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SUCESSÕES

Herdeiros necessários: (é aquele que necessariamente vai receber um


percentual da herança, havendo herdeiro necessário não pode dispor a
totalidade do patrimônio. O Rol de herdeiro necessário e o mesmo que o do
herdeiro legitimo, tirando os colaterais. Nem todo herdeiro legitimo é necessário
por conta dos colaterais) Quando se tem herdeiros necessários só se pode
testar a metade do patrimônio:

 Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade


da herança.

Herdeiros legítimos são aqueles que não podem ser afastados da sucessão
pela mera vontade do autor da herança. São eles: descendentes, ascendentes,
cônjuge, companheiro (discutiu-se a inconstitucionalidade da sucessão do
companheiro no STF no inicio de 2017, em maio/2017 o STF declarou a
inconstitucionalidade do art. que distinguia a sucessão do companheiro e do
cônjuge e igualou essa condição, porem o STF não se pronunciou se o
herdeiro sobrevivo tem/tinha status agora de herdeiro necessário com o
cônjuge e isso ficou vacante).

Herdeiro universal: é aquele que herda todo o patrimônio. É aquele que herda
na universalidade patrimonial. (quando junta todos os bens e depois faz a
divisão entre os herdeiros).

Direito a sucessão aberta é considerado bem imóvel e indivisível até a


partilha.

 Para fazer a partilha dos bens, junta tudo e depois divide.

Herdeiro exclusivo: é aquele que herda a totalidade patrimonial.

Herdeiro testamentário: é aquele agraciado em testamento. Pode ser:


herdeiro universal (quando receber uma fração ideal do patrimônio do falecido)
ou será herdeiro singular (é aquele que recebe coisa certa e determinada do
testamento).

Herdeiro legatário ou singular: é aquele que recebe coisa certa e


determinada do testamento.

A sucessão se divide em:


a) Sucessão Legitima: é aquela que é determinada pela lei e que
determina os herdeiros recebedores da herança

Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:


I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente,
salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal,
ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou
se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver
deixado bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.

O Estado, Município e o DF não estão na vocação hereditária. Não são


herdeiros, são arrecadadores do bem da herança vacante.

b) Sucessão Testamentária: é a manifestação de ultima vontade que


determina herdeiro em testamento. (é mais complicada que é distante da
nossa realidade). [O testamento é usado para determinar a legitima dos
herdeiros necessários].

c) Sucessão anômala: não segue a regra do direito sucessório. Segue


regra própria. Exemplo: seguro de vida, previdência.

A única coisa que a pessoa viva tem é expectativa de direito.

Transferência patrimonial: inicia-se no exato momento da morte. Alguém tem


que responder pelo bem do morto. Nesse caso transfere o domínio, a posse e
a propriedade do morto ao herdeiro. Princípio da saisine.

 Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros
legítimos e testamentários.
 Art. 1.785. A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido.

A exceção é o parágrafo único do Art. 48 do CPC.

 CPC - Art. 48.  O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para
o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última
vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em
que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.

Parágrafo único.  Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:

I - o foro de situação dos bens imóveis;

II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;

III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.

 Art. 1.786. A sucessão dá-se por lei (sucessão legitima) ou por disposição de última
vontade (testamentária)

 Art. 1.787. Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da
abertura daquela.
A data da morte é a responsável por nos dizer qual é a lei sucessória vigente
para tratar aquela sucessão.

 Art. 1.788. Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros
legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no
testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado
nulo.

Para que se serve o testamento? Para organizar para quem vai cada valor da
herança, distribuir patrimônio de quem não é herdeiro.

Existe clausulas não patrimoniais que podem entrar em testamento (ex:


reconhecimento de filho em testamento).

 Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade


(disponível) da herança.

Parte da herança que pode dispor é chamada de legítima (para os herdeiros


necessários). A parte que não pode dispor é chamada de disponível, que
pode ser TESTADA.

Não é obrigado a resguardar metade do patrimônio só se tiver irmãos,


sobrinho, tio, tio avo, sobrinho neto.

Existe duas intenções intrínsecas ao testamento:


- Deixar algo pra alguém.
- Retirar esse bem deixado na legitima.

O bem imóvel a ser divido não pode estar todo na testamentária, porque em
testamento só pode testar a totalidade do patrimônio se não tiver herdeiro
necessário. Havendo herdeiro necessário só pode testar metade do patrimônio
(art. 1.789).
A metade que não pode testar chama-se legitima e a outra metade que pode
testar chama-se disponível. Havendo herdeiros necessários eu só posso
testar até metade do patrimônio.

 Art. 1.791. A herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários sejam os
herdeiros.

Parágrafo único. Até a partilha, o direito dos co-herdeiros, quanto à propriedade e


posse da herança, será indivisível, e regular-se-á pelas normas relativas ao
condomínio.

 Art. 1.792. O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança;
(divida não é herança, quem paga a divida é o próprio morto, paga também o
enterro. A divida que ultrapassar o valor da herança, o herdeiro não irá pagar [as
vezes o herdeiro terá que provar isso]. Caso a divida ultrapasse a herança, o
valor remanescente, fica sem pagamento) incumbe-lhe, porém, a prova do excesso,
salvo se houver inventário que a escuse, demostrando o valor dos bens herdados.

 Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o co-
herdeiro, pode ser objeto de cessão por escritura pública (chamada de cessão de
direitos hereditários).

Cessão de direitos hereditários: é o contrato mediante o qual se opera a


transmissão de direitos provenientes de sucessão, enquanto não dados à
partilha, que declarará a partição e deferimento dos bens da herança entre os
herdeiros (legítimos ou testamentários) e aos cessionários. Somente após a
abertura da sucessão, ou seja, após a morte do autor da herança, pode-se falar
em cessão dos respectivos direitos, posto que, tanto no art. 426, a herança de
pessoa viva não podia e continua não podendo ser objeto de contrato. Com a
abertura da sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros
legítimos e testamentários, permanecendo, até o partilhamento final, o estado
de indivisão, ou seja, na expressão do Código Civil, “como um todo unitário,
ainda que vários sejam os herdeiros”.

§ 1o Os direitos, conferidos ao herdeiro em conseqüência de substituição ou de direito


de acrescer, presumem-se não abrangidos pela cessão feita anteriormente.

Não existe direito de representação na testamentaria.

Os sobrinhos tem privilégios a sucessão, recebendo primeiro que os tios.

Direito de acrescer: individualizo o bem ao agregado. Só um bem é deixado


(fica 50% pra cada um). Caso um recuse, acresce o direito de um ao outro
(parecido com cumulação obrigativa). A intenção primaria e deixar 1 imóvel
para as duas.

§ 2o É ineficaz a cessão, pelo co-herdeiro, de seu direito hereditário sobre qualquer
bem da herança considerado singularmente.

§ 3o Ineficaz é a disposição, sem prévia autorização do juiz da sucessão, por qualquer


herdeiro, de bem componente do acervo hereditário, pendente a indivisibilidade.

 Art. 1.794. O co-herdeiro não poderá ceder a sua quota hereditária a pessoa
estranha à sucessão, se outro co-herdeiro a quiser, tanto por tanto.

E a parte de oferecer a um estranho pelo mesmo valor que você oferecer aos
outros co-herdeiros.
 Art. 1.795. O co-herdeiro, a quem não se der conhecimento da cessão, poderá,
depositado o preço, haver para si a quota cedida a estranho, se o requerer até
cento e oitenta dias após a transmissão. (prazo para impugnar)

Parágrafo único. Sendo vários os co-herdeiros a exercer a preferência, entre


eles se distribuirá o quinhão cedido, na proporção das respectivas quotas
hereditárias.

 Art. 1.796. No prazo de trinta dias, a contar da abertura da sucessão, instaurar-


se-á inventário do patrimônio hereditário, perante o juízo competente no lugar da
sucessão, para fins de liquidação e, quando for o caso, de partilha da herança.
(de acordo com o CPC, o prazo para a abertura do inventário sem pagar
multa é de 2 meses, que é diferente de 60 dias) O DF não cobrava multa,
pois não tinha uma lei determinando isso, a multa está sendo cobrada,
porem sem lei especifica. Caso perca o prazo, calcula-se 20% em cima do
valor do imposto (multa).

 Art. 1.797. Até o compromisso do inventariante, a administração da herança


caberá, sucessivamente:

I - ao cônjuge ou companheiro, se com o outro convivia ao tempo da abertura da


sucessão;

II - ao herdeiro que estiver na posse e administração dos bens, e, se houver


mais de um nessas condições, ao mais velho;

III - ao testamenteiro;

IV - a pessoa de confiança do juiz, na falta ou escusa das indicadas nos incisos


antecedentes, ou quando tiverem de ser afastadas por motivo grave levado ao
conhecimento do juiz.

Testamenteiro é a pessoa que o testador determina que vai cumprir o


testamento.

(pegar com alguém sobre RENUNCIA/ESTIRPE)


Renuncia é direito próprio.

Renuncia: é cercada de formalidades impostas pela lei, ela deve ser expressa,
constando de instrumento publico ou termo judicial. O herdeiro renunciante é
considerado como se nunca estivesse existido, assim atingindo o direito
de representação de outros herdeiros.
Se equipara a uma alienação.
Abdicativa: é quando o herdeiro diz simplesmente que não quer a herança,
assim havendo uma cessão simples a todos os co-herdeiros. Equivale a uma
renuncia pura.
Translativa: é quando o herdeiro cede seus direitos a favor de determinada
pessoa. “faz um ato de doação”. Deve ser claro pra quem deverá ser o
beneficiado. Se equipara a uma cessão de direitos hereditário.
 Art. 1.810. Na sucessão legítima, a parte do renunciante acresce à dos outros
herdeiros da mesma classe e, sendo ele o único desta, devolve-se aos da
subseqüente.

 Art. 1.811. Ninguém pode suceder, representando herdeiro renunciante. Se, porém, ele
for o único legítimo da sua classe, ou se todos os outros da mesma classe renunciarem
a herança, poderão os filhos vir à sucessão, por direito próprio, e por cabeça.

Toda renuncia e feita por escritura publica ou por termo acostado nos autos.

Estirpe: é a qualidade de herdeiro, quando há a mistura de herdeiro de melhor


qualidade com herdeiro de qualidade inferior, exemplo: filho e neto, irmão e
sobrinho. Isso é a estirpe diferenciada. (mistura as classes).

 Art. 1.836. Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os


ascendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente.
§ 1o Na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto,
sem distinção de linhas.
§ 2o Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da
linha paterna herdam a metade, cabendo a outra aos da linha materna.

Indignidade: é o resquício da morte civil do CC/16. Indigno é aquele que


perde o direito de perder a sucessão.
Perde o direito de receber de quem ele agrediu, dos descendentes, dos
ascendente, cônjuge ou companheiro.
É pena civil de ação ordinária civil, diferente de ação penal. A perda do
patrimônio é a pena da pessoa do indigno. Por ser pena, não pode ultrapassar
a pessoa do indigno.

Caso mais emblemático é o da Suzane von Richthofen, onde ela cometeu o


parricídio (filho matar o próprio pai).

O indigno é representado, então, caso o indigno tenha um filho, ele


representaria a cota de seu pai (recebe a herança), porem o filho deveria ter
sido concebido ou nascido e convivido com o avo morto. O indigno perde a livre
administração e o usufruto desses bens, o indigno não goza do patrimônio do
filho. Não recebe dos descendentes de quem matou.
Quem pede a indignidade são os herdeiros que vão se locupletar com o
patrimônio do indigno (bens ereptícios: são os bens que o indigno deixou de
receber).
Prazo pra pedir a indignidade é até 4 anos após a abertura da sucessão.
Ministério Publico, como parte legitima, pode pedir indignidade.
(SOMENTE NO CASO DE HOMICÍDIO).
O testamento se presta para perdoar parente indigno, quando o crime for
tentado, nada obsta que a vitima perdoe o herdeiro. O perdão do indigno tem
que ser expresso, ou em testamento ou em outro documento autentico, não se
admite perdão de indigno tácito. Se ocorre o perdão, volta para a legitima.
Caso não declarado indigno, ele tem livre administração dos bens.
Se exclui da sucessão pela indignidade e a deserdação. Para excluir alguém
da sucessão você tem que ter um motivo elencado em lei. Indignidade e
deserdação tem esse rol, que chama-se numerus clausulus.
- Indignidade (mais comum):
- Deserdação: 4 anos a partir da abertura do testamento

Na pré-morte não há direito de representação

Indignidade x Renuncia

 Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:

I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso


(parricida), ou tentativa deste (cabe perdão, desde que seja em documento
publico), contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro,
ascendente ou descendente; (O ministério publico pode entrar)

II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou


incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;

III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da


herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.

 Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de


indignidade, será declarada por sentença (ação ordinária cível, independente
da ação penal [do homicídio]).

§ 1o  O direito de demandar a exclusão do herdeiro ou legatário extingue-se em


quatro anos, contados da abertura da sucessão.                 (Redação dada pela
Lei nº 13.532, de 2017)

§ 2o  Na hipótese do inciso I do art. 1.814, o Ministério Público tem legitimidade


para demandar a exclusão do herdeiro ou legatário.                 (Incluído pela Lei
nº 13.532, de 2017)

 Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro


excluído sucedem, como se ele morto fosse antes da abertura da sucessão.

Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá direito ao usufruto ou à


administração dos bens que a seus sucessores couberem na herança, nem à
sucessão eventual desses bens.

 Art. 1.817. São válidas as alienações onerosas de bens hereditários a terceiros


de boa-fé, e os atos de administração legalmente praticados pelo herdeiro, antes
da sentença de exclusão; mas aos herdeiros subsiste, quando prejudicados, o
direito de demandar-lhe perdas e danos. (o herdeiro ainda não foi declarado
indigno, ele está na administração dos bens ou tem a possibilidade de
vender os bens, um terceiro de boa fé que compra esse bem não vai ser
prejudicado, os herdeiros depois podem pedir perdas e danos contra o
suposto ‘indigno’).

Parágrafo único. O excluído da sucessão é obrigado a restituir os frutos e


rendimentos que dos bens da herança houver percebido, mas tem direito a ser
indenizado das despesas com a conservação deles.
 Art. 1.818. Aquele que incorreu em atos que determinem a exclusão da herança
será admitido a suceder, se o ofendido o tiver expressamente reabilitado em
testamento, ou em outro ato autêntico.

Parágrafo único. Não havendo reabilitação expressa, o indigno, contemplado em


testamento do ofendido, quando o testador, ao testar, já conhecia a causa da
indignidade, pode suceder no limite da disposição testamentária. (somente
herança testamentaria só pode acontecer expressamente).

http://www.migalhas.com.br/Civilizalhas/94,MI163386,91041-
A+sucessao+por+representacao

Herança Jacente e Herança Vacante

Declaração de Jacência: é a declaração dada em procedimento que diz que


não existem herdeiros ou eles não se habilitaram para receber a herança do
defunto. PROCEDIMENTO A PROCURA DE HERDEIROS.

Declaração de Vacância: os bens que outrora jacente estavam, agora vagam


sem proprietário, e podem passar ao domínio do ente publico. O ente publico
não e mais herdeiro, ele é arrecadador dos bens da herança vacante. Já foi
considerado herdeiro no CC/16, hoje não é mais, dessa forma não opera a
saisine ao Município, DF, UF que são arrecadadores da herança vacante. Não
se operando a saisine, os bens ficam devolutos, por um determinado tempo.
(Em se na ausência de proprietário ou se o juiz demorar a nomear
curador, dá até para usucapir esses bens, por ainda não serem bens
públicos, nada impede de se pedir o usucapião desses bens).

Recebedor final desses bens: instituição de ensino superior publica.

 Art. 1.819. Falecendo alguém sem deixar testamento nem herdeiro legítimo
notoriamente conhecido, os bens da herança, depois de arrecadados, ficarão
sob a guarda e administração de um curador, até a sua entrega ao sucessor
devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância.
 Art. 1.820. Praticadas as diligências de arrecadação e ultimado o inventário,
serão expedidos editais na forma da lei processual, e, decorrido um ano de sua
primeira publicação, sem que haja herdeiro habilitado, ou penda habilitação,
será a herança declarada vacante.

 Art. 1.821. É assegurado aos credores o direito de pedir o pagamento das


dívidas reconhecidas, nos limites das forças da herança.

 Art. 1.822. A declaração de vacância da herança não prejudicará os herdeiros


que legalmente se habilitarem; mas, decorridos cinco anos da abertura da
sucessão, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito
Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao
domínio da União quando situados em território federal.
Parágrafo único. Não se habilitando até a declaração de vacância, os colaterais
ficarão excluídos da sucessão. (Se a lei excluiu exclusivamente os colaterais,
os necessários ainda podem receber) PRAZO DO CPC DE ATÉ 10 ANOS
(começa a contar no momento da morte, caso não tenha sido registado, no
momento da sentença declaratória de reconhecimento de paternidade, se
for incapaz não ocorre essa prescrição, se for menor impúbere, a partir do
momento da maioridade).

 Art. 1.823. Quando todos os chamados a suceder renunciarem à herança, será


esta desde logo declarada vacante.

PETIÇÃO DE HERANÇA

É a petição que usa para discutir a sua condição de herdeiro legitimo que outra
pessoa sem essa condição, esta usando em seu lugar. Se presta pra quando o
inventario está terminado, é cobrar mesmo do outro que se colocou como
herdeiro sem ser, quase sempre de boa fé. Caso o inventario esteja aberto,
você pede a habilitação. (nesse caso se não for registrado como filho do
morto).

 Art. 1.824. O herdeiro pode, em ação de petição de herança, demandar o


reconhecimento de seu direito sucessório, para obter a restituição da herança,
ou de parte dela, contra quem, na qualidade de herdeiro, ou mesmo sem título, a
possua.
 Art. 1.825. A ação de petição de herança, ainda que exercida por um só dos
herdeiros, poderá compreender todos os bens hereditários.

 Art. 1.826. O possuidor da herança está obrigado à restituição dos bens do


acervo, fixando-se-lhe a responsabilidade segundo a sua posse, observado o
disposto nos arts. 1.214 a 1.222.

Parágrafo único. A partir da citação, a responsabilidade do possuidor se há de


aferir pelas regras concernentes à posse de má-fé e à mora.

 Art. 1.827. O herdeiro pode demandar os bens da herança, mesmo em poder de


terceiros, sem prejuízo da responsabilidade do possuidor originário pelo valor
dos bens alienados.

Parágrafo único. São eficazes as alienações feitas, a título oneroso, pelo


herdeiro aparente a terceiro de boa-fé.

 Art. 1.828. O herdeiro aparente, que de boa-fé houver pago um legado, não está
obrigado a prestar o equivalente ao verdadeiro sucessor, ressalvado a este o
direito de proceder contra quem o recebeu.

Ordem da sucessão hereditária: art. 1.829.

 Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:                         

I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se


casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da
separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da
comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens
particulares;

Para o cônjuge ser considerado concorrente aos descentes (herdar junto) tem
que estar casado no regime da comunhão parcial, separação voluntaria ou da
participação final dos aquestos.

O cônjuge herda aonde ele não meeia, no caso, nos bens particulares
(patrimônio antes do casamento). Bens comuns: meeia. Bens particulares:
herda.

VAI HERDAR ONDE NÃO MEEIAR (se não estaria dando um privilegio
sucessório maior do que os próprios descendentes).

Quando o cônjuge sobrevivo for ascendente de todos os descendentes


do autor da herança, a legislação garantiu a reserva legal ao cônjuge de
no mínimo a 4 parte do patrimônio privado, e a outra parte, dividida por
cabeça para os herdeiros.

 Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I)


caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não
podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for
ascendente dos herdeiros com que concorrer.

II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;

III - ao cônjuge sobrevivente;

IV - aos colaterais.

Regime de bens no direito das sucessões:

http://www.gontijo-familia.adv.br/regime-de-bens-e-divisao-da-heranca-duvidas-
juridicas-no-fim-do-casamento/

O PACTO ANTINUPCIAL é o sinalizador de como fica a sucessão.

Comunhão:
- Universal:
- Parcial: a viúva meeia nos bens comuns e herda nos bens particulares.

Separação:
- Obrigatória: o cônjuge sobrevivo não é concorrente com os descentes. Não
tem direito a herança alguma, já que o regime não permite.
- Voluntaria ou volitiva: efetivamente tem o patrimônio apartado de seu cônjuge
em vida, mas na morte o cônjuge herda os bens. (o cônjuge concorre com os
descendentes do autor da herança)
Separação Final dos aquestos (são bens comuns): Não presta pra nada.

Em sendo o regime de bens da comunhão parcial, que é o legalmente


instituído, a viúva será meeira do patrimônio comum do casal, ou seja, daquele
adquirido onerosamente durante a constância do casamento. Em havendo
bens particulares e comuns, a viúva será meeira do patrimônio comum e
herdeira do patrimônio particular.

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