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Altino Rolinho José Quelimane

Amarildo Benjamim Victor Valane

Aurelina Basílio

Bonga Rodrigues José

Domingas Abacar Carlitos Momade

Isabel Januário Raimundo Matola

Amnésia

(Licenciatura em Psicologia Educacional com Habilitações em Intervenção em Desenvolvimento Humano


e Aprendizagem)
1

Universidade Rovuma
Nampula
2021

Altino Rolinho José Quelimane

Amarildo Benjamim Victor Valane

Aurelina Basílio

Bonga Rodrigues José

Domingas Abacar Carlitos Momade

Isabel Januário Raimundo Matola

Amnésia

(Licenciatura em Psicologia Educacional com Habilitações em Intervenção em


Desenvolvimento Humano e Aprendizagem)

Trabalho de carácter avaliativo, pertencente a


Faculdade de Educação e Psicologia, no
curso de Psicologia Educacional, 4° ano,
regime laboral, na Cadeira de Diagnostico e
Intervenção dos Problemas de
Desenvolvimento para Adultos, Cadeira pela
qual Leccionada pela:

Dra. Idalina Pereira Mussa

Universidade Rovuma
2

Nampula

2021
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Índice
Introdução...................................................................................................................................3

1. Conceito...............................................................................................................................4

1.1. Características de amnésia...............................................................................................4

1.2. Causas de amnésia...........................................................................................................5

1.3. Tipos de Amnesia............................................................................................................5

1.4. Evolução de amnésia........................................................................................................7

1.5. Diagnóstico de amnésia...................................................................................................8

1.6. Tratamento de amnésia....................................................................................................9

2. Perturbações presentes na vida adulta...............................................................................10

Conclusão..................................................................................................................................11

Bibliografia...............................................................................................................................12
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Introdução

Grande parte das pessoas refere-se à memória como se ela fosse uma porção de seu corpo.
Mas a realidade é que a memória não existe da mesma forma que o corpo, não é algo que se
consegue tactear. É uma noção que se alude a um procedimento de memórias. O que aparenta
ser uma mera memoria, é na realidade uma composição complicada. No entanto, certas
doenças, neste caso a amnesia que é o tema em alusão do presente trabalho, deixam o
individuo incapaz de reter qualquer tipo de informação, ou esquecer-se da informação que foi
retida. Neste trabalho abordaremos sobre os conceitos da amnesia, suas características, causas,
tipos, evolução assim como possível tratamento.

Portanto, para realização do presente trabalho recorreu-se ao acesso a internet como


testemunha a referência bibliográfica da última página deste trabalho com dificuldade de
informação na consulta bibliográfica. O trabalho é o resultado de uma investigação científica
que referiu-se a cima. Criticas e sugestões são bem-vindas para o melhoramento e
consolidação de tema.
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1. Conceito

Segundo o Manual MSD Versão para profissionais de saúde, Amnésia é a incapacidade


parcial ou total de lembrar experiências passadas ou a incapacidade de armazenar novas
memórias depois do evento causador.

A amnésia é um distúrbio de memória que faz com que o indivíduo perca tudo o que foi
armazenado nos lobos frontais, temporais e parietais ao longo de sua vida. A perda de
memória pode ser parcial, quando o indivíduo temporariamente permanece sem se recordar do
seu passado; ou total, quando não mais se recorda e não mais existem possibilidades de haver
recordação do passado. (https://brasilescola.uol.com.br/doencas/amnesia.htm).

Segundo o MANUAL MSD versão saúde para a família, A amnésia é uma perda total ou
parcial da capacidade para recordar experiências ou acontecimentos que ocorreram segundos
antes, nos dias anteriores, há mais tempo atrás ou após o evento que causou a amnésia. Em
geral, existem dois géneros de Amnésia.

1.1.Características de amnésia

Segundo o MANUAL MSD versão saúde para a família a amnésia apresenta as seguintes
características:

 Dificuldade para se lembrar de coisas novas;


 Dificuldade para lembrar coisas do passado;
 As falsas memórias – estes podem ser completamente inventadas ou feitas de
memórias reais deslocadas no tempo;
 Movimentos descoordenados, às vezes tremores (problemas neurológicos);
 Confusão ou desorientação;
 Problemas com a memória de curto prazo;
 A perda parcial de memória;
 Perda total de memória;
 Incapacidade de reconhecer rostos;
 Incapacidade de reconhecer lugares;

Amnésia é diferente de demência. Embora a demência inclua perda de memória também


envolve outros problemas importantes que podem afectar a capacidade do paciente para
realizar actividades diárias.
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1.2.Causas de amnésia

Segundo o MANUAL MSD versão saúde para a família A forma como a amnésia é causada
ainda não é completamente compreendida. Pode resultar de:

 Um distúrbio nutricional, particularmente deficiência de tiamina, que pode causar a


síndrome de Wernicke-Korsakoff;
 Um traumatismo craniano que afecte o cérebro;
 Distúrbios que reduzam o fornecimento de sangue ou de nutrientes para o cérebro
(incluindo acidentes vasculares cerebrais e parada cardíaca);
 Convulsões;
 Envelhecimento;
 Infecção cerebral (encefalite);
 Demência como doença de Alzheimer;
 Abuso crónico de álcool;
 Um tumor cerebral;
 Estresse mental grave (como ocorre na amnésia dissociativa);
 Uso de certos medicamentos (como alguns antidepressivos, relaxantes musculares ou
opioides, bem como a anfotericina B ou lítio).

1.3.Tipos de Amnesia

Esse distúrbio pode ser dividido a partir de sua causa como:

1.3.1. Amnésia Anterógrada

O indivíduo se lembra perfeitamente das ocorrências a longo prazo, porém não se recorda dos
acontecimentos recentes. Normalmente ocorre por traumas cerebrais. O paciente não
consegue se lembrar de novas informações, como coisas que aconteceram recentemente.
Informações que devem ser armazenadas na memória de curto prazo desaparecem. Isso
geralmente é causado por trauma cerebral (dano cerebral a partir de uma pancada na cabeça,
por exemplo). (https://hospitalsantamonica.com.br/o-que-e-amnesia/).

No entanto, um paciente com amnésia anterógrada pode se lembrar de dados e eventos que
aconteceram antes da lesão. Este efeito pode ser temporário, como em um blecaute causado
por excesso de álcool.

Ele também pode ser permanente, por exemplo, quando uma pessoa sofre danos na área do
cérebro conhecida como o hipocampo (que desempenha um papel importante na formação de
memórias).
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1.3.2. Amnésia Retrógrada

O indivíduo se recorda somente dos fatos ocorridos depois do trauma sofrido, esquecendo-se
dos fatos passados. Se o indivíduo perde a capacidade de evocar memórias antigas, trata-se de
uma Amnésia Retrógrada. muitas vezes considerado como o oposto da amnésia anterógrada.
O paciente não se lembra de eventos que ocorreram antes do trauma, mas se lembra de coisas
que aconteceram depois.

1.3.3. Amnésia Global Transitória

É uma combinação dos dois géneros já descritos, e normalmente acompanha os seguintes


passos: Primeiramente, há um surto de Amnésia Anterógrada, onde os episódios podem durar
de minutos a horas, não ultrapassando um dia; Após o surto, segue-se uma Amnésia
Retrógrada para eventos recentes anteriores ao trauma. O indivíduo dificilmente é
diagnosticado, pois esse tipo de distúrbio possui características anterógradas e retrógradas,
dificultando sua identificação. Acredita-se que pode ocorrer por causa de qualquer fato que
diminui o fluxo sanguíneo no encéfalo como relações sexuais, banhos frios, estresse, esforço
físico e mais. Quando detectada é facilmente tratada. (https://hospitalsantamonica.com.br/o-
que-e-amnesia/).

1.3.4. Amnésia Psicogénica

Este é um fenómeno muito raro. Pacientes esquecem não só o passado, mas a sua própria
identidade. A pessoa acorda e de repente não tem qualquer sentido de quem ela é – mesmo se
olhar no espelho, não se reconhece no próprio reflexo- (a pessoa no espelho é um estranho).
Todos os detalhes da sua vida, como carteira de habilitação e cartões de crédito não fazem
sentido. Este tipo de amnésia é geralmente desencadeado por um acontecimento, no qual a
mente da pessoa é incapaz de lidar correctamente. Na maioria dos casos, a memória, seja lenta
ou de repente, volta dentro de poucos dias. No entanto, a memória do evento em si pode
nunca mais voltar completamente. O indivíduo induzido por traumas psicológicos bloqueia
algumas informações de sua memória sendo que esse bloqueio provoca o esquecimento que
pode ser anterógrado ou retrógrado. Tal bloqueio ocorre quando as emoções de um indivíduo
sofrem algum tipo de sensação muito forte ou quando a mente utiliza o bloqueio como
mecanismo de defesa. (https://hospitalsantamonica.com.br/o-que-e-amnesia/).

1.3.5. Amnésia traumática


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Perda de memória causada por um duro golpe na cabeça, como um acidente de carro. Pessoas
com amnésia traumática podem experimentar uma breve perda de consciência ou até mesmo
entrar em coma. Na maioria dos casos, a amnésia é temporária – depende de quão grave é a
lesão.

1.3.6. Psicose de Wernike-Korsakoff

Este tipo de perda de memória é causado pelo abuso de álcool. A doença tende a ser
progressiva – que gradualmente fica pior ao longo do tempo. Os doentes também tendem a ter
problemas neurológicos, como a falta de coordenação e a perda de sensibilidade nos dedos
dos pés. Ela também pode ser causada por desnutrição, estando ligada à deficiência de
tiamina. (https://hospitalsantamonica.com.br/o-que-e-amnesia/).

1.3.7. Amnésia infantil

o paciente não recorda acontecimentos desde a infância. Este tipo de amnésia pode estar
associado com o desenvolvimento da linguagem. Ou é possível que algumas áreas da
memória do cérebro não eram totalmente desenvolvidas durante a infância.

1.3.8. Amnésia pós-hipnótica

Eventos durante a hipnose podem não ser recuperados.

1.3.9. Amnésia da fonte

A pessoa pode se lembrar de certas informações, mas não sabe como ou onde ela teve essa
informação.

1.3.10. Fenómeno Blackout

Amnésia causada por se beber demais. A pessoa não consegue se lembrar de acontecimentos
durante a embriaguez.

1.3.11. Prosopamnesia

a pessoa não consegue se lembrar de rostos. As pessoas podem adquirir prosopamnesia ou ter
nascido com isso.
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1.4.Evolução de amnésia

Conforme a evolução da amnésia, esta pode ser subdividida em súbita e insidiosa. Quando se
verifica um traumatismo cerebral, ou um dos chamados íctusmnésicos, como é frequente nos
grandes abalos morais, o paciente sofre uma perda brusca, subitânea das lembranças.

Outras vezes o que se observa é um desaparecimento lento, progressivo das recordações.


Costuma-se citar como exemplo de perda insidiosa da memória a que é. notada nos paralíticos
gerais.

Ainda um a terceira categoria é descrita neste grupo. São as amnésias periódicas, que
sobrevêm intermitentemente. E m certos momentos o paciente evoca, sem acusar maior
dificuldade, os acontecimentos passados, para logo depois não lograr reconstituí-los. Esta
forma pode ser encontrada nas toxicomanias, em que o indivíduo sob a acção do tóxico,
estimulado, pode se lembrar dos fatos desenrolados no decurso da sua vida, relatando as
menores minúcias, ao passo que, na fase de abstinência tudo se lhe afigura sem relevo,
obscuro, não lhe sendo possível, por maiores esforços que faça, lembrar-se das ocorrências
passadas.

1.5.Diagnóstico de amnésia

 Avaliação médica;
 Às vezes, exames para descartar outras causas possíveis.

O médico faz o diagnóstico da amnésia com base nos sintomas da pessoa:

 A pessoa não consegue se lembrar de informações pessoais importantes (geralmente


relacionadas ao trauma ou ao estresse) que normalmente não seriam esquecidas.
 A pessoa se sente muito angustiada por causa de seus sintomas ou os sintomas fazem
com que ela não consiga funcionar em situações sociais ou no trabalho.

O médico também realiza um exame físico para descartar causas neurológicas da amnésia,
como a demência.

Às vezes, são necessários exames para descartar outras causas de amnésia. Os exames
incluem:

 Ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC) para descartar


tumores cerebrais e outras doenças estruturais do cérebro;
 Electroencefalograma (EEG) para descartar a presença de um transtorno convulsivo;
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 Exames de sangue ou de urina na tentativa de detectar toxinas e drogas, para descartar,


por exemplo, o uso de drogas recreativas ou entorpecentes.

Um exame psicológico também é realizado. Os exames psicológicos especializados muitas


vezes ajudam o médico a caracterizar e a entender melhor as experiências de vida da pessoa e,
então, ele pode elaborar um plano de tratamento.

1.6.Tratamento de amnésia

Segundo o Manual MSD versão saúde para a família as possíveis maneiras de tratamento são:

 Um ambiente de suporte;
 Às vezes, técnicas de recuperação de memória (como hipnose);
 Psicoterapia.
1.6.1. Ambiente de suporte

O médico dá início ao tratamento ajudando a pessoa a se sentir segura e confiante, por


exemplo, ao ajudá-la a evitar traumas posteriores. Se a pessoa não tiver um motivo urgente
aparente para recuperar a memória de um evento doloroso, apenas esse tratamento de suporte
pode ser necessário. É possível que a pessoa se lembre lentamente das memórias perdidas.

1.6.2. Técnicas de recuperação de memória

Se as memórias perdidas não forem recuperadas ou se a necessidade de recuperar a memória


for urgente, as técnicas de recuperação da memória costumam ser eficazes. Incluem:

a) Hipnose

Entrevistas com intervenção medicamentosa (entrevistas realizadas após a administração


intravenosa de um sedativo, como um barbitúrico ou um benzodiazepínico)

O médico recorre à hipnose e a entrevistas com intervenção medicamentosa para reduzir a


ansiedade associada aos períodos esquecidos e para penetrar ou contornar as defesas que a
pessoa criou para proteger-se contra a lembrança de experiências ou conflitos dolorosos.

Contudo, o médico toma o cuidado de não sugerir o que deveria ser lembrado (e, com isso,
criar uma memória falsa) nem provocar ansiedade extrema. Relembrar as circunstâncias
traumáticas que deram origem à perda de memória costuma ser muito angustiante.
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Além disso, as lembranças recuperadas por meio dessas técnicas podem não ser precisas e
podem necessitar confirmação por outra pessoa ou fonte. Por isso, antes da hipnose ou de uma
entrevista com intervenção medicamentosa, o médico informa à pessoa que as lembranças
recuperadas com essas técnicas podem ou não ser exactas e pede o consentimento da pessoa
para prosseguir.

Além disso, o médico tenta tranquilizar a pessoa com amnésia dissociativa dizendo que ele
quer ajudar. Em alguns casos, as pessoas que sofreram abuso, principalmente durante a
infância, desconfiam de terapeutas e, às vezes, acreditam que serão exploradas ou abusadas
pelo terapeuta ou que ele irá impor memórias desconfortáveis em vez de ajudá-las a recuperar
as memórias verdadeiras.

Preencher todas as lacunas da memória contribui para o restabelecimento da continuidade em


relação à identidade pessoal e do senso de self.

1.6.3. Psicoterapia

Assim que a amnésia tiver desaparecido, prosseguir com a psicoterapia ajuda a pessoa a:

 Compreender o trauma ou conflitos que causaram o transtorno;


 Encontrar meios para solucioná-los;
 Evitar traumas futuros, se possível;
 Seguir com suas vidas.

Para boa parte dos casos é indicado acompanhamento psicológico e reabilitação cognitiva
para que o paciente aprenda a lidar com a perda da memória e estimule outros tipos de
memória para compensar o que foi perdido. O tratamento também tem como objectivo fazer
com que o paciente desenvolva estratégias para viver com a perda de memória,
principalmente nos casos das perdas permanentes.

2. Perturbações presentes na vida adulta

 Personalidade dependente;
 Transtorno de deficit de atenção e hiperactividade;
 Perturbação aguda de stress;
 Perturbação de conversão;
 Perturbação de humor.
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Conclusão

Chegado ao final do trabalho concluímos que Uma ligeira perda de memória é uma parte
normal do envelhecimento. Mas uma perda significativa de memórias existentes ou a
incapacidade para formar novas memórias, pode indicar a presença de amnésia. E que
sintomas como, dificuldade para se lembrar de coisas novas dificuldade para lembrar coisas
do passado, confusão ou desorientação, problemas com a memória de curto prazo,
incapacidade de reconhecer rostos e lugares que achamos normais no nosso quotidiano podem
ser grandes evidencias de amnésia, e tendo possibilidades como evitar é de grande valor para
nossa área de formação, sendo elas: o uso pesado de álcool ou drogas uso de capacetes de
protecção quando se envolver em esportes que são de alto risco para prevenir de acidentes que
podem nos levar a amnesia.
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Bibliografia

https://www.msdmanuals.com/pt/casa.

https://brasilescola.uol.com.br/doencas/amnesia.htm.

https://hospitalsantamonica.com.br/o-que-e-amnesia/.

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