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PROF.

PIMENTEL Específico
Prof.ª Rosane Gontijo

ESPECÍFICO

Qualidade do ensino: a contribuição


dos pais
Vitor Henrique Paro
Prof.ª Nathália S. Ribeiro de Almeida
E-mail: nsuppino@gmail.com

Sobre a Obra e a Autora


• Vitor Henrique Paro é professor titular (colaborador sênior) na
Faculdade de Educação da USP, onde exerce a docência e a
pesquisa, e coordena o Grupo de Estudos e Pesquisas em
Administração Escolar - Gepae.
• Foi pesquisador sênior na Fundação Carlos Chagas e professor
titular na PUC–SP e é autor de muitas obras importantes e
conhecidas na área da educação.
• Este livro trata da importância dos estímulos dos pais sobre a
escolaridade e aprendizagem dos alunos em parceria com uma
escola que proporcione um ensino agradável e acolhedor para toda
a família.

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Introdução

• A escola, ao prover educação, precisa tomá-la em todo seu


significado humano, não apenas algumas de suas
dimensões.
• Pode-se dizer que a escola pública tem baixa qualidade, sim,
mas não pelas razões que normalmente são levantadas para
isso e sim porque não fornece o mínimo necessário para a
criança e o adolescente se formarem como seres humanos.
• Para que a escola pública seja competente, deve em conta a
necessidade de que seus alunos se entreguem ao desejo de
aprender.
• A escola tem falhado não somente porque não possui
estrutura suficiente ou formação adequada para os
profissionais da educação, mas também porque não tem
dado a devida importância ao que acontece fora e antes dela,
com seus educandos.
✓ Existe continuidade entre a educação familiar e a escolar.

Introdução

• Cabe à escola conseguir a adesão da família para sua tarefa


de desenvolver nos educandos atitudes positivas e
duradouras com relação ao aprender e ao estudar. Isso
pouparia grande parte do trabalho dos professores.
• Objetivo da obra: estudar empiricamente o papel da família
no desempenho escolar de alunos do ensino público
fundamental, além das atribuições da escola na promoção
desta participação.
✓ A pesquisa se desenvolveu numa escola pública fundamental,
da rede de ensino municipal, da periferia urbana da Grande
São Paulo.
✓ No livro, o autor apresenta os resultados das análises
realizadas dos dados obtidos na investigação, subdividindo-se
em quatro capítulos.

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Capítulo I – O papel dos pais: concepções

• Este capítulo discute a maneira como pais, alunos e


profissionais da escola encaram a questão da participação
dos pais no desempenho dos estudantes.
• Uma primeira associação possível entre o mundo da família e
o da escola, para a criança que inicia sua escolarização, é
aquela entre socialização primária e socialização secundária.
✓ A socialização primária é a primeira socialização que o
indivíduo experimenta na infância, e em virtude da qual torna-se
membro da sociedade.
✓ A socialização secundária é qualquer processo subseqüente
que introduz um indivíduo já socializado em novos setores do
mundo objetivo de sua sociedade.
• A socialização primária tem um poder muito maior de
permanência na criança do que a socialização secundária, e
oferece a estrutura básica de toda socialização secundária.

Capítulo I – O papel dos pais: concepções

• Assim, uma vez que a escola é compreendida pela


socialização secundária, cabe a ela se reportar
constantemente às experiências anteriores dos educandos
para tornar seus conteúdos mais fáceis.
• Na investigação notou-se uma crença unânime entre
professores, coordenadores pedagógicos, funcionários e
direção, quanto à importância da ajuda dos pais para o bom
desempenho dos alunos na escola.
✓ Porém na mesma medida em que enfatizam a importância e a
necessidade de os pais participarem, reclamam da falta dessa
participação.
• Embora se saiba que muitas vezes os pais não são letrados
o suficiente para auxiliar os filhos nos conteúdos escolares, a
maioria dos professores enfatiza que todos os pais podem
estimular seus filhos interessando-se por seus estudos,
verificando seus cadernos, enfim, levando-os a perceber a
importância do aprender e a se sentir bem estudando.

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Capítulo II – O papel da escola

• Embora as primeiras manifestações dos pais depoentes se


pautem nos chavões a respeito da importância da
escolarização para “ser alguém na vida” e para que os filhos
alcancem aquilo que, por falta de escola, não conseguiram.
• O aprofundamento da discussão revelou que, ao lado do
desejo da ascensão social, via escola, existe certa
consciência dos limites que sua condição de “pobreza”
impõem e que a formação escolar, por si, não pode vencer.
• A esse respeito, a obtenção de um bom emprego já não é
mais atribuída apenas à escolaridade, mas à sorte, ou a
políticas governamentais que diminuam o desemprego, o que
faz com que a escola, perante os pais, pareça ter perdido um
pouco de sua importância como meio de ascensão social.

Capítulo II – O papel da escola

• À indagação sobre os motivos que levam o aluno a


frequentar a escola, a resposta dos professores e
funcionários foi ligada ao relacionamento pessoal: encontrar
os amigos, namorar, brincar, etc.
✓ Alguns profissionais lamentam ser esse o único motivador
do aluno ir à escola, não havendo nada relacionado ao
interesse pela cultura e aprendizado.
• Não houver, por parte dos depoentes, um aprofundamento a
respeito da função educativa da escola como agência que
propicia a aquisição do saber historicamente produzido.
• Das entrevistas com os pais e respectivas observações,
evidenciou-se uma fé em tudo que provém da escola,
confirmando-se seu status de autoridade pedagógica em
decorrência da confiança que têm na escola como instituição.

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Capítulo III – A participação dos pais no desempenho


escolar dos filhos

• Neste capítulo, o autor examina a situação atual da escola


com relação à questão da participação dos pais em casa,
junto as seus filhos, visando seu melhor desempenho e
qualidade de ensino.
• Foi constatado que os professores, não têm a iniciativa de
um trabalho junto aos pais. Mesmo aqueles que mais
afirmam constatar a falta de preparo dos pais para ajudarem
seus filhos, se mostram totalmente omissos no tocante à
orientação que poderiam oferecer.
• A divulgação de valores positivos com relação ao saber e ao
estudo junto aos pais, para que estes trabalhem esses
valores com seus filhos em casa, depende de uma
comunicação muito eficiente entre escola e pais, o que está
longe de acontecer, segundo o depoimento do pessoal
escolar.

Capítulo III – A participação dos pais no desempenho


escolar dos filhos

• Parece haver, por um lado, uma incapacidade de


compreensão, por parte dos pais, daquilo que é transmitido
pela escola; por outro, uma falta de habilidade dos
professores para promoverem essa comunicação.
• Na base de qualquer incentivo para a formação intelectual
deve estar a formação de um autoconceito positivo das
pessoas que lhes favoreça sentirem-se capazes para
aprender.
✓ Os professores em geral, parecem não perceber quanto
marca os alunos a crítica que deles fazem. Os alunos nem
sempre comentam.
✓ Os alunos entrevistados demonstraram gostar do professor
que valoriza sua auto-estima.

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Capítulo IV – O que há de novo: o grupo de formação


de pais

• Este capítulo examina a nova solução apresentada pela escola


pesquisada para tratar da questão da participação dos pais ou
responsáveis no desempenho escolar dos filhos.
• Após o início da investigação na escola, foi criado pela direção, “um
grupo de formação de pais” com o objetivo de discutir questões
relacionadas à educação, à escola e à vida de seus filhos e filhas.
✓ Este programa consiste em reunir os pais de alunos,
mensalmente para discutir temas diversos, ligados à educação
de filhos (adolescência, sexo, televisão, drogas, cidadania etc.)
e não problemas específicos da escola.
✓ Os pais participam ativamente manifestando suas opiniões. As
reuniões são cuidadosamente planejadas já que têm uma
organização de tempo das atividades, pauta pré-estabelecida,
uso de dinâmicas para relaxar e entrosar o grupo, além de um
lanche muito bem feito que é desfrutado por todos no intervalo.

Palavras Finais

• A constituição do sujeito é uma preocupação que orienta


as ações da direção e coordenação no sentido da
participação dos usuários da escola.
• A constituição do sujeito é a característica básica de
toda educação que realmente se identifica com a
atualização histórico-cultural de cidadãos.
• Essa preocupação, embora ainda esteja distante de
conseguir um escola integralmente libertadora, ao
menos parece orientar as ações nesse sentido,
impregnando os vários setores da escola.

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Obrigada!

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