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demandada?
R/ A nulidade do contrato celebrado entre a demandante e a 1ª demandada,
consiste num vício, no caso, a falta de dois requisitos de validade dos contratos,
a saber: legitimidade e consentimento, porque senão, vejamos...
Da legitimidade: a falta da deliberação da Assembleia Geral para a alienação das
participações, não dando anuência ao Conselho de Administração, inabilita este
último, tornando-o ilegítimo para a prática de tais actos, como tipifica o art.
272.º. n.º1, al. f), conjugado com os artigos 56.º, n.º1, al. a) e 275.º da LSC.
Do consentimento: é uma condição reflexa e autorizante, que pela sua falta
conduz a invalidade do negócio jurídico que não cumpriu com os requisitos
impostos por lei.
10- Como é que se justifica o acto do parecer prestado pela Segunda Demandada à
Primeira Demandada?
R/ O acto do parecer jurídico prestado pela Primeira Demandada à Segunda
Demandada, justifica-se pelo facto de o contrato em questão ter sido firmado a
partir de uma fonte de iniquidade social estarrecedora, o que pressupõe, que,
logo após a Segunda Demandada ter acertado os termos do então contrato,
decidiu contactar a Primeira Demandada para que lhe prestasse o devido parecer
aquando do mesmo, e esta última, imbuída dos deveres de não prejudicar a
sociedade por acção ou omissão, contribuindo para o desenvolvimento desta,
como tipificam as alíneas e) e d) do artigo 22.º da LSC, concluiu assim, que a
alienação das acções dependia da deliberação da Assembleia Geral, tal os artigos
272.º, n.º 1, al. f), coadunando com aos artigos 56.º, n.º 1, al. a) e 275.º da LSC;
não obstante, a respeito desta questão, Paulo Olavo Cunha in “Direito das
Sociedades”, entende também, que esta seja uma competência exlusiva da
Assembleia Geral.
17. O que é o penhor? Incide sobre o objecto do contrato ou sobre outra coisa?
R/ Ora vejamos... Penhor é o bem oferecido ao credor pelo devedor, como
forma de garantia do cumprimento de uma dívida, ocorrendo de forma
voluntária; Portanto, o Penhor confere ao credor o direito à satisfação do seu
crédito, bem como dos juros, se houver, com preferência sobre os demais
credores, pelo valor de certa coisa móvel, ou pelo valor de créditos ou outros
direitos não susceptíveis de hipoteca pertencentes ao devedor ou a terceiro,
como bem tipifica o número 1.º do artigo 666.º do C.C.
15. Como é feita a compra e venda de acções do Estado? Qual é a lei que regula
a mesma?
R/ A compra e venda de acções do Estado é feita através do concurso
público ou oferta na bolsa de valores, como tipifica a Lei 10/19 de 14 de Maio –
Lei de Bases das Privatizações, no seu artigo 15.º, números 1 e 2.
O Mbasi ficou encarregue das questões 13-14, pelo que aguardamos ter
contacto com elas nas próximas horas.