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Alunos:
Igor Luan Pereira
Luan Vinícius Rodrigues Batista
Yago Patrick de Moura e Meira
Resposta:
Neste caso, Joilson estará utilizando de um documento falso para obter uma vantagem
econômica.
Sendo que tal ato incorre nos crimes previstos nos artigos 298 (falsificação de
documento particular) + art. 304 (Uso de documento falso) + art.171 (Estelionato).
Porém, de acordo com a súmula n° 17 do STJ:
"Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este
absorvido."
Portanto, os atos cometidos por Joilson incidirão no princípio da consunção no qual o
crime fim (estelionato) absorve o crime meio (falsificação de documento particular +
uso de documento falso).
2 - Joilson é prefeito de uma cidade do interior e recebe no ano de 2020 verbas da União
do FUNDEB que deveriam ser gastas com investimentos na educação Básica
Municipal. Contudo, diante do agravamento da pandemia do COVID e o fechamento
das escolas, joilson utilizou as verbas para comprar insumos e medicamentos no valor
de 1 milhão de reais sem licitação, que foram efetivamente pagos. Houve crime? Qual e
por que?
Resposta:
Em tese o prefeito Joilson cometera o crime de Improbidade Administrativa (Inciso XI,
Art. 10º da Lei 8.429/92), em razão do desvio de finalidade da verba destinada
especificamente à educação básica municipal. Caso o estado de calamidade pública não
tenha sido decretado, viabilizando assim a compra de insumos para o combate à
pandemia sem licitação, incorre também no crime de Contratação Direta Ilegal (Art.
337-E, CP). Entretanto, diante da situação emergencial, visando assegurar a
possibilidade de salvar vidas diante da tenebrosa pandemia, a ilicitude de seus atos
poderia ser excluída em face dos Artigos 24 (Estado de Necessidade) e 25 (Legítima
Defesa) do Código Penal. Por outro lado, ainda que restem configurados os crimes, a
Culpabilidade pelos ilícitos poderia se declinada em face da inexigibilidade de conduta
diversa.
Resposta:
Joilson e Denilson cometeram o crime tipificado no art. 312 do Código penal, qual seja,
Peculato Desvio.
Traz o referido art. que:
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem
móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em
proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Ou seja, Joilson com o intuito de desviar uma verba pública de que tem a posse em
razão do seu cargo de Procurador da PGJ em proveito próprio e alheio preenche todos
os elementos do tipo penal.
Embora o tipo penal diga que apenas funcionários públicos possam cometer tal delito, o
Art. 29 do CP traz a possibilidade de Denilson, particular, seja também um sujeito ativo
no crime.
Contudo, há necessidade de conhecimento prévio, por parte de Denilson, sobre a
elementar do tipo penal, ou seja, que Denilson tenha conhecimento da qualidade
funcional de Joilson.
Caso reste comprovado que Denilson não soubesse de tal qualidade, deverá responder
por apropriação indébita art. 168 do CP ou furto art. 155 do CP.
Sendo assim, Denilson e Joilson deverão responder pelos crimes tipificados nos art. 312
do Código Penal e art. 1, §1°, inciso I da lei 9.613/98, tendo em vista a conversão do
ilícito em dinheiro lícito, c/c com o art. 69 do CP e c/c com o art. 29 do CP.
Os demais procuradores, responderão nas medidas em que conhecem da conduta ilícita,
tendo em vista que há possibilidade do crime de peculato na modalidade culposa (art.
312, §1° do CP)