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COMARCA DE xxxxxxxxxxxxx-E.S.
Autos Nº: xxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxx, já qualificado nos autos em epígrafe, vem, por intermédio de seu advogado
devidamente constituído nos autos, com fulcro no Art. 536 do novo CPC, requerer
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA
Em face de xxxxxxx, já qualificada nos autos, pelo descumprimento da sentença prolatada
por este juízo nos autos do processo Nº XXXXXXXXXX, em audiência de conciliaçã o
realizada no dia XXXXXXXX.
I- DOS FATOS
O exequente ajuizou açã o de regulamentaçã o de visitas com o escopo de poder estar com
seu filho sem depender das intempéries da executada, pois ao seu bel prazer, sem se
importar com o melhor desenvolvimento de seu filho negava o acesso ao mesmo, deixando
que o exequente apenas pudesse ver, mas o impossibilitava de ter um convívio maior, nã o o
deixando levar a criança para passar o fim de semana com o pai e assim alimentando os
laços afetivos entre eles. Tudo isso foi discutido em audiência de conciliaçã o, onde de
comum acordo concordaram que o pai poderia buscar a criança na sexta-feira, entre 18:00
e 20:00, devolvendo-a no domingo entre 16:30 e 18:00. Acontece que nesse ultimo fim de
semana, 06 de julho de 2018, a executada simplesmente impediu que o exequente
apanhasse a criança, alegando que o exequente estaria descumprindo os horá rios
estabelecidos em sentença. Acontece, excelência, que o houve foram pequenos atrasos, mas
que sã o praticamente irrelevantes, pois foi questã o de minutos, sem prejuízo para a
criança. Além disso, a executada nã o tem o poder de decidir se houve descumprimento ou
nã o, a competência é exclusiva do poder judiciá rio, ao qual deveria ter recorrido se
detectasse que algo realmente estava em desacordo com a sentença proferida nos autos. O
exequente afirma veementemente que nã o houve nada por parte dele que pudesse
justificar desobediência ante uma sentença prolatada pelo juízo competente. Se quiser
penalizar o exequente, entre em acordo e desconte o tempo excedido, mas jamais, repito,
jamais poderia cometer o despautério de ir de encontro a determinaçã o judicial e, além
disso, o maior prejudicado nesse imbró lio é a criança, que cria uma expectativa de rever
seu querido pai no fim de semana, sair com ele para tomar um sorvete, ir a praia e tem seus
anseios prejudicados pelos atos inconsequentes de sua mã e, que simplesmente nã o dá pra
entender, pois quando melhor o convívio entre eles, melhor será o desenvolvimento do
infante.
Inconformado com todo o ocorrido, foi lavrado Boletim de Ocorrência (Nº:36630533), mas
nem assim a executada cumpriu a determinaçã o judicial.
II- DOS FUNDAMENTOS
Segundo o novo CPC, o acordo judicial de guarda de menor, visitaçã o, alimentos, etc., é um
título executivo judicial, e perfaz-se normalmente por uma obrigaçã o de fazer, descrita no
art. 536 do novo Có digo de Processo Civil, que estipula, por exemplo: o dever de contribuir
com alimentos, de fornecer o menor ao outro genitor para visitas ou viagens, ou de zelar
pelo cuidado e educaçã o da criança.
Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de
fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da
tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente,
determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente.