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9- Em que consiste a nulidade do contrato celebrado entre a demandante e a 1ª

demandada?
R/ A nulidade do contrato celebrado entre a demandante e a 1ª demandada,
consiste num vício, no caso, a falta de dois requisitos de validade dos contratos,
a saber: legitimidade e consentimento, porque senão, vejamos...
Da legitimidade: a falta da deliberação da Assembleia Geral para a alienação das
participações, não dando anuência ao Conselho de Administração, inabilita este
último, tornando-o ilegítimo para a prática de tais actos, como tipifica o art.
272.º. n.º1, al. f), conjugado com os artigos 56.º, n.º1, al. a) e 275.º da LSC.
Do consentimento: é uma condição reflexa e autorizante, que pela sua falta
conduz a invalidade do negócio jurídico que não cumpriu com os requisitos
impostos por lei.

10- Como é que se justifica o acto do parecer prestado pela Segunda Demandada à
Primeira Demandada?
R/ O acto do parecer jurídico prestado pela Primeira Demandada à Segunda
Demandada, justifica-se pelo facto de o contrato em questão ter sido firmado a
partir de uma fonte de iniquidade social estarrecedora, o que pressupõe, que,
logo após a Segunda Demandada ter acertado os termos do então contrato,
decidiu contactar a Primeira Demandada para que lhe prestasse o devido parecer
aquando do mesmo, e esta última, imbuída dos deveres de não prejudicar a
sociedade por acção ou omissão, contribuindo para o desenvolvimento desta,
como tipificam as alíneas e) e d) do artigo 22.º da LSC, concluiu assim, que a
alienação das acções dependia da deliberação da Assembleia Geral, tal os artigos
272.º, n.º 1, al. f), coadunando com aos artigos 56.º, n.º 1, al. a) e 275.º da LSC;
não obstante, a respeito desta questão, Paulo Olavo Cunha in “Direito das
Sociedades”, entende também, que esta seja uma competência exlusiva da
Assembleia Geral.

11- Qual é o objecto do contrato celebrado entre a Soleil e a Lagoon?


R/ O objecto do contrato celebrado entre a demandante e a primeira demandada
é o contrato de compra e venda firmado entre ambas, a 2 de janeiro de 2010, que
previa a venda de 25% das acções da demandada, detidas na Prescious Stones
Holdings à 1ª demandada.

18- Qual é a diferença entre terceiros absolutos e imperfeitos?


R/ A diferença existente entre ambos, é que terceiros absolutos são aqueles que,
além de não participarem do processo arbitral, também não se vincularam à
convenção de arbitragem. E por consequência, não estão obrigados a
submeterem-se a eventuais litígios que os envolvam ao juízo arbitral. Já terceiros
imperfeitos, são partes da convenção de arbitragem, porém, estranhos ao
processo arbitral já instaurado, de modo que a sua exclusão dá-se por mera
escolha do requerente.

17. O que é o penhor? Incide sobre o objecto do contrato ou sobre outra coisa?
R/ Ora vejamos... Penhor é o bem oferecido ao credor pelo devedor, como
forma de garantia do cumprimento de uma dívida, ocorrendo de forma
voluntária; Portanto, o Penhor confere ao credor o direito à satisfação do seu
crédito, bem como dos juros, se houver, com preferência sobre os demais
credores, pelo valor de certa coisa móvel, ou pelo valor de créditos ou outros
direitos não susceptíveis de hipoteca pertencentes ao devedor ou a terceiro,
como bem tipifica o número 1.º do artigo 666.º do C.C.

16. O que é uma concessionária?


R / Concessionária é uma empresa ou entidade, a qual o Estado outorga a
licença, o consentimento ou a aprovação legal, com o escopo precípuo de
explorar um bem ou realizar algum serviço. (Estamos ainda na busca por
fundamentos legais).

15. Como é feita a compra e venda de acções do Estado? Qual é a lei que regula
a mesma?
R/ A compra e venda de acções do Estado é feita através do concurso
público ou oferta na bolsa de valores, como tipifica a Lei 10/19 de 14 de Maio –
Lei de Bases das Privatizações, no seu artigo 15.º, números 1 e 2.

O Mbasi ficou encarregue das questões 13-14, pelo que aguardamos ter
contacto com elas nas próximas horas.

13- R/ O fundamento que utilizamos para a não responsabilização contratual da 2


demandada se deve ao facto de não sermos parte da CA, obedecendo ao princípio
da eficácia relativa dos contratos.

12- R/ A Responsabilização contratual diferencia-se da extra-contratual no aspecto em


que a primeira se trata de uma infracção a um dever especial estabelecidos pela
vontade dos contratantes, recorre de uma relação obrigacional preexistente. Ao
passo que a responsabilidade extra-contratual se traduz na prática de um acto
ilícito por pessoa capaz ou incapaz da violação de um dever fundado em algum
princípio geral de direito.

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