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A gestão da qualidade total

A Globalização dos mercados, a abertura ao (Total Quality Management, TQM)


exterior e a liberalização das trocas comerciais
EVOLUÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA
criam uma forte concorrência empresarial e
QUALIDADE
pressão competitiva, surgindo a necessidade
de produzir produtos e prestar serviços com 1ª ETAPA: A INSPEÇÃO (INÍCIO SEC. XX):
um elevado nível de qualidade.
▪ Produção standardizada fruto das teorias

EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QUALIDADE organizacionais desenvolvidas por Taylor e Ford;

A Incorporação da qualidade dentro da estratégia ▪ Desenvolvimento tecnológico;

da empresa surge nos anos 80 com os produtos ▪ Necessidade de inspeção da qualidade dos
japoneses a invadirem os mercados ocidentais com produtos finais;
preços mais competitivos e qualidade superior.
OBJETIVO: controlar e detetar os produtos
As empresas ocidentais tomam consciência para a defeituosos mais críticos
importância da qualidade de produtos e serviços
2ª ETAPA: CONTROLO DA QUALIDADE (1930-
por forma a poderem competir com os produtos e
1950)
serviços japoneses.
• Fruto das 2 Grandes Guerras mundiais, as
Qualidade: Objetivo estratégico fundamental
exigências de armamento, com elevados índices de
para o crescimento, sobrevivência e continuidade
fiabilidade e em quantidades superiores à
das empresas no mercado.
capacidade de produção instalada, levou a que os
Ou empresários pensassem toda a sua produção em
termos de “produzir qualidade”;
“Um grau previsível de uniformidade e confiança,
de baixo custo e adaptado ao mercado (qualidade • Em 1940, o exército norte americano cria um
de desenho→ oferecer ao mercado um produto comité para a qualidade. Integrado neste comité,
que o mercado não sabia que queria)” surge um grupo de trabalho cujo objetivo consiste
em melhorar a qualidade e produtividade das
Ou
indústrias de armamento;
“Grau de satisfação de requisitos dado por um
• Surgem pela 1ª vez as bases científicas para o
conjunto de características intrínsecas”
controlo da qualidade: utilização de probabilidades
estatísticas, desenvolvimento do conceito Nível • Da PARTICIPAÇÃO/ENVOLVIMENTO DE TODOS
Aceitável de Qualidade, entre outros; OS TRABALHADORES na organização: PRINCÍPIO
DA PRODUTIVIDADE ATRAVÉS DOS RECURSOS
• A partir deste período intensifica-se a criação de
HUMANOS;
organismos ligados ao controlo da qualidade:
grupos de trabalho, empresas de consultadoria, • Da INOVAÇÃO em todos os ramos do negócio;
revistas especializadas, etc.
• Da APOSTA NA PREVENÇÃO de defeitos em vez
3ª ETAPA: GARANTIA DE QUALIDADE
da deteção de falhas para correção.
• Pela 1ª vez, a qualidade tornou-se numa
preocupação de todos os colaboradores internos e
Um dos pilares em que assenta a filosofia da
externos que interagem com as empresas;
Gestão da Qualidade Total reside no envolvimento
• Assiste-se à evolução dos sistemas de gestão da de toda a organização (como forma de aproveitar
qualidade: a PREVENÇÃO DE ERROS E FALHAS as habilidades e entusiasmo de todos os
passa a constituir o objetivo principal dos gestores, trabalhadores) na missão de produzir bens e
por forma a assegurar que a produção fosse digna serviços de melhor qualidade do que a
de confiança à priori, suscitando o aparecimento concorrência. Para tal, a empresa deve:
de um novo conceito – “a garantia de qualidade”;
▪ Proporcionar uma adequada e sólida formação
OBJETIVO: a implementação de um conjunto de aos empregados;
disposições pré-estabelecidas destinadas a
▪ Proporcionar uma forte motivação aos
oferecer confiança na obtenção de qualidade.
empregados;
4ª ETAPA: A GESTÃO DA QUALIDADE TOTAL
▪ Proporcionar informação aos empregados;
(TOTAL QUALITY MANAGEMENT, TQM)
A Gestão da Qualidade Total é uma filosofia de
Filosofia de gestão que engloba todas as atividades
gestão que busca continuamente melhorar a
realizadas na empresa (e não apenas as que se
qualidade:
referem diretamente ao controlo total da
qualidade de processos e produtos ou serviços) ▪ em todas as áreas funcionais da empresa,

Cultura que advoga: ▪ em todos os processos da empresa,

• Um COMPROMISSO TOTAL COM A SATISFAÇÃO ▪ em todos os produtos e serviços.

DO CLIENTE (PERSPETIVA INTERNA E EXTERNA – Sob esta nova visão, o CLIENTE (cliente externo
UTILIZADOR); tradicional e cliente interno) TORNA-SE NO

• Através da MELHORIA CONTÍNUA; ELEMENTO MAIS IMPORTANTE de todo o


processo.
Do ponto de vista do cliente, a Qualidade Total necessidades e desejos do cliente. → quando o
resulta da conjugação dos seguintes elementos: produto vai de encontro ás necessidades do mercado.

▪ Qualidade do produto ou do serviço; QUALIDADE DE CONFORMIDADE: Mede o grau de


cumprimento entre o produto e o
▪ Preço do produto;
desenho/especificações técnicas, de engenharia e
▪ Serviço de entrega e resposta no espaço de fabrico que o concebeu. → se o produto faz aquilo
tempo pretendido pelo cliente; para o que foi criado (ex. carro elétrico com
autonomia de 200km/h e na realidade só consegue
▪ Segurança e confiança na própria organização;
100km/h. FALHA)
▪ Qualidade no serviço pós-venda;

▪ Melhoria contínua.

Qualidade de Desenho vs Qualidade


de Conformidade vs Qualidade de
Serviço;
QUALIDADE DO SERVIÇO: Atualmente, já não é
Todas as empresas que seja capazes de definir,
suficiente que os produtos e serviços sejam aptos
medir e alcançar a qualidade poderão obter e
para o fim para o qual foram concebidos! Para
manter uma forte VANTAGEM COMPETITIVA em
além disso, é necessário que igualem, ou

relação aos seus concorrentes, o que se traduzirá: ultrapassem mesmo, as expectativas dos clientes.

▪ num incremento da sua quota de mercado, COMO?

▪ e numa maior rentabilidade

Para tal, é necessário um processo de gestão da ATRAVÉS DO VALOR PERCEBIDO PELOS CLIENTES

qualidade para desenvolver a análise da qualidade


a todas as fases da vida do produto, desde a sua
O cliente deverá perceber que adquire um
conceção ou desenho - “Qualidade de Desenho"
determinado produto ou serviço com qualidade,
até à sua fabricação - “Qualidade de
isto é, que serve o fim para que se propõe e, de
Conformidade" e posterior uso e perceção por
forma ideal, excede as suas expectativas, ou seja,
parte do cliente - “Qualidade de Serviço".
que tem QUALIDADE DE SERVIÇO.
QUALIDADE DE DESENHO: Mede o grau de ajuste
e adequação entre as características dos produtos
ou serviços oferecidos pela empresa e as
Perante esta nova visão, coloca-se um novo Os custos da qualidade encontravam-se limitados
desafio às empresas aos custos dos produtos defeituosos.

Os encargos relativos à inspeção e teste só foram


considerados posteriormente.
Como fazer entender aos clientes que os produtos
ou serviços de determinada empresa são A partir dessa fase e com o aumento dos custos
diferentes e têm vantagem em relação aos da devido a produções cada vez mais complexas
concorrência? sentiu-se a necessidade de fazer esta avaliação.

Esta diferenciação não deverá ser sustentada CUSTO TOTAL= Custos de qualidade + custos
apenas na tecnologia ou na redução de custos, da não qualidade
uma vez que ambas as estratégias são imitadas
pela concorrência com relativa facilidade.
Os custos de obtenção da qualidade
A diferença entre duas ou mais empresas
concorrentes que oferecem o mesmo tipo de
(prevenção e avaliação): Também denominados

produtos ou serviços residirá na qualidade de custos de conformidade às normas de controlo da

serviço proporcionada, isto é, no nível de qualidade, são aqueles que se originam como

satisfação do cliente, considerada como a consequência das atividades de prevenção e

característica diferenciada mais difícil de imitar. avaliação que a empresa deve incluir num plano de
qualidade.
Torna-se necessário que sejam os clientes a definir
as especificações que conformam a qualidade de Os custos das falhas ou erros, ou custos da

serviço, por forma a que a gestão da empresa não qualidade ou não conformidade: São os
possa ir de encontro às necessidades do cliente. custos associados a falhas ou erros nos produtos
que não cumprem os requisitos de qualidade
O conceito de Custos da Qualidade
estabelecidos. Representam custos que não

TIPOS DE CUSTOS DA QUALIDADE existiriam caso não se verificasse a existência de


defeitos nos produtos. → custos de não fazer bem
Os custos da qualidade constituem a medida
as coisas à primeira
financeira por excelência da variável qualidade,
cuja expressão monetária serve para demonstrar
aos gestores o quanto custou à empresa não ter
realizado bem todos os processos à primeira vez.
ao cliente. São custos originados pela
implementação e funcionamento dos mecanismos
de comprovação da qualidade. São custos de
medição, análise e inspeção de produtos ou
serviços para garantir a conformidade com as
normas de qualidade e a satisfação do cliente.

• Custo com laboratórios que executem testes e


ensaios para comprovação dos mecanismos da
qualidade;

• Custo com formação profissional de funcionários


afetos à tarefa de avaliação;

• Elaboração de manuais de qualidade, etc..

CUSTOS DAS FALHAS INTERNAS: Os custos das


CUSTOS DE PREVENÇÃO: São custos em que se
falhas internas são incorridos para refazer
incorre ao tentar reduzir ou evitar as falhas
produtos defeituosos antes que sejam entregues
derivadas da não qualidade. Representam o custo
ao cliente externo. Como tal, a falha interna não
de todas as atividades desenhadas
prejudica o cliente, seja porque não a percebe (já
especificamente para prevenir a má qualidade dos
que ela é detetada internamente e corrigida), seja
produtos ou serviços.
porque não o afeta.
• Revisões no desenho dos processos e produtos;
• custo dos materiais inutilizados;
• Análise e empreendimento de ações corretivas
• custo do reprocessamento;
para eliminação de problemas de produção;
• custo de re-inspeção;
• Manutenção preventiva;
• custo do tempo utilizado para analisar as causas
• Planificação da qualidade;
das falhas;
• Treino de empregados;
• perdas de valor dos produtos por apresentarem
• Educação de fornecedores e programas de defeitos, etc…
garantia de qualidade;
CUSTO DAS FALHAS EXTERNAS: Se a falha não
CUSTOS DE AVALIAÇÃO: Estes custos são se deteta internamente, mas já no cliente externo
incorridos para garantir que os produtos ou (Falha Externa) não são apenas os custos efetivos
serviços não conformes com as normas de ou tangíveis que se consideram, mas também os
qualidade sejam identificados antes da sua entrega
custos intangíveis que, embora não quantificados por exemplo o custo de perda de clientes por má
de imediato, podem trazer à empresa graves qualidade dos produtos oferecidos ou serviços
prejuízos (é a própria imagem da empresa que fica prestados.
afetada, com todas as consequências daí
• custos de oportunidade das vendas perdidas;
decorrentes em termos de negócios futuros).
• custos de oportunidade de clientes perdidos;
• os custos de devoluções;
• cancelamento de encomendas;
• os custos de investigações;
• redução da quota de mercado;
• os custos de responsabilidade jurídica;
• benefícios futuros não materializados;
• os custos relativos ao conjunto de atividades
necessárias para retirar o produto do domicílio do • perda de imagem da empresa;

cliente, transportá-lo até à empresa, repará-lo e • desmotivação dos empregados;


entregá-lo novamente ao cliente;
• Surgem sempre que os clientes optam por
• o custo de bonificações concedidas ao cliente fornecedores alternativos em virtude de
etc… deficiências, reais ou percebidas da qualidade.

CUSTOS TANGÍVEIS E CUSTOS INTANGÍVEIS CÁLCULO DOS CUSTOS DA QUALIDADE

CUSTOS EXPLÍCITOS OU TANGÍVEIS DA PORQUÊ CALCULÁ-LOS?


QUALIDADE: São aqueles que se podem
• Evidencia a importância das atividades
quantificar, sendo normalmente acompanhados
relacionadas com a qualidade;
de um desembolso efetivo por parte da empresa.
Trata-se, por exemplo, de custos com defeitos, do • Influencia o comportamento dos gestores;
custo de reprocessamento de produtos
• Centra a atenção nas áreas de maior
defeituosos, de sanções, de litígios, etc.
gasto/consumo de recursos;
CUSTOS IMPLÍCITOS OU INTANGÍVEIS DA
• Identifica oportunidades de redução de custos;
QUALIDADE: São aqueles que não são passíveis de
mensuração. Não costumam ser registados como • Evidencia responsabilidades na performance de

custos pelo sistema contabilístico. São geralmente vendas e de custos;

consequência da perda de imagem da empresa, do • Permite a avaliação do desempenho;


produto e do impacto das falhas nos clientes.
• Proporciona uma base de informação para
Os sistemas de contabilidade convencionais não proceder a comparações internas;
estão, regra geral, preparados para medir e
• Permite a melhoria da eficiência empresarial.
controlar os custos intangíveis da qualidade, como
Modelos de decisão para a gestão da ❖ Por sua vez, o comportamento do custo
das falhas é completamente inverso.
qualidade
❖ O custo total das falhas diminui à medida
As Curvas Tradicionais dos Custos da que aumenta a percentagem de outputs
Qualidade - O Modelo Clássico não defeituosos.
❖ De acordo com este modelo, parece lógico
que todas as empresas determinem qual o
custo ótimo da qualidade ou nível ótimo de
conformidade.
❖ Para isso, devem estimar qual o montante
de custos de falhas para cada nível de
custo controlável de qualidade.
❖ Dado que este último, de acordo com este
❖ O custo total é mínimo quando o custo da modelo, pode aumentar até ao infinito,
qualidade está no ponto ótimo. deverá ser definido um nível de custos de
❖ Este ponto ótimo, situado no ponto de falhas "aceitável" por ser considerado
interseção entre a curva de custos das quase impossível de reduzir.
falhas e a curva de custos de prevenção e
Em síntese:
avaliação é atingido antes da empresa
conseguir obter 100% de conformidade O custo total da qualidade mínima, isto é, o ponto ótimo

ou, por outras palavras, antes de os ou nível económico de conformidade encontra-se no


ponto da interseção entre os custos de prevenção e
defeitos atingirem um nível zero.
avaliação marginais e os custos das falhas marginais.
❖ Mostra que investimento nulo em custos
de prevenção e avaliação produz 100% de O ponto no qual os custos totais são minimizados é

outputs defeituosos; alcançado antes que o nível de cumprimento da


qualidade atinja 100%. Por outras palavras, o custo
❖ À medida que se aumenta o investimento
ótimo é atingido antes que as falhas desapareçam por
em prevenção e avaliação, a percentagem
completo. Consequentemente, existirá sempre um nível
de defeituosos diminui.
"aceitável" de defeitos.
❖ Para melhorar a qualidade, aumentam-se
os custos de prevenção e avaliação até se É desejável a existência de um pequeno nível de
incumprimento das normas da qualidade, ao menos
atingir a perfeição (no ponto ótimo)
desde o ponto de vista da minimização dos custos.
❖ Os custos de prevenção tornam-se
infinitos para o nível de 100% de
conformidade.
O Modelo Revisto dos Custos da Qualidade - ❖ Considera que o nível ótimo de

A Filosofia Zero Defeitos conformidade é 100%.


❖ Admite a hipótese de que incrementar a
O Modelo Clássico foi questionado como
conformidade - os custos relativos à
consequência da melhoria na eficiência dos
prevenção e avaliação da qualidade -
processos de prevenção e avaliação.
produz sempre menores custos por
As novas tecnologias: unidade de output até alcançar a meta
zero defeitos;
▪ Reduziram as falhas de materiais e de processos
❖ Uma vez estabelecido um nível de custo de
de fabricos e
conformidade fixo, continuam a produzir-
▪ A robótica e outras formas de automatização se reduções permanentes dos custos de
contribuíram para a diminuição de erros humanos não conformidade, ou seja, nos custos das
durante os processos de produção, de forma que a falhas internas e externas.
inspeção e os ensaios tornassem possível o alcance ❖ Perante iguais custos totais de qualidade,
da qualidade total com custos finitos. será preferível ter todos os custos

Consequentemente, de acordo com este modelo, concentrados em atividades de prevenção,

consegue-se minimizar o custo total da qualidade do que em falhas externas.

quando se atinge a qualidade total, pelo que o ❖ Quanto maior for o investimento feito em

modelo clássico é questionado. custos de prevenção, menor será o valor


total dos custos da qualidade, uma vez que
Assiste-se a uma substituição da filosofia de
não só se conseguem reduzir as atividades
"qualidade aceitável", defendida no modelo
de inspeção e avaliação, como também se
clássico proposto por Juran, por uma filosofia de
obtém um efeito positivo sobre as falhas
melhoria contínua, também designada por "Zero
internas e externas, através da diminuição
Defeitos"
do número de defeitos se minimizem.
❖ O modelo revisto (melhoria contínua) não
sugere que a minimização de custos ocorra
antes que se obtenha 100% de
conformidade ou que exista um ponto no
qual os custos se minimizem.

Comparação das duas filosofias:

▪ De acordo com o modelo clássico, a eficiência da


qualidade é medida através do custo - custo da
qualidade - e, dado que o custo mínimo é obtido
antes de se alcançar a meta dos zero defeitos Os indicadores de Qualidade como
então, sob o ponto de vista estritamente
parte integrante da informação para a
económico, é preferível a obtenção de um
determinado nível de output não conforme, visto
gestão
que a partir do ponto ótimo não é Os indicadores são valores numéricos que medem
economicamente viável continuar a investir em o comportamento e evolução de uma atividade,
custos de conformidade. área ou processo com o objetivo de controlar e

▪ O custo da qualidade assume um nível ótimo que servir de referência para melhoria no futuro.

tem como contrapartida a aceitação de um Indicadores financeiros: Os custos da qualidade


determinado número de produtos defeituosos. constituem a medida financeira por excelência

▪ Pelo contrário, a estratégia zero defeitos não (Custos de Prevenção, Avaliação, Falhas Internas e

assume a existência de um intercâmbio entre a Falhas Externas)

melhoria da qualidade e o custo. EXEMPLOS DE INDICADORES FINANCEIROS

▪ Ao dirigir-se à prevenção de defeitos, este A) RÁCIOS REPRESENTATIVOS DO PESO DE CADA


modelo não contempla a utilização de medidas de COMPONENTE DO CUSTO DA QUALIDADE NO
carácter financeiro ou económico, como o custo da CUSTO TOTAL DA QUALIDADE:
qualidade.
➢ Custos de Prevenção/Custo Total da Qualidade;
▪ Defende antes a utilização de medidas
qualitativas ou não financeiras da qualidade tais, ➢ Custos de Avaliação/Custo Total da Qualidade;

como por exemplo, a percentagem de peças


➢ Custos de Falhas Internas/Custo Total da
defeituosas.
Qualidade;
▪ Justificam que a fabricação com zero defeitos
➢ Custos de Falhas Externas/Custo Total da
existe num grande número de atividades
Qualidade;
económicas e que essa filosofia de produção pode
facilmente estender-se a outras atividades nas ➢ Custos de Obtenção da Qualidade/Custo Total

quais esta forma de fabricação aparece como um da Qualidade;

ideal inalcançável.
➢ Custos de Não Qualidade/Custo Total da
Como tal, os defensores do modelo zero defeitos Qualidade.
rejeitam o indicador do custo da qualidade na
medida em este aceita um nível (ainda que
mínimo) de produção defeituosa.
B) RÁCIOS QUE RELACIONAM OS CUSTOS DA externo. Pretendem medir a opinião explícita dos
QUALIDADE COM OUTRAS VARIÁVEIS clientes sobre o serviço/produto que recebem.
DAEMPRESA: Necessidade de recurso a entrevistas e inquéritos
a clientes.
➢ Custos da Qualidade/Volume de Vendas;

➢ Custos da Qualidade/Custo total de Produção;

➢ Custos da Qualidade/Custos Totais da empresa;

➢ Custos da Qualidade/Nº Horas trabalhadas;

➢ Valor das Devoluções/Volume de Vendas Total;

Indicadores não financeiros: Completam a


informação sobre os aspetos relacionados com a
qualidade (não estão expressos monetariamente)

EXEMPLOS DE INDICADORES NÃO FINANCEIROS:

➢ Nº de reclamações por cliente/segmento de


mercado;

➢ Nº de clientes que repetem uma compra;

➢ Nº de produtos não conformes rejeitados na


avaliação;

➢ Tempo que demora a atender uma reclamação.

Indicadores internos: Utilizam-se para o controlo


da qualidade dentro da empresa e têm como
objetivo servir de apoio à criação e monitorização
do processo de gestão da qualidade total. Provêm
da informação interna disponível na empresa.

Indicadores externos: Têm como objetivo medir a


qualidade fora da empresa através do nível de
satisfação do cliente

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