1. O documento discute o princípio da tutela jurisdicional efetiva no direito da União Europeia, decompondo-o em vários aspectos como o direito a um juiz/tribunal, direito probatório e limitações aos prazos processuais.
2. É indispensável a existência de vias jurisdicionais que permitam aos particulares defender seus direitos segundo o direito da UE, mesmo contra decisões administrativas transitadas em julgado em alguns casos.
3. Os tribunais nacionais devem conhecer oficiosamente o direito da UE
1. O documento discute o princípio da tutela jurisdicional efetiva no direito da União Europeia, decompondo-o em vários aspectos como o direito a um juiz/tribunal, direito probatório e limitações aos prazos processuais.
2. É indispensável a existência de vias jurisdicionais que permitam aos particulares defender seus direitos segundo o direito da UE, mesmo contra decisões administrativas transitadas em julgado em alguns casos.
3. Os tribunais nacionais devem conhecer oficiosamente o direito da UE
1. O documento discute o princípio da tutela jurisdicional efetiva no direito da União Europeia, decompondo-o em vários aspectos como o direito a um juiz/tribunal, direito probatório e limitações aos prazos processuais.
2. É indispensável a existência de vias jurisdicionais que permitam aos particulares defender seus direitos segundo o direito da UE, mesmo contra decisões administrativas transitadas em julgado em alguns casos.
3. Os tribunais nacionais devem conhecer oficiosamente o direito da UE
Decompõe-se em várias situações (para a assegurar):
Direito a juiz / tribunal
Ac. Heylens, 15/10/1987, Proc. 222/86 + Ac. Deville, 29/06/88,
Proc. 240/87 (treinador de futebol belga contratado por um clube francês)
Estados membros devem proporcionar as vias jurisdicionais de
recurso necessárias que permitam verificar a legalidade das decisões relativamente ao direito comunitário e que o interessado possa ter conhecimento dos fundamentos subjacentes à decisão.
É indispensável a existência de uma via de direito que permita ao
particular recuperar os valores em causa
Direito do juiz no direito probatório (Ac. Johnston,
15/05/1986, Proc. 222/84)
Ninguém pode ser impedido de realizar suas provas tendo em
vista a satisfação de direitos, assegurados por legislação comunitária, seja por qualquer motivo for. Limitações à liberdade de fixação de prazos processuais, caducidade e prescrição;
Os processos deverão decorrer dentro dum prazo máximo de
tempo, ao qual se for ultrapassado, pode ser que já nem se estará a proteger os interesses suscitados.
Deve lembrar-se que, nos acórdãos de 19 de janeiro de 1982, o
Tribunal entendeu que, em todos os casos em que, atento o seu conteúdo, disposições de uma diretiva parecerem incondicionais e suficientemente precisas, os particulares têm o direito de as invocar contra o Estado nos tribunais nacionais, quer quando este não fez a sua transposição para o direito nacional nos prazos previstos na diretiva quer quando tenha feito uma transposição incorreta.”
Ac. Frateli Constanzo, 22/06/1989, Proc. 103/88.
Há que salientar que, se nas condições acima referidas, os particulares têm o direito de invocar as disposições de uma diretiva nos tribunais nacionais é porque os deveres que delas decorrem se impõem a todas as autoridades dos Estados- membros. Ac. Frateli Constanzo, 22/06/1989, Proc. 103/88
Seria por outro lado contraditório entender que os particulares
têm o direito de invocar perante os tribunais nacionais, as disposições de uma diretiva que preencham as condições acima referidas, com o objetivo de fazer condenar a administração, e, no entanto, entender que esta não tem o dever de aplicar aquelas disposições afastando as de direito nacional que as contrariem.
Ac. Frateli Constanzo, 22/06/1989,
Daqui resulta que preenchidas as condições exigidas pela jurisprudência do tribunal para as normas de uma diretiva poderem ser invocadas pelos particulares perante os tribunais nacionais, todos os órgãos da administração, incluindo as entidades descentralizadas, tais como as comunas, têm o dever de aplicar aquelas disposições.” (Diretivas não transpostas ou mal transportas)
Por causa da vinculação das jurisdições nacionais ao princípio da
cooperação, também os tribunais nacionais « Conhecimento oficioso “anda de mão dada” com o efeito direto (particulares tem direito a invocar normas de direito da união perante órgãos jurisdicionais nacionais, quer contra o estado, quer contra outros particulares) 2. Para que uma norma possa ser conhecida oficiosamente é necessário que possa ser invocada em juízo. Consequências da violação DUE – caso julgado; Ac. Kapfere, de 16/03/2006, Proc. C-234/04
Recurso de revisão!
*É possível voltar atrás em decisões transitadas em julgado.
Extraordinariamente!
Princípio da eficácia parece exigir que seja possível o recurso
extraordinário contra sentenças dos tribunais nacionais transitadas em julgado que violem o Direito da UE!
Ac. Kuhne & Heitz (exige possibilidade de recurso extraordinário
contra sentenças dos Tribunais nacionais transitadas em julgado que violem DUE) No Ac. Kapfere, de 16/03/2006, Proc. C-234/04 o Tribunal nacional questionava aplicabilidade da jurisprudência acima referida (Kuhne & Heitz) às sentenças transitadas em julgado.
Ac. Kapfere, de 16/03/2006, Proc. C-234/04
Questão: “a) O princípio da cooperação consagrado no art.º 10.º
CE deve ser interpretado no sentido de que, de acordo com as condições estabelecidas pelo TJ no Ac. Kuhne & Heitz, também um órgão jurisdicional nacional deve reexaminar e revogar uma decisão judicial com força de caso julgado se apurar que viola o direito comunitário? Existem eventualmente outras condições para o reexame e para a revogação de decisões judiciais para além das aplicáveis às decisões administrativas?
Ac. Kapfere, de 16/03/2006, Proc. C-234/04
TJ: “deve recordar-se que o mesmo acórdão subordina a
obrigação de o órgão em questão, por força do art.º 10.º CE, reexaminar uma decisão definitiva que se revele ter sido adotada em violação do direito comunitário, nomeadamente, à condição de o referido órgão dispor, segundo o direito nacional, do poder de revogar essa decisão.”