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Carneiro
PEDIATRIA
CRISES CONVULSIVAS
TRAUMA
BASES DA MEDICINA
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Crises convulsivas
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Crises convulsivas Pediatria
Maior risco de
Quanto à apresentação clínica, a convulsão febril pode Maior risco de epilepsia
recorrência
ser de 2 tipos: simples ou complexa (Tabela 1). Mais de
80% dos casos são de convulsões febris simples, que Convulsão febril complexa Convulsão febril complexa
normalmente ocorrem no começo de doenças febris e Temperatura mais Atraso no
têm curta duração, sendo incomum a chegada do paciente baixa no início da desenvolvimento
ao pronto-socorro ainda em crise convulsiva. É comum, crise convulsiva neuropsicomotor
após a resolução da convulsão, a criança se apresentar
com sonolência de curta duração e não resultando em Idade da 1ª crise Distúrbio neurológico
< 12 meses preexistente
déficits focais.
Antecedente familiar
Antecedente familiar
positivo de convulsão
Tabela 1. Características clínicas das crises positivo de epilepsia
febril ou de epilepsia
convulsivas febris simples e complexas.
Convulsão febril
Sexo masculino
Características Convulsão Convulsão recorrente
clínicas febril simples febril complexa
Fonte: Elaborado pela autora.
Tipo de crise Tônico-clônica
Focal
convulsiva generalizada
1.1. DIAGNÓSTICO
Duração < 15 minutos > 15 minutos
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Crises convulsivas
Presença de hemiparesia, hiperreflexia, Sinal de Babinski Toda criança que chega ao pronto-socorro ainda
ou outros achados no exame neurológico? convulsionando é considerada como estado de
Avaliação dos sinais de irritação meníngea (rigidez de mal epiléptico, devendo ser tomadas medidas para
nuca, Sinal de Kernig e Sinal de Brudzinski) a cessação da crise. O estado de mal epiléptico
Sinais de hipertensão intracraniana?
pode ser definido como uma crise epiléptica pro-
longada, capaz de se tornar uma condição dura-
Exame das pupilas e do fundo de olho doura e suplantar os mecanismos de manutenção
Presença de hepatoesplenomegalia (doença metabólica/ da homeostase clínica do paciente, com risco de
de armazenamento)? complicações graves. Classicamente, ele é definido
Lesões sugestivas de doença neurocutânea? Presença de por uma crise epiléptica com duração superior a 30
malformação congênita? Petéquias? Lesões herpéticas? minutos ou crises reentrantes sem recuperação da
consciência entre elas com duração superior a 30
Fonte: Elaborado pela autora.
minutos. Recomendações recentes consideram
estado de mal epiléptico em potencial as crises que
Se a crise convulsiva febril for simples, não há
duram mais de 5 minutos, pois apresentam maior
necessidade de exames laboratoriais (exceto se
risco de persistência e de complicações sistêmi-
necessários para a pesquisa do foco da febre).
cas. O estado de mal epiléptico é uma emergência
A punção lombar só deve ser feita na suspeita de
médica com elevada morbimortalidade.
infecção de sistema nervoso central pela presença
de sinais clínicos (sinais meníngeos e abaulamento A droga inicial deve ser um benzodiazepínico. No
de fontanela), em lactentes com idade inferior a 6 Brasil, os disponíveis para uso parenteral são o
meses ou na ausência de vacinação contra Haemo- diazepam e o midazolam. A dose pode ser repetida
philus influenzae tipo B, meningococo e pneumo- até 3 vezes para obter a cessação da crise. Se,
coco. A coleta de líquor pode ser considerada em mesmo assim, a crise convulsiva persistir, deve-se
lactentes menores de 1 ano (devido à ausência de realizar dose de ataque de fenitoína endovenosa e,
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Crises convulsivas Pediatria
se mesmo assim persistir, realizar dose de ataque Fluxograma 1. Condutas na crise convulsiva.
de fenobarbital ou ácido valproico endovenoso.
Caso a crise convulsiva persista, caracteriza-se o Via aérea + O2 alto fluxo
estado de mal epiléptico refratário, definido como Monitorar + acesso IV
Dextro
atividade epiléptica que persiste depois de uma
dose apropriada de benzodiazepínico e de uma 5 minutos
medicação de 2ª linha apropriada. Tem elevada
morbimortalidade, devendo-se considerar o uso Benzodiazepínico até 3 vezes
de anestésicos ou benzodiazepínico de infusão Diazepam IV/VR ou
contínua, sempre com o paciente entubado e em Midazolam IV/IM/IN/B
ambiente de terapia intensiva (Fluxograma 1).
Fenitoína ataque IV
DIA A DIA MÉDICO
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Crises convulsivas
Irritação meníngea, toxemia, pós-ic- A profilaxia contínua é a mais utilizada, em geral, com
tal prolongado ou com manutenção
Líquor fenobarbital via oral. Para que a prevenção seja eficaz,
de alteração de consciência e crises
os níveis séricos de fenobarbital devem estar em con-
no período neonatal
centrações terapêuticas, o que muitas vezes se associa
História ou sinais de trauma, doença a uma série de efeitos colaterais, como hiperatividade,
neurocutânea, portadores de deriva- irritabilidade e distúrbio do sono. Há relatos na literatura
ção ventrículo-peritoneal, sinais clí- de risco de decréscimo do Quociente de Inteligência (QI)
nicos de hipertensão intracraniana, com o uso contínuo de fenobarbital. O ácido valproico é
Neuroimagem
crises focais ou achados focais no uma alternativa tão eficaz quanto o Fenobarbital, mas que
pós-ictal, pós-ictal prolongado, ane-
apresenta como efeitos adversos intolerância gástrica,
mia falciforme, síndrome nefrótica,
ganho de peso, toxicidade renal e até hepatite fulminante
hemofilias e doenças hemorrágicas.
(raro). Outros anticonvulsivantes como a fenitoína e a
carbamazepina não se mostraram eficazes na preven-
Fonte: Elaborado pela autora.
ção da convulsão febril. A profilaxia intermitente surgiu
como uma tentativa de reduzir os efeitos adversos do
uso contínuo de anticonvulsivantes.
3. E PILEPSIA
Deve-se, inicialmente, acalmar os familiares e alertar
quanto à benignidade do quadro da crise convul-
siva febril. É importante abordar a possibilidade de A epilepsia é definida como a presença de cri-
recorrência e o risco levemente aumentado de se ses convulsivas recorrentes, que não têm relação
desenvolver epilepsia no futuro, mas sempre com com acometimentos agudos do sistema nervoso
o objetivo de que a criança leve uma vida normal. central. Pode ser idiopática (quando a etiologia é
Durante a ocorrência da crise, algumas medidas indefinida) ou sintomática (quando uma anorma-
devem ser orientadas aos pais: tentar manter a lidade cerebral localizada ou difusa é conhecida).
calma, proteger a criança contra traumas durante As crises epilépticas são classificadas de acordo
o período ictal, impedir que se coloquem objetos com a manifestação clínica e dividem-se em: focais,
na boca da criança, posicioná-la lateralmente (para quando denotam a disfunção de uma área específica
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Crises convulsivas Pediatria
do córtex, e generalizadas, quando são difusas. As Atualmente, com a facilidade de acesso às mais varia-
crises generalizadas, particularmente as tônicas, das tecnologias, pode-se orientar a família a gravar, em
forma de vídeo, os episódios de crises convulsivas, para
as clônicas ou as tônico-clônicas, são aquelas que
esclarecer melhor as suas características, a duração, os
mais motivam a busca pela emergência. fatores e os sintomas associados.
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Crises convulsivas
do tratamento. A abordagem terapêutica deve ser indi- Em algumas situações, entretanto, apenas as ações sinér-
vidualizada para cada paciente e sua respectiva família, gicas de mais de uma medicação melhoram o controle
considerando a realidade e as necessidades singulares. das crises epilépticas. Os medicamentos de primeira
A decisão terapêutica deve levar em consideração as escolha para crises convulsivas e epilepsias focais, em
opções de tratamento farmacológico, as indicações de geral, são a oxcarbazepina e a carbamazepina. A Tabela
cada medicação e os seus efeitos colaterais. O acompa- 2 mostra as doses das principais drogas antiepilépticas
nhamento de uma equipe multiprofissional é essencial usadas na faixa etária pediátrica.
para garantir que todas as necessidades relacionadas à
epilepsia sejam atendidas. Essa equipe, idealmente, deve
conter: pediatra, neuropediatra, psicólogos, terapeutas
Outros aspectos devem ser levados em conside-
ocupacionais, fisioterapeutas e fonoaudiólogos, quando
houver indicação. ração na escolha de drogas antiepilépticas, como:
a tolerabilidade, os efeitos adversos, o custo, o
acesso às medicações, as interações medicamen-
Após uma crise única não provocada, aconselha-se tosas, a presença de comorbidades, a história de
que o tratamento não seja iniciado, tendo em vista resposta prévia a drogas antiepilépticas, a como-
as altas chances de não recidiva. Após 2 crises não didade posológica, a possibilidade de monitorar a
provocadas, a probabilidade de uma 3ª é de 60% medicação e ajustar a dose, os perfis teratogênicos
a 90%; portanto, o início da terapia está indicado. e as preferências do paciente e de sua família.
A decisão de iniciar o tratamento, entretanto, deve A interrupção do uso da medicação antiepiléptica
levar em consideração: a idade, o diagnóstico sin- normalmente ocorre quando o paciente faz uso
drômico e a etiologia das convulsões. A presença de por 2 anos e nesse período não apresenta crises.
etiologias estruturais ou metabólicas, por exemplo, Nesses casos, pode-se realizar a tentativa de sus-
apresenta índices elevados de crises recorrentes e, pender a droga antiepiléptica, mesmo que fatores
por isso, o tratamento é indicado. É importante lem- de risco de recidiva estejam presentes, observando
brar que, para a maior parte das famílias, as crises os aspectos individuais de cada paciente e os dife-
epilépticas são assustadoras e envolvem riscos de rentes prognósticos. Em cerca de 30 a 40% dos
complicações, como lesões ou aspirações, além de casos, poderá haver recorrência, e a maior parte
interferir negativamente na educação, no lazer, no dos casos acontece quando o paciente tem déficit
trabalho e na vida social. Em geral, cerca de 60% motor ou cognitivo e EEG alterado.
das crianças ficam completamente livres de crises
a partir do início dos medicamentos antiepilépticos; A epilepsia é considerada refratária quando houver
entretanto, alguns fatores de risco estão associados inadequado controle apesar do uso apropriado de
à refratariedade do tratamento, como: etiologias no mínimo 2 ou 3 drogas antiepilépticas em dose
estruturais ou metabólicas, comprometimento do máxima tolerada, por 18 a 24 meses, ou quando
desenvolvimento e elevada frequência das crises ocorrer controle das crises com inaceitável efeito
antes do início do tratamento. colateral. Algumas crianças serão candidatas à
cirurgia, à estimulação vagal ou à dieta cetogênica.
A indicação cirúrgica requer uma avaliação deta-
lhada para apontar precisamente a zona epileptogê-
DIA A DIA MÉDICO
nica do cérebro que será o alvo cirúrgico. Já a dieta
cetogênica tem o objetivo de manter a presença de
O sucesso terapêutico depende, dentre outros fatores, corpos cetônicos na circulação sistêmica, já que têm
da escolha de uma medicação de meia-vida longa, com um efeito antiepiléptico cujo mecanismo de ação
cinética linear, com boa tolerabilidade e adequada à ainda não está bem esclarecido. A estimulação do
manifestação epiléptica. Deve-se evitar esquemas com
nervo vago é outra técnica que pode ser usada em
exagerada politerapia e o uso de medicações que produ-
zam grande comprometimento cognitivo. A escolha de epilepsias refratárias, embora somente deva ser
apenas um antiepiléptico é o ideal, devido à maior adesão usada após avaliação cirúrgica abrangente e exclu-
ao tratamento, menos efeitos adversos e menores custos. são da possibilidade de tratamento da lesão alvo.
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Crises convulsivas Pediatria
Tabela 2. Doses das principais drogas antiepilépticas usadas na faixa etária pediátrica.
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Crises convulsivas
Afastar:
• Pico aos 14-18 meses • Erros inatos do metabolismo
• Ausência de infecção do SNC • Distúrbios hidroeletrolíticos
• Sem alterações metabólicas ou antecedente • Alterações anatômicas
de convulsão • Epilepsia
• Autolimitada • Hipoglicemia
• Etiologia viral na maioria dos casos • Intoxicações
• Trauma
Condutas
Fenobarbital ou
ácido valproico EV
Transferência
para UTI e IOT
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Crises convulsivas Pediatria
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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Crises convulsivas
QUESTÕES COMENTADAS
Questão 1 Questão 2
(REVALIDA NACIONAL – INEP – 2021) Uma lactente do sexo (FACULDADE DE MEDICINA DO ABC – SP – 2021) Manuel, 3 anos
feminino, de 18 meses de idade, chega para atendi- de idade, há 2 dias com febre de 39°C (temperatura
mento em Unidade Básica de Saúde. A mãe informa axilar) associada a rinorreia e tosse. Admitido em
que, há 3 dias, a criança apresentou quadro de con- Pronto-Socorro com relato de crise tônico-clônica
vulsão tônico-clônica generalizada acompanhada generalizada em vigência de febre com duração de
de versão ocular, liberação de esfíncter vesical e 10 minutos há cerca de 2 horas. Evoluiu com sono-
sialorreia, com duração de aproximadamente 10 lência breve após o episódio, mas agora está ativo,
minutos. No momento, apresentava temperatura reativo e sem alterações neurológicas. Trata-se do
axilar de 38° C. Foi levada ao pronto atendimento, primeiro episódio de crise convulsiva. O pai da crian-
onde chegou sem crise e recebeu alta após 4 horas ça apresentou quadros semelhantes na infância.
com diagnóstico de resfriado comum. O episódio Sobre o ocorrido, podemos afirmar que se trata de:
convulsivo não se repetiu e a criança está afebril
há 48 horas. A mãe relata episódio semelhante aos ⮦ Crise de convulsão febril. Tranquilizar os pais e
11 meses de idade. A criança não apresenta outros orientá-los quanto à possibilidade de recorrência
antecedentes pessoais ou familiares relevantes. O em vigência de febre e sinais de alarme.
seu desenvolvimento neuropsicomotor é normal e ⮧ Epilepsia. Prosseguir a investigação com ele-
o exame clínico não apresenta alterações. Consi- troencefalograma e tomografia de crânio, internar
derando os dados clínicos da paciente, essa crian- paciente para observação por 12 horas.
ça apresenta:
⮨ Crise convulsiva febril. Internar, coletar líquor e
⮦ Convulsão febril simples. A mãe deve ser orien- culturas (urina, sangue e líquor e iniciar antibio-
tada quanto à abordagem nos episódios febris ticoterapia empírica de amplo espectro.
e a criança deve manter acompanhamento d ⮩ Epilepsia. Introduzir profilaxia contínua com feno-
⮧ Convulsão febril simples. O médico deve pres- barbital. Internar para observação por 12 horas.
crever benzodiazepínico (diazepam ou nitraze-
pam) para uso durante os episódios febris, com
objetivo de Questão 3
⮨ Convulsão febril complexa. A criança deve realizar (ASSOCIAÇÃO MÉDICA DO RIO GRANDE DO SUL – RS – 2021) Qual
eletroencefalograma e tomografia computado- das seguintes alternativas é a forma mais comum
rizada de crânio por não ser o primeiro episódio de convulsão infantil?
convulsivo febril apresentado.
⮩ Convulsão febril complexa. Os familiares pre- ⮦ Crises de ausência.
cisam ser alertados sobre a possibilidade de a ⮧ Espasmos infantis.
criança apresentar desempenho escolar fraco
futuramente como sequela dos episódios con- ⮨ Crises febris.
vulsivos. ⮩ Crises parciais simples.
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Crises convulsivas Pediatria
Questão 4 Questão 6
(PROCESSO SELETIVO UNIFICADO – MG – 2021) Lucas, 8 meses (HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UFSC – SC – 2021) Lactente, 1
ano e 3 meses, feminino, trazida ao pronto atendi-
de idade, previamente saudável, apresenta, coriza
mento devido a duas crises convulsivas em domi-
cristalina, tosse leve e febre persistente há 36 horas,
cílio há 1 hora. Mãe relata espasmos musculares
de até 38oC. Seu estado geral é bom e a ausculta
em região cervical e posterior generalização com
pulmonar apresenta roncos de transmissão. Oro-
perda de consciência. O episódio durou menos de
faringe com leve hiperemia. Demais aparelhos sem
5 minutos. Ao exame físico apresenta-se sonolen-
alterações. Mãe muito preocupada com a febre que
ta, febril (temperatura axilar 38,3°C), ausência de
não cede mesmo com uso de dipirona, por receio
demais alterações. Ausência de sinais de irritação
de surgir convulsão febril. Em relação à abordagem
meníngea. Em uso de amoxicilina via oral por 24
da febre nesta criança, é correto afirmar:
horas. Nega episódios prévios. Com base nesse
caso, assinale a alternativa que apresenta a con-
⮦ Está indicado usar meios físicos como compres- duta correta em relação a realização do exame do
sas frias e banhos mornos. líquido cefalorraquidiano.
⮧ Drogas antipiréticas previnem convulsões febris ⮦ Realizar, trata-se de uma crise febril simples.
e devem ser usadas com este objetivo.
⮧ Realizar, devido ao uso de antibioticoterapia.
⮨ O uso de antipirético deve ser reservado para ⮨ Realizar, devido tratar-se de menor de 24 meses
crianças com desconforto e/ou com tempera- de idade.
tura axilar acima de 38°C.
⮩ Não realizar, trata-se de uma crise febril simples.
⮩ Prescrever a combinação de dois antitérmicos ⮪ Não realizar, devido ser episódio convulsivo único.
intercalando-os melhora o efeito terapêutico.
Questão 7
Questão 5
(HOSPITAL DE URGÊNCIA DE SERGIPE – SE – 2021) Lactente,
sexo feminino, nove meses, apresentou três episó-
(INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO ESTADO DE
dios de choro, seguido de parada da respiração e
MINAS GERAIS – MG – 2021) A convulsão febril é a causa cianose de lábios. Perda da consciência, seguida
mais comum de convulsão na infância. Em relação de abalos clônicos breves de membros superiores
às convulsões na infância, assinale a alternativa e inferiores. Todos os episódios foram precedidos
INCORRETA: por contrariedade, raiva ou medo. Os episódios
são breves, duram no máximo um minuto, e após
⮦ O status convulsivo é a persistência de uma cri- os mesmos, a criança desperta bem e retorna ao
se convulsiva ou a sucessão delas sem recupe- habitual. Segundo a mãe, a lactente engatinha,
ração da consciência, por mais de 30 minutos. senta-se sem apoio, segura alimentos para comer,
balbucia sons polissilábicos, exibe reação de estra-
⮧ O eletroencefalograma é o exame mais impor-
nhamento, responde quando chamada pelo nome.
tante no diagnóstico e para diferenciação do
Esse quadro clínico sugere:
tipo de epilepsia.
⮦ Síncope convulsiva.
⮨ O exame do líquor está indicado em todo quadro
de convulsão. ⮧ Refluxo gastroesofágico.
⮨ Crise de perda de fôlego.
⮩ A escolha da droga anticonvulsivante dependerá
de uma série de fatores como idade, alterações ⮩ Crise convulsiva tônico-clônica generalizada.
no EEG, tipo de crise etc. ⮪ Tumor cerebral.
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Crises convulsivas
Questão 8 ⮦ Fenitoína.
⮦ Síndrome hipotônica-hiporresponsiva.
⮧ Síndrome de Münchausen por procuração.
⮨ Intoxicação por dipirona.
⮩ Síndrome de West.
⮪ Convulsão febril.
Questão 9
Questão 10
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GABARITO E COMENTÁRIOS
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Crises convulsivas
Questão 8 dificuldade:
Questão 9 dificuldade:
Questão 10 dificuldade:
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