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ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES

Curso de Licenciatura em Marketing e Relações Publicas


Disciplina: Assessoria de Imprensa
3° Ano, I° Semestre, Laboral, 2021
Tema: Comunicação Interna e Externa nas Organizações

Discentes: Docente:
Dr. Ernesto Nhatumbo
Alanisse Guambe

Celso José Dias

Vanesso Luciano Muando

Maputo, Abril de 2021


Sumário
I. INTRODUÇÃO....................................................................................................................3

1.2. Contextualização...................................................................................................................4

1.3. Problemática.........................................................................................................................5

1.4. Hipóteses...............................................................................................................................5

1.5. Justificativa...........................................................................................................................6

1.6. Objectivos.............................................................................................................................7

1.6.1. Objectivo Geral.............................................................................................................7


1.6.2. Objectivos Específicos...............................................................................................7
1.7. Revisão da literatura.............................................................................................................8

II. ENQUADRAMENTO TEÓRICO.......................................................................................9

2.2. Conceitos básicos..................................................................................................................9

2.2.1. Comunicação:................................................................................................................9
2.2.2. Organização:..................................................................................................................9
2.3. Comunicação no contexto organizacional............................................................................9

2.4. Comunicação interna nas organizações..............................................................................10

2.4.1. Importância da Comunicação Interna..........................................................................10


2.5. Fluxos de Comunicação......................................................................................................11

2.6. Barreiras na Comunicação..................................................................................................12

2.7. Comunicação Externa nas Organizações............................................................................13

2.7.1. Objectivos da Comunicação Externa..........................................................................13


2.8. Ferramentas de Comunicação Organizacional Interna e Externa.......................................14

III. METODOLOGIA...............................................................................................................15

IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................16

V. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA....................................................................................17
I. INTRODUÇÃO
De antemão, referir que a comunicação é a base de uma organização e para que ela exista é
necessário que se tenha entendimento da informação que será transmitida, tanto para o público
interno e externo.

Actualmente, as organizações encontram-se voltadas em adoptar as diferentes estratégias, de


modo a alcançarem o sucesso pretendido. E elas têm a noção de que sem compreenderem as
vertentes da comunicação não chegarão a lado algum.

No presente trabalho pretende-se abordar sobre a comunicação interna e externa nas


organizações, que são duas componentes importantes para o bom ambiente organizacional. A
comunicação interna tem como objectivo facilitar a interacção entre a organização e os seus
colaboradores, que é o público interno, e por outro lado temos a comunicação externa que tem
como objectivo divulgar as acções da organização para seu público externo.

Teremos como pontos focais neste trabalho: os conceitos da comunicação internam e externa, a
sua importância, as suas ferramentas, o modo como funcionam e as barreiras que interferem na
Comunicação.

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I.2. Contextualização
A partir de uma perspectiva histórica norte-americana a respeito dos estudos em comunicação
organizacional, Putnam, Philips e Chapman (2004) destacam que, dos anos 20 aos anos 50, os
trabalhos eram influenciados pelo interesse em comunicação empresarial e, após esse período até
meados de 1970, caracterizavam-se por uma forte influência da escola de relações humanas.

Conforme os autores, dois interesse fundaram o campo. O primeiro caracteriza-se pelas


habilidades que tornam os indivíduos mais eficientes na comunicação e em seu trabalho, e o
segundo refere-se aos factores de eficiência da comunicação no trabalho inteiro da organização.
Esse período, denominado como orientação modernista, norteou os trabalhos até os anos 80.

As principais mudanças no cenário mundial que protagonizaram o surgimento do jornalismo


empresarial e da Comunicação Organizacional são destacadas por Kunsch (1997, p. 55). Dentre
elas: a automação proporcionada pelo progresso das indústrias que modificou as relações entre
empregadores e empregados; a divisão do trabalho e maior especialização em função da criação
de unidades separadas na estrutura organizacional, entre outros aspectos. Nesse contexto de
mudanças, as organizações se vêem obrigadas a criar novas formas de comunicação para lidar
com seus públicos, caracterizadas principalmente por publicações dirigidas aos empregados e ao
público externo mediante publicações voltadas para apresentação de novos produtos (KUNSCH,
1997).

Na década de 80, Kunsch (2009), a partir do pensamento de Mumby, destaca novos olhares sobre
a comunicação organizacional, chamando atenção para o contexto complexo que envolve as
organizações e seus atores sociais.

O período entre 1990 e 2000 foi marcado por um grande número de estudos que buscavam
ampliar o olhar em torno da comunicação organizacional com base em novos métodos e novas
percepções teóricas, passando a adquirir uma forma mais abrangente. Não bastava somente
informar, era preciso que as informações estivessem em harmonia com os propósitos da
organização. Assim, “a comunicação ganha notoriedade, pela sua função de conhecer, analisar e
direccionar esses fluxos informacionais para o objectivo geral da organização, dando um sentido
estratégico à prática comunicacional” (OLIVEIRA, 2003, p. 2).

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I.3. Problemática
O interesse pelo estudo da comunicação interna e externa nas organizações, advém do facto de
esta ser uma componente fundamental em qualquer organização, capaz de conduzir a
comportamentos de maior ou menor adequação aos objectivos individuais, grupais e
organizacionais. Cada vez mais, novas concepções têm vindo a ser despoletadas na estrutura e
nas actividades, uma vez que envolvem maiores preocupações, tais como conciliar, tanto os
interesses da organização, como os interesses dos que nela trabalham. Esta relação da
organização com o colaborador oferece incentivos e recompensas que geram motivações
intrínsecas e extrínsecas em troca de empenho e dedicação por parte destes.

Dionísio (2004, cit. In Baptista, 2009) diz-nos que “a organização tem que saber motivar e
envolver o público interno, para obter sucesso ao nível do seu público externo. Os públicos
internos são um meio de divulgação externa da imagem da organização, podendo atingir essa
utilidade pela negativa se não forem envolvidos”. A congruência entre a comunicação interna e
externa é fundamental para que adquira uma comunicação eficaz, ou seja, os colaboradores
devem estar informados sobre os factores que acontecem no meio externo e interno e esta deverá
ser vista como uma estratégia de investimento e não como um acréscimo de custos, sendo assim:
De que forma a comunicação interna e externa contribuem para a melhoria da qualidade no
ambiente organizacional, actuando como ferramenta estratégica?

I.4. Hipóteses

H1: Se temos a comunicação interna e externa como ferramenta estratégica, então há melhor
qualidade no ambiente organizacional.

H2: Se não temos uma comunicação interna e externa como ferramenta estratégica, então não há
qualidade no ambiente organizacional.

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I.5. Justificativa
Primeiramente salientar que a comunicação é vista como uma ferramenta essencial, não só para o
bom desempenho das organizações, mas também para garantir o sucesso dos relacionamentos
interpessoais, pois deste modo, um indivíduo que conhece e usa as ferramentas da comunicação,
facilmente poderá alcançar as suas metas e objectivos. Sendo a comunicação um elemento
imprescindível para todo o ser humano, é necessário que se debruce inteiramente da sua génese.

O presente tema, possui uma grande relevância, pois a comunicação interna vem trazer um
equilíbrio no meio organizacional, isto é, ela é responsável por lidar com o público interno de
uma organização de modo a capacitá-lo a garantir o bom sucesso da organização. E a
comunicação externa vem complementar a comunicação interna, pois está é responsável por
manter uma interacção, uma boa imagem das acções da organização para o seu público externo.

E para a Comunidade Académica, é importante frisar que conhecendo as estratégias e


ferramentas da comunicação interna e externa, será possível resolver grandes dilemas que
envolvem o meio organizacional. Sobretudo para os estudantes que fazem um curso de
Marketing e as Relações Públicas, Jornalismo, cursos ligados a comunicação, tem como dever
compreender as acções de comunicação interna e externa, de modo a serem profissionais
preparados pra lidar com a dinâmica organizacional e para fazer face às dificuldades do
quotidiano.

São vários os motivos que nos levam a abordar sobre este tema, pois actualmente as
organizações necessitam de estar atentas as várias dinâmicas da comunicação, de modo a garantir
um clima saudável e alcançar as suas metas e objectivos.

Afinal de contas é necessário saber: Como Comunicar; a quem Comunicar; e onde Comunicar

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I.6. Objectivos

I.6.1. Objectivo Geral


 Conhecer a importância da Comunicação Interna e Externa nas Organizações;

I.6.2. Objectivos Específicos


 Compreender que ferramentas de comunicação interna e externa são usadas nas
organizações;
 Identificar os veículos de Comunicação interna e externa com os seus públicos;
 Analisar que estratégias de comunicação interna e externa contribuem para um bom
ambiente organizacional.

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I.7. Revisão da literatura
A comunicação nas organizações pode estar relacionada aos aspectos interpessoais,
organizacionais e sociais, bem como aos processos, pessoas, mensagens e significados
(MARCHIORI, 2011). Neste sentido, Kunsch (2003) destaca as relações construídas no contexto
das organizações.

Trata-se de um processo relacional entre indivíduos, departamentos, unidades e


organizações. Se analisarmos profundamente esse aspecto relacional da
comunicação do dia-a-dia nas organizações, interna e externamente, percebemos
que elas sofrem interferências e condicionamentos variados, de uma
complexidade difícil até de ser diagnosticada, dado o volume de diferentes tipos
de comunicação existentes que atuam em distintos contextos sociais (KUNSCH,

2003, p. 71-72).

Se existirem boas relações interpessoais dentro de uma organização estas determinam uma
melhor saúde e bem-estar do individuo e aumentam a sua capacidade de envolvimento no

trabalho” (Vaz Serra, 1999, p. 495). De acordo com, Chiavenato (2004), ao existir uma boa
comunicação organizacional entre colaboradores, facilmente é construído um espírito de
interajuda, que facilita a realização dos trabalhos e o ultrapassar das dificuldades e obstáculos.

Na mesma senda, Kunsch (2003) afirma que nos ambientes organizacionais, este processo cria
uma ponte de significados entre as pessoas como a compreensão mútua, confiança e boas
relações humanas que são desenvolvidas com a troca de experiências, ideias, opiniões e até
emoções entre os indivíduos racionais

Conforme Conrado (1994, p. 7), a comunicação organizacional já não se concentra apenas em


transmitir informações, mas também em mudar o comportamento dos empregados para
realizarem um bom trabalho, impulsionando a organização em direcção a suas metas. Nessa
óptica Torquato, (2002, p.1) explica que a comunicação organizacional passou a ser a ferramenta
essencial, não apenas para estabelecer o diálogo entre as empresas e instituições e seus diversos
públicos, mas sobretudo, para dar musculatura a um novo modelo de cidadania.

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II. ENQUADRAMENTO TEÓRICO

II.2. Conceitos básicos

II.2.1. Comunicação:
Segundo Pereira (2014, pg.14) “a comunicação é a forma que o homem tem de partilhar e
comungar comportamentos, sentimentos, ideias e opiniões, obtendo feedback dos receptores,
tendo em vista a compreensão mútua, que é, afinal, o principal objectivo da comunicação”.

Na interpretação etimológica, a origem da palavra comunicação veio do latim


“communicatio” que significa “acção em comum” ou “algo em comum”.
Partindo daí comunicação tem como intenção partilhar, repartir, associar, trocar
informações, ou seja, comunicar é o meio de tornar comum uma mensagem
através do emissor para o receptor, (COELHO, 2010, pg.20).

II.2.2. Organização:
Segundo Chiavenatto (2005, p.24) apud Devesa, 2016, pg.12), “organização é uma unidade
social conscientemente coordenada, composta de duas ou mais pessoas, que funciona de maneira
relativamente continua, com o intuito de atingir um objectivo comum”.

A palavra organização advém da origem grega, “organon”, que significa


instrumento, órgão ou aquilo com que se trabalha, um sistema para atingir os
resultados pretendidos. Desta forma, as organizações podem ser definidas como
conjuntos de pessoas que trabalham de forma coordenada para atingir objectivos
comuns” (CUNHA, REGO, CUNHA & CARDOSO, 2007, pg.38) apud
DEVESA, 2016, pg.12).

II.3. Comunicação no contexto organizacional


A comunicação surge assim, como uma ferramenta essencial para a performance global de uma
organização, daí a importância de investir nesta, de forma eficiente, de forma a facilitar toda a
gestão organizacional.

A comunicação organizacional é uma componente fundamental para a eficiência


e eficácia, sendo que a eficácia é considerada a capacidade de um indivíduo para
produzir resultados responsavelmente e a eficiência capacidade potencial que

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têm os sistemas, simples ou complexos, para produzir resultados . (JOÃO
RIBEIRO, 2008,pg.7) apud DEVESA, 2016, pg.15).

O conceito “Comunicação Organizacional”, comporta consigo diversas


abordagens teóricas, engloba todas as formas de comunicação possíveis de
existir numa organização, para que possa interagir com os seus públicos internos
e externos e seja responsável pela gestão de comportamentos e acções dirigidos
a esses mesmos públicos, isto é feita de uma maneira eficaz e capaz de gerar
resultados. (JOÃO RIBEIRO, 2008,pg.8) apud DEVESA, 2016, pg.15).

II.4. Comunicação interna nas organizações


A Comunicação Interna nas empresas é hoje uma área resultante da evolução dos modos de
gestão organizacional. A comunicação interna é um processo que ocorre dentro das organizações
tendo por objectivo, produzir informações internas e disponibilizá-las aos colaboradores.

É por meio da comunicação interna que as informações circulam da alta


administração aos níveis mais baixos e entre os empregados de mesmo nível,
portanto, as organizações devem traçar estratégias para veiculação dessas
informações aos seus colaboradores conseguindo o alcance e a compreensão das
mensagens transmitidas. (CHIAVENATo, 2001) apud VIANA, 2017, pg.15).

Na visão de (Kunsch, 2009) apud Viena, 2017,pg.15), “compete a comunicação interna as


interacções, os processos de troca de informações dentro da organização ampliando o campo de
visão dos colaboradores”.

Segundo (Marchiori, 2011) apud Lima et al, 2017, pg. 6, “a comunicação nas organizações pode
estar relacionada aos aspectos interpessoais, organizacionais e sociais, bem como aos processos,
pessoas, mensagens e significados”.

II.4.1. Importância da Comunicação Interna


Paulo Clemen (2005,p.12) “afirma que os executivos devem perceber que a força e o valor da
marca corporativa estão intimamente ligados aos seus colaboradores”.

Se considerarmos a posição estratégica que a comunicação ocupa na gestão empresarial e,


especialmente, o papel da comunicação interna em transmitir aos funcionários os objectivos, a
missão e os valores da empresa, gerando motivação, produtividade e resultados, já se pode

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perceber que as empresas estão perdendo a oportunidade de fazer de seus profissionais
verdadeiros aliados do negócio e co-responsáveis pelo sucesso e desempenho da organização.

A motivação e integração dos funcionários contribuem positivamente para o crescimento e


desempenho da organização, fortalecendo seus propósitos e objectivos fundamentais. Assim, é
preciso que o empregado participe das decisões e tome conhecimento de tudo o que acontece na
empresa. É essencial que todos os colaboradores da organização estejam comprometidos,
motivados e de acordo coma proposta empresarial para que a qualidade nos serviços e a
satisfação dos clientes

O ânimo dos funcionários e a satisfação com o emprego são, hoje, aspectos


considerados altamente importantes pela maioria das organizações. Entende-se
que um funcionário satisfeito possa aumentar a produtividade, a capacidade de
resposta, a qualidade e a melhoria dos serviços aos clientes. (PAVAN; SERRA;
TORRES, p. 60)

A comunicação interna, através de um planeamento estruturado nos princípios e valores


primordiais da organização, tem papel decisivo na construção de uma gestão participativa, com
abertura para mudança estímulo ao diálogo e à troca de informações e de experiências.

II.5. Fluxos de Comunicação


Os fluxos de comunicação estendem-se por toda a organização em diferentes direcções,
possibilitando que as informações, ideias e conhecimentos circulem, garantindo, assim, uma
coordenação no desempenho da comunicação organizacional.

Segundo Kunsch (2009) apud Viana, 2017, pg.17), “os fluxos de comunicação são classificados
em: descendentes, ascendentes, lateral, transversal e circular, conceituados abaixam”:

 Comunicação descendente: Carrega informações do alto escalão aos níveis abaixo. É a


comunicação oficial da organização, orienta e fornece informações aos colaboradores
para desempenharem suas funções, transmitindo regras, normas, processos, atribuições,
instruções, planos, objectivos e metas.
 Comunicação ascendente: Ocorre quando a informação parte do nível operacional ao
alto escalão. As vias que movimentam as informações neste fluxo são as opiniões,
reclamações, críticas e elogios dos colaboradores, expressadas por meio de reuniões,

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cadeias humanas onde um colaborador faz comentários a outro até atingir a liderança e
caixas de sugestões. A comunicação ascendente corresponde ao processo de feedback, ou
seja, o retorno do nível operacional a liderança.
 Comunicação lateral: Ocorre entre os colaboradores de mesmo nível hierárquico,
podendo ser membros do mesmo grupo de trabalho ou de diferentes departamentos. Ela
tende a ser menos formal, porém pode auxiliar a direcção da empresa a aproveitar as
sugestões dos colaboradores sobre melhorias que possam ser realizadas.
 Comunicação transversal: Neste fluxo não há limites para a comunicação que pode
percorrer toda a organização, os indivíduos interagem mais pela liberdade na utilização
dos fluxos em todas as direcções, sem distinguir os níveis hierárquicos.
 Comunicação circular: Ocorre principalmente em organizações de menor porte e
informais, onde as informações circulam indistintamente entre todos os níveis da sua
estrutura funcional.

II.6. Barreiras na Comunicação


Para que as informações alcancem a todos nas organizações, diversos tipos de barreiras
necessitam ser superadas. Algumas estão relacionadas principalmente às diferenças na cultura do
colaborador e da organização. Sob esse enfoque Robins (2005) apud Viana, 2017, p.23),
classifica as barreiras no processo de comunicação interna, conforme ilustra a tabela:

Barreiras Explicações
Filtragem Manipulação da informação pelo emissor, de modo que o receptor
entenda somente o que interessa ao emissor.
Percepção selectiva Escolha do que interessa ao receptor, com base em suas necessidades.
Sobrecarga de Excesso de informações a que é submetido diariamente, como e-mail,
informações reuniões, chamadas. Fazendo perder certa informação.
Emoções Condição do emissor ou receptor no momento em que dá ou recebe
informações.
Linguagem Forma utilizada para expressar algo, pois cada pessoa provém de
cultura e educação destintas.

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Medo de O emissor ou receptor não se sentindo à vontade em se expressar em
comunicação público.

II.7. Comunicação Externa nas Organizações


Para Oliver (2008) apud Carvalho, 2015, pg.1, “define a comunicação externa como a que ocorre
entre gestores e pessoas de fora da organização”.

A comunicação externa abrange consumidores, clientes, fornecedores, serviços


governamentais, e todo o público que é afectado pela média. Compreende todo
tipo de informação que esteja ligada com as actividades que a organização
desenvolve com o intuito de atingir seu público. (GUFFEY E LOWEY, 2010)
apud CARVALHO, 2012, pg.11).

De acordo com Cheney (2005) apud Carvalho, 2012, pg.11), a comunicação externa é toda a
comunicação que abandona o departamento ou a organização. O seu foco é a opinião pública. E
como está sempre em constante mudança, a organização deve acompanhar as tendências.

II.7.1. Objectivos da Comunicação Externa


O objectivo da comunicação externa é facilitar a cooperação e a colaboração com o público
externo. Mas, também pertence à comunicação externa os objectivos de divulgar a missão e
valores da empresa, estabelecer o posicionamento e assegurar o reconhecimento do público
geral, oferecer imagem positiva da organização perante a opinião pública, fortalecer nos públicos
externos sentimentos de confiança e apreciação e proporcionar maior visibilidade às actividades
da empresa.

A comunicação externa é a responsável pelo posicionamento e imagem de


qualquer organização na sociedade, e que tem como propósito promover a sua
imagem, com vista à obtenção de atitudes favoráveis por parte dos públicos
externos. (PONTES, 2011), apud CARVALHO, 2012, pg.11

A comunicação externa garante também que todas as partes envolvidas com a organização se
mantenham bem informadas e actualizadas, oferece orientação e demonstra o progresso. Quando
cumpridos este objectivo cria-se uma relação de confiança e segurança entre a organização e o

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público externo, porque quando uma organização realiza uma comunicação eficaz, clara e coesa
a sua imagem pública torna-se favorável.

II.8. Ferramentas de Comunicação Organizacional Interna e Externa


As ferramentas da comunicação externa frequentemente utilizadas pelas organizações são
diversas, entre as nomeadas pelos diversos autores podemos enumerar:

Meios de Público Interno Publico Externo


comunicação
Massa Cartilhas, programas, volantes, Revista da empresa, rádio, jornais,
informe de reuniões, cadernos, televisão, revistas, feiras, eventos,
folhinha, memorandos, caixa de adesivos, carta informativa, caixa de
sugestões, boletins, sugestões, manuais de instruções,
comunicados, jornal da empresa, magazine, relatório público, balanço
encartes, vitrinas, eventos social, outdoors, brindes, reuniões.
internos, jornal mural

Digitais E-mail, intranet, vídeos Web Sites, e-mail, extranet, redes


institucionais, internet, blog sociais telefone.
corporativo, Rádio empresa
Individuais Folheto, postagem individual, Telefone, fax, e-mail, redes sociais,
carta, fax, telefone, conversas encomenda, vendas pessoais.
pessoais, personalização de
veículos.

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III. METODOLOGIA

A metodologia de trabalho refere-se ao conjunto de regras a serem aplicadas em uma


determinada pesquisa, descrevem os passos a serem seguidos para a consecução dos objectivos
propostos, (Lakatos & Marconi, 2008, p.223). Assim, para a realização desse estudo, fez se o uso
diversos métodos e técnicas cuja escolha deve-se a natureza, características e objectivos do
próprio estudo.

Classificação da Pesquisa

Quanto a Natureza da Pesquisa: quanto a natureza a pesquisa pode ser básica ou aplicada e
para esta pesquisa faz-se o uso da pesquisa aplicada que tem como propósito gerar
conhecimentos para uma aplicação prática dirigidos a solução de problemas específicos.
Envolve, normalmente, mais assuntos e interesses específicos/locais (Lundin, 2016, p.121).

Quanto aos procedimentos técnicos: quanto aos procedimentos técnicos irá adoptar-se os
seguintes procedimentos técnicos:

Pesquisa Documental: na visão de Gil (2008), "A pesquisa documental assemelha-se muito à
pesquisa bibliográfica. A única diferença entre ambas está na natureza das fontes. Enquanto a
pesquisa bibliográfica se utiliza fundamentalmente das contribuições dos diversos autores sobre
um determinado assunto, a pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda
um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objectivos da
pesquisa". Desta forma para a elaboração desta pesquisa, recorreu-se a pesquisa documental na
medida em que fez se uma análise de alguns manuais, e outros instrumentos legais que auxiliem
na questão da comunicação interna e externa na organização.

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IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pelo facto de a comunicação nos dias de hoje ser uma ferramenta indispensável e estratégica para
aproximação e solidificação de qualquer organização junto do seu público interno e externo,
considera-se de extrema importância o seu estudo. Devido a esse reconhecimento, actualmente,
muitas organizações, possuem departamentos de comunicação, a fim de que junto do público
interno e externo construa uma imagem credível, activa e próxima do seu público-alvo e da
imprensa.

Podemos perceber que a comunicação interna é um factor muito importante a se ter em conta em
uma organização pós, possibilita um elo entre os sectores para que as informações produzidas
sejam veiculadas a todos os seus membros pelas hierarquias existentes. O papel da comunicação
interna em transmitir aos funcionários os objectivos, a missão e os valores da empresa, gerando
motivação, produtividade e resultados.

A comunicação externa tem vindo a assumir uma importância relevante no campo


organizacional. À ela é atribuída a responsabilidade de disseminação de toda a informação
necessária para o bom funcionamento da organização, a coordenação, a integração e
planeamento de todo e qualquer serviço e actividade junto do público externo da organização, e
para isso e necessários que as organizações trabalhem sua informação de forma credível, rigorosa
e planificada, de modo a favorecer a qualidade e a credibilidade da mesma.

Para que toda informação desejada passar ao seu público e aconteça de forma eficaz, é
necessários que a organização tenha em conta todos os meios ou ferramentas a usar na
divulgação dessas informações, para que não possa haver eventuais barreiras no processo de
comunicação.

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V. REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
CARVALHO, Ana Filipa de Jesus. Comunicação Externa em Business-to-Business (Estudo de
Caso: Shamir Optical). Porto, Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto.
Trabalho para a obtenção do (grau de Mestre em Assessoria de Administração), Instituto
Politécnico do Porto, Porto – 2015.

DEVESA, Laura Moura. A importância da comunicação no contexto organizacional. Setúbal,


Instituto Politécnico de Setúbal. Trabalho para a obtenção do (grau de Mestre em Ciências
Empresariais), Escola Superior de Ciências Empresariais, Setúbal, 2016.

COELHO, Priscila Paes Ferreira. A importância da comunicação nas organizações. Assis,


Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis. Trabalho de Conclusão de Curso (de Graduação
em Administração), Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis, Assis – SP, 2010.

LEMES, Priscila dos Santos. A importância da comunicação interna nas organizações e suas
ferramentas. Assis, Fundação Educacional do Município de Assis. Trabalho de Conclusão de
Curso (de Graduação em Administração Empresas), Instituto Municipal de Ensino Superior de
Assis, Assis – SP 2012.

LIMA, Manuella Dantas Corrêa & ABBUD, Maria Emília de Oliveira Pereira. Comunicação
Organizacional: Histórico, Conceitos e Dimensões. Manaus, Universidade de Federal do
Amazonas, Manaus, AM. Manaus, 2015.

VIANA, Henrelly Raony da Silva. Comunicação organizacional interna em contexto


académico: diagnóstico e proposta de intervenção. Porto, Universidade Fernando Pessoa.
Trabalho para a obtenção do (grau de Mestre em Ciências da Comunicação), Universidade
Fernando Pessoa, Porto – 2017.

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