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Grupo: Dory

A Escola Cultural

A escola cultural pode ser concebida como a formulação de estratégia como


um processo enraizado na força social da cultura e que se preocupa em grande
parte com a influência da cultura na manutenção da estabilidade estratégica e, em
alguns casos, resistindo ativamente às mudanças estratégicas. A escola possui uma
dualidade característica que, ao mesmo tempo em que a cultura está em tudo o que
nos cerca, é também o torna algo único.

As principais premissas da escola ditam que, primeiramente a formulação da


estratégia é um processo de interação social baseado nas crenças e interpretações
comuns aos membras da organização, segundo que os indivíduos da organização
adquire as crenças por meio de um processo de socialização, podendo também ser
reforçado por uma doutrinação mais formal; terceiro, por conta disso, os membros
de uma organização podem descrever apenas parcialmente as crenças que
sustentam sua cultura, quarto; a estratégia assume a forma de uma perspectiva,
acima de tudo, enraizada em intenções coletivas, mais bem descrita como
deliberada; quinto e por último a cultura e a ideologia não influenciam tanto as
mudanças estratégicas quanto a estagnação da estratégia já existente.

Com base nos estilos de tomadas de decisões, vemos como a cultura


influencia o estilo de pensar favorecido numa organização assim como seu uso de
análise, ou seja, influenciando o processo de formulação de estratégias. Ainda, a
cultura age como uma lente ou filtro perceptivo, o qual, por sua vez, estabelece as
premissas das decisões das pessoas (Snodgrass, 1984).

Sobre as críticas à escola cultural, podemos compreender com os autores


que ela pode desencorajar mudanças necessárias. Ela favorece a administração da
coerência, de permanecer nos trilhos. Ao enfatizar a tradição e o consenso, além de
caracterizar as mudanças como sendo complexas e difíceis, esta escola pode
encorajar uma espécie de estagnação. O problema com o discurso de cultura em
geral, é que eles explicam com muita facilidade aquilo que já existe, em vez de
cuidar das questões difíceis do que pode vir a existir.

A escola cultural também parece mais aplicável a determinados períodos nas


vidas das organizações; o que inclui um período de reforço, no qual uma rica
perspectiva estratégica é seguida vigorosamente, talvez até a estagnação. Isso em
geral conduz a um período de resistência às mudanças, em que as adaptações
estratégicas necessárias são bloqueadas pela inércia da cultura estabelecida,
incluindo a perspectiva estratégica.
E talvez esta escola também possa nos ajudar a compreender um período de
recomposição, durante o qual uma nova perspectiva é desenvolvida coletivamente,
e até mesmo um período de revolução cultural que tende a acompanhar as
reformulações estratégicas.

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