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Educação Inclusiva
Dra. Júlia Escalda
Visão da educação que
delimita a escolarização como
alocsE privilégio de um grupo
Exclusão que foi legitimada
nas políticas e práticas
educacionais reprodutoras da
ordem social
Processos de segregação e
integração que pressupõem a
seleção = naturalização do
fracasso escolar
Tradicionalmente organizada
como atendimento
educacional especializado

laicepse oãçacudE
substitutivo ao ensino comum
Substitutiva ao ensino comum

Criação de instituições
especializadas, escolas
especiais e classes especiais
Organização fundamentada no
conceito de normalidade/
anormalidade
Determina formas de
atendimento clínico
terapêuticos para alunos com
deficiências
+ Adaptações Curriculares e Atendimento
Educacional Especializado (AEE)
Adaptações Curriculares (MEC/SEESP/SEB, 1998)
■ São documentos
diretrizes para o adotados
processo depelo Ministério
ensino e da
aprendizagemEducação
dos como
alunos
com NEE
■ Buscam favorecer
administração o
financeiraseu
e desenvolvimento
estrutural do sistemaintegral,
de desde
ensino, até a
a
adaptação pedagógica
em sala de aula. dos conteúdos ministrados pelo professor
■ Favorecem
docente, a elaboração
admitindo de
decisões estratégias
que e
oportunizam critérios de
adequar atuação
a ação
educativa
alunos, escolar
considerandoàs maneiras
que o peculiares
processo de de aprendizagem
ensino-aprendizagem dos
pressupõe
na escola atender à diversificação de necessidades dos alunos
+ Adaptações Curriculares de
Grande Porte (ACGP)
■ Direcionadas para o campo da esfera nacional da educação.
■ São orientações técnicas, políticas e administrativas no
contexto do sistema de ensino. Com base nas leis e na real
necessidade dos discentes com necessidades educacionais
especiais são elaboradas medidas preventivas com o
objetivo de beneficiá-los por todo o seu percurso escolar.
■ São adaptações que vão muito além do foco em sala de aula,
mas que perpassam pela organização política e financeira
do conjunto escolar.
+ Adaptações Curriculares de
Grande Porte (ACGP)
Ajustes cuja implementação depende de decisões e de ações
técnico-político-administrativas, que extrapolam a área de ação

específica do professor, e que são da competência formal de


órgãos superiores da Administração Educacional Pública.
Incumbem as instâncias político administrativas de favorecerem o
acesso ao currículo com adequação do ambiente de ensino

alterando sua estrutura, tais como a construção de rampas,


instalação de elevadores, aquisição de mobiliário adequado e até
mesmo documental podendo envolver desde o Projeto
Pedagógico da Escola até o Plano Municipal de ensino e
capacitação de todos os profissionais envolvidos com a educação.
+ Adaptações Curriculares de
Grande Porte (ACGP)
■ Indicam adaptações
de deficiência como: de acesso ao currículo para cada tipo
■ Adaptação dos objetivos a serem alcançados ao longo
período escolar podendo ser alterados quando necessário; do
■ Adaptação dos
estabelecidos; conteúdos ensinados conforme os objetivos
■ Adaptação das estratégias e métodos
didática com flexibilização curricular de ensino e organização
■ Adaptação
educando nos
sem sistemas
que estesde avaliação
sejam e temporalidade
prejudicados em sua de cada
evolução
educacional.
aluno é único Devendo-se levar em consideração que cada
(Adaptações Curriculares de Grande Porte, 2000)
+ Adaptações Curriculares de
Pequeno Porte (ACPP)
São de uso exclusivo do professor em sala de aula com
orientações para a escolha de estratégias de ensino e

aprendizagem que busque atingir os objetivos esperados


para alunos com deficiência dando-lhe total autonomia no
que diz respeito a mudanças nestas adequações
São denominadas de Pequeno Porte (Não Significativas)
porque sua implementação encontra-se no âmbito de

responsabilidade e de ação exclusivos do professor, não


exigindo autorização, nem dependendo de ação de
qualquer outra instância superior, nas áreas política,
administrativa, e/ou técnica.
(Adaptações Curriculares de Pequeno Porte,2000).
+ Adaptações Curriculares de
Pequeno Porte (ACPP)
■ Norteiam especificamente
com o aluno deficiente. o trabalho do docente em sala de aula
■ Os professores encontram orientações
melhoria da qualidade do ensino destes alunos. para colaborar com a
■ Fica a critério
condições do
físicas docente
do buscar
ambiente, alternativas
fazendo usocabíveis
de criando
materiais
adequados respeitando a realidade
dos seus direitos e deveres como cidadão. de cada aluno na garantia
■ Existem
ao ajustes
docente fazer específicos
as a
adequações cada
quealuno com
julgar deficiência
necessárias e
para cabe
que
odesafiador
aluno com NEE desfrute de
de sua capacidade cognitiva.um ambiente estimulador e
+ Adaptações Curriculares de
Pequeno Porte (ACPP)
■ PARA O ALUNO SURDO:
■ Orienta-se
imagens que
para as aulas
facilitar a sejam ministradas
compreensão do com
conteúdomateriais concretos
ensinado, além e
da
comunicação por Libras.
■ “O ensino da Língua Portuguesa oral
paralelamente com a língua de sinais”. e escrita deve ser oferecido
■ “A
da língua de sinais
organização organiza
construída ideias
por meio dos
da surdos
língua de forma lógica
portuguesa.” diferente
Isso justifica
ao diferenciação
professor a da escrita
analisar do surdo em
didaticamente língua
o portuguesa,
que o alunoo que levará
aprendeu
considerando
prejudicado. o conhecimento gramatical dele sem que o mesmo seja
(Adaptações Curriculares de Pequeno Porte, 2000)
+ Adaptações Curriculares de
Pequeno Porte (ACPP)
PARA O ALUNO SURDO:
■ Utilizar
via de recursos
aprendizadovisuais:
e a visão
informação édoconsiderada
surdo e o a
seu principal
estímulo
contribui para tal;
■ Posicionar
importante o
para aluno
que o próximo
aluno ao
tenha professor:
maior percepçãotorna-se
nas
orientações
concentração do professor
facilmente. e desta
Assim, forma
ele podenão terperca a
maior
atenção nos sinas do professor,
dispersa com movimento a sua volta; nos lábios e não se
■ Associar
aluno o a escrita ao
significado seu
das significado:
palavras descrever
para que a sempre
associaçãoao
ocorra de maneira mais fácil;
+ Adaptações Curriculares de
Pequeno Porte (ACPP)
PARA O ALUNO SURDO:

■ Manter
deverá sempre
falar contato
enquanto visual
escreve com
na o aluno:
lousa, dar o professor
explicações não
de
costas ou até mesmo andando pela sala;
■ Associar palavras
entendimento maisa desenhos:
fácil para esse
o trabalho
aluno, pois em conjunto
ligando a torna
palavra o
a
figura poderá compreender mais facilmente;
■ Elaborar
clara, provas
objetiva e diferenciadas
adaptada para dos
que demais
o aluno alunos:
entenda deverá
o que ser
está
sendo pedido;
■ Avaliação:
neste deverá
processo queser
é respeitada
importante a forma
para de
saber escrita
se os do aluno
objetivos
propostos foram alcançados.
+ Adaptações Curriculares
Para o INES (Instituto Nacional
as adaptações de currículo devem:de Educação de Surdos)
■ Criar condições físicas, ambientais e materiais
aluno, na sua unidade escolar de atendimento; para o
■ Propiciar
interação os
com melhores
as pessoasníveis
com de
as comunicação
quais convive e
na
comunidade escolar,
■ Favorecer a participação nas atividades escolares;
■ Propiciar o mobiliário, equipamentos
necessários e salas adaptadas; específicos
+ Adaptações Curriculares
Para o INES (Instituto Nacional
as adaptações de currículo devem: de Educação de Surdos)
■ Fornecer
eauditivas, ou atuar para
recursos treinadores a aquisição
materiais específicos dos equipamentos
necessários: próteses
entre outros; da fala, software educativo,
■ Adaptar materiais de uso
slides, cartazes, entre outros;comum em sala de aula:
■ Adotar
processo a Língua Brasileira
ensino-aprendizagem de eSinais - LIBRAS
avaliativo), além (no
de
material escrito e computador.
+ Atendimento Educacional
Especializado (AEE)
O que é
■ Um serviço
especializados da educação
com caráter especial, oferecido
exclusivamente de por
suporteprofessores
e apoio à
educação regular, por meio
da classe regular e ao aluno. do atendimento à escola, ao professor
■ Identifica,
acessibilidadeelabora
que e organiza
eliminem as recursos
barreiras para pedagógicos
a plena e de
participação
dos alunos, considerando suas necessidades específicas.
■ Complementa ou suplementa a formação
autonomia e independência na escola e fora dela.do aluno com vistas à
■ Realizado, de preferência, nas escolas
denominado Sala de Recursos Multifuncionais. comuns, em um espaço
+ Atendimento Educacional
Especializado (AEE)
O que faz
■ Apoia o desenvolvimento
altas habilidades do aluno com deficiência, transtornos gerais e
■ Disponibiliza
comunicação; o ensino de linguagens e de códigos específicos de
■ Oferece tecnologia assistida (TA)
■ Produz materiais adequados
necessidades de cada um deles; para esses alunos, tendo em vista as
■ Realizado em período inverso ao da classe comum;
■ Oferecido na própria escola ou ainda ser realizado e outra escola
+ Atendimento Educacional
Especializado (AEE)
Momentos didáticos-pedagógicos para o ALUNO
SURDO:

O AEE promove o acesso dos alunos com surde ao


conhecimento escolar em duas línguas: LIBRAS e

Língua Portuguesa.
A prática pedagógica do AEE parte dos contextos de
aprendizagem definidos pelo professor da sala

comum que, realizando pesquisa sobre o assunto a ser


estudado elabora um plano de trabalho envolvendo
os conteúdos curriculares.
+ AEE para o aluno surdo

EM LIBRAS • Conteúdos curriculares


explicados EM LIBRAS

DE LIBRAS • Alunos têm aula DE


LIBRAS

DE LÍNGUA • Ensina as
PORTUGUESA especificidades da
Língua Portuguesa
+ Sala de Recurso Multifuncional
(SRM)
+ Pasta de Comunicação curso
Multifuncional (SRM)
+ Boardmaker
■ É o primeiro e principal software usado por clínicas,
terapeutas e educadores na criação e impressão materiais
educacionais e de comunicação.

■ Utiliza desenhos combinados com mais de 4.500 símbolos de


comunicação.
+ LIBRAS - Datilologia
+ Interprete de LIBRAS
+

Equipe Fono
pedagógica

Família Professor
+ O aluno NEE: orientações para a
equipe pedagógica
Diferenciação de atividades
• As atividades devem ser trabalhadas individualmente
• Estímulos através de jogos e atividades que favoreçam
o desenvolvimento da criança

Rotinas estáveis
• Favorecem as atividades na sala de aula
• As ações pedagógicas contribuem
• para a autonomia e segurança do
• aluno e do professor
+ O aluno NEE: orientações para a
equipe pedagógica
Materiais diversificados e polivalentes
• A sala de aula deve ser um ambiente rico em
possibilidades de exploração e conhecimento.
• A organização da sala é importante para que o aluno
sinta interesse em manusear os diversos materiais,
que devem estar estrategicamente dispostos na sala.
Singularidade da criança
• O professor deve acompanhar e orientar cada
criança dentro da sua necessidade, no processo de
aquisição, desenvolvimento e aprendizagem.
+ O aluno NEE: orientações para a
equipe pedagógica
Sistemas de avaliação
• Avalia-se o grupo todo e cada criança individualmente
• As necessidades de cada aluno devem ser observadas
para que os reajustes necessários sejam feitos
Trabalho integrado
• Pais e escola devem trabalhar juntos, em prol do bem
da criança
• O processo educativo estende-se também em casa,
envolvendo ainda o meio externo, pois representa as
praticas sociais vivenciadas pela criança
+ O aluno surdo: orientações para a
escola
ESCOLA Metodologia e avaliação diferentes

Materiais adaptados

Ampliação visual

Intérprete de LIBRAS

Conhecer a cultura surda

Curso de LIBRAS para servidores, família e comunidade

Formação de professores na área de educação de surdos


+ O aluno surdo: orientações para
os professores
Professor Falar de maneira clara, pronunciando bem as palavras,
sem exageros, usando a velocidade normal, a não ser
que ela peça para falar mais devagar.

Usar um tom normal de voz, a não ser que peçam


para falar mais alto. Gritar nunca adianta.

Falar diretamente com a pessoa, não de lado ou atrás


dela. Fazer com que a boca esteja bem visível. Tentar
ficar num lugar iluminado.

Eviatr: gesticular ou segurar algo em frente à boca


(dificulta a a leitura labial); ficar contra a luz )(dificulta
a visão do rosto).
+ O aluno surdo: orientações para
os professores
Professor Se souber alguma língua de sinais, tentar usá-la.
Se a pessoa surda tiver dificuldade em entender,
avisará. De modo geral, as tentativas são
apreciadas e estimuladas. .

Ser expressivo ao falar. Como as pessoas surdas


não podem ouvir mudanças sutis de tom de voz, as
expressões faciais, os gestos ou sinais e o
movimento do corpo são excelentes indicações do
que se quer dizer.

Alguns preferem a comunicação escrita, alguns


usam linguagem em código e outros preferem
códigos próprios. Estes métodos podem ser lentos,
requerem paciência e concentração.
+ O aluno surdo: orientações para
os professores
Professor Nem sempre a pessoa surda tem uma boa dicção.
Se houver dificuldade em compreender o que ela
diz, pedir para que repita. Geralmente, os surdos
não se incomodam de repetir quantas vezes for
preciso para que sejam entendidas.

Quando o surdo estiver acompanhado de um


intérprete, dirigir-se a ele, não ao intérprete.

Ao conversar, manter sempre contato visual, sem


desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a
conversa terminou.
+ O aluno surdo: orientações para a
equipe pedagógica
Organização dos espaços
• Estruturar um ambiente de estimulação auditiva e de
linguagem
• Espaços de fácil acesso, arejados e iluminados
• Reduzir os ruídos ambientais em situações de comunicação
Facilitação da comunicação
• Falar com as crianças utilizando frases curtas, devagar, com
pausas nítidas e entonação rica em contexto significativo
• Evitar fala infantilizada
• Observar situações nas quais a criança demonstra não ter
entendido e pedir retorno: “O que você entendeu?”
+

Equilíbrio entre a iniciativa infantil e o planejamento das


atividades

■ O currículo deve ser flexível


■ A autonomia do aluno deve ser respeitada e estimulada

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