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A partir no caso exposto, a queixa principal enfoca no medo excessivo em várias situações,

como dormir sozinha, ficar doente ou fazer amizades. Além disso, outras informações
adicionais foram consideradas para o levantamento de hipóteses, como a citação da mãe que a
filha é muito tímida e se queixa frequentemente dos sintomas, como: dor no peito, cefaleia,
náuseas, pesadelos e choro constante. Ademais, a menina apresenta dificuldade em tarefas em
grupo, apreensão no momento de apresentar um trabalho e fica sozinha no pátio, durante o
intervalo. Diante disso, foi possível levantar três hipóteses para o presente caso clínico:
transtorno de ansiedade de separação, uma vez que foi relatado que tais sintomas foram
acentuados após a separação dos pais, há dois anos, de modo que, mãe e filha foram mora na
casa da vó materna, ao mais, a presença de sintomas somáticos, como cefaleia e náuseas
também é um indicativo de ansiedade de separação, assim como a relutância em dormir
sozinha. Ademais, os pesadelos poderia ser considerados como um dos critérios, porém, o
conteúdo dos pesadelos não foram mencionados, sendo que, na ansiedade de separação os
pesadelos envolve o tema da sepação. Com base nisso, os sintomas presente condiz com
alguns dos critérios do manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM V), que
conceitua o transtorno de ansiedade de separação como uma medo ou preocupação demasiado
envolvendo a separação de casa ou de figura de apego. Outrossim, foi considerada a hipótese
do transtorno de ansiedade social, visto que a menina apresenta dificuldade em tarefas em
grupo e fica apreensiva ao apresentar um trabalho, além disso, foi trazido o medo de fazer
amizades, timidez e isolamento durante o intervalo na escola, que pode ser compreendido
possivelmente como um comportamento de esquiva, embora não fica explicito qual o
conteúdo dos seus pensamentos, que no caso da ansiedade social está voltado ao medo e
ansiedade acerca de situações em que podem haver avaliação das pessoas. Ao mais, em
crianças o medo e a ansiedade pode ser expresso através do choro. Por conseguinte, foi
levantando a hipótese de transtorno de ansiedade generalizada (TAG), devido a apresentação
de sintomas de medo excessivo em diversas situações, além perturbação do sono, como
referido no caso clínico, em que a menina tem pesadelos e presença de sintomas físicos, como
cefaleia e náuseas. Assim, fica evidente que a criança possui um significativo grau de medo e
preocupação. Nesse contexto, o atendimento com criança exige mais que formação, técnica e
habilidade, uma vez que, entende-se que a criança apresenta um mundo cheio de fantasia,
historias repletas de sentimentos, desejos, medo e ansiedade, que nem sempre vai ser expressa
somente através da fala e com bastante frequência vão se manifestar por meio do
comportamento, do brincar, do choro, manias, sonos, alimentação e das relações sociais.
Dessa forma, para adentrar no mundo da criança, o terapeuta precisa utilizar estratégias
lúdicas, como o desenho, pintura, contos, jogos, bonecos, dentre outros recursos. À face do
exposto, após a anamnese com os pais, inicia-se o atendimento com a criança, que no
primeiro momento vai está voltado para a construção do rapport e questões gerais da crianças,
que são as informações que ela vai está trazendo sobre si, além da realização do exame
psíquico da crianças, que vai acompanhar todo o processo. Por conseguinte, é primordial o
trabalho com as emoções, já que permite que a criança construa um autoconhecimento, de
modo que, consiga verbalizar a maneira como se sente e desenvolver estratégias para lidar
melhor com as emoções. Com isso, a psicoeducação das emoções pode ser trabalhada por
meio do baralho das emoções, que possibilita o reconhecimento, recordação, verificação da
intensidade e frequência das emoções. Outrossim, deve-se realizar uma investigação acerca
das relações da criança, tanto com os pais, como na escola e amizades, a fim de verificar
demandas que não foram relatadas pela mão. Assim, uma anamnese com o pai e professores
da menina pode ser útil para compreender algumas outras questões, como um possível
processo de enfretamento da separação dos pais ou bullying no âmbito escolar. Ademais, o
uso do recurso da família terapêutica, pode ser utilizado, para identifica a como a criança
sente a dinâmica familiar. Posto isso, é fundamental que se tenha uma visão ampliada do caso
clínico e uma investigação dos sintomas da criança, com a finalidade de confirmar ou refutar
as hipóteses levantadas inicialmente. Diante disso, a utilização de testes psicológico deve ser
considerado a partir da obtenção de mais informações da criança.

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