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Georgia Grecca - 89

CONVULSÃO

CRISE CONVULSIVA consiste em uma disfunção neurológica aguda, autolimitada e involuntária, secundária a uma
descarga neuronal anormal excessiva do SNC. Elas podem ser:
- Tônicas: aumento do tônus
- Clônicas: com movimentos
- Tônico-clônicas: hipertonicidade com movimentos
- Mioclônica: contrações de grupos musculares de forma sequencial
- Crise de ausência: interrupção de toda a atividade, duração inferior a 15 segundos, abertura ocular e
comprometimento da consciência.
- Espasmo epiléptico: breves espasmos muito comum em bebês

As crises convulsivas podem ainda ser classificadas em:


. Focais/parciais: origina-se de apenas um segmento de neurônios e pode haver ou não, comprometimento da
consciência.
. Generalizadas: o estímulo elétrico ocorre nos 2 hemisfperios cerebrais e sempre há alguma perda de consciência.
. Desconhecimento: espasmos epilépticos

As crianças são mais vulneráveis às crises convulsivas pois possuem um SNC imaturo, com: atraso nas sinapses
inibitórias (GABA), maturação precoce das sinapses excitatórias (glutamato) e ainda, nas fases iniciais do
desenvolvimento, o GABA é excitatório.

As CRISES CONVULSIVAS SINTOMÁTICAS AGUDAS são aquelas que possuem fatores desencadeantes, podendo ser
Afebris, causadas por infecções do SNC (meningite), traumatismos, distúrbios metabólicos e AVCs por exemplo, ou,
podem ser Febris.

A convulsão febril ocorre na infância, geralmente entre 3 meses e 5 anos, associada a febre, na ausência de
infecção intracraniana ou outra causa neurológica definida.
Ela pode ser classificada em:
- Simples: crise tônic-clônica generalizada, duração inferior a 15 minutos, não recorre em 24h e não apresenta
sinais neurológicos focais pós-ictais.
- Complexos: crise focal, duração superior à 15 minutos, recorrência em 24h, manifestação neurológica pós-ictal
(paralisia de Todd).
A imaturidade do SNC, em conjunto com a susceptibilidade da criança ter infecções e febre, e ainda, o componente
genético afetando o limiar convulsivo, são fatores que justificam a ocorrência de convulsão febril na criança.

No exame físico deverão ser procurados possíveis focos infecciosos. A punção lombar está indicada quando
houver suspeita de meningite e exames laboratoriais, para avaliação do quadro infeccioso.

A conduta a ser realizada quando inicia-se a febre, é o uso de antitérmico. Porém, diante de uma crise convulsiva,
realiza-se a liberação das vias aéreas, coloca a criança em uma superfície lisa e administra-se Diazeoan ou
Fenobarbital em RN.
De um modo geral, a maioria das crianças com CF apresenta um único episódio durante a vida, porém, o restante
pode apresentar recorrência.

A EPILEPSIA consiste na recorrência ou cronicidade das crises convulsivas, ocorrendo com 2 ou mais crises que se
repetem com um intervalo maior que 24h. tratamento: Ácido Valprólico.

O ESTADO DE MAL EPILÉTICO consiste em uma crise com duração maior de 30 minutos ou 2 ou mais crises
subsequentes, sem recuperação da consciência entre os epidódios.

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