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Direito Comercial
I - Cooperativas
II - Transformação
III - Incorporação
IV - Fusão
V - Cisão
VI - Relações Societárias
- Participações
- Grupos
- Consórcios
VII - Dissolução
- Causas
- Liquidação
- Extinção
- Conceito
- Funções
- Típicos x Atípicos
- Princípios
* Cartularidade
* Literalidade
* Autonomia
- Inoponibilidade
2
- Abstração
* Independência
* Formalismo
- Classificações
* Natureza
* Estrutura
* Prestação
* Modelo
* Circulação
Cooperativas
(2:07) Dando sequência a nossa, estamos estudando o último tipo societário da nossa
legislação, que são as sociedades cooperativas. Falta apenas 1 tópico e 1 notícia complementar.
E esse artigo diz que o estatuto da cooperativa tem 2 formas possíveis de fixar a
responsabilidade.
pelos prejuízos da cooperativa na proporção da sua participação nas atividades. Eles respondem
então por suas quotas e pelos prejuízos, mas não de forma solidária, e sim de forma proporcional à
sua participação na atividade. É isso o que acontece agora na Unimed Brasília, onde estão cobrando
os prejuízos da Unimed dos cooperados na proporção das suas participações nas atividades. Isso vai
dar muito trabalho, porque a definição dessa proporção não é algo simples.
É importante saber para efeitos práticos, mas esse não é um tema muito comum em
provas - a princípio o estudo das cooperativas pára aqui. Mas o Prof. Tomazette traz um acréscimo
que tem a ver com as cooperativas que é a Súmula 602, STJ.
Prof. Tomazette discorda dessa súmula. Essa súmula diz que nas cooperativas
habitacionais é aplicável o CDC, na relação entre a cooperativa e o cooperado. [Para o Prof.
Tomazatte, se o sujeito é cooperado, ele é sócio e não consumidor]. Mas, é fato que houve um
desvirtuamento das cooperativas habitacionais no Brasil. E um dos maiores exemplos está no DF
em Águas Claras, o problema que as cooperativas deram lá ao longo de muito tempo. De toda
forma, é importante deixar isso registrado, porque é uma súmula recente (2018) que tende a ser
cobrado, principalmente como consumidor.
Transformação
Já que existem 7 tipos societários, será que se eu escolher um tipo, tenho que ficar
com esse tipo para sempre? Ou será que posso mudar de um tipo societário para outro?
A resposta é que pode sim mudar. E a operação que faz isso, que realiza essa
mudança de tipo societário, é chamada de transformação que está nos arts. 220 a 222 da Lei das
SA’s. E nos arts. 1.113 a 1.115 do CC.
SEÇÃO I - Transformação
Conceito e Forma
4
Deliberação
Código Civil
Pouca coisa, porque a ideia é muito simples. A transformação nada mais é do que a
alteração do tipo societário. Exs.: uma Limitada vira uma SA; uma sociedade em nome coletivo vira
sociedade Ltda; e o mais comum é de SA para Ltda. Mas nada impede que ocorra entre os outros
tipos.
É a mesma sociedade, mas com outro formato, com outra roupagem jurídica.
Por se tratar da mesma pessoa jurídica, a nossa legislação diz que a transformação
não prejudica aos direitos dos credores. Os credores anteriores à transformação não perdem seus
direitos em razão dessa operação. Prejudicar os credores, ela não prejudica.
A lei só proíbe prejuízo, benefício pode ter. A operação de transformação não pode
prejudicar os credores, mas pode até beneficiar.
Incorporação
Fusão
Cisão
Incorporação
Na ideia da incorporação
temos a absorção de uma
sociedade BR por BB outra. Uma sociedade
B
passa a ser um BB pedaço de outra.
+ =
Apesar disso, os credores que se sentirem prejudicados têm 90 dias para pedirem a
anulação da operação.
É difícil acontecer porque o credor tem que provar prejuízo. A Lei das SA’s também
tem um assim, mas fala em 60 dias, e por isso se entende que o CC prevalece. É difícil de aplicar,
mas o credor prejudicado tem 90 dias para pedir a anulação da operação.
Fusão
Na Europa e nos EUA, fusão e incorporação são tratadas de forma única. No Brasil
que é diferente. A fusão é a aglutinação de 2 ou mais sociedades formando uma nova. A ideia da
fusão e semelhante à d incorporação, mas a diferença é que as 2 sociedades desaparecem e formam
uma nova pessoa jurídica. Ex.: Antártica + Brahma = AMBEV. Eram 2 pessoas jurídicas separadas
que se fusionaram e formaram Ambev. Ex2.: Sadia + Perdigão = Brasil Foods.
Essas 2 operações são muito próximas. Elas envolvem uma ideia de concentração
empresarial e, se atenderem aos limites de valor da lei, têm que submeter ao CADI para apreciação
prévia, como aconteceu nesses exemplos falados.
Cisão
Além dessas 2 operações que envolvem uma concentração, temos a figura da cisão
que a princípio, é o inverso. A cisão é o desmembramento total ou parcial de uma sociedade. Pelo
próprio conceito, percebe-se que a cisão tem 2 realidades – uma cisão total e uma cisão parcial.
* Cisão Total - a sociedade cindida deixa de existir e transfere seu patrimônio para
pelo menos 2. A = B + C. Tem que ser para pelo menos 2, porque se for para 1 só, é incorporação;
para ser cisão tem que dividir em pelo menos 2 sociedades.
Aqui, na cisão total, a regra é que haverá solidariedade entre as sociedades que
receberam o patrimônio pelas dívidas anteriores à cisão.
Apesar da solidariedade, vale a regra do art. 1.122, CC - credores têm 90 dias para
pedir a anulação da operação desde que demonstrem o prejuízo.
* Cisão Parcial - é uma figura bem comum, bem utilizada na prática até em
negócios menores. Aqui, a sociedade anterior continua a existir e transfere seu patrimônio para pelo
menos 1. Detalhes essenciais: a cindida continua a existir e parte do seu patrimônio é transferida
para outra sociedade. A = A + B.
Isso é muito usado para resolver briga de sócio. Ex.: Família Venâncio. Shopping ID
e Venâncio 2000 foram divididos por meio de uma cisão parcial. É uma operação simples de
divisão de patrimônio entre os sócios. Tem que ser por acordo, depende da vontade das partes.
Outra utilização da cisão é para segregação das atividades. Às vezes 1 pessoa jurídica
exerce sozinha muitas atividades diferentes. E essa fato, de várias atividades estarem no mesmo
CNPJ, pode aumentar os custos daquela pessoa jurídica, especialmente os custos tributários, porque
se somar os regimes e ultrapassar os 78 milhões de reais por ano, entra no lucro real e nem sempre
isso é vantajoso, a depender da sociedade. Em razão disso, algumas sociedades usam uma operação
de cisão parcial para segregar as atividades. Ex.: a CTIS fez isso. Ela tinha a loja/comércio, tinha
prestação de serviços, um serviço de impressão de grande porte e uma terceirização de mão de obra
especializada em TI. Com a cisão, eles dividiram a pessoas jurídica em 4 pessoas jurídicas
diferentes. A antiga ficou com o comércio e criaram 3 outras novas com as outras atividades. Tanto
foi assim que a que fez o comércio foi vendida, teve seu controle vendido, que hoje é a Prime Tech.
É uma prática comum, não só pela vantagem que se tem, mas pela própria ideia de organização
melhor das atividades.
E uma outra finalidade que nem sempre está funcionando bem, mas judicialmente se
consegue esse resultado é o que chamamos de “limpar o CNPJ”. Se a pessoa jurídica tem problemas
para licitar, por exemplo, por alguma mancha no seu CNPJ, é prática corriqueira que ela faça cisões
parciais, transferindo os atestados de capacidade técnica para outras pessoas jurídicas, e permita que
essas outras pessoas jurídicas participem de licitações. Essa prática já foi considerada legítima pelo
TCU e pela jurisprudência que entendeu que como a lei permite a criação da nova pessoa jurídica, a
autonomia das pessoas jurídicas geraria esse efeito.
por fraude contra credores. Aí não é aquela de 90 dias. Mas é muito difícil
afastar.
A cisão parcial, então, é uma operação muito frequente por conta da utilidade que
tem. Já que a sociedade continua existindo, como ficam as obrigações dela? Ficam só com ela?
Ficam dividida meio a meio? Ficam com solidariedade? Esse assunto é tratado pelo art. 233 da Lei
das SA’s. Esse artigo diz que em regra haverá solidariedade entre a cindida e a que recebeu
patrimônio pelas dívidas anteriores à cisão. Só que o mesmo art. 233 diz que as sociedades
envolvidas na cisão podem afastar essa solidariedade.
Essa notificação não impede a cisão em si, mas restabelece a solidariedade para
aquele credor que se opôs. Mas tem uma sacanagem: é 90 dias contados da publicação no diário
oficial. Quem lê isso? Passou esse prazo não tem mais como se opor.
Naturalmente, isso é uma regra geral. Tem se entendido hoje que não se pode excluir
a solidariedade, ou seja, sempre haverá solidariedade nas obrigações trabalhistas, tributárias e nos
atos lesivos à Administração Pública (Lei 12.846/2013 - lei anticorrupção). Nessas 3 dívidas não
importa o que as partes disseram - haverá solidariedade entre cindida e a que recebeu patrimônio.
Aluno: Nessa caso não é ação, mas todos os outros aquele prazo
de 90 dias é uma ação?
Relações Societárias
Aqui também estamos falando de 2 ou mais sociedades, mas sem mudanças tão
relevantes quanto as das mutações societárias. As relações societárias dividem-se em 3 espécies:
participações, grupos societários e consórcios.
Participações
Nas participações estamos dizendo apenas que 1 sociedade é sócia da outra. Quando
1 sociedade tem ações ou quotas do capital da outra, estamos diante de uma participação entre
sociedades.
Questão que nos interessa e que é objeto de muitas provas: a depender do tamanha
dessa participação, ela recebe uma qualificação própria e traz regras próprias. E aqui falamos de 3
figuras que são: controle, coligação e a simples participação. arts. 1.098, 1.099 e 1.100, CC.
* Controle - não é definido de forma percentual. Se diz que uma sociedade tem
controle da outra, cria uma relação de controlada e controladora, se ela tiver preponderância nas
Assembleia Gerais (voto vencedor) e se ela eleger a maioria dos administradores. No Brasil, quase
sempre, estamos falando de alguém que tem mais da metade dos votos. Mas na lei não é correto
dizer isso. Na lei o que importa não é a quantidade de votos, mas esses 2 fatores: a preponderância
(voto vencedor nas Assembleias) e eleição da maioria dos administradores. Ex.: lojas Renner -
pessoa jurídica que tem uma relação de controle, que é uma pessoa jurídica, tem só 13% do capital.
Porque as outras ações estão tão espalhadas entre tanta gente, que ele com 13% consegue mandar e
consegue eleger a maioria dos administradores.
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* Coligação - pessoa que não consegue mandar na outra sociedade, mas tem
uma participação relevante. A coligação é quando a participação é de pelo menos 10% sem mandar.
Se tiver 13% e mandar é controle. Aqui na coligação tem que ter pelo menos 10% e não mandar na
outra sociedade. E aí diz-se que essas sociedades são coligadas. Isso aconteceu por muito tempo
entre a Globo e a Sky. A Globo tinha 24% do capital da Sky. Ex.: Tinha uma participação relevante,
mas não mandava. Havia uma coligação entre elas. Hoje essa coligação não existe mais. O que
importa é esse conceito de coligação: há referência de percentual e falta de poder de comando.
Mas, na lei das SA’s existe um outro conceito que está no art. 243, §1º. Na lei das
SA’s o conceito usado é o de influência significativa, sem definir percentual. O cuidado que se
precisa ter e que esse conceito da Lei das SA’s só é usado para a elaboração das demonstrações
financeiras da SA. Para as outras finalidades esse conceito não é usado. Ex.: a lei anticorrupção usa
a figura da coligação para prever uma responsabilidade solidária. Não se usa para essa finalidade o
conceito da Lei das SA’s, usa o conceito do CC. Ex2.: o CDC no art. 28, §4º fala em coligadas, para
essa finalidade usa-se o conceito do CC. Só para as demonstrações financeiras que é preciso o
conceito da Lei das SA’s. Ex.: a CEB é coligada de Corumbá 3 e de Corumbá 4, por conta da
influência significativa do (inaudível 46:30). Em razão disso, as demonstrações financeiras da CEB
precisam ter informações especiais de Corumbá 3 e 4.
Então, as participações nada mais são do que isso, uma sociedade tem quotas ou
ações de outra, podendo controlá-la, ser coligada ou ser uma simples participação. As participações
são comuns e são muito importante, só que nossa legislação, como regra geral, veda as
participações recíprocas (art. 1.101, CC). Ex.: Globo e Sky. A Globo tem 24% do capital da Sky.
Como regra, a Sky não pode ter nada do capital da Globo. Ex2.: A sendo sócio de B, B não pode ser
sócio de A.
Só que o próprio artigo que proíbe a participações recíprocas, abre exceções, que têm
a ver com dinheiro livre na sociedade. Se a sociedade tiver dinheiro livre (lucros ou reservas), as
participações recíprocas são admitidas dentro desses valores, até o valor dos lucros ou reservas.
Raramente dá problemas, mas já foi objeto de algumas questões de provas.
As participações são tão interessantes que tem sociedades que se dedicam a isso, que
são chamadas de Holding. (50:12) Sua atividade principal é ter participações. Pode até ter outras
atividades, mas a principal é ter participações.
Grupos Societários
A nossa jurisprudência e doutrina reconhecem tanto os grupos de direito, que são aqueles que têm
um instrumento formal, quanto os grupos de fato, que apenas há um comando comum, uma direção
única para várias sociedades. Ex.: grupos Sílvio Santos, que é curioso porque é concentrado na
pessoa física, que inclui o SBT, a Liderança Capitalização, a Jequiti e os Hotéis Jequitimar (tem
mais coisa ainda). Um dos grandes grupos societários que temos no Brasil é o Grupo Itaú. O Itaú,
por incrível que pareça, é parte de um grande conglomerado. Estão no mesmo grupo do Itaú, a
Decca (louças e metais sanitários), a Duraflor (faz piso laminado) e há alguma participação na Porto
Seguro (seguradora). É um grupo grande.
A configuração como grupo, a princípio, não traz maiores questões, uma vez que o
grupo nem é pessoa jurídica. O grupo é uma realidade, é essa reunião que não é personificado. Não
sendo personificado, o grupo não tem direitos e obrigações. Os direitos e obrigações são de cada
uma das integrantes. Mas, excepcionalmente, há comunicação de obrigações entre as integrantes do
grupo. A regra geral, é que cada integrante tenha suas obrigações separadas. Mas em 4 hipóteses
existe a comunicação de responsabilidades entre as integrantes.
1) Danos ao consumidor - art. 28, §2º do CDC estabelece que nos grupos societários
a responsabilidade é subsidiária. Ou seja, há uma ordem a seguir. O consumidor tem que cobrar 1º
da que causou o dano. Se ela não pagar, ele pode cobrar das outras integrantes do grupo. Ex.:
consumidor sofreu um dano por uma torneira da Decca. Ele tem que cobrar 1º da pessoa jurídica
Decca. Só se ela não pagar é que pode direcionar para o Itaú. Nesse caso, então, responsabilidade
subsidiária.
Aluno: O grupo por ser uma realidade, é preciso que alguma das
sociedades tenha registro no Brasil?
Consórcios
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Não sendo uma pessoa jurídica, de novo ele aquela questão: o consórcio não tem
direitos e obrigações. Os direitos e obrigações são das consorciadas. A princípio vale o que ficar
combinado entre elas no instrumento de constituição do consórcio. Se elas quiserem estabelecer
solidariedade, pode. Se quiserem dividir as obrigações, pode. As consorciadas têm liberdade para
definir isso. Mas em 4 casos haverá solidariedade:
1) Débitos trabalhistas;
2) Licitações;
3) Danos ao consumidor;
No caso, é muito comum que os consórcios participem de licitações. Mas se for uma
PPP (Parceria Público Privada), o consórcio não pode assinar o contrato. Ele pode participar do
certame, mas para assinar o contrato ele tem que constituir uma SPE (sociedade de propósito
específico). É uma exigência da Lei das PPP’s. Qual a diferença entre a SPE e o Consórcio? A SPE
é pessoa jurídica, tem direitos e obrigações próprias. Não vale a regra das consorciadas. Ex.:
Centrad (Centro Administrativo de Tailândia - Taguatinga e Ceilândia). Na licitação, o consórcio
era formado por Via Engenharia e Odebrecht. Só que, como é uma PPP, essas 2 pessoas jurídicas,
tiverem que criar uma nova pessoa jurídica chamada Centrad SA. E foi essa pessoa jurídica que
assinou o contrato de concessão administrativa. Em termos práticos, a diferença é importante na
responsabilização, mas a mesma finalidade vai ser cumprida pelos 2 institutos. É que, como as
PPP’s, geralmente, envolvem contatos de longo prazo, se exige uma certa estabilidade naquela
contratação. Por isso se exige uma pessoa jurídica própria para a contratação.
Dissolução Total
Importante ressaltar que durante esse procedimento a pessoa jurídica ainda existe.
Não se pode dizer que acabou a pessoa jurídica durante o procedimento. A pessoa jurídica só acaba
o final do procedimento.
E esse procedimento tem como marca inicial, alguma das causas de dissolução
previstas na lei ou no contrato social ou no estatuto.
Causas
São muitas causas de dissolução, que estão nos arts. 1.033 e 1.034 do CC e art. 206
da Lei das SA’s. Dependendo do jeito que se organizar, são 7 ou 8 causas de dissolução na lei, além
das causas previstas contratualmente. Estamos falando aqui de acordo, decurso de prazo,
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deliberação da maioria se a sociedade for por prazo indeterminado, unipessoalidade além dos 180
dias do CC (além das 2 AGO’s), e por aí vai.
Código Civil
I - de pleno direito:
Essas causas serão fatos ou decisões judiciais. A causa pode ocorrer de pleno direito
– o simples fato dela ocorrer coloca a sociedade no processo, por exemplo, a deliberação da maioria
dos sócios. Ou pode ser uma decisão judicial, como por exemplo, a anulação da constituição da
sociedade. Todos esses fatos ou decisões judiciais dão início ao procedimento de encerramento.
Liquidação
Durante essa liquidação, então, a sociedade continua funcionando, mas ela não vai
mais funcionar nas suas condições normais. Ela vai funcionar com outro foco, que é esse: apurar
patrimônio da sociedade, pagar dívidas, e dividir o que sobrar. E dentro deste outro foco, precisa ser
nomeada uma pessoa para praticar os atos pela sociedade dentro dessa nova finalidade, dentro desse
novo foco.
* Liquidante
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Em outras palavras, durante a liquidação será nomeado um liquidante para agir pela
sociedade. Durante a liquidação não se usa mais os administradores/diretores. O liquidante é quem
age pela sociedade e tem poderemos maiores.
Esse liquidante ou ele é nomeado no contrato social ou pelos sócios ou pelo juiz se
houver divergência. Esse liquidante vai ter essa competência para praticar os atos necessários e vai
ter o dever de prestar contas periodicamente. Como o liquidante age pela sociedade, ele está gerindo
recursos de terceiros, e quem gere recursos de terceiros tem o dever de prestar contas. Na
liquidação, esse dever de prestar contas tem que ser feito periodicamente – período mínimo é 3
meses e o período máximo é 1 ano – vai depender do que for aplicável ao caso.
Para fazer isso, para arquivar essa última ata na Junta Comercial, a sociedade/o
liquidante tem que apresentar CND - Certidão Negativa de Débitos Tributários. Ninguém tem isso.
Nesse caso, a LC 123 permite que seja dada a baixa sem CND, mas o fato de fazer isso gera uma
responsabilidade solidária dos sócios por essas dívidas tributárias. Nesse caso tem
inconstitucionalidade? Prof. Tomazette queria que tivesse, mas como é LC é difícil bancar uma
inconstitucionalidade.Já foi questionada incidenter tantum, mas não declararam. De toda forma, o
que interessa aqui é que deu baixa, acabou a pessoa jurídica.
Uma vez encerrada a pessoa jurídica, o que acontece se alguma credor ficou sem
receber? (1:24:46) O que esse credor pode fazer? A lei diz que não pode mais processar a sociedade
porque ela não existe mais. Mas pode processar o liquidante demonstrando que ele agiu com culpa
ou pode processar os sócios. Mas processando os sócios só pode cobrar deles apenas o que eles
receberam na liquidação. Tem um limite para a cobrança dos sócios, que são os valores recebidos
na liquidação.
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Essas 2 medidas, tanto a ação contra o liquidante quanto a ação contra os sócios
pelos valores que ele receberam prescrevem no prazo de 1 ano da publicação da extinção.
Tem toda uma discussão processual sobre essa questão ainda, mas para gente isso era
o que importante. E com isso encerramos o direito societário.
- Títulos de crédito
- Falência
- Recuperação
Títulos de Crédito
É o assunto mais simples, embora seja cheio de detalhes. Mas, mais importante que
isso, considerando os últimos concursos dos últimos 5 anos (prova de juiz), esse é o assunto mais
cobrado, inclusive nas subjetivas. E nesse assunto temos uma importância especial para a
jurisprudência STJ. Tem que dar muita atenção para a jurisprudência do STJ nesse assunto ‘títulos
de crédito’, porque o STJ inova em muita coisa, e vai e volta em muitas outras matérias.
Para estudar títulos de crédito começamos com uma teoria geral e depois vai para os
títulos em espécie. Nos títulos em espécie, o nosso programa só tem letra de câmbio, nota
promissória, cheque e duplicata. Acrescentaremos a CCB (cédula de crédito bancário), que é um
extra que nem pode ser cobrado nas provas da Escola do MP.
(1:29:11) Conceito
TÍTULOS DE CRÉDITO
requisitos legais. Com base nessa informação e na teoria geral dos títulos de crédito, assinale a
opção correta.
Funções
Essa ideia genérica veio para cumprir 2 funções. Os títulos de crédito surgiram na
Idade Média dentro da própria lógica do direito comercial e que o direito civil era insuficiente.
Então, surgiram os títulos de crédito para cumprir 2 funções:
com uma nota promissória ou uma cédula de crédito na mão, consegue exercer seus direitos de
forma mais simples. Mas hoje especialmente, outros documentos também cumprem esse papel. Mas
existe uma 2ª função que só os títulos conseguiram preencher até hoje.
2ª Agilizar a circulação de riquezas. Isso significa que uma pessoa que tem um título
de crédito na mão, para recebe daqui a 90 dias, ela consegue receber parte desse valor antes. Como?
Vendendo, passando o título de crédito para frente, seja no factoring, seja no desconto bancário,
seja na securitização de recebíveis. Essas figuras, essas pessoas só compram o título de crédito e
antecipam uma parte do valor, porque os títulos de crédito têm regras muito próprias de proteção a
esse terceiro que comprou esse título. Ex.: você tem um título de 10 mil pra receber daqui a 90 dias,
você consegue hoje receber 8 mil, 8,5 mil. A riqueza que só chegaria para o credor daqui a 90 dias,
chega hoje. E essa agilização da circulação só é possível com as regras, com as características
próprias dos títulos de crédito.
Outros contratos podem gerar créditos a receber a longo prazo. Mas nos contratos
não se consegue fazer a mesma agilidade de circulação que se consegue fazer com os títulos de
crédito.
Mas o fato é que esses 3 primeiros títulos que existem no mundo inteiros foram
pensados e entraram para a legislação. São títulos que hoje têm leis próprias que tratam. Cada país,
diante das peculiaridades da sua atividade econômica acabou criando outros títulos (Portugal nem
isso fez, só tem os 3). Mas na Itália, por exemplo, além desses 3, tem mais 3 títulos de crédito. Na
França tem mais 4, na Alemanha tem mais 5. E a ideia foi criar títulos com peculiaridades.
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No Brasil temos 50 títulos na lei. Temos legislação desde 1850 que que é o bilhete de
mercadoria e conhecimento de transporte marítima até legislação de 2017. São chamados de títulos
típicos, porque eles têm legislação específica. São criados e disciplinados por lei. Nos outros países,
que têm poucos, começou a se discutir a possibilidade de criação dos títulos pelos particulares e não
pela lei. Esses títulos eventualmente criados pelos particulares são chamados de títulos atípicos.
Fora do Brasil isso faz muito sentido, porque tem poucos títulos. E essa discussão chegou no Brasil.
No Brasil, pode ter título atípico? Os particulares podem criar títulos atípicos? A
resposta hoje é sim. Apesar dos 50 se estende que o brasileiro é tão criativo que ainda pode criar
outros. E todos os livros dão um único exemplo de título atípico, título criado por particulares,
porque esse título chegou ao STJ em 12 acórdãos. É um título chamado vaca-papel (representa o
direito de receber gado que tenha colocado em uma parceria pecuária - um parceiro tem o gado e
outro tem o pasto. Entre o gado para o 1º parceiro, e tem direito de receber aquele gado de volta
com o engorda. O título é redigido em arrobas do animal). O título surgiu para que essa pessoa que
tem o direito de receber o gado de volta não precise pegá-lo de volta; mas sim para que possa
vender aquele gado passando o título para frente. A operação foi feita para se ter a figura do
endosso, vendendo aquele título, vendendo consequentemente o direito de receber o gado. Você só
receberia o gado daqui a 6 meses, você vende esse direito de receber o gado antes e recebe
antecipadamente. Funcionou para isso.
O que importa é a diferença dos títulos típicos e atípicos, que tem uma implicação na
legislação. O CC tem um capítulo inteiro sobre títulos de crédito que vai do art. 887 ao art. 926. Só
que esse capítulo tem uma regra de aplicação que está no art. 903.
Os 50 títulos típicos têm lei especial. Então, para quê que serve o CC? A
interpretação que se fez e a interpretação hoje é tranquila, o STJ já aplicou (REsp1633399) é que o
CC serve para disciplinar os títulos atípicos. Ex.: vaca papel segue as regras do CC.
E mais, o CC também se aplica aos títulos típicos em caráter supletivo. Ou seja, não
havendo regra especial, usa-se o CC. É muito importante para provas, saber a diferença da aplicação
do CC para típicos e atípicos. Aparece muito a pergunta: é permitido o aval parcial? O CC proíbe
(art. 897, § único). E as leis especiais permitem, como por exemplo, art. 30 da LUG (Lei Uniforme
de Genebra.
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No último ano perguntaram sobre o aval da pessoa casada. O STJ mudou de ideia.
Em um 1º momento o STJ disse que a exigência de outorga conjugal valia para todos os títulos
(típicos e atípicos). E há pouco tempo voltou a atrás e disse que a exigência da outorga conjugal
(art. 1.647) sé vale para nos títulos atípicos (REsp1633399).
Então, a distinção entre típicos e atípicos é muito importante para provas para
definição da legislação aplicável. A figura dos títulos atípicos em si tem muito pouco uso. O que
importa é saber quando se aplica o CC e quando não aplica.
Embora os títulos tenham regras diferentes, eles são títulos de crédito e se inserem
dentro da mesma ideia. E, por isso, sejam típicos sejam atípicos seguem os mesmos princípios. Os
princípios, na linha do Dworkin, são normas gerais e abstratas que dão coerência ao sistema.
Integrar o mesmo sistema significa seguir os mesmos princípios. Lembrem-se, também na linha do
Dworkin, que os princípios não são regras, no sentido de que você cumpre ou não cumpre. Os
princípios podem sofrer juízo de ponderação; pode mitigar a aplicação dos princípios quando eles
entrarem em choque com outro princípio. Aqui, é essencial, o princípio da boa fé objetiva.
Os princípios específicos dos títulos de crédito vão entrar em choque com a boa fé, e
nesses casos é preciso fazer um juízo de ponderação entre esses princípios sem que eles deixem de
existir.
Princípios
Aqui, vamos seguir a identificação dos princípios do Fábio Ulhoa Coelho e do André
Luiz Ramos. Não é a identificação que o Prof. Tomazette acha melhor para estudar. Serão
apontados 5 princípios, sendo que 1 deles haverá 2 subprincípios (é aqui que Prof. Tomazette tem
discordância). Esse é o caminho mais rápido.
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[…]
Resp 1277394
Resp 712334
Então, determinado banco foi ajuizar uma execução com base em uma cédula de
crédito bancário e juntou uma cópia autenticada. Qual foi a decisão do juiz diante dessa cópia
autentica? Juiz mandou emendar a inicial, não foi atendia a emenda e o juiz extinguiu o feito. Aqui
no TJDFT, com a cédula de crédito bancário, especialmente, porque o HSBC perdeu as cédulas de
crédito bancário, simplesmente não tem nenhum original. Ele toma pancada em toda execução, por
cont dessa necessidade de junta o original. Em Santa Catarina está acontecendo a mesma coisa.
REsp 1277394 - É um primeiro julgado, mas que ilustra a necessidade do título original. A mesma
ideia vai valer para o protesto, mas aí a gente usa o art. 9º da Lei 9.492/97 que diz que para fazer o
protesto tem que levar o título original no cartório.
Além disso, nos títulos de valor elevado, mesmo antes do PJe a jurisprudência vinha
aceitando que o advogado ou a que a parte assumisse a condição de depositário do título, se
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obrigando apresentar o título em juízo caso houvesse a necessidade de uma perícia ou caso
houvesse o pagamento da dívida. E essa é uma prática muito frequente. E com o PJe a doutrina
entende que isso está presumido – como a parte junta apenas uma digitalização, ela assume o
compromisso de apresentar o original se for necessário. A lei presume esse compromisso, por
questões de boa fé. Evita que haja prejuízo para o credor, mas admite por questões de boa fé
eventuais processos sem a apresentação do original.
Além desses casos, que são construções jurisprudenciais, a Lei das Duplicatas (Lei nº
5.474/68) abre exceções. Nas duplicatas nem sempre precisa dos títulos. Arts. 9º, 13 e 15 abrem
essas exceções e permitem que na duplicata se exerça o direito sem a apresentação do documento
original. Uma das exceções é a duplicada virtual. Duplicata Virtual ≠ Duplicata Escritural
(entenderemos essa diferença mais a frente).
Não pode chegar uma pessoa que tem como devedor fulano, mas o pai do fulano
disse que garantiria, mas não assinou nada. O pai do fulano não pode ser executado. Só pode ser
executada aquela pessoa que assinou o título. Sem assinatura no título não há responsabilidade da
pessoa, ela não se torna devedora. E isso foi cobrado na última prova oral do TJDFT e da mesma
forma, o credor depende do teor do documento. (1:59:39) O credor vai ser aquele identificado no
título como credor ou aquele que recebeu o título por endosso. Se não é o nome dele que está lá e se
não há endosso, ele não tem legitimidade para executar.
Resp 1334464
Aplicando essa lógica da literalidade, o STJ disse que uma assinatura dada fora do
título não valia como obrigação naquele título, mesmo fazendo a ideia de que era a mesma ideia.
REsp 1334464 - No caso aqui, o devedor tinha dado aceite fora do título. O STJ
entendeu que como regra geral, literalidade, se está fora do título, não produz efeitos no título.
Produz efeitos, mas não no título. Vai precisar de uma ação de conhecimento ou de outros
mecanismos. No título só produz efeitos do que está escrito no título.
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Esse princípio também vem sendo mitigado. Na duplicata, por lei, também há
previsões de coisas que não estão escritas no título que produzam efeitos. Na duplicata existe um
aceite que não é escrito no título, que é o aceite presumido.
Isso, a princípio, não tem exceções. A regra é que todo mundo que assina é devedor.
Em geral, as assinaturas no título de crédito geram obrigações. No exemplo acima, os 5 que
assinaram são devedores, e há solidariedade entre eles, por lei.
Isso é bom para quem no final das contas? Para o credor. Essa é toda a lógica dos
títulos de crédito, e o devedor fica no prejuízo. Lida-se comum jogo de interesses – o credor tem
interesse legítimo de receber e o devedor de interesse legítimo de não pagar. (2:09:28)
Nos títulos de crédito, a bola sempre vai pro lado do credor, desde que esteja de boa
fé. A pedra base aqui é a boa fé do credor. E a autonomia é o exemplo mais clássico disso, de
separação e de proteção ao credor, mesmo diante de vícios de vontade. Não se dá ao credor o direito
de receber da pessoa que falsificou a assinatura, dá-se o direito a receber dos outros. Alguém tem
que ficar no prejuízo. Nos títulos de crédito esse alguém não vai ser o credor – REsp 1321856.
Fabio Ulhoa Coelho e o Andre Luiz Ramos colocam dentro da autonomia 2 sub
princípios.
3.1) Princípio da Inoponibilidade das Exceções Pessoais – esse princípio tem a ver
com o credor. O direito empresarial só protege o credor de boa fé.
de boa fé não é afetado por nada que diga respeito a outras pessoas. A inoponibilidade é a separação
das defesas que podem ser opostas contra o credor.
Ex.: D cobra o A, e o A diz que não tem que pagar esse título porque o B (credor
original), também o deve, e que vão fazer uma compensação. Esse crédito que ele tem contra B não
vale contra D, que é o credor de boa fé. Os fatos, as defesas terão individuais. A inoponibilidade das
exceções pessoais ao credor de boa fé nada mais é do que separar as defesas cabíveis para cada
credor sucessivo. De novo, proteção extrema ao credor. Isso está no art. 17 da LUG, art. 915 do CC
e art. 25 da Lei dos Cheques. Mas, nada mais é do que esse princípio da autonomia.
Art. 25, Lei dos Cheques. Quem for demandado por obrigação
resultante de cheque não pode opor ao portador exceções fundadas em relações
pessoais com o emitente, ou com os portadores anteriores, salvo se o portador o
adquiriu conscientemente em detrimento do devedor.
planejados. Os móveis não foram entregues e o C repassou esse título pro D, fornecedor de matéria-
prima. D executa o A, dizendo que tem o direito de receber, porque o cheque lhe foi transferido. A
diz que não tem que pagar porque não recebeu os móveis. Entre esses 2 interesses legítimos, sendo
um cheque, qual vai prevalecer? O do credor. O Credor vai ter direito de receber. REsp 1321856
também fala sobre esse aspecto da abstração; sobre a impossibilidade de discutir contra o credor de
boa fé, problemas do negócio jurídico.
Além disso, a abstração vale para só para o credor de boa fé. Se o credor não estiver
de boa fé, pode-se discutir o que deu origem ao negócio. Afasta-se a abstração. Ou seja, se quebrar
a boa fé do credor, o devedor só terá que pagar o título se tiver que pagar o negócio jurídico. Se ele
não tem que pagar o negócio jurídico, ele não tem que pagar o título, diante de um credor sem boa
fé.
2ª situação – Ex.: imagine que o título seja passado para frente (D), mas o 3º sabia
dos problemas. Prova dificílima, tanto é que tem um único precedente sobre isso. O título circulou,
mas o 3º sabia dos problemas de origem, também não vale a abstração – REsp 612423. Ele acabou
confessando que sabia dos problemas.
Nesse julgado REsp 1608424 era uma nulidade do contrato de origem, a promissória
vinculada também foi declarada nula. E aí devemos ter cuidado especial com a súmula 258.
Prova subjetiva de Juiz TJDF, uma das questões foi: quais são as consequências de
vinculação de uma nota promissória ao contrato? A consequência é uma só – perde a abstração.
O STJ fez uma confusão no final de 2018, mas por enquanto ressalta-se que também
não vale a abstração sempre que usar o instituto da cessão de crédito. Não é uma interpretação
jurisprudencial nesse momento; é lei. O art. 294, CC diz que na cessão de crédito não tem
abstração; que ficam vinculados negócio de origem e eventual outro negócio que surgir.
Como o Brasil tem muitas leis especiais sobre títulos de crédito, algumas leis
especiais exigem que título de crédito seja acompanhado por outros documentos. Ex.: cédula de
crédito bancário deve ser acompanhada pelos extratos da conta corrente. Art. 28, §2º da Lei nº
10.931 (prova de sentença do concurso do TJDFT).
Prof. Tomazatte nem acha que seja princípio, mas alguns doutrinadores que como
princípio. A ideia desse princípio é que o tratamento dado aos títulos de crédito é tão favorável que
não é qualquer documento que vai ser considerado título de crédito. Só é considerado título de
crédito o documento que preencha todos os requisitos legais. Se faltar um requisito, ele perde a
proteção como título de crédito. Tem documentos que são títulos de crédito, mas esses documentos
precisam preencher requisitos. A falta de um requisito que seja, não é um documento mulo, mas não
terá mais a força de um título de crédito. E isso vale para todos os títulos. Até os atípicos têm
requisitos - art. 889, CC fala quais são os requisitos de forma genérica.
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