Você está na página 1de 4

SEQUENCIA DIDATICA

1. DADOS DO PROJETO

Nome: Sonia Regina Ortiz Freire Menezes

Tema: O uso de rimas e cantigas para alfabetização e letramento de crianças com 6


anos

Público-alvo: Primeiro ano do ensino fundamental da EMEIEF Helena Pereira de


Moraes

Disciplinas e conteúdos envolvidos: Português, Matemática, História

2. OBJETIVOS

Desenvolver atividades de letramento com rimas e cantigas, para que os alunos


pratiquem a observação de sílabas e identifiquem palavras, se familiarizem com os números
e iniciem o processo de soma e subtração e também se apropriem da cultura regional.

3. PRODUTO FINAL

Haverá exposição de todo o material produzido pelos alunos no mural da escola.

4. REFERENCIAL TEÓRICO

Este projeto apresenta o uso de rimas e cantigas como estratégia pedagógica de


alfabetização e letramento infantil. O aprendizado aplicado de forma lúdica tem se
mostrado muito eficiente, pois faz com que a criança prenda brincando. É notório como as
crianças gostam de brincar com os sons das palavras, sejam em cantigas, trava-línguas ou
em parlendas. Muitas brincadeiras infantis já têm incorporadas as músicas cheias de rimas,
como a brincadeira de roda e o campeonato de rap. Tais brincadeiras podem proporcionar
o desenvolvimento dos sentidos através das sensações, rimas e ritmo e incentivam a
interação social através das brincadeiras (GOLDSTEIN, 1999). Trabalhar atividades com
rimas na sala de aula, desenvolve o poder de imaginação, criação, sensibilidade e
capacidade crítica da criança e proporcionam uma alfabetização dinâmica (BELINTANE,
2013). Além de função comunicativa, os textos da tradição oral são uma rica herança da
cultura popular para a exploração lúdica da linguagem (ARAUJO, 2016).

Diante do exposto, fica claro que aplicar atividades que envolvam rimas e cantigas
contribuem para o desenvolvimento escolar, pois chamam atenção às sonoridades da língua
e favorecem o estabelecimento de relações entre a oralidade e a escrita. O
desenvolvimento da consciência fonológica, que é a capacidade de perceber os sons da fala,
é destacado por Araujo:

A sensibilidade às rimas nas cantigas, quadrinhas e parlendas, as escansões e


segmentações silábicas nas brincadeiras cantadas e recitadas, a sensibilidade às
aliterações em trava-línguas, são aspectos importantes para o desenvolvimento
posterior da atividade metafonológica – a chamada consciência fonológica. Soma-se
às brincadeiras com as sonoridades, o caráter frequentemente nonsense desses
gêneros (que chama a atenção para o som, não para o sentido), favorecendo,
igualmente, a atenção à dimensão fonológica de modo imbricado à ludicidade dos
textos (ARAUJO, 2013).

É muito valioso que as crianças percebam que ela são capazes de aprender
brincando, que a língua falada pode ser perpetuada através da leitura e da escrita, e que
elas são perfeitamente capazes de decifrar esses códigos num ambiente lúdico e prazeroso.

5. RECURSOS

Os materiais utilizados são livros, folhas de sulfite, 1 computador, 1 data show, 1 impressora,
1 auto-falante com blue tooth e 1 rolo de fita crepe. Os alunos vão precisar de 5 caixas de lápis de
cor. Será realizado na sala de aula com a professora da sala.

6. TEMPO ESTIMADO

1 mês, sendo aplicada 1 vez por semana durante quatro semanas. No dia da aplicação a
atividade terá duração de 50 minutos.

7. ETAPAS

Primeira semana:
a) Iniciar a aula com a turma organizada com as mesas em círculo, entregar para cada aluno
uma folha impressa com a parlenda “Um dois, feijão com arroz”, perguntar se alguém
conhece e se quer cantar com a professora.

b) Após a apresentação da parlenda, perguntar aos alunos se eles reconhecem palavras com
sons parecidos ao serem pronunciadas.

c) Na sequência, perguntar quais foram as palavras identificadas e escrever na lousa,


destacando a sílaba semelhante. Por exemplo: dois-arroz, quatro-prato.

d) A seguir, separar a turma em cinco grupos de 5 crianças e dar uma caixa de lápis de cor
para cada grupo pintar da mesma cor as palavras com sons parecidos.

Segunda semana:

a) Iniciar a aula com a turma sentada em tatames coloridos para assistir o vídeo interativo do
Youtube “Vamos rimar? Aprenda a rimar de forma divertida e musical”.

b) Após a apresentação do vídeo, pedir para que cada criança encontre uma palavra que
rime com o seu nome.

C) Em seguida, distribuir para todos cartões com os nomes dos alunos impressos. Pedir que
cada um tente identificar o nome de quem está escrito no seu cartão.

Terceira semana:

a) Iniciar a aula com a turma organizada com as mesas em círculo, entregar para cada aluno
um cartão impresso com uma palavra e sua imagem. Exemplo: palavra casa e o desenho de
uma casa. Cada cartão tem outro cartão com uma rima correspondente.

b) Na sequência, pedir que cada aluno diga qual é a palavra do seu cartão.

d) A seguir, pedir que identifiquem quem é o outro aluno que está com o cartão que rima
com o seu cartão.

Quarta semana:

a) Iniciar a aula com a turma organizada em duplas, com as mesas em círculo. Explicar que
será realizada uma batalha de rimas, e o objetivo é criar frases que terminem com palavras
que rimam.
b) A batalha pode ser iniciada com o professor cantando a primeira frase da música
“Formiguinha” e depois pedir para que as duplas criem frases mencionando algo que se
compra no mercado e que rime com uma parte do corpo.

8. BIBLIOGRAFIA

ARAUJO, L.. Brincar com a linguagem: educação infantil “rima” com alfabetização? Revista Ibero-
Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v.11, n. esp. 4, p. 2325-2343, 2016. Disponível em:
<https://www.researchgate.net/publication/312688156_Brincar_com_a_linguagem_educacao_infa
ntil_rima_com_alfabetizacao>. Acesso em 25 maio 2022.

ARAUJO, L. Quem os desmafagafizar bom desmafagafizador será: textos da tradição oral na


alfabetização. Salvador: Edufba, 2011. Disponível em:
<https://www.slideshare.net/Licaraujo/textos-da-tradio-oral-na-alfabetizao>. Acesso em 25 maio
2022.

BAPTISTA, M. C. A linguagem escrita e o direito à educação na primeira infância. Brasília: Ministério


da Educação, 2010.

BELINTANE, C. Oralidade e alfabetização: uma nova abordagem da alfabetização e do letramento.


1.ed. São Paulo: Cortez, 2013.

GOLDSTEIN, Norma Seltzer. Versos, Sons e Ritmos. São Paulo: Ática, 1999.

Você também pode gostar