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Psicologia

NOVA
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A execução penal
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O que é a execução penal no Brasil

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A Execução Penal a as funções atribuídas aos psicólogos

A LEP é uma codificação a respeito das normas de sentenciar penas


e medidas privativas de liberdade. Ela busca efetivar as
disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar
condições para a harmônica integração social do condenado e do
internado.

Ademais, dispõe sobre a avalição criminológica, submetendo os


condenados à pena privativa de liberdade a análises cujo objetivo é
destinar o devido tratamento penal.

A ideologia que fundamenta a LEP é a de ressocialização.


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As Súmula 439, 493 e 636 do STJ,
Súmula Vinculante 26 do STF e
Posicionamentos do Judiciário

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A Execução Penal a as funções atribuídas aos psicólogos
Indo um pouco além, podemos dizer que o Poder Judiciário também
entende o seguinte:
1. AUSÊNCIA DE LAUDO PSIQUIÁTRICO NÃO ANULA A PERÍCIA
PSICOLÓGICA. O que se exige é que a manifestação do juiz da
execução esteja devidamente fundamentada em elementos
concretos constantes dos autos ao se decidir no sentido do não
preenchimento do requisito subjetivo de determinado benefício pelo
apenado.
2. Nada impede que o magistrado das execuções criminais,
facultativamente, requisite o exame criminológico e o utilize como
fundamento da decisão que julga o pedido de progressão (STF. 2ª
Turma. Rcl 27616 AgR/SP, Rel. Min. Lewandowski, julgado em
9/10/2018). AMOSTRA GRÁTIS
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Diferença entre Exame de Classificação
e Exame Criminológico

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Cuidado 1: podemos entender que o exame criminológico é um tipo de


exame de classificação.

Cuidado 2: exame de periculosidade é diferente de exame criminológico.

Exame de periculosidade tem a ver com quem cumpre medida de


segurança.

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Exame Criminológico: avalia a infração penal e suas relações com o autor, ou


seja, dá ênfase ao binômio delito/delinquente e tem como objetivo a
investigação médica, psicológica e social. É utilizado para individualizar
execuções de penas relacionadas a fatos mais graves e/ou presos considerados
perigosos, cuja finalidade é orientar o Juízo da execução quanto aos incidentes
de progressão de pena e de livramento condicional.
Exame de classificação: orienta a forma pela qual a pena deverá ser cumprida,
com vistas a ressocialização do preso. Por isso, envolve os aspectos do agente
que praticou a infração penal enquanto pessoa, nos convívios familiares, sociais,
no trabalho.
Exame de personalidade: previsto no art. 9º, da LEP, destina-se a uma análise
morfológica, funcional e psíquica do agente. Funciona como um complemento
para o exame de classificação.
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A Execução Penal a as funções atribuídas aos psicólogos

Exame de classificação Exame criminológico


Amplo e genérico. Específico.
Orienta o modo de cumprimento da Busca construir um prognóstico de
pena, guia seguro visando a periculosidade – temibilidade – do
ressocialização. reeducando, partindo do binômio
delito-delinquente.

Envolve aspectos relacionados à Envolve a parte psicológica e


personalidade do condenado, seus psiquiátrica, atestando a maturidade
antecedentes, sua vida familiar e social, do condenado, sua disciplina e
sua capacidade laborativa. capacidade de suportar frustrações
(prognóstico criminológico).
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O Conselho Federal de Psicologia
nessa história toda

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A Execução Penal a as funções atribuídas aos psicólogos

QUAL A CONTRIBUIÇÃO QUE A PSICOLOGIA PODE DAR NO


CAMPO DA EXECUÇÃO PENAL, TENDO EM VISTA AS
CONTRADIÇÕES EXISTENTES NAS INSTITUIÇÕES PENAIS?
[...]
Em relação à especificidade da atuação no sistema prisional, a
prática do psicólogo foi se dando empiricamente ao longo dos
anos, sem uma formação específica nesse campo de intervenção,
já que não era uma discussão privilegiada nos meios acadêmicos.
Cada um, ao seu estilo próprio e as condições institucionais de sua
inserção nos estabelecimentos prisionais, buscou a sua forma de
atuar, tendo como função principal (designada pela legislação
legal) a realização de exame criminológico.
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A Execução Penal a as funções atribuídas aos psicólogos

[...]
Por fim, a outra modalidade de relação entre a Psicologia Jurídica e o
Direito é a de complementaridade, caracterizada pela interseção entre o
conhecimento psicológico e o jurídico. Dessa forma, pode haver diálogo e
interação entre os saberes.
No entanto, focalizando a área penal, a modalidade de relação
predominante entre o judiciário e a Psicologia é de subordinação. Muitas
vezes, juízes chegam a indicar o instrumento a ser utilizado numa avaliação
psicológica. Mesmo diante da alteração da Lei de Execução Penal (LEP),
fato a ser tratado na sequência deste capítulo, há juízes, resistentes a essa
alteração, que continuam solicitando aos psicólogos exame criminológico
para concessão de benefícios ou progressão de regime, exigindo ainda
prognóstico quanto à reincidência criminal.
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O trabalho designado para a Comissão Técnica é o da análise inicial


do apenado e elaboração do programa individualizador da pena
privativa de liberdade, nos casos de condenados ao regime fechado
e semi-aberto (Artigos 5˚, 6˚, 8˚ e Parágrafo único da LEP). Tal
fundamento é reforçado pelos artigos 34 e 35 do Código Penal, que
igualmente determinam a realização de exame criminológico de
classificação no início do cumprimento da pena privativa de liberdade.
Assim, de acordo com o texto legal vigente desde 2003 (Lei 10.792/03),
caberia à Comissão, com caráter interdisciplinar, a atribuição de:
1) Realização de exame criminológico diagnóstico
2) Propositura do programa individualizador
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Se cabe à CTC o exame diagnóstico, o COC seria responsável


pela elaboração do exame prognóstico, ou seja, a perícia
criminológica que é prova voltada ao convencimento judicial
em suas decisões sobre os incidentes de execução penal (p.
ex. progressão de regime, livramento condicional). Dessa forma,
os dois corpos técnicos multidisciplinares previstos na LEP (CTC e
COC) são autônomos, com funções e composições distintas.
[...]

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A Execução Penal a as funções atribuídas aos psicólogos

Há um sentido de a Lei de Execução criar dois órgãos distintos (CTC e


COC), pois, no caso da Psicologia, o trabalho do profissional que
acompanha o cotidiano do preso não é, nem poderia ser, o de perito
onipresente. Se cabe ao profissional elaborar o programa
individualizador e atuar no acompanhamento do condenado,
imprescindível o estabelecimento do vínculo de confiança. Ademais, cabe
ao profissional da Psicologia, no acompanhamento do preso, atuar no
sentido de proporcionar ao condenado o fortalecimento dos laços sociais,
o resgate de sua cidadania e a inserção na sociedade extramuros e,
conforme determina a Legislação que regula a execução penal,
“observando a ética profissional” (art. 9˚ da LEP).
[...]
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A Execução Penal a as funções atribuídas aos psicólogos

De acordo com o art. 4˚ da Resolução CFP n˚ 012/2011:


§ 1º. Na perícia psicológica realizada no contexto da execução
penal ficam vedadas a elaboração de prognóstico criminológico
de reincidência, a aferição de periculosidade e o
estabelecimento de nexo causal a partir do binômio
delito/delinqüente.

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A Execução Penal a as funções atribuídas aos psicólogos

Logo na sanção da LEP, a progressão da pena, ou seja, a decisão, era


motivada e precedida de parecer da Comissão Técnica de Classificação
e do exame criminológico, quando necessário. DESDE 2003 NÃO
EXISTE MAIS ESSA CONDICIONALIDADE. Manteve-se apenas a
atribuição do programa individualizador da pena.
Além disso, a nova redação do Art. 112 da LEP excluiu a necessidade do
Parecer da CTC e do exame criminológico para motivar e preceder a
decisão de conceder a progressão de pena.

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A Lei de Execução Penal

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A Execução Penal a as funções atribuídas aos psicólogos
CÓDIGO PENAL (1940)

Art. 34 - O condenado será submetido, no início do cumprimento da pena, a


exame criminológico de classificação para individualização da execução.
§ 1º - O condenado fica sujeito a trabalho no período diurno e a isolamento durante
o repouso noturno.
§ 2º - O trabalho será em comum dentro do estabelecimento, na conformidade das
aptidões ou ocupações anteriores do condenado, desde que compatíveis com a
execução da pena.
§ 3º - O trabalho externo é admissível, no regime fechado, em serviços ou obras
públicas.
Regras do regime semi-aberto
Art. 35 - Aplica-se a norma do art. 34 deste Código, caput, ao condenado que inicie
o cumprimento da pena em regime semi-aberto. AMOSTRA GRÁTIS
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Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente em


cada estabelecimento, será presidida pelo diretor e
composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um)
psiquiatra, 1 (um) psicólogo e 1 (um) assistente social,
quando se tratar de condenado à pena privativa de
liberdade.
Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto
ao Juízo da Execução e será integrada por fiscais do serviço
social.
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CAPÍTULO II
Da Assistência
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e
orientar o retorno à convivência em sociedade.
Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso.
Art. 11. A assistência será:
I - material;
II - à saúde;
III -jurídica;
IV - educacional;
V - social;
VI - religiosa.
SEÇÃO II
Da Assistência Material
Art. 12. A assistência material ao preso e ao internado consistirá no fornecimento de alimentação,
vestuário e instalações higiênicas.
Art. 13. O estabelecimento disporá de instalações e serviços que atendam aos presos nas suas
necessidades pessoais, além de locais destinados à venda de produtos e objetos permitidos e não
fornecidos pela Administração. AMOSTRA GRÁTIS
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SEÇÃO IV
Da Assistência Jurídica
Art. 15. A assistência jurídica é destinada aos presos e aos internados sem
recursos financeiros para constituir advogado.
Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica,
integral e gratuita, pela Defensoria Pública, dentro e fora dos estabelecimentos
penais.
§ 1 As Unidades da Federação deverão prestar auxílio estrutural, pessoal e
o
material à Defensoria Pública, no exercício de suas funções, dentro e fora dos
estabelecimentos penais.
§ 2 Em todos os estabelecimentos penais, haverá local apropriado destinado
o
ao atendimento pelo Defensor Público.
§ 3 o Fora dos estabelecimentos penais, serão implementados Núcleos
Especializados da Defensoria Pública para a prestação de assistência jurídica
integral e gratuita aos réus, sentenciados em liberdade, egressos e seus
familiares, sem recursos financeiros para constituir advogado.
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Art. 20. As atividades educacionais podem ser objeto de convênio com
entidades públicas ou particulares, que instalem escolas ou ofereçam
cursos especializados.
Art. 21. Em atendimento às condições locais, dotar-se-á cada
estabelecimento de uma biblioteca, para uso de todas as categorias de
reclusos, provida de livros instrutivos, recreativos e didáticos.
Art. 21-A. O censo penitenciário deverá apurar:
I - o nível de escolaridade dos presos e das presas;
II - a existência de cursos nos níveis fundamental e médio e o número de
presos e presas atendidos;
III - a implementação de cursos profissionais em nível de iniciação ou
aperfeiçoamento técnico e o número de presos e presas atendidos;
IV - a existência de bibliotecas e as condições de seu acervo;
V - outros dados relevantes para o aprimoramento educacional de
presos e presas.
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SEÇÃO II
Do Trabalho Interno
Art. 31. O condenado à pena privativa de liberdade está obrigado ao trabalho na medida
de suas aptidões e capacidade.
Parágrafo único. Para o preso provisório, o trabalho não é obrigatório e só poderá ser
executado no interior do estabelecimento.
Art. 32. Na atribuição do trabalho deverão ser levadas em conta a habilitação, a condição
pessoal e as necessidades futuras do preso, bem como as oportunidades oferecidas pelo
mercado.
§ 1º Deverá ser limitado, tanto quanto possível, o artesanato sem expressão econômica,
salvo nas regiões de turismo.
§ 2º Os maiores de 60 (sessenta) anos poderão solicitar ocupação adequada à sua idade.
§ 3º Os doentes ou deficientes físicos somente exercerão atividades apropriadas ao seu
estado.
Art. 33. A jornada normal de trabalho não será inferior a 6 (seis) nem superior a 8 (oito)
horas, com descanso nos domingos e feriados.
Parágrafo único. Poderá ser atribuído horário especial de trabalho aos presos
designados para os serviços de conservação e manutenção do estabelecimento penal.
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Art. 34. O trabalho poderá ser gerenciado por fundação, ou empresa pública,
com autonomia administrativa, e terá por objetivo a formação profissional do
condenado.
§ 1 . Nessa hipótese, incumbirá à entidade gerenciadora promover e
o
supervisionar a produção, com critérios e métodos empresariais, encarregar-se
de sua comercialização, bem como suportar despesas, inclusive pagamento de
remuneração adequada.
§ 2 Os governos federal, estadual e municipal poderão celebrar convênio com a
o
iniciativa privada, para implantação de oficinas de trabalho referentes a setores
de apoio dos presídios.
Art. 35. Os órgãos da Administração Direta ou Indireta da União, Estados,
Territórios, Distrito Federal e dos Municípios adquirirão, com dispensa de
concorrência pública, os bens ou produtos do trabalho prisional, sempre que
não for possível ou recomendável realizar-se a venda a particulares.
Parágrafo único. Todas as importâncias arrecadadas com as vendas reverterão
em favor da fundação ou empresa pública a que alude o artigo anterior ou, na
sua falta, do estabelecimento penal.
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SEÇÃO III
Do Trabalho Externo
Art. 36. O trabalho externo será admissível para os presos em regime fechado
somente em serviço ou obras públicas realizadas por órgãos da Administração
Direta ou Indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas
contra a fuga e em favor da disciplina.
§ 1º O limite máximo do número de presos será de 10% (dez por cento) do total
de empregados na obra.
§ 2º Caberá ao órgão da administração, à entidade ou à empresa empreiteira a
remuneração desse trabalho.
§ 3º A prestação de trabalho à entidade privada depende do consentimento
expresso do preso.
Art. 37. A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do
estabelecimento, dependerá de aptidão, disciplina e responsabilidade, além do
cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena.
Parágrafo único. Revogar-se-á a autorização de trabalho externo ao preso que
vier a praticar fato definido como crime, for punido por falta grave, ou tiver
comportamento contrário aos requisitos estabelecidos neste artigo.
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CAPÍTULO IV
Dos Deveres, dos Direitos e da Disciplina
SEÇÃO I
Dos Deveres
Art. 38. Cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu estado,
submeter-se às normas de execução da pena.
Art. 39. Constituem deveres do condenado:
I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença;
II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se;
III - urbanidade e respeito no trato com os demais condenados;
IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à
ordem ou à disciplina;
V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;
VI - submissão à sanção disciplinar imposta;
VII - indenização à vitima ou aos seus sucessores;
VIII - indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua
manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho;
IX - higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento;
X - conservação dos objetos de uso pessoal.
Parágrafo único. Aplica-se ao preso provisório, no que couber, o disposto neste artigo.
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SUBSEÇÃO II
Das Faltas Disciplinares
Art. 49. As faltas disciplinares classificam-se em leves, médias e graves. A legislação local
especificará as leves e médias, bem assim as respectivas sanções.
Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à falta consumada.
Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que:
I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina;
II - fugir;
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem;
IV - provocar acidente de trabalho;
V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas;
VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei.
VII – tiver em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou similar, que
permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo.
VIII - recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, ao preso provisório.

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§ 1º O regime disciplinar diferenciado também será aplicado aos presos provisórios ou
condenados, nacionais ou estrangeiros:
I - que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da
sociedade;
II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer
título, em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada,
independentemente da prática de falta grave.
§ 2º (Revogado).
§ 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa,
associação criminosa ou milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou
mais Estados da Federação, o regime disciplinar diferenciado será obrigatoriamente
cumprido em estabelecimento prisional federal.
§ 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime disciplinar diferenciado poderá ser
prorrogado sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo indícios de que o
preso:
I - continua apresentando alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento
penal de origem ou da sociedade;
II - mantém os vínculos com organização criminosa, associação criminosa ou milícia
privada, considerados também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no
grupo criminoso, a operação duradoura do grupo, a superveniência de novos processos
criminais e os resultados do tratamento penitenciário.
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SUBSEÇÃO IV
Da Aplicação das Sanções
Art. 57. Na aplicação das sanções disciplinares, levar-se-ão
em conta a natureza, os motivos, as circunstâncias e as
conseqüências do fato, bem como a pessoa do faltoso e seu
tempo de prisão.
Parágrafo único. Nas faltas graves, aplicam-se as sanções
previstas nos incisos III a V do art. 53 desta Lei.
Art. 58. O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos
não poderão exceder a trinta dias, ressalvada a hipótese do
regime disciplinar diferenciado.
Parágrafo único. O isolamento será sempre comunicado ao
Juiz da execução.
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SUBSEÇÃO V
Do Procedimento Disciplinar
Art. 59. Praticada a falta disciplinar, deverá ser instaurado o
procedimento para sua apuração, conforme regulamento,
assegurado o direito de defesa.
Parágrafo único. A decisão será motivada.
Art. 60. A autoridade administrativa poderá decretar o
isolamento preventivo do faltoso pelo prazo de até dez dias.
A inclusão do preso no regime disciplinar diferenciado, no
interesse da disciplina e da averiguação do fato, dependerá
de despacho do juiz competente.
Parágrafo único. O tempo de isolamento ou inclusão
preventiva no regime disciplinar diferenciado será
computado no período de cumprimento da sanção
disciplinar. AMOSTRA GRÁTIS
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A Execução Penal a as funções atribuídas aos psicólogos

Art. 108. O condenado a quem sobrevier doença mental será internado em


Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico. Art. 167. A execução da pena de
multa será suspensa quando sobrevier ao condenado doença mental (artigo 52
do Código Penal). Art. 183. Quando, no curso da execução da pena privativa de
liberdade, sobrevier doença mental ou perturbação da saúde mental, o Juiz, de
ofício, a requerimento do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da
autoridade administrativa, poderá determinar a substituição da pena por
medida de segurança.

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TÍTULO IV
Dos Estabelecimentos Penais
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 82. Os estabelecimentos penais destinam-se ao condenado, ao
submetido à medida de segurança, ao preso provisório e ao egresso.
§ 1° A mulher e o maior de sessenta anos, separadamente, serão
recolhidos a estabelecimento próprio e adequado à sua condição
pessoal.
§ 2º - O mesmo conjunto arquitetônico poderá abrigar
estabelecimentos de destinação diversa desde que devidamente
isolados.

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Art. 83-B. São indelegáveis as funções de direção, chefia e
coordenação no âmbito do sistema penal, bem como todas
as atividades que exijam o exercício do poder de polícia, e
notadamente:
I - classificação de condenados;
II - aplicação de sanções disciplinares;
III - controle de rebeliões;
IV - transporte de presos para órgãos do Poder Judiciário,
hospitais e outros locais externos aos estabelecimentos
penais.
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Art. 84. O preso provisório ficará separado do condenado por sentença transitada em
julgado.
§ 1 Os presos provisórios ficarão separados de acordo com os seguintes critérios:
o
I - acusados pela prática de crimes hediondos ou equiparados;
II - acusados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave ameaça à
pessoa;
III - acusados pela prática de outros crimes ou contravenções diversos dos apontados nos
incisos I e II.
§ 2° O preso que, ao tempo do fato, era funcionário da Administração da Justiça Criminal
ficará em dependência separada.
§ 3 Os presos condenados ficarão separados de acordo com os seguintes critérios:
o
I - condenados pela prática de crimes hediondos ou equiparados;
II - reincidentes condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave
ameaça à pessoa;
III - primários condenados pela prática de crimes cometidos com violência ou grave
ameaça à pessoa;
IV - demais condenados pela prática de outros crimes ou contravenções em situação
diversa das previstas nos incisos I, II e III.
§ 4 O preso que tiver sua integridade física, moral ou psicológica ameaçada pela
o
convivência com os demais presos ficará segregado em local próprio.
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CAPÍTULO II
Da Penitenciária
Art. 87. A penitenciária destina-se ao condenado à pena de reclusão,
em regime fechado.
Parágrafo único. A União Federal, os Estados, o Distrito Federal e os
Territórios poderão construir Penitenciárias destinadas,
exclusivamente, aos presos provisórios e condenados que estejam em
regime fechado, sujeitos ao regime disciplinar diferenciado, nos termos
do art. 52 desta Lei.
Art. 88. O condenado será alojado em cela individual que conterá
dormitório, aparelho sanitário e lavatório.
Parágrafo único. São requisitos básicos da unidade celular:
a) salubridade do ambiente pela concorrência dos fatores de aeração,
insolação e condicionamento térmico adequado à existência humana;
b) área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados).
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Art. 89. Além dos requisitos referidos no art. 88, a penitenciária
de mulheres será dotada de seção para gestante e parturiente e
de creche para abrigar crianças maiores de 6 (seis) meses e
menores de 7 (sete) anos, com a finalidade de assistir a criança
desamparada cuja responsável estiver presa.
Parágrafo único. São requisitos básicos da seção e da creche
referidas neste artigo:
I – atendimento por pessoal qualificado, de acordo com as
diretrizes adotadas pela legislação educacional e em unidades
autônomas; e
II – horário de funcionamento que garanta a melhor assistência à
criança e à sua responsável.
Art. 90. A penitenciária de homens será construída, em local
afastado do centro urbano, à distância que não restrinja a
visitação. AMOSTRA GRÁTIS
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CAPÍTULO III
Da Colônia Agrícola, Industrial ou Similar
Art. 91. A Colônia Agrícola, Industrial ou Similar destina-se ao
cumprimento da pena em regime semi-aberto.
Art. 92. O condenado poderá ser alojado em compartimento
coletivo, observados os requisitos da letra a, do parágrafo
único, do artigo 88, desta Lei.
Parágrafo único. São também requisitos básicos das
dependências coletivas:
a) a seleção adequada dos presos;
b) o limite de capacidade máxima que atenda os objetivos de
individualização da pena.
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CAPÍTULO IV
Da Casa do Albergado
Art. 93. A Casa do Albergado destina-se ao cumprimento de
pena privativa de liberdade, em regime aberto, e da pena de
limitação de fim de semana.
Art. 94. O prédio deverá situar-se em centro urbano,
separado dos demais estabelecimentos, e caracterizar-se
pela ausência de obstáculos físicos contra a fuga.
Art. 95. Em cada região haverá, pelo menos, uma Casa do
Albergado, a qual deverá conter, além dos aposentos para
acomodar os presos, local adequado para cursos e palestras.
Parágrafo único. O estabelecimento terá instalações para os
serviços de fiscalização e orientação dos condenados.
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CAPÍTULO VI
Do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico
Art. 99. O Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico
destina-se aos inimputáveis e semi-imputáveis referidos no
artigo 26 e seu parágrafo único do Código Penal.
Parágrafo único. Aplica-se ao hospital, no que couber, o
disposto no parágrafo único, do artigo 88, desta Lei.
Art. 100. O exame psiquiátrico e os demais exames
necessários ao tratamento são obrigatórios para todos os
internados.
Art. 101. O tratamento ambulatorial, previsto no artigo 97,
segunda parte, do Código Penal, será realizado no Hospital
de Custódia e Tratamento Psiquiátrico ou em outro local com
dependência médica adequada. AMOSTRA GRÁTIS
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