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1- Falácia do Espantalho: O conceito de falácia do espantalho é usado para as situações em

que o indivíduo distorce o argumento do outro interlocutor. Por exemplo, se Andrew diz “não
vou à aula porque não estou bem” e Alisson responde dizendo “lá vem os garotos que dizem
que qualquer doença não deve ser admitida no ambiente escolar. A fala de Andrew diz sobre si
mesmo e o próprio estado de saúde, entretanto Alisson constrói uma distorção do argumento
e generaliza o discurso de Andrew para outros ambientes e indivíduos.

2- Falácia da Bola de Neve: É o tipo de argumento que propõe ações encadeadas e


catastróficas para atitudes mínimas executadas no presente. Geralmente, o enunciador não
utiliza argumentos cientificamente comprovados ou factuais e faz uso de argumentação
apelativa. “Se não consertarmos o carro hoje, ele entrará em pane na viagem de amanhã,
ficaremos sozinhos no escuro, um ladrão roubará nossos pertences e não teremos contato com
ninguém – acabaremos solitários e com fome”. A sequência de ideias pessimistas descritas
acima crescem como uma bola de neve, essa é a origem do nome da falácia. O autor da frase
utiliza argumentos sensíveis para convencer o interlocutor e transmitir veracidade, ainda
que sem factualidade alguma.

3- Falácia do Escocês: A falácia do escocês é a construção de um discurso encadeado que


permite validar a primeira fase e desmistificar outros argumentos.

Mateus diz: “Todo brasileiro de alma e verdade come arroz e feijão ao menos uma vez por
semana.”

Lucas rebate: “Meu irmão é brasileiro e não come arroz e feijão.”

Então, Mateus constrói a falácia do escocês: “Então, seu irmão não é um brasileiro de alma e
verdade.”

4- Falácia ad hominem: O termo “ad hominem” remete à expressão “contra o homem”. Isso
porque esse tipo de falácia representa um ataque contra aquele que propôs o primeiro
argumento. Por exemplo, se Pedro diz “sou a favor de escolas mais sustentáveis” e João rebate
com “apenas pessoas tolas acreditam na sustentabilidade”, houve uma falácia ad hominem.
Isso porque o discurso de João se direciona à ofensa contra Pedro, e não contra a ideia que ele
expôs sobre sustentabilidade e educação.

5- Falácia do apelo à ignorância: ocorre quando, para afirmar que algo é verdadeiro, dizemos
que é verdadeiro pois não foi provado que é falso, e vice-versa. A falácia que usa o argumento
do não saber é também chamada de apelação à ignorância. Ela parte do pressuposto de que se
você não prova que algo não existe, essa coisa existe. Se alguém disser que existem bruxas no
telhado, não há como contrariar. Isso porque ninguém possui uma prova concreta de que as
bruxas não estão lá.
6- Falácia da generalização ou composição: Nesse tipo de argumento, o autor generaliza uma
característica individual para o coletivo. “Joana é magra, portanto vem de uma família com
pessoas magras”.

7- Falácia da separação ou divisão: Esse discurso é o oposto da generalização, ou seja, o


locutor particulariza uma característica coletiva. “Joana vem de uma família magra, logo será
magra”.

8- Falácia da falsa causalidade: Qualquer argumentação que estabeleça uma relação de causa
e efeito entre dois elementos quando, na verdade, não existe esse tipo de relação entre elas.
"Nas últimas copas do mundo de futebol, toda vez que o cantor Mick Jagger vestiu a camisa da
seleção brasileira ela foi derrotada. Portanto, para que que seleção brasileira seja campeã da
copa do mundo, Mick Jagger deve parar de usar a camisa da seleção."

9- Falácia da falsa dicotomia: Tem a intenção de enganar o ouvinte e faze-lo acreditar que as
duas alternativas apresentadas são as únicas possíveis no que diz respeito à questão discutida.
Em geral, quem utiliza essa falácia prefere uma das alternativas, enquanto a outra é
indesejada. "Compre o novo carro X ou você sempre chegará atrasado em seus
compromissos."

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