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DIREITO DE FAMÍLIA

Módulo I
Introdução ao Direito de Família
Prof. Raphael Fraemam
(Instagram @raphaelfraemam)
Introdução ao Direitos de Família

PONTO 1 – Introdução ao Direito de Família

I. Origem da Família
- Fato natural;
- Agrupamento informal, de formação espontânea no meio social;
- Construção jurídica x Construção cultural;
- Na origem: formação extensiva, procriação, patrimonializada, hierarquizada
e patriarcal.
- Revolução industrial
i) ingresso da mulher no mercado de trabalho;
ii) estrutura nuclear;
iii) fim da prevalência do caráter produtivo e reprodutivo;
iv) vínculo afetivo
- Direito de Família ou Direito das Famílias?
- Base da sociedade (art. 226 da CF)
- Estrutura pública e privada ao mesmo tempo;

II. Evolução Legislativa


- Código Civil de 1916:
i) Matrimônio (única forma de constituição da família);
ii) Não era possível a dissolução;
iii) Referências punitivas a vínculos extrapatrimoniais e filhos ilegítimos;
iv) Mulher casada se tornava incapaz;

- Estatuto da Mulher Casada (Lei n. 4.121/62)


i) Devolveu a plena capacidade à mulher casada;
ii) Permitiu um patrimônio de propriedade exclusiva dos bens adquiridos com
o fruto do trabalho;

- Emenda Constitucional n. 9/77 e lei n. 6.515/77: instituição do divórcio;

- Constituição Federal de 1988:


i) Igualdade entre o homem e a mulher;
ii) Igual proteção à família constituída pelo casamento, união estável e à família
monoparental;
iii) Igualdade dos filhos

- Emenda Constitucional n. 66: divórcio direto, independentemente de prazos;

III. Código Civil de 2002


- Projeto do Código Civil é de 1975, anterior à Lei do Divórcio e da Constituição
Federal de 1988;
- Excluiu expressões e conceitos discriminatórios;
- Assegurou alimentos ao cônjuge dependente;

IV. Conceito de Família


- Nova estrutura jurídica em torno do conceito de família:
i) solidariedade;
ii) afetividade;
iii) proteção da criança;

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Introdução ao Direitos de Família

- Família: centralidade da dignidade da pessoa humana e da solidariedade


pessoal;
- A família é a base da sociedade (art. 226 da Constituição Federal de 1988);
- Visão pluralista:
“É necessário ter uma visão pluralista da família, abrigando os mais diversos
arranjos familiares, devendo-se buscar o elemento que permite enlaçar no conceito
de entidade familiar todos os relacionamentos que têm origem em um elo de
afetividade, independentemente de sua conformação. O desafio dos dias de hoje
é achar o toque identificador das estruturas interpessoais que autorize nominá-las
como família. Esse referencial só pode ser identificado no vínculo que une seus
integrantes. É o envolvimento emocional que leva a subtrair um relacionamento
do âmbito do direito obrigacional – cujo núcleo é a vontade – para inseri-lo no
direito das famílias, que tem como elemento estruturante o sentimento do amor
que funde as almas e confunde patrimônios, gera responsabilidades e
comprometimentos mútuos. Esse é o divisor entre o direito obrigacional e o
familiar: os negócios têm por substrato exclusivamente a vontade, enquanto o
traço diferenciador do direito de família é o afeto. A família é um grupo social
fundado essencialmente nos laços de afetividade após o desaparecimento da
família patriarcal, que desempenha funções procriativas, econômicas, religiosas e
políticas.” (Maria Berenice Dias, pág. 43).

- Instituição democrático-efetiva;
- Casamento, união estável e família monoparental são as únicas entidades
familiares?

V. Princípios Norteadores do Direito de Família


- Dignidade da pessoa humana;
- Da liberdade;
- Da igualdade e respeito à diferença;
- Da solidariedade familiar;
- Do pluralismo das entidades familiares;
- Da proteção integral a crianças, adolescentes, jovens e idosos;
- Da proibição de retrocesso social;
- Da afetividade;

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