aquecimento.
Catalisador- usa uma quantidade bem pequena aumentar o ponto de ebulição de 180° para
400°C, conciliando o aquecimento da amostra com o poder do ácido sulfúrico para reação
com o nitrogênio;
A imagem da solução preta- proteína foi carbonizada.
Na imagem do meio, há a fumaça branca, como mencionado acima;
A imagem da solução verde- proteína foi digerida.
Destilação
Não podemos esperar muito para destilar, pois pode ocorrer a formação de cristais e perde de
nitrogênio;
Colocar 2 dedos de água destilada (ir limpando as paredes do tubo);
o Estamos colocando água no ácido, reação vai aquecer!
o Fazemos isso para diluir um pouco o ácido!
Verificar se a torneirinha do copo dosador está fechada para adicionar o hidróxido de sódio;
o Adicionar mais ou menos na metade do copo;
Encaixa o tubo no equipamento
Adicionar Ácido bórico→ 100 mL;
o Não precisa de um volume específico, deve ser suficiente para a haste ficar submersa;
Colocar gotinhas do indicador, verde de bromocresol e vermelho de metila, umas 6/7;
o Por que quando dilui fica muito clarinho (neste caso, o indicador estava muito diluído);
Abrir a chave para neutralizar a amostra com o ácido;
o Tomar cuidado, pois é uma reação exotérmica;
o Se a reação for muito intensa, pode correr que os vapores sejam direcionados para a
caldeira, e perdemos a amostra;
o Ir abrindo e fechando a torneira, para neutralizar;
o Sabemos que foi totalmente neutralizado quando a solução ficou com coloração preta!
o Como é só uma amostra que vamos fazer, podemos jogar todo o reagente (base) na
solução para neutralizar;
Devemos limpar o copo dosador com água destilada, pois estamos trabalhando com
uma base forte.
Essa água cai no tubo.
Ligar o aquecimento;
Junto com o vapor de água, vai arrastar a amônia, e esta vai reagir com a solução do erlen.
Paramos a destilação quando o volume no erlen dobrar;
Não podemos chegar em um aquecimento muito intenso!
O vapor é empurrado pelas bolinhas fragmentadoras;
Abaixar o erlen;
E depois desligar o aquecimento.
o Se deixar esfriar com a haste dentro do erlen, pode ocorrer de refluxar (voltar para a
solução no tubo);
O indicador da prof estava meio zuado, o que fez com que a solução dentro do erlen ficasse
amarelada ao final da destilação. Mas não tem problema! Ela vai corrigir adicionado mais indicador;
Esperar o tubo esfriar um pouco para desconectar e retirá-lo do destilador;
o A solução deve ser descartada de maneira adequada!
Titulação
Ácido clorídrico (HCL)- 01 N
o Fator de correção (fa)- 1,0298
Fazer a titulação com o ácido na bureta!
o Fazer a lavagem na bureta (passar o ácido uma vez para ambientação);
Foi 25 ml de ácido, e não virou ainda; Adicionou 50 mL e não virou.
Algum reagente estava estranho.
O normal era ficar vermelho ao final da titulação (voltar para a cor vermelha inicial):
Vamos realizar o cálculo inverso, para saber quando gastaríamos de reagente;