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Código pater is est quem

Civil nuptiae demonstrant


A Lei do Divórcio, trouxe outras alterações relevantes, como a
possibilidade do reconhecimento de paternidade do filho gerado

1916 Lei n. 6.515/1977 fora do casamento por testamento cerrado, bem como equiparou
o direito de herança a todos os filhos.
Em 1984, a Lei 883/49 sofreu nova alteração com a promulgação
Neste código filhos eram classificados em legítimos e
ilegítimos. “Legítimo era o filho biológico, nascido de pais
o filho havido fora do matrimônio da Lei 7.250 de 14 de novembro de 1984, transformando o
parágrafo único do artigo 1o em parágrafo 1o, e acrescentando o
unidos pelo matrimônio; os demais seriam ilegítimos.” (LOBO,
2004, p.48). Os filhos legítimos eram protegidos pela presunção
poderá ser reconhecido pelo cônjuge parágrafo 2o, que tem a seguinte redação: “Mediante sentença
transitada em julgado, o filho havido fora do matrimônio poderá
pater is est quem nuptiae demonstrant (é o pai aquele que o separado de fato há mais de 5 anos ser reconhecido pelo cônjuge separado de fato há mais de 5
matrimônio como tal indica) Os filhos ilegítimos eram os (cinco) anos contínuos.” Porém, foi apenas em 1988, com a
nascidos fora do casamento, das relações extramatrimoniais, e contínuos promulgação da Constituição Federal, que ocorreram as maiores
eram divididos em naturais ou espúrios. Os espúrios se e mais importantes mudanças no direito de família.

Evolução do direito
subdividiam em adulterinos e incestuosos. Os adulterinos se
davam sempre que um dos pais ou ambos, eram casados com
outra pessoa no momento da concepção ou nascimento da
criança, poderia ser a matre, quando a mãe era casada, a patre,
quando o adultério era do pai, ou a matre e a patre, sendo os

de filiação no direito
dois casados.

Lei n.
sucessório
Neste momento a família fundamentada exclusivamente pelo vínculo
matrimonial deixa de existir, e o legislador passa a priorizar qualquer

4.737/1942
organização familiar baseada do afeto, e que busque a realização plena
de todos os membros que a integram, surge então o conceito de

Constituição
família eudemonista.
o direito dos filhos tidos fora do Tendo a Constituição da República consagrado o princípio
constitucional da igualdade entre todos os filhos e da dignidade da
casamento era a metade
Federal de pessoa humana, foram derrubadas as distinções discriminatórias até
então existentes, vedando qualquer diferenciação entre os filhos.

Este decreto trata sobre reconhecimento dos filhos naturais, ele


trouxe que o filho tido fora do casamento poderia ter sua paternidade
1988 e Código No ano de 1992 foi decretada a Lei no 8.560 de 29 de dezembro de 1992,
que regula a investigação de paternidade dos filhos havidos fora do

Civil de 2003
casamento, bem como dá outras providências.
reconhecida após o desquite. A Lei no 883 de 21 de outubro de 1949,
Em janeiro de 2003 entrou em vigor o novo Código Civil brasileiro, que
que veio para dispor do reconhecimento dos filhos ilegítimos, em seu artigo 1.596 repetiu as palavras da CF/88, consagrando também
revogou o Decreto Lei supra mencionado, e também dizia ser possível
o reconhecimento dos filhos espúrios, e o filho também tinha o ação
Hoje todas as espécies de o princípio constitucional da igualdade e da dignidade da pessoa
humana, proibindo qualquer designação discriminatória quanto aos
para ser reconhecido.
A lei tratava ainda sobre o direito de sucessório que os filhos
filiação são protegidas filhos. Porém manteve as presunções de paternidade
Dentro desse novo cenário, hoje todas as espécies de filiação são
reconhecidos passavam a ter direito, porém, o direito dos filhos tidos constitucionalmente protegidas constitucionalmente, não importa se o vínculo é biológico,
jurídico ou afetivo, todas são detentoras dos mesmos direitos e
fora do casamento era a metade do que o filho legítimo ou
legitimado tinha para receber, e ainda mencionada em seu artigo 4o qualificações, pois não importa mais para o direito qual a relação entre
o direito que o filho reconhecido tinha em pedir alimentos, porém em os pais, e sim proteger os filhos.

segredo de justiça. Em seu artigo 7o proibia qualquer referência a


DEBORA PAOLA LARGURA
filiação ilegítima, de pessoa a quem interessa, no registro de
JESSICA SILVEIRA SOUZA
nascimento, devendo ser feita remissão a lei.
PATRICIA GRANZOTTO
Código Civil Lei n.
1916
4.737/1942
A lei tratava ainda sobre o direito de
Este decreto trata sobre reconhecimento
sucessório que os filhos reconhecidos
Neste código filhos eram classificados dos filhos naturais, ele trouxe que o filho
passavam a ter direito, porém, o direito dos
em legítimos e ilegítimos. “Legítimo tido fora do casamento poderia ter sua
filhos tidos fora do casamento era a metade
era o filho biológico, nascido de pais paternidade reconhecida após o desquite.
do que o filho legítimo ou legitimado tinha
unidos pelo matrimônio; os demais A Lei no 883 de 21 de outubro de 1949,
para receber, e ainda mencionada em seu
seriam ilegítimos.” (LOBO, 2004, p.48). que veio para dispor do reconhecimento
artigo 4o o direito que o filho reconhecido
Os filhos legítimos eram protegidos dos filhos ilegítimos, revogou o Decreto
tinha em pedir alimentos, porém em segredo
pela presunção pater is est quem Lei supra mencionado, e também dizia ser
de justiça.
nuptiae demonstrant (é o pai aquele possível o reconhecimento dos filhos
que o matrimônio como tal indica) espúrios, e o filho também tinha o ação
para ser reconhecido.

Os filhos ilegítimos eram os nascidos Os adulterinos se davam sempre


fora do casamento, das relações que um dos pais ou ambos, eram
extramatrimoniais, e eram divididos em casados com outra pessoa no
naturais ou espúrios. Os espúrios se momento da concepção ou
subdividiam em adulterinos e nascimento da criança, poderia ser
incestuosos. a matre, quando a mãe era casada,
a patre, quando o adultério era do
pai, ou a matre e a patre, sendo os
dois casados.

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