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SABOR
Gestão de Negócios em Serviços de Alimentação
Fabiana Marcondes
Paulo Pereira de Jesus
1 I NTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como tema o estudo da viabilidade do Restaurante Dietético
Saudável Sabor, sendo este então o nosso problema de estudo.
O empreendimento em análise tratase de um restaurante fullservice 1 , que atenderia
pessoas preocupadas e com necessidades de uma alimentação diferenciada. Estaria
localizado no Shopping Ibirapuera, onde atenderia os visitantes, os funcionários do
shopping e vizinhança. Atendendo principalmente as classes A e B.
Os objetivos deste estudo são: analisar se existe necessidade deste tipo de alimentação,
verificar se este seria o lugar ideal para este tipo de restaurante, investigar se esse seria o
público alvo, verificar a necessidade de pratos congelados, analisar a necessidade de
especificar a composição dos alimentos no cardápio, investigar a concorrência direta e
indireta e levantar a demanda, para verificar se este seria um empreendimento viável ou
não.
A metodologia baseouse em pesquisas primárias; pesquisas de campo por meio de
entrevistas com profissionais e empresários da área de restaurantes dietéticos, donos de
1
Fullservice: serviço com atendentes servindo nas mesas, proporcionando aos comensais maior
conforto. (www.restaurant.org, acessado em 12/06/04).
1
restaurantes diet 2 e light 3 e proprietários de restaurantes fixados no shopping, bem como
pesquisas através de questionários aplicados ao público alvo e funcionários do shopping; e
secundárias baseadas em estudos literários de livros, revistas e sites especializados.
2 O SURGIMENTO DOS R ESTAURANTES
Segundo o Larousse Gastronomique (1990, p. 883), os restaurantes são estabelecimentos
que servem refeições entre horários previamente estabelecidos, com um menu fixo ou à la
carte 4 .
A palavra apareceu no século XVI, e significava primeiramente um alimento que
restaurava, mais especificamente uma rica sopa que restauraria as forças perdidas. Com este
sentido prosseguiu até o século XIX, quando a palavra passou a significar estabelecimentos
que eram especializados em vender alimentos restauradores.
Até meados do século XVIII, os únicos lugares para as pessoas comuns fazerem suas
refeições eram as tavernas. Por volta de 1765, M. Boulanger vendia sopas (restauradoras)
em sua taverna durante toda a noite, na Rua Bailleul. Este foi o primeiro restaurante no
sentido moderno da palavra. Boulanger foi seguido por Roze e Pontaillé, que em 1766
abriram a Maison de Santé (Casa da Saúde). Entretanto, o primeiro restaurante parisiense
que realmente merecia o nome, foi fundado por Beauvilliers em 1782, na Rua Richelieu,
chamava se a Grande Taverna de Londres. Ele introduziu a novidade de ter uma lista dos
pratos disponíveis, o menu, e servia os clientes em mesas individuais, durante horários
determinados.
Com a Revolução Francesa de 1794 a aristocracia acabou, os cozinheiros dos grandes
palácios ficaram sem emprego, alguns deles abriram seus restaurantes em Paris, outros
2
Diet: produto que houve eliminação de um determinado nutriente que pode ser colesterol, sódio ou
carboidrato, nem sempre açúcar. (www.novaguarda.pt, Ana Monteiro, acessado em 16/07/04)
3
Light: produto que sofreu redução mínima de 25% em calorias ou outro nutriente (
www.novaguarda.pt, Ana Monteiro, acessado em 16/07/04).
2
seguiram para diferentes partes da Europa, e outros ainda para a América do Norte, mas
quase todos entraram para o ramo de restaurantes.
Atualmente os restaurantes estão se desenvolvendo em duas linhas. Na primeira, estão
cumprindo sua original função, oferecendo as pessoas que estão fora de casa, alimentação,
nesta categoria estão 75 % dos estabelecimentos. Na segunda, estão os restaurantes de
lazer, que oferecem entretenimento aos seus clientes através do luxo, raras delicias, grandes
vinhos, a refinada arte culinária, lugares temáticos e inúmeras outras atrações que atraem
algum tipo de cliente, aqui estão os outros 25% do mercado.
2.1 O surgimento dos Restaurantes no Brasil
Segundo Maricato (2002, p. 24), não é fácil determinar com precisão o surgimento das
primeiras casas de restauração por aqui. Sabese que em 1599, um português de nome
Marcos Lopes teria inaugurado uma em São Paulo, onde atendia os viajantes. O que
ativemos no início foram às paragens, casas de pastos e pensões. Os primeiros grandes
estabelecimentos do país tornaramse conhecidos como leiterias ou confeitarias, o termo
restaurante passou a ser aceito no fim do século XIX. Todos os restaurantes mais antigos
tinham forte influência francesa.
Em 1847, havia dois restaurantes em São Paulo, então uma cidade com 14 mil habitantes, o
do velho Charles e o Fontaine. Por essa época, os melhores estabelecimentos do país
localizavamse nas pousadas. A freqüência de famílias era mal vista.
4
à la carte: expressão francesa que designa escolha de pratos, incluídos em uma lista de opções
(ALGRANTI, 2002, p. 28).
3
habitantes (70 mil estrangeiros, dos quais 45 mil italianos), vão surgir os primeiros
restaurantes típicos, a começar pelas cantinas italianas.
Os milhares de imigrantes têm a oportunidade de mostrar sua culinária típica fora dos
restritos círculos familiares, que vem somarse à rica variedade dos pratos regionais
brasileiros. Essa mesma urbanização cria condições de separar, dos estabelecimentos
conhecidos como restaurantes, as típicas vendinhas e outros locais que privilegiam a venda
de bebidas e que serão os futuros bares. Fábricas de cerveja e vinho fundadas na virada do
século ampliam a produção e diversificam seus produtos. Os restaurantes experimentam
novo surto desenvolvimentista na década de 70, com o “milagre brasileiro”.
Ainda segundo Maricato (2002), a entrada de capital externo e o crescimento interno dão
origem a uma classe média ascendente, que propicia mercado para a criação de
restaurantes mais sofisticados. Surgem nas grandes cidades, restaurantes tão bons como os
europeus. Na década de 80 começam a se multiplicar os fastfoods, pizzarias e outros
estabelecimentos onde se pode comer rapidamente e sem gastar muito. Já na década de 90,
a contínua sofisticação do mercado , aliada à abertura para a importação de produtos e a
vinda de chefes estrangeiros em maior número, dá novo impulso à gastronomia.
3 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO
Nosso corpo, para se manter saudável, necessita de alguns cuidados especiais, sendo a
alimentação um dos principais fatores que contribuem para esse equilíbrio. A boa
alimentação contribui para uma boa saúde, a OMS (Organização Mundial de Saúde) define
saúde como “um estado de completo bemestar físico, mental e social do indivíduo e não
apenas a ausência de doenças”.
A nutrição é a ciência que estuda os alimentos e suas relações com a saúde, o valor
nutritivo dos alimentos, o metabolismo, o equilíbrio das dietas e os fatores que interferem
na saúde, que podem ser sociais, psicológicos, culturais e econômicos. O bom estado
nutricional é responsável pelo bom funcionamento do organismo, contribuindo para a saúde
4
e prevenindo doenças. Um indivíduo bem alimentado tem mais e mais bom humor, o que
colabora para seu equilíbrio emocional, melhorando seu ajustamento social.
3.1 Alimentação e Medicina
Segundo a Folha de São Paulo (www.folhadesaopaulo.com.br acesso14/03/04), cerca de
50% da mortalidade por doenças crônicas podem ser atribuídas à fatores do estilo de vida
das pessoas. A alimentação está entre esses fatores, em conjunto com o habito de fumar e o
de beber álcool em excesso. Já está comprovado que uma alimentação saudável e atividade
física promovem saúde e reduzem os riscos de doenças crônicas tais como doenças
cardiovasculares, diabetes mellitus, certos tipos de cânceres, hipertensão e obesidade.
Tratar e prevenir doenças através da alimentação já se provou ser eficiente e econômico. Já
é de conhecimento que a ausência de uma alimentação saudável é uma das causas líderes de
morte nos EUA.
3.2 Alimentação Saudável
Uma alimentação correta é indispensável para o bem estar e bom funcionamento do
organismo. Uma alimentação adequada deve conter alimentos capazes de fornecer
quantidades necessárias de nutrientes (proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, sais
minerais, fibras e água). Nosso organismo necessita de todos, como não são encontrados
em um único alimento, devemos ter uma alimentação equilibrada. Tanto a falta quanto o
excesso de um ou mais nutrientes pode causar um desequilibro do organismo e problemas
com a saúde.
4 SHOPPING I BIRAPUERA
O Shopping Ibirapuera destaca se por sua arquitetura concretista e por suas dimensões. São
4 pisos de lojas, 6 pisos de estacionamento e mais de 500 lojas oferecendo todos os tipos de
produtos e serviços, visando atender as necessidades do seu eclético e democrático público
5
consumidor. Dentro deste contexto de tradição e modernidade, o Shopping reúne; em seus
mais de 163 mil m2 de área construída; muito lazer, entretenimento e cultura. É a tradição
e a modernidade reunidas em favor do consumidor. Possui uma estrutura moderna e
flexível com disposição de novos conceitos de lojas, sempre visando facilitar o fluxo de
clientes e reciclando o visual interno. Com um mix de lojas muito bem equilibrado,
possuindo ainda três praças de alimentação, são mais de 35 opções de fast food e
restaurantes.
O Shopping Ibirapuera foi fundado em 1976 e tem em sua localização um importante ponto
de destaque. Com uma circulação média de 86.000 pessoas dia, tem com áreas de
influência: Moema, Saúde, Aeroporto, Campo Belo, Vila Mariana, Brooklin, Indianópolis,
Vila Nova Conceição e Santo Amaro. Os freqüentadores do shopping são pessoas das
classes “A” e “B”, a grande maioria possui curso superior, entre 21 e 49 anos, sendo o
público feminino dominante.
4 P ESQUISA DE C AMPO
4.1 Pesquisa de Mercado
Para esta pesquisa quantitativa realizada em outubro de 2004, utilizamos questões fechadas.
O questionário foi aplicado em uma amostra de 36 pessoas que estavam circulando nas
proximidades do Shopping Ibirapuera e identificavamse como freqüentadoras do shopping.
4.2 Análise da Pesquisa
Analisando os dados, concluímos que o público é bem balanceado entre homens e
mulheres, tendo a predominância de jovens e adultos pertencentes às classes A e B, e na sua
maioria com curso superior, 50 % dos entrevistados fazem suas refeições pelo menos uma
vez por semana nas dependências do shopping, tendo com preferência os fast foods e
gastam até R$ 20,00 por refeição na sua grande maioria. Um percentual bastante
significativo dos entrevistados faz dieta, ou tem intenção em fazer. A grande maioria estaria
disposta a freqüentar mais de uma vez por semana um restaurante especializado em pratos
6
diet e light, com refeições balanceadas, saudáveis e com sabor e que estas pessoas
freqüentemente já consomem algum tipo de produto modificado dieteticamente. O grande
público não está interessado em comida para viagem (take away), sendo então um item
pouco interessante para se oferecer ao mercado consumidor. O cardápio e a qualidade da
comida são os fatores predominantes para a escolha de um restaurante, vindo em segundo
lugar o preço da refeição, 1/3 dos pesquisados consumiram algum produto na praça de
alimentação no dia da pesquisa.
4.3 Entrevistas Qualitativas
Com o objetivo de uma melhor avaliação do setor, foram entrevistados dois profissionais de
restaurantes diet & light, nessas entrevistas foram empregadas questões abertas.
4.3.1 Entrevista: Sra. Selva Fierro, Proprietária do Kilocal Gastronomia Diet & Light 5
Segundo Selva, O Kilocal não se trata de um restaurante, mais sim uma casa de congelados,
o número de refeições servidos no local é bastante pequeno, por volta de 4 refeições dia,
sendo que o numero de refeições vendidas para viagem é de 5.000 mês, a um custo de R$
15,80 cada. O Kilocal está no mercado há 15 anos, sendo um dos primeiros
empreendimentos com este conceito na Capital Paulista. Segundo a proprietária, os fatores
responsáveis pelo sucesso do Kilocal são a qualidade da comida, a inovação, a seriedade,
e o atendimento personalizado a seus clientes, sendo que para ela, o que as pessoas buscam
em um restaurante é a qualidade da comida e o bom atendimento. A clientela do Kilocal é
formada em sua grande maioria por mulheres, sendo que 80% são pessoas preocupadas
com a boa forma, que estão longe de serem obesas, são clientes que querem manter o peso
ou perder poucos quilos, as pessoas com problemas de saúde e que estão sob dieta diet,
representam os outros 20 % da clientela.
4.3.2 Sra. Heloísa Corci, Gerente do Restaurante Deli Diet 6
5
Entrevista concedida pela Sra. Selva Fierro, Proprietária do Kilocal Gastronomia Diet & Light,
em 25/08/2004, São Paulo – SP.
7
Segundo Heloísa o Deli Diet tratase de um restaurante diet & light, este é o único
verdadeiro restaurante com este conceito na cidade, já que todos os outros estabelecimentos
são especializados em comida congelada. Servindo diariamente 70 refeições no local e mais
25 refeições para viagem a um custo médio de R$ 25, 00, funciona de segunda a sábado.
Aberto há 3 anos, os fatores para o sucesso deste restaurante são a qualidade da comida e
do serviço. Sua clientela é formada por pessoas preocupadas com a saúde, que querem
emagrecer poucos quilos, e diabéticos, sendo estes em menor percentual. As pessoas com
grandes problemas de obesidade não são freqüentes nas mesas do Deli & Diet. Para Heloísa
os inconvenientes em operar um empreendimento com este conceito estão nas dificuldades
de se encontrar boas matérias primas e os altos custos das mesmas. Ela sente também que a
maioria do público não está interessado neste tipo de alimentação, apesar de gostarem da
idéia, acabam não indo a estes restaurantes, pois tem a impressão de que não possuem uma
grande experiência gastronômica, além de considerarem que pagarão muito e comerão
pouco.
4.4 Análise da Concor rência
4.4.1 Concorrentes Diretos e Indiretos
A praça de alimentação do Shopping Ibirapuera oferece a mais vasta variedade de opções
aos seus freqüentadores conforme mostram as tabelas 1 e 2, as principais redes de fast food
nacionais estão presentes no shopping. A disputa pelos clientes é acirrada; fachadas
luminosas, grandes painéis divulgando as promoções, campanhas de marketing e
funcionários abordando os possíveis clientes; são algumas das estratégias para atrair as
pessoas para dentro das lojas. Identificamos 33 concorrentes entre diretos e indiretos, sendo
que dois destes estão fora do shopping, em bairros próximos, mais por serem restaurantes
especializados em comida diet & light , são os grandes concorrentes diretos. Os outros
concorrentes diretos são todos os estabelecimentos que oferecem refeições na praça de
6
Entrevista concedida pela Sra. Heloísa Corci, Gerente do Restaurante Deli Diet, em 01/09/2004,
São Paulo – SP.
8
alimentação, os concorrentes indiretos são aqueles estabelecimentos que oferecem algum
outro tipo de alimentação, geralmente lanches. Desconsideramos como sendo nossos
concorrentes os cafés e as doçarias, pois estes estabelecimentos causam pouco impacto nas
refeições tipo almoço e jantar. Não podemos nos esquecer da concorrência das lojas
externas localizadas nas redondezas, estabelecimentos estes que atraem inclusive muitos
funcionários do shopping, principalmente por apresentarem preços menores aos praticados
na praça de alimentação.
5 P LANO DE NEGÓCIOS
5.1 Sumário Executivo
O restaurante surgiu da necessidade de fornecermos para os clientes uma alimentação
equilibrada e que atenda as necessidades individuais de cada indivíduo, já que pesquisa
realizada pela ABIAD 7 e IBCA 8 (www.abiad.com.br, 01/12/04) entre setembro e outubro
de 2004 demonstrou que cresce a incidência de diabetes na população e que 1 em cada 2
brasileiros necessita de uma reeducação em seu hábito alimentar.
5.2 Equipe de Gestão
O restaurante será gerenciado por seus sócios proprietários que possuem mais de 10 anos de
experiência no ramo de alimentação com especialização no segmento.
O segmento de restaurantes Diet e Light nos dias atuais está em grande destaque, já que
60% das pessoas da classe A consomem produtos Diet e Light, 45,6% da classe B e 34,4%
da classe C e 18,9% da classe D, 39,5% necessitam destes produtos por motivos de saúde,
7
ABIAD: Associação Brasileira das Industrias de Alimentos Dietéticos
8
IBCA: Instituto Brasileiro de Educação para o Consumo
9
25,1% porque querem mais alternativas e 23,3% porque estão querendo emagrecer, 89%
dos consumidores estão dispostos a pagar mais por uma comida mais saudável e procuram
alimentos mais naturais.
5.4 Marketing e Vendas
A princípio, o foco de marketing seria o próprio público freqüentador do shopping,
posteriormente o Bairro Ibirapuera e a cidade São Paulo, numa fase mais adiantada.
Iniciaríamos com uma estimativa de 250 refeições dia, com a perspectiva de atingir 350 em
um prazo de 3 meses de operação.
5.5 Estrutura e Operação
O restaurante possuiria uma estrutura enxuta com uma gestão moderna e ágil, utilizandose
o melhor software de administração e controle de restaurantes, e através de equipamentos
mais modernos conseguiríamos uma diminuição na mão de obra e uma melhor qualidade e
apresentação dos pratos.
5.6 Estratégia de Crescimento
Após dois anos da inauguração, o restaurante abriria mais uma filial em uma área de
grande comercio. Tentando dessa forma fazer com que o restaurante ganhe mercado e abra
novas filiais em longo prazo.
5.6 Previsões dos Resultados Financeiros
5.6.1 Balanço Patrimonial
Tabela 6 Balanço Patrimonial do Restaurante Saudável Sabor 31/12/04
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ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Caixa R$ 30.000,00 Contas a Pagar R$ 350.000,00
Impostos a Recolher R$ 0,00
Contas a Receber R$ 0,00 Outras Dívidas R$ 17.500,00
Estoques R$ 32.500,00
Total de Circulante R$ 62.500,00
Exigível à Longo Prazo
Financiamentos R$ 0,00
Realizável a Longo Prazo
Títulos a Receber R$ 0,00
Patrimônio Líquido
Permanente Capital Investido R$ 337.500,00
Investimentos R$ 337.500,00 Lucros Acumulados R$ 0,00
Imobilizado R$ 514.500,00 Total Patrimônio Líquido R$ 577.000,00
Total R$ 914.500,00
Total R$ 914.500,00
Fonte: Os autores – setembro 2004
A Empresa Saudável Sabor foi constituída no final de 2004, tendo como previsão para abrir
suas portas ao público em janeiro do 2005.
Os recursos investidos na empresa provêm de reservas financeiras dos sócios, não havendo
necessidade de se recorrer a empréstimos para a constituição do capital investido no
negócio.
5.7 Demonstrativo de Resultados
Tabela 7 – Demonstrativo de resultados
Item 1 Ano 2 Ano 3 Ano
11
Receita Bruta 2.370.000,00 2.520.000,00 2.520.000,00
deduções 309.285,00 328.860,00 328.860,00
Receita Líquida 1990.800,00 2.116.800,00 2.116.800,00
CMV 709.816,00 754.740,00 754.740,00
Despesas
operacionais 1.041.446,00 1.073.876,00 1.073.876,00
gerais e administrativas 97.200,00 97.200,00 97.200,00
Fonte: Os autores – setembro 2004
Tendo sua localização na praça de alimentação de um shopping, o restaurante em questão
funcionará todas os dias, consideramos, portanto, 30 dias por mês. O gasto médio por
pessoa com refeição mais bebida será R$ 20,00. Estimase que a demanda, nos três
primeiros meses de funcionamento, seja de 250 refeições dia, passando para 350 refeições/
dia nos meses posteriores, estabilizandose neste número. Vamos considerar que nos mês
de janeiro devido às férias, as vendas cairão 50% e já nos meses de dezembro devido ao 13º
salário e o grande aumento de pessoas circulando no shopping, com o advento das compras
de final de ano, as vendas aumentarão 50%, consideramos também que as vendas no mês
de julho não sofrerão impacto com as férias escolares.
5.8 Ponto de Equilíbrio
Para o período inicial dos 3 primeiros meses, ou seja, 250 refeições dia, o ponto de
equilíbrio é de 7.515 refeições mês, com o aumento da demanda, 350 refeições dia, haverá
12
a necessidade da contratação de mais mão de obra, sendo agora o ponto de equilíbrio 9.344
refeições mês.
5.9 Análise de Investimentos
5.9.1 Retorno Contábil Sobre Investimento
Com base no lucro anual médio e o valor declarado médio do investimento de R$
914.500,00, vemos que para o primeiro ano teremos a rentabilidade de 1,9% ao mês do
montante investido, passando para 2,4% ao mês nos anos subseqüentes.
5.10 Prazo de Retorno do Investimento
Com base no fluxo de caixa, concluímos que o tempo necessário para a recuperação do
capital inicialmente investido será de 45 meses.
6 C ONCLUSÃO
Em um meio comercial tão diversificado e concorrido, a possibilidade de êxito de um
restaurante dietético é bastante grande. O momento para este tipo de negócio é um dos mais
apropriados, pois a tendência da comida saudável que iniciou nos EUA, agora se espalha
pelo mundo, os fastfood estão sendo bombardeados pela impressa como sendo uma
alimentação inadequada para uma vida saudável. A grande maioria do público está
propensa a se alimentar de produtos balanceados dieteticamente, independentes de estarem
fazendo alguma dieta. Existe uma pressão para consumir alimentos de maneira mais
saudável.
Segundo pesquisas do IBGE (www.ibge.com.br , 05/01/05), 40,6% da população adulta
brasileira é obesa. Segundo a Abiad (www.abiad.com.br , 01/12/04), a grande maioria da
população acha que os produtos diet e light podem ser consumidos por toda a família,
13
estão dispostos a pagar mais por comida saudável e procuram comprar alimentos mais
naturais.
Nossas pesquisas mostraram que o local escolhido é viável, pois há uma grande circulação
do público alvo em questão, que busca diariamente uma maneira de alimentarse com
segurança, rapidez e sempre buscando um bom custo benefício. A concorrência é
suportável, pois este seria o primeiro restaurante dietético do shopping, e o terceiro desta
categoria na Cidade de São Paulo. Diante de todos estes indicadores positivos, concluímos
que o Restaurante Saudável Sabor é viável, pois há um crescimento do consumo de
produtos diet & light, o ramo de restauração neste segmento ainda é pouco explorado, o
prazo de retorno do investimento está dentro dos parâmetros aceitáveis e com um risco
moderado.
7 R EFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALGRANTI, Márcia Pequeno Dicionário da Gula Rio de Janeiro: Record, 2000.
DORNELAS, José Carlos Assis Empreendedor ismo: transformando idéias em negócios
Rio de Janeiro: Campus, 2001.
FONSECA, Marcelo Traldi Tecnologias Gerenciais de Restaurantes 2ª Edição São
Paulo: Editora SENAC, 2002.
LANG, Jenifer Harvey Larousse Gastronomique Nova York: Crown Publishers, 1990.
MARICATO, Percival Como Montar e Administrar Bares e Restaurantes 4ª Edição
São Paulo: Editora SENAC, 2002.
WALKER, John R. O Restaurante: Conceito e Operação 3ª Edição Porto Alegre:
Bookmam, 2003.
www.abiad.com.br, acessado em 01/12/04
www.folhadesãopaulo.com.br, acessado em 14/03/04 e 18/03/04
www.ibge.com.br, acessado em 05/01/05
www.ibirapuera.com.br, acessado em 20/11/04
14
www.revistasempreemforma.com.br, acessado em 18/03/04.
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