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DISCIPLINA
Avaliação de Ensino e Aprendizagem
ALUNO
Silvana Cristina Couto da Silva

ATIVIDADE
Tarefa 4 -Texto Crítico

Luckesi (2011) destaca alguns instrumentos e procedimentos utilizados


nos contextos educativos. Dentre eles encontram-se os testes, questionários,
redação, monografia, entrevistas, arguição oral, pesquisas bibliográficas,
relatórios de atividades, demonstração em laboratório de pesquisa,
participação em seminários, apresentações públicas. Segundo o autor, um
discurso que vem se tornando recorrente entre os educadores é que tais
instrumentos e procedimentos são “tradicionais” e, por isso, já não fazem mais
sentido na prática educativa escolar.

Tendo por referência a citação acima, elabore uma produção textual


respondendo e justificando a sua opinião acerca do seguinte questionamento:
- Tais instrumentos de coleta de informações para a avaliação das
aprendizagens fazem ou não sentido na prática escolar educativa? Por quê?

1. BREVE REFLEXÃO SOBRE OS INSTRUMENTOS DE COLETA DE


INFORMAÇÕES SEGUNDO LUCKESI (2011)
Os instrumentos de coleta de informações possibilitam a prática de
“avaliação” quando utilizados adequadamente, além de favorecer uma
intervenção eficaz do professor, pois, por captar dados da realidade,
contribuem para o sucesso da ação de avaliar e por conseguinte, que a
aprendizagem ocorra. No entanto, quando são equivocadamente nomeados de
avaliação pelos educadores, ao invés de instrumentos de coleta de dados, uma
vez que, coletam informações que subsidiará a avaliação.
Considerando este ato fundamental no processo de ensino e
aprendizagem, conforme aponta Luckesi, as formas como a avaliação no
âmbito escolar vem sendo realizada, de selecionar e classificar, as dificuldades
que os professores possuem em realizar esta tarefa importante e complexa,
busca-se contribuir para que esta temática seja uma constante nas discussões,
reflexões e pesquisas, visando enfrentar este desafio, para que este ato se
realize para promover de fato uma verificação do desempenho do educador e
não atribuir-lhe apenas uma nota.
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O ato de avaliar se baseia em atribuir uma nota e por conseguinte,


selecionar, classificar, excluir, portanto, cabe aos profissionais da educação,
refletir sobre sua prática avaliativa, indagando se estas realmente contribuem
para a aprendizagem do aluno. Desta forma, vejamos como o uso de um
instrumento de coleta de informações pode auxiliar para a realização de uma
avaliação que beneficia a aprendizagem do aluno e orienta a ação pedagógica
do professor.
Observa-se que a avaliação com uma prática pedagógica que precisa
de cuidados, visto que o ato de avaliar tem sido aplicado de forma separada,
do ato pedagógico como ressalta Luckesi (2011).
Autores como Luckesi, (2005, 2011), Vasconcelos (1998) e Hoffmann
(1993) contribuem para a discussão desta temática, pois criticam a forma como
a avaliação vem sendo abordada, no âmbito escolar, uma vez que, muitas das
vezes são utilizados abordagens inadequadas e logo, insatisfatória, além de
servir como um instrumento de punição ao aluno e de poder pelo professor.
O processo ensino-aprendizagem deve ser uma preocupação
constante do professor, à medida que faz parte de seu trabalho pedagógico
verificar continuamente o rendimento de seus alunos, considerando que o
avanço de seu aluno reflete a eficácia do ensino, pois, o ato de ensinar e
aprender são indissociáveis.
Portanto, ao avaliar seus alunos, o professor também avalia seu
trabalho e redirecionam suas estratégias, desta forma, a avaliação deve ser um
ato presente na sala de aula, tornando-se uma rotina escolares não tomar a
avaliação como o ato de aplicar provas, atribuir notas e classificar alunos.
Desta forma, a tomada de consciência do docente em relação sua
prática avaliativa torna-se fundamental, como aponta Luckesi (2011) é
necessário que o professor venha “aprender‟ a avaliar a aprendizagem, visto
que este ato ainda não se tornou um hábito para o professor, pois nosso senso
comum está comprometido com exames escolares e não com a avaliação,
razão pela qual ainda nos tempos atuais encontramos ações voltadas para
selecionar, classificar, punir e consequentemente excluir.
Neste sentido, faz-se uma reflexão não apenas da avaliação em si,
mas dos instrumentos que se utiliza para realizá-la, na perspectiva de uma
ação diagnóstica, bem como a escolha, o uso e a aplicação desses recursos
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(instrumentos) essenciais para tornar este ato uma ferramenta que fornece os
subsídios necessários para a aprendizagem do educando e melhoria da prática
pedagógica do professor.
Segundo Luckesi (2011), o primeiro passo para a realização da
avaliação, é a descrição da realidade e para isso, é preciso o uso de recursos,
o qual denomina de instrumentos de coleta de informações, que ajudam a
observá-la melhor. Estes, vão desde o diálogo (entrevista), redação até aos
sofisticados testes e questionários e devem ser cuidadosamente construídos e
utilizados.
De acordo com Luckesi, avaliar é um ato de investigar a qualidade de
alguma coisa, tendo como consequência a intervenção. Em outras palavras, o
autor nos afirma que avaliar é verificar se os resultados alcançados foram
satisfatórios, e caso negativo, é preciso reorientar os caminhos, a ação
pedagógica.
Neste contexto, investigar, significa “trazer luz para a realidade”, à
medida que quando ignoramos algo, estamos na escuridão e não sabemos o
que fazer. Sendo assim, para a verificação do processo de ensino-
aprendizagem e realização da avaliação, torna-se necessário o uso de
instrumentos de coleta de informação para saber o desempenho do educando
e esta pode ser realizada de muitas maneiras. Pois, não convém usar um único
modo ou instrumento de avaliação, visto que não é suficiente, aplicar apenas
provas, testes ou trabalhos. No entanto, estes devem estar em consonância
com os objetivos propostos pelo professor. Assim, os instrumentos são
necessários para que uma das funções da avaliação, determinar o nível e o
quanto estes objetivos foram alcançados, aconteça.
Além disto, o importante, é que o professor utilize o instrumento,
articulando-o com a necessidade de problematizar e refletir sobre sua práxis
avaliativa, além de observar frequentemente os alunos, a fim de identificar
quais conseguiram produzir conhecimentos e quais apresentaram dificuldades.
Visto que, a observação visa investigar, informalmente, as características
individuais e grupais dos educando a observação está sujeita a subjetividade
do professor, não deve servir de base para tirar conclusões. No entanto, para
extrair dados da observação, que permita conhecer melhor o aluno, o professor
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deve ter uma atitude criteriosa, para que o resultado da observação, seja uma
avaliação fundamentada e não mera opinião.

2. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
HOFFMANN, Jussara. Avaliação mito & desafio: uma perspectiva
construtiva. 11. ed. Porto Alegre : Educação & Realidade, 1993.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem na escola:
reelaborando conceito e recriando a prática – 2. Ed. rev. – Salvador: Malabares
Comunicação e Eventos, 2005. 115p
__________. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e
proposições – 22. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
_________. Avaliação da aprendizagem: Componente do ato
pedagógico – 1.ed. São Paulo: Cortez, 2011.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação da Aprendizagem:
Práticas de mudança por uma práxis transformadora. São Paulo: Libertad,
1998.

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