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Marina Ferrari – MD8 Marina Ferrari – MD8

*Para RN usa-se 5mg/kg, de 12/12h -Deve ser feito em casos de meningite *Diante do diagnóstico de uma -As convulsões febris ocorrem durante
*Alternativamente, pôde-se empregar pelo vírus da caxumba enquanto durar o síndrome epiléptica infecções virais ou bacterianas. Vacinação para
o Ceftriaxona 125mg IM, em dose única para aumento das parótida ou até 9 dias do início de -Estado de mal epiléptico (EME): é a sarampo, caxumba e rubéola pode ser a causa
menores de 15 anos e 250 mg, nos com 15 doença emergência neurológica mais frequente em da febre
anos ou mais -Classificação:
-A profilaxia da infecção invasiva por Hib
Encefalite Viral crianças, e nele, claramente, o tempo está
relacionado com alta morbidade e mortalidade. *Crises febris simples: são
é feita para todos os contatos domiciliares -É um processo inflamatório que ocorre Para definição consideram-se 2 tempos generalizadas e têm curta duração (< 15
íntimos no parênquima encefálico operacionais: T1 (tempo que se considera uma minutos); habitualmente não ocorrem mais de 1
*Emprega-se rifampicina 20mg/kg -Tem início agudo, determinando febre, crise como anormalmente prolongada e que vez em 24h e resolvem espontaneamente
(máximo de 600 mg), 1x/dia, por 4 dias alteração do nível de consciência, convulsões determina o início do tratamento) e T2 (tempo *Crises febris complexas: são mais
e/ou sinais focais neurológicos associados à
Meningite Viral infecção viral
no qual o tratamento deve ser agressivo para duradouras, têm sintomas focais (no início ou
prevenir as consequências) durante a convulsão) e podem recorrer dentro
-Comum em crianças > 1 ano, -Representa a manifestação mais grave *EME convulsivo generalizado: crises de 24h ou na mesma doença febril
adolescentes e adultos jovens no SNC tônico-clônicas, tônicas ou clônicas, sempre -Estado epiléptico febril: caracterizado
Etiologia Quadro clínico com perda da consciência - 5 minutos para T1 por convulsões contínuas ou intermitentes com
e 30 minutos para T2 duração ≥ 20 minutos, sem recuperação do nível
-+ comuns: caxumba, Epstein-Baar -Depende do tipo de células infectadas e
*EME focal com alteração de de consciência entre elas, e geralmente requer
(mononucleose), CMV, HIV, enterovírus, de sua suscetibilidade à infecção
consciência: episódios contínuos ou repetitivos a administração de anticonvulsivante para sua
Cocksackie, echovirus -Em geral, além do quadro febril agudo,
de crises focais motoras, sensitivas ou com interrupção
-No lactente, a presença de meningite surge alteração do nível de consciência, podendo
sintomas cognitivos acompanhados de alteração
com o líquor claro nos faz sempre pensar em evoluir de confusão mental para torpor e coma
da consciência - 10 minutos para T1 e mais de Diagnóstico
comprometimento sifilítico -Sinais comuns incluem paresia,
60 minutos para T2 -As convulsões são diagnosticadas como
-No adulto jovem e sexualmente ativo, a hiperreflexia profunda e sinal de Babinski febris após a exclusão de outras causas
*EME de ausência: crises
pesquisa de HIV é mandatória -Cefaleia, sinais neurológicos focais e
generalizadas, com alteração de consciência, -Exames de rotina não são necessários
convulsões ocorrem com frequência
Quadro clínico -Distúrbios do comportamento, da
mas não necessariamente perda - 10-15 para convulsões febris simples, exceto para
-Náuseas, vômitos, cefaleia, diarreia, rash minutos para T1 diagnosticar a origem da febre. Mas se as
personalidade, disfunção cognitiva, movimentos
crianças têm convulsões complexas, período
maculopapular, infecção respiratória alta pode involuntários, ataxia, mioclonia são Convulsão Febril pós-ictal prolongado, déficits neurológicos ou
preceder o quadro, alteração do nível de ocasionalmente relatados -Um evento na 1ª infância ou na infância sinais de uma doença grave subjacente, é
consciência
-O aumento das parótida pode preceder, Exame de imagem que geralmente ocorre entre 3 meses e 5 anos necessário prosseguir com a investigação
de idade, associado a febre, mas sem evidências
ser concomitante ou aparecer durante a -A TC e/ou RM do encéfalo podem
de infecção intracraniana ou causa definida para Exames laboratoriais
convalescença da meningite por paramixovírus revelar edema difuso, captação de contraste -Análise do líquor para excluir meningite
cortical e subcortical e lesão focal sua convulsão
-Determinados vírus comprometem o e encefalite em crianças menores que 6 meses,
encéfalo preferencialmente, como é o caso do Tratamento Epidemiologia caso estejam presentes sinais meníngeos, sinais
herpes-simples (encefalite com acometimento -As convulsões febris são as crises de depressão do SNC ou que têm convulsões
preferencial do lobo temporal) -Medidas de suporte para controle da PA
e da temperatura, desobstrução de vias aéreas, convulsivas mais comuns após vários dias de doença febril; crianças que
Diagnóstico laboratorial monitoração cardíaca, controle da PIC e de -A idade de pico é de 18 meses, com não estão totalmente imunizadas ou em uso de
sintomas que ocasionalmente possam colocar o cerca de 80% das crises febris ocorrendo entre ATB também
-Cultura do líquor
paciente em risco de vida 1-3 anos de idade -Testes de função hepática e renal e dos
-Sorologia pareará, com intervalo de 10
-O tratamento com aciclovir necessita -No BR, a prevalência é de 6,4% níveis séricos de glicose, sódio, cálcio, magnésio
a 14 dias entre as amostras de sangue
e potássio se houver história recente de vômitos,
-Coprocultura para vírus (na suspeita de ser iniciado o mais breve possível nos casos de Clínica diarreia ou ingestão de líquidos escassa; se
enteroviroses) suspeita por HSV-1, HSV-2 e VZV -Em geral, as convulsões febris ocorrem
-Cultura de secreções da nasofaringe *A dose é 10mg/kg de 8/8h, IV houver sinais de desidratação ou edema; ou se
no início da rápida elevação da temperatura e a ocorrerem convulsões complexas
(até 3 dias de início da doença) durante 14 a 21 dias maior parte das 24h do começo da febre -Exame de imagem (TC ou RM de
Tratamento -As convulsões são tipicamente crânio) se o exame neurológico apresentar
-Na maioria das vezes é de suporte: Síndrome Convulsiva generalizadas anormalidades focais ou se características focais
-Epilepsia: é uma doença cerebral -Um período de sonolência após o evento durante a convulsão ou período pós-ictal
1. Reposição hidroeletrolítica
ictal de alguns minutos é comum, podendo durar -EEG se convulsões febris têm
2. Controle das convulsões, quando caracterizada por 1 das seguintes condições:
até algumas horas. Se o período pós-ictal for características focais ou são recorrentes
presentes *Ter no mínimo 2 crises não
prolongado ou se as crises tiverem
3. Corticoides provocadas (ou reflexas) ocorrendo em intervalo
características focais, é importante avaliar a Fatores de risco
superior a 24h
Isolamento respiratório *Ter 1 crise não provocada (ou
presença de doença aguda subjacente do SNC -Doenças virais, certas vacinas e
reflexa) com probabilidade de recorrência predisposição genética são fatores de risco
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comuns que podem afetar um SN vulnerável em -Na fase aguda, o tratamento é
desenvolvimento sob o estresse de uma febre direcionado a identificar a causa da febre e
-Outros fatores de risco incluem tratamento sintomático. Deve-se garantir
exposições no útero, como tabagismo e estresse hidratação adequada, e analgésicos podem ser
materno; internação em UTI neonatal por + de administrados
28 dias e atraso no desenvolvimento -FAC para uso de longo prazo
geralmente não são prescritos como profilaxia
-Benzodiazepínicos podem ser usados
em crianças que apresentam crises frequentes
em um curto período ou para crises que durem
mais de 15 minutos, ou se drogas antiepilépticas
foram previamente necessárias para interromper
as convulsões
Recorrência e epilepsia Tratamento de crises
subsequente prolongadas
-Em geral, a frequência da recorrência -A terapia medicamentoso é geralmente
das convulsões febris é de aproximadamente IV com benzodiazepínico de ação rápida
35% (Midazolam ou Diazepam)
-O risco de recorrência é mais elevado -Fenitoína, na dose de 15-20mg/kg, IV,
em crianças com menor de 1 ano de idade na deve ser administrada durante 15-30 minutos
ocasião da 1ª crise ou na presença de familiar se a convulsão persistir
de 1º grau com crises febris -Em crianças de até 5 anos, pode-se
administrar 0,5mg/kg de diazepam retal 1 vez
Sequelas neurológicas e repetir de 4-12h se o benzodiazepínico não
-Convulsões febris simples não causam puder ser administrado via IV
anormalidades neurológicas. Porém, em algumas -Nos casos em que a resposta à
crianças com distúrbio neurológico não medicação não for imediata e a convulsão
reconhecido, uma convulsão febril pode ser a 1ª persistir, a IOT poderá ser necessária
manifestação da doença
-Estado de mal epiléptico febril pode Prevenção
estar associado a alterações no hipocampo -Deve-se aconselhar os pais a monitorar
atentamente a temperatura durante episódios
Tratamento febris e a administrar antipiréticos se estiver alta
-Pacientes com crises febris não devem -O uso de midazolam bucal ou retal pode
ser hospitalizadas se o exame clínico for normal ser utilizado em casos específicos como terapia
e se a fonte da infecção for clara. A criança pode de resgate
receber alta após um período de observação
-A maioria dos episódios é de curta
duração, autolimitando e não requer tratamento
de longo prazo com drogas antiepilépticas
-No episódio agudo no PS, as indicações
para administração de fármacos anticrise (FAC)
são: convulsões com duração superior a 5
minutos, convulsões recorrentes e estado de mal
-Hospitalização para observação é
necessária quando uma criança apresenta sinais
e sintomas de alerta, ou achados neurológicos
residuais, por exemplo, a paralisia transitória de
Todd; se há suspeita de infecção grave, ou a
fonte de infecção não está claramente
determinada; se a idade é inferior a 18 meses,
ou se os pais não são capazes de fornecer
monitoramento regular após a crise

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