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AÇÃO MONITÓRIA

Destina-se à constituição de título executivo e, se for o caso, à sua posterior execução.


A ação monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita sem eficácia de
título executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungível ou de
determinado bem móvel. Estando a petição inicial devidamente instruída, o juiz deferirá de
plano a expedição do mandado de pagamento ou de entrega da coisa no prazo de quinze
dias. No prazo previsto no artigo anterior, poderá o réu oferecer embargos, que suspenderão
a eficácia do mandado inicial. Se os embargos não forem opostos, constituir-se-á, de pleno
direito, o título executivo judicial, convertendo-se o mandado inicial em mandado
executivo. Cumprindo o réu o mandado, ficará isento de custas e honorários advocatícios.
Os embargos independem de prévia segurança do juízo e serão processados nos próprios
autos, pelo procedimento ordinário. Rejeitados os embargos, constituir-se-á, de pleno
direito, o título executivo judicial, intimando-se o devedor e prosseguindo-se na forma
prevista no Livro I, Título VIII, Capítulo X do CPC. Veja Arts. 1.102a a 1.102c do Código
de Processo Civil e Lei n° 9.079/95.
Nosso ordenamento jurídico adotou o procedimento monitório documental, que é aquele em
que as alegações do autor devem obrigatoriamente vir acompanhadas de prova documental
(escrita) sem eficácia de título executivo. "Assim, entre nós, a ação monitória é definida
como procedimento especial de jurisdição contenciosa, que tem por finalidade a formação
de título executivo judicial a favor de quem tiver prova escrita, na qual conste obrigação de
pagar soma em dinheiro, entregar coisa fungível ou determinado bem móvel"
Vale mencionar que a ação monitória possui um procedimento especial e célere de natureza
condenatória, para a formação do título executivo.

AÇÃO MONITÓRIA X AÇÃO DE COBRANÇA


A ação de cobrança comparada à ação monitória é bem mais demorada, pelo simples
motivo de que seu procedimento exige determinadas fases até a obtenção da sentença de
mérito, como a contestação, a fase de instrução probatória etc.
A ação de cobrança não depende de um tipo de prova específico, pode ser fundada em
qualquer tipo de prova (documental, testemunhal e pericial). Já a ação monitória é baseada
exclusivamente em prova escrita, como um instrumento particular, porém sem eficácia de
título executivo, conforme o art. 1.102-A do CPC: “A ação monitória compete a quem
pretender, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, pagamento de soma
em dinheiro, entrega de coisa fungível ou de determinado bem móvel.”
A ação monitória, portanto, é mais célere do que a ação de cobrança, pois se procede
através do rito sumário. Além de dispensar outros meios de instrução probatória, ela já se
inicia com a expedição do mandado de pagamento ou entrega da coisa pelo réu, se
devidamente instruída a petição inicial, conforme determina o artigo 1102-B do CPC.
Na ação de cobrança o réu é citado primeiramente para apresentar contestação como meio
de defesa, já na monitória, o mandado inicial não é de citação para que o réu venha
contestar o pedido, mas para que venha solver a dívida demonstrada documentalmente pelo
autor. Porém, se o réu entender que não está obrigado ao pagamento daquela quantia,
poderá apresentar sua defesa por meio de embargos, dentro de 15 dias, independentemente
de prévia segurança do juízo e serão processados nos próprios autos (art. 1102-C, §2º).

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