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No nosso sistema vigora a regra da livre destituiçã o, nas sociedades por quotas e
anonimas, isto é, a todo o tempo, os administradores – membros, titulares do ó rgã o de
administraçã o, em sentido amplo, que se chama gerência na sociedade por quotas -
podem ser destituídos a todo o tempo, independentemente, haja ou nã o justa causa.
Nas sociedades anonimas com estrutura organizatoria de tipo monístico – conselho de
administraçã o compreendendo uma comissã o de auditoria – em que para alem de
administradores, fazem ainda parte membros da comissã o de auditoria: nestes casos só
podem ser destituídos com justa causa – Identicamente – para as sociedades anonimas
com estrutura comum: qualquer membro do ó rgã o da administraçã o so podem ser
destituídos por justa causa.
Para as sociedades anonimas de tipo dualístico, onde temos um conselho de administraçã o
– relativamente à destituiçã o dos membros do conselho geral nã o se diz nada mas por
analogia do que se diz para os outros dois ó rgã os, so por justa causa é que podem ser
destituídos. A regra era, durante muito tempo a destituiçã o livre – sem justa causa.
Órgãos fiscalização só podem ser destituídos por justa causa -durante esses três
anos – não forem interrompidos – a promoção da independcia dos órgãos de
fiscalização levou a que afastassem a regra da livre destituição;
SOCIEDADE POR QUOTAS: temos aqui uma outra excpeção, aquela que se refere aos
sócios gerentes poraquê os gerentes podem ser não sócios mas nquando um socio-
gerente tem um direito especial à gerência então aqui so pode ser destituído por
justa causa –
Fora destas situaçõ es a regra é a da livre destituiçã o.
Deveres legais:
Gerais:
- art.º 64.º
- deveres de cuidado al. a) - para dizer que os administradores devem
gerir criteriosa e ordenadamente, mostrando disponibilidade e
conhecimento para administar a sociedade – dever de controlo
organizativo funcional – dever de actiaçã o procedimental correcta e o
dever de tomar decisõ es razoá veis;
Al. b) – dever da lealdade – diz-nos que os administradoires devem agir
em interesse da sociedade. Há vá rias teorias sobre isto: stakeholders –
que os administradores devem agir no interesse tbm dos só cios e da
sociedade. Dever de diligencia empresarial – tem haver com a
imposiçã o de à s sociedades de fazerem uma serie de coisas de modo a
nã o violarem direitos humanos: direitos laborais, direitos humanos,
ambientais, infamtis (…)
Dever lealdade – os ad ministradores devem actuar tã o só no
interesse da sociedade nã o promovendo os seus pró prios interesses. O
dever de lealdade nã o pode ser assimilado pela violaçã o da lei, porque
as vezes violar a lei pode ser no interesse da sociedade (fuga impostos)
403.º/n.º5 – parece ter a ver com as remuneraçõ es que nã o foram pagas pela destituiçã o e
que nã o foram pagas – se tudo decorresse normalmente, ele receberia até determinado
periodo. Qual periodo?
S.A: Até ao final do periodo para que foi designado – é o que resulta dos estatutos (c/limite
legal de 4 Anos) – se nã o disserem nada, entã o vale o que diz a lei, sã o designados por 4
anos. Exemplo: faltava 1 ano para cessar à quele periodo e ia receber durante mais um
anoa remuneraçã o: tem direito a esse ano.
A lei, quer no 257, quer no 403, diz que a fixaçã o da indemnizaçã o, o valor pode ser
calculado contratualmente (que a indemnizaçã o esteja fixada no contrato, celebrado
entre a sociedade e o administrador, )ou então nos termos gerais de direito.
Regra: livre destituiçã o mesmo sem justa causa. É licito. Nã o se anula uma destituiçã o
porque foi feita sem justa causa. Indemnizaçã o facto licito.
Foi destituído no 2 ano, sem justa causa. Tinha sido contratado por 3. Recebia 5.000 € -
entã o multiplica-se 5 mil por 12. Ele deixou de ganhar: 60.000,00 € - lucro cessante é
deste valor. Ele nã o precisa de alegar e provar mais nada, só tem de alegar: - compete ao
destituído.
a) Quanto ganhava (o que nem sempre é fá cil porque há remuneraçã o fixa e variá vel);
Todavia, esta é a primeira operaçã o. Este é o ó nus que impende sobre o administrador
destituído, Porem, a coisa pode nã o ficar por aqui:
b) 0 administrador porque foi destituído e so porque foi destituído teve a
oportunidade de ocupar um outro cargo numa outra sociedade – logo passado 3
meses apos a destituiçã o – a ganhar a mesma coisa. Aqui há que contabilizar so
10.000,00 € - foi o que ele perdeu – 2 meses – mas esta última parte tem de ser
provada pela sociedade. – compete a sociedade.
Porém a jurisprudência nã o tem decidido assim. O que é que o STJ vem dizer? Em
29/04/2021 – recai sobre o gerente destituio o ó nus de demonstrar que a perda das
remuneraçõ es constitui um verdadeiro dano, em virtude de nã o ter recebido a
remuneraçã o. Sendo neste caso o valor indemnizaçã o equivalente à diferença entre o valor
que auferia e o valor que passou a receber: tem de demonstrar que a perda de
remuneraçã o é um verdadeiro dano: Prof. Nã o concorda com esta posiçã o, porque o lucro
cessante é um dano e quem tem de comprovar a situaçã o real é a empresa: mas o STJ
entende que tem de provar que houve efectivamente um dano – e se for para uma outra
empresa tem de demonstrar que nã o lhe pagavam tanto como revceberia na antiga
empresa, como administrador.
Posição minoritária: 05/11/2020 do TRG: diz que compete ao destituído, em funçã o da
perda da remuneraçã o devida, cabendo à sociedade, por facto impeditivo do direito
indemnizaçã o demonstrar que aquele começou a receber o mesmo € na nova empresa –
segue a posiçã o do prof.
Gestor publico for destituído por justa causa: e nã o é qualquer sujeito – tem de ter pelo
menos 12 meses seguidos do exercício funçõ es, tem direito a uma indemnizaçã o que auferia
até ao final do mandato: Aqui nã o há quaisquer duvidas, vai receber como indemnizaçã o a
receber o que receberia até um ano: o sujeito só tem de provar quanto é que ganha, mais
nada – mas – no caso de regresso de funçã o ao cargo – a indemnizaçã o eventualmente
divida é reduzida nos termos da norma - devendo ser devolvida a parte da indemnizaçã o
que eventuaklmente havia sido paga. Exemoplo:
a) Recebeu indemnizaçã o correspondente a 12 meses;
b) Mas 3 meses depois foi metido num cargo publico, a exercer outra funçõ es.
c) O que diz a lei? Que tem de restituir o que recebeu a mais.
E depois há varias teses.
Estamos a falar até agora, dos danos patrimoniais, lucro cessante. E os danos não
patrimoniais?
a) Têm recebido resposta afirmativa, por parte da jurisprudência mas o prof. Nã o
concorda, com a atribuiçã o de determinado valor por danos nã o patrimoniais, isto
é pelo sofrimento psíquico/desgosto provocado pela destituiçã o por justa causa.
b) Prof. Coutinho Abreu pensa que isto é errado, pelos seguintes motivos:
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Sociedade que tem de provar que destituiu com justa causa – se não quiser
indemnizar.