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TREINAMENTO DA FORÇA
E DA VELOCIDADE
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corporal, a mudança ou a predominância do tipo de fibras, já que as fibras
intermediárias podem migrar de acordo com o treinamento, entre outros fatores
(Powers; Howley, 2016; Magness, 2011; Noakes, 2003).
O comprimento muscular também é um fator importante para a economia
de movimento. Um comprimento muscular ideal é essencial para que um músculo
produza maior tensão. Um músculo muito encurtado, sem espaço suficiente para
contração, apresenta redução da zona H do sarcômero. Quando temos um
músculo muito alongado, como nos casos de estiramento muscular, algumas
cabeças de miosina não conseguem se ligar com a actina, o que acarreta menor
produção de força (Kisner; Colby, 2017; Alter, 2010; Magnusson; Aagaard;
Nielson, 2000).
Na insuficiência muscular, o músculo que está encurtado produz menos
força. Consequentemente, ele se torna insuficiente. Além disso, o comprimento
muscular está relacionado com o número de sarcômeros em série. Os exercícios
de alongamento são capazes de promover hipertrofia em série, ou seja,
aumentam o número de sarcômeros em série, aumentando o comprimento do
músculo. Na presença de mais sarcômeros, existe a possibilidade de maior
produção de força, melhorando o desempenho esportivo e a economia de
movimento.
Quanto mais encurtado o músculo, menos força ele será capaz de produzir,
com menor amplitude de movimento, o que faz com que o atleta tenha que realizar
o gesto mais vezes. Um corredor que tem passadas mais curtas tem de realizar
mais passos para conseguir atingir a mesma distância de um corredor com
passadas mais longas, e dessa forma ele gasta mais energia. Quanto maior o
comprimento muscular, mais movimentação teremos da actina com a miosina,
gerando mais força em uma única contração, o que acarreta menor gasto de
energia. Em um músculo com encurtamento significativo, os sarcômeros
apresentam pouca movimentação, de modo que é preciso realizar várias
contrações para atingir o mesmo nível de força de um sarcômero mais alongado
(isner; Colby, 2017; Alter, 2010; Magnusson; Aagaard; Nielson, 2000).
A coordenação neuromuscular é outro fator fundamental para a economia
do movimento. Ela está relacionada com a coordenação intramuscular e
intermuscular. A coordenação intramuscular se relaciona com a coordenação e a
sincronização de unidades motoras. Quanto mais coordenado e mais sincronizado
é o recrutamento, mais forte e mais produtivo será o gesto motor. A coordenação
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intermuscular está relacionada com a ativação de vários grupos musculares ao
mesmo tempo. O agonista atua no seu momento; o antagonista também atua no
seu momento; e os sinergistas e estabilizadores são ativados de forma simultânea
com os agonistas, de modo a criar o melhor movimento possível, o mais produtivo,
com o menor gasto energético (Powers; Howley, 2016; Beachle; Earle, 2010;
Cingolani; Houssay, 2004; Silverthorn, 2003).
A técnica de corrida é fundamental para o desempenho esportivo, uma vez
que todo esporte utiliza a corrida como base. Quanto melhor e mais aprimorada
for a técnica, melhor será a economia de movimento. Se o indivíduo tem uma boa
técnica, ele vai enfrentar menor resistência do ar, menor resistência do meio, além
de um gasto energético menor para produzir o gesto motor. A técnica de corrida
é trabalhada de modo segmentado. É necessário aprimorar cada parte
individualmente, para que depois elas sejam incorporadas ao contexto do
movimento.
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2.1.4 Ângulo de aterrisagem
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muito ereta, a oscilação será grande – ou seja, o praticante irá impulsionar para
cima e não tanto para frente, causando oscilação. Enquanto na corrida essa
oscilação deve ser pequena, na fase inicial do passo, até a fase final, deve haver
uma pequena oscilação do topo da cabeça até o final da fase (Magness, 2014;
Daniels, 2012; Brown, 2005; Noakes, 2003).
2.2.4 Desaceleração
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ter adaptação. Uma vez que o organismo está adaptado, se mantemos a carga e
o mesmo tipo de programa, não temos mais evolução.
O princípio da variabilidade define que temos de variar os estímulos, os
exercícios, para evitar estagnação, o que está relacionado diretamente com a
adaptação. O princípio da progressão implica que devemos criar um programa de
planejamento com progressão para evitar estagnação, o que está relacionado
com a variabilidade e com a adaptação. Pelo princípio da sobrecarga, sempre
devemos exercer sobrecarga para conseguir adaptação. Uma vez adaptado, se
continuamos com a mesma intensidade, com a mesma carga, haverá pouca
adaptação.
Com base no princípio do volume e intensidade, trabalhamos com volume
alto e intensidade baixa e, depois, vamos alterando, subindo a intensidade e
reduzindo o volume. Por fim, o princípio da especificidade define que o
treinamento deve ser o mais específico possível para o indivíduo e para a
modalidade esportiva em questão (Gomes, 2009; Lussac, 2008; Bompa 2002).
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REFERÊNCIAS
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POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao
condicionamento e ao desempenho. 9. ed. São Paulo: Manole, 2016.
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