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Bibliografia:

MC- direit das sciedades I e II

Paul lav Cunha

Curs de direit comercial II CA

Jsé Engrácia Antunes- direit das sciedades

Estuds de direit das sciedades- CA

Ana Perestrel

C´dig comercial em cmentári

Sistemática d c´dig:

Parte geral que se aplica a tds s tips de sciedades comerciais- primeira parte d c´dig.

Parte especial: descriçã d regime aplicável a cada tip de sciedade comercial.

Grups de sciedades- quando uma sciedade tem cntrl de utra.

Dispsiç~es cntrardenacinais e penais

Dispsiç~es finais e transit´rias

Análise d artig de Pedr maia:

Princípi da tipicidade:

Cnstitui uma restrição a principi da autnmia privada, em especial na vertente da


liberdade cntratual, u seja, relativamente a cnteúd d NJ pel qual se cnstituem as sciedades
comerciais. Assim, as partes nã pdem adtar um tip diferente d previst n c´dig, n entanto, t~em
liberdade cntratual strict sensu, u seja, pdem decudir se cntratam u nã, cm quem cntratam.

N entanto, há também um espaç de liberdade na fixação d cnteúd cntratual em tud


que nã afaste tip previst na lei e as nrmas de caráter imperativ.

Princípi da tipicidase aplica-se às sciedades que tenham pr bjet a prática de ats de


cmérci e também às sciedades que teham um bjet mist- leitura a cntrari d i-4. Para além diss,
dentr das sciedades que têm pr bjet um at comercial, princípi da tipicidade apenas abrange
aquelas que têm pr fnte um NJ, e nã às criadas pe lei.

A sciedade pde ter pr fnte um cntat u um NJ unilateral, cm as sciedades unipessoais pr


qutas e as sciedades na´nimas unipessoais. Nestas nã está em causa a questã da liberdade
cntratual, mas aplica-se-lhes na mesma princípi da tipicidade.

Prquê a cnsagraçã d princípi da tipicidade?


As raz~es que cstumam ser apntadas sã a necessidade de segurança jurídica, s
interesses de terceirs que cntratm cm a sciedade. A prteçã ds interesses ds terceits é mais
importante ns cass das sciedades em que s s´cis nã respondem pessal e ilimitadamente pelas
dívidas da sciedade, u seja, nas spciedades de responsabilidade limitada, cm as pr qutas e na
´nimas.

U seja, nestas sciedades, risc inerente a exercício da atividade ecn´mica crrespnde,


para s terceirs um aument d risc de incumprimento das brigaç~es da sciedade para cm estes.

Assim, s cass de limitação da responsabilidade resultaria apenas de certs tips de


sciedade fixads na lei.

Para além diss, tem-se em vista interesse ds s´cis minritáris nas sciedades na´nimas e
nas em comandita pr aç~es.

Pr fim, está ainda em causa um interesse públic, u seja, a intervenção das sciedades n
tráfic jurídic trna-se mais estável e certa.

Caracterização geral ds tips legais e scietáris:

A natureza da responsabilidade assumida pels s´cis, apesar de ser um elelent


importante, nã cnstitui a essência d tip de sciedade em causa.

Assim, para além da responsabilidade ds s´cis terá de se cnjugar cm a estrutura rganizat


´ria, definida na lei para cada um ds tips. Equilibri intern de cada sciedade, essencial para a
prssecuçã ds interesses que nrteiam a instituição d princípi da tipicidade, resulta da articulação
de um determinad tip de responsabilidade ds s´cis cm uma certa estrutura rganizat´ria.

Para além da estrura definida na lei para cada tip de sciedade, s estatuts de cada uma
pderã definir utrs ´rgãs cm funç~es de acnselhament, vigilância, u acmpanhament.

Responsabilidade ds s´cis perante a sciedade e perante s credres sciais:

sciedades pr qutas: mesm i98-i nã afasta a responsabilidade limitada, já que a


estipulação é apenas até um cert mntante. N entanto, fact de se pder fazer esta estipulçã
impede que se pssa dizer que a irresponsabilidade ds s´cis perante s credres sciais seja
característica essencial deste tip de sciedade.

Sciedades na´nimas: a responsabilidade é duplamente limitada: externamente, dad


que s s´cis nã respondem perante s credres da sciedade, eplas dívidas desta, e internamente,
dad que nã respondem perante a sciedade pr nenhuma dívida além da sua brigaçã de entrada.

Sciedades em comandita simples e mesm em comandita pr aç~es: há dis grups de s


´cis: s s´cis cmanditads, que respondem cm s s´cis das sciedades em nme cletiv; e s s´cis
cmanditáris, que respondem apenas pela sua entrada. Assim, há quem fale num tip mist.

Sciedade e nme cletiv, a responsabilidade é ilimitada e pessal, e é slidária.

As sciedade pr qutas é das mais cmuns em Prtugal: a responsabilidade nas entradas,


prtant, n mment da brigaçã de entrada, há solidariedade ds s´cis. Mas quant a i98-i, será que a
responsabilidade deixa de ser limitada? Nã, prque é s´para determinad mntante. Quant à
pssibilidade de realização de garantia: na prática cntratam-se garantias, cm uma fiança, para
pder ser garantid.

Sciedade na´nima: há uma dupla limitação da responsabilidade.


Sciedades em comandita: simples e pr aç~es. Nas simples há dis grups de s´cis, um
grup que é ds cmanditáris e s cmanditads, uns sã cm s das sciedades na´nimas utrs cm das
sciedades em nme cletiv.

Transmissão de participaç~es sciais entre vivs:

Significa a substituição de s´cis na sciedade.

Nesta substituição há interesses antag´nics: interesse d s´ci que pretende transmitir a


sua participação, reclamand a máxima liberade para essa transmissão; interesse ds restantes s
´cis e da pr´pria sciedade, sempre que nã queiram a entrada de certa pessa na sciedade, u
quando a permanência d s´ci em causa seja essencial para a subsistência da empresa scial.

Interesse em impedir a entrada de estranhs será mais intens numa sciedade em nme
cletiv, d que numa sciedade na´nima ctada em blsa, dad que a primeira tem um caráter
persnalístic.

Participação scial- s´ci tem um cnjunt de direits e deveres pr ter esta participação.

Nas sciedades em nme cletiv é necessári cnsentiment ds s´cis. Prque quem fr s´ci pde
integrar a gerência.

Nas sciedades pr qutas já nã é assim, em algumas a transmissão é livre, nutras nã, é


necessári cnsentiment da sciedade.

Estrutura rganizat´ria:

´rgãs sciais sã centrs institucinalizads de pderes funcionais a exercer pr pessa u pessas


cm bjetiv de frmar u exprimir a vontade juridicamente imputável às sciedades.

Númer mínim de s´cis numa sciedade comercial é de dis, de acrd cm 7-2. N entanto, há
exceç~es:

- sciedades na´nimas requer-se um mínim de 5 s´cis

S s´cis precisam de representar a sciedade, etc, precisand de ´rgãs:

´rgãs deliberativs, administrativs (representação e gestã), fiscalizadres.

S ´rgãs admnistrativs chamam-se gerência.

´rgãs disjunts, cnjunts e colegiais:

Nas em nme cletiva, sã disjunts.

Nas sciedades pr qutas, s pderes sã cnjunts, tem de se decidir pr vontade da mairia.

Nas na´nimas sã colegiais.

Tips doutrinais de sciedades comerciais:

Distingue-se entre as sciedades de pessas e as sciedades de capitais.

As de pessas caracterizam-se pr uma decisiva importância da pessa ds s´cis n exercício


da atividade scial, cm é cas da sciedade em nme cletiv; assim, n cas deste tip de sciedade, há
diverss aspets d seu regime que refletem este caráter cmo, a transmissão de participaç~es
sciais pr neg´ci intervivs s´pde crrer pr express cnsentiment ds restantes s´cis, em regra a
participação scial nã se transmite as sucessres d s´ci falecid, a participação scial nã é um bem
livremente executad, s credres d s´ci apenas pderã executar a quta de liquidação, etc.

Nas de capitais, cm a sciedade na´nima, que imprta nã será a pessa do sócio, mas a sua
participação de capital ou o seu contributo patrimonial para o exercício da atividade societária.
assim, a regras enformadoras do regime da sociedade anónima são: a liberdade de transmissão
de ações, o distanciamento d sócio da gestã da sciedade, as alteraç~es d cntrat sã decididas por
maioria e nã pr unanimidade.

Quant às sciedades pr qutas, sã mais difíceis de catalogar, dad que regime legal destas
é muit flexível, tend as normas que as regulam caráter supletivo. Assim, a categoria em que se
insere dependerá da opção dos sócios. No entanto, em abstrato, o modelo legislativo formado
pelas normas supletivas que regulam este tipo é o personalístico.

Esta distinção, não tem grande importância no ordenamento português: ou seja,


independentemente do modelo, tdas têm personalidade jurídica, não têm regime fiscal
distinto.

No entanto, segundo o autor, a distinção terá relevância:

- para integração de lacunas

-interpretação e integração de cada cntrat de sciedade, sendo na sociedade por quotas


onde assume maior relevância. No entanto, poderá ter relevância também nutras, pr exempl,
nas sociedades anónimas fexhadas u familiares, nas quias se restringe a transmissão de ações,
se atribui aos sócios o direito de preferência nas transmissões de ações, se cnstitui a firma com
o nome dos sócios, ou nos cass de sociedades em nome coletiv em que se tenha admitido o
desempenh d carg de gerente por um não-sócio, ou a livre transmissão por morte do sócio.

Ainda que cert tip de sciedade pssa estar assciad a um mdel persnalístic u capitalístic, a
verdade é que pderá haver elements desviantes n pr´pri cntrat que as cria, cm n cas das
sciedades na´nimas fechadas u familiares u fechadas, em que se restrige a transmissão de
aç~es, se atribui as s´cis um direit de preferência nas transmiss~es de aç~es, etc). u nas
sciedades em nme cletiv, em que se tenha admitid que a gestã fique a carg de um nã s´ci, etc.

Personalidade e capacidade jurídica das sciedades

Cas i:

i. Neste cas tems primeir de identificar s tips de sciedades aqui em causa:

A primeira será uma sciedade pr qutas (artig 200), a segunda será uma sciedade na
´nima (275), e na terceira, uma sciedade em nme cletiv (i77, u seja, neste cas
individualiza-se nme de tds s s´cis, nã é necessári aditiv “e companhia”).

Quant á responsabilidade ds s´cis pelas dívidas da sciedade, depende d tip de sciedade


em causa:

N cas da slar arneir, sciedade pr qutas, entã, à luz d i97-3, a responsabilidade ds s´cis pr
dívidas da sciedade é limitada. Salv a exceçã d artig i98.
N cas da Vitarneir, sciedade na´nima, a responsabilidade ds s´cis é limitada, artig 27i.

Quant à Arneir e Arneir, sciedade em nme cletiv, s s´cis respondem subsidiariamente


pelas dívidas sciais, e solidariamente entre si. A autnmia patrimonial da sciedade é
assim muit limitada, artig i75-i.

N cas da sciedade na´nima precisa de pel mens 5 s´cis para se frmar, e aqui s´tinha 2.
Cntrat de sciedade pde ser inválid se nã se aferirem certas cndiç~es.

Quando nã se cumpre nº de partes que acntece? 4i-i alínea a.

Cnsequencias de existir personalidade jurídica. Quando é que adquire personalidade


jurídica? A partir d seu regist, artig 5. Passam a ter autnmia, s ats praticads pels seus
´rgãs passam a pder ser imputads á sciedade, têm capacidade jurídica.

Quant á situaçã da cnfusã entre patrim´nis ds s´cis e das sciedades que se verificava,
pdems estar neste cas perante um abus da persnalidade jurídica, u seja, abus da frma
societária u na sua utilização cncreta.

Abus pde ser meramente bjetiv, prtant nã tem de haver intençã u culpa, desde que
estejam preenchids s pressupsts da atuaçã d principi da ba fé e ds seus principis
cncretizadres.

Dentr das situaç~es em que se verifica este abus da personalidade cletiva está
precisamente a cnfusã de esferas jurídicas da sciedade e ds s´cis.

A personalidade jurídica da sciedade está ligada a um cnjunt de regras que visam


assegurar a separação ds patrim´nis e esferas jurídicas da sciedade e ds s´cis. Assim,
patrim´ni scial está exclusivamente afet a funcinament da sciedade e à satisfaçã ds seus
credres, nã pdend ser desviad, pr exempl, para s s´cis, cm crre aqui, a nã ser ns estrits
terms admitids na lei, u seja, relativamente à divisã de lucr.

Nesta hip´tese de abus, nã havendo nrmas que permitam fazer face á situaçã em causa,
deverá recrrer-se a levantamento da personalidade. Este trata-se de um instituto de
enquadramento, basead n principi da ba fé, que permite a atribuição jurídica u
normativa das situaç~es jurídicas a quem materialmente cmpetem, ainda que
formalmente pertençam a utr sujeit.

Assim, pderá acontecer que, devid á cnfusã de esferas, as dívidas que sã formalmente
da sciedade passem a ser efetivamente da responsabilidade ds s´cis, pel que estes
estarã de fact brigads a responder pr elas.

Há cass em que é a pr´pria lei a dizer que se deve fazer este levantamento da
personalidade, para as sciedades unipessoais, artig 84.

ii. A partir d artig 980 CC, que refere cntrat de sciedade, reprtand-se à cnstituiçã
das sciedades civis, pdems cnstruir um elenc de elements fundamentais à
sciedade comercial, cm elemento pessal, patrimonial, telel´gic e frmal.
Quant a elemento telel´gic, que n cas é relevante, pdems distinguir entre bjet
mediat, que será a prssecuçã d lucr, d bjet imediat, u bjet scial, que é a
atividade ecn´mica prsseguida pela sciedade.

Artig 85—deliberação de alteraçã d cntrat de sciedade.


Neste cas bjet scial da arneir e arneir é a cnsultadria agrn´mica e prestação de
serviçs. N entanto, a sciedade pretende adquirir um lte de cnstruçã para criaçã
de aldeament turístic para revenda, que à partida parece descnectad cm a
prssecuçã d seu bjet scial.

Ra, tend personalidade jurídica, a sciedade tem capacidade de gz, u seja, tem
uma medida de direits e brigaç~es que pde exercer livremente.
A regra, para as pessas singulares é a da plena capacidade de gz de direits.
N entanto, questiona-se se a regra para as sciedades, PC, é a da plena
capacidade de gz, u se esta está limitada pel princípi da especialidade, u seja, a
PC s´ teria na sua esfera jurídica certs direits e deveres subrdinads a fim
prsseguid pela mesma.

Artig i60 CC afirma principi da especialidade.

Tese tradicional: principi da especialidade:

CA: há que distinguir entre fim, que seria lucr, e bjet, que será definid pela
sciedade.
Ra, pr um lad, 6-i subrdina a capacidade a lucr, enquanto 6-4, cm a definiçã d
bjet, nã limita a capacidade. At praticad fra d bjet nã é inválid, apenas pderá nã
ser eficaz para a sciedade.
Assim, de acrd cm artig ii-3, s s´cis pdem efetivamente delinberar sbre as
atividades que a sciedade efetivamente realizará, bem cm sbre a suspensã u
cessaçã de uma atividade que esteja a ser exercida.

Segund Carvalh Fernandes tem um entendimento liberal d preceito: nã está em


causa fim de uma cncreta pessa cletiva, mas antes de uma categoria de pessas
u ats.
N entanto, segund MC esta dutrina nã pde funcionar, pis pde acontecer que
em cncret, um cert at que à partida nã entraria em certa categoria de
sciedades, pssa em cncret fazer sentid para bjet scial pr ela prsseguid.

Tese de superaçã d principi da especialidade:

É pssível distinguir entre as teses que sustentam a superaçã ttal d principi, e as


que defendem a sua recnduçã a uma questã de vinculatividade, u seja, de
eficácia d at.

Quant ás primeiras:

MC, principi da especialidade terá perdid s seus dis pilares hist´ric-dgmátics


em que assentava.
U seja, a verdade é que, pr um lad, recnheciment da personalidade é autmátic,
u seja, reunids s requisits legais e feit regist, a sciedade tem personalidade
jurídica. U seja, a personalidade jurídica surge cm a iniciativa privada. Assim, s
interessads, s s´cis, pdem esclher fim que entenderem prsseguir, desde que
lícit. Assim, a dutrina ultra vires já nã pde ser aceite, na medida em que
embaraça cmérci jurídic, e a personalidade nã é atribuída pra t jurídic.
Pr utr, a acumulação de bens de mã mrta n passad, nomeadamente pela igrja,
u seja, bens que nã estavam dentr d cmérci jurídic, e, pr iss, se impedia a
aquisição de propriedade pr parte da igreja, para evitar a acumulação destes, é
um problema que já nã existe, pel que, a limitação de aquisição nã tem razã de
ser.
Para além diss, se identificarmos fim cm lucr, entã a limitação da capacidade é
restringida.

Quant á dutrina que faz um reenquadramento dgmátic da figura, NÃ A VEND


CM UM PRBLEMA DE CAPACIDADE:

Csta Gnçalves: quando muit pderá existir um problema de vilaçã ds deveres ds


administradres. U seja, a atuaçã ds administradres subrdina-se à prssecuçã d
lucr. Se nã fizerem, entã estã a vilar um seu dever. S nº 2 e 3 d artig 6 revelam
iss mesm, u seja, que está em causa é a frma de atuaçã ds administradres.
Assim, estes dis númers consagram uma presunçã de vilaçã ds seus deveres de
prssecuçã d lucr, n que tca às liberalidades. Assim, nã está em causa a validade
d at.

PPV e PA: recnduz-se escp lucrativ a um problema de legitimidade u


vinculatividade, u seja, fim scial delimita a legitimidade e nã a capacidade. A
sciedade tem legitimidade para praticar s ats necessáris u convenientes á
prssecuçã d seu fim. Assim, nã está em causa a nulidade d at, mas um
problema de vinculação a um at que pssa estar desiad d seu fim.

Ana Perestrel: nã é verdade que a sciedade comercial tenha de prsseguir lucr.


Para além diss, pde prssegui-l mas cm fim nstrumental à ralizaçã de um utr fim
principal, cm cas das sciedades nn-prfit.
Para além diss, a lei nã briga a sciefdade a distribuir lucr pels s´cis, u seja, pr
estipulação cntratual, artigs 2i7 e 294, permite-se que pssa nã ser distribuid
metade ds lucrs distribuíveis, apesar ds s´cis terem direit a lucr, pel artig 2i.
Assim, há que entender que fim scial é bjetiv geral que a sciedade se prp~e
alcançar através das atividades que desenvolve, pded ser lucrativ u nã lucrativ,
u seja, trata-se de uma visã contratualista d fim scial.
Assim, a sciedade tem a capacidade para a prática da generalidade de ats
jurídics, sejam eles lucraivs u nã.
Ra, assim pder-se-ia pensar que s s´cis têm entã a pssibilidade de a definir seu
fim, definir também a medida da sua capacidade. Mas nã, prque esta está na
indisponibilidade das partes. Assim, verifica-se que a sciedade é suscetível de
praticar quaisquer ats, prtant, a sua capacidade é ilimitada. Pdem é estar em
causa a vilaçã ds deveres ds administradres ns cass ds nº 2 e 3 d artig 6.

Lhand para cas cncret, parece que, pr um lad, nã pdems descartar que a lei,
mais u mens amplamente, cnsagra principi da especialidade. N entanto,
também pdems consagrar que é difícil a priri cnstruir certas categorias de ats
que estejam vedads a certas pessas cletivas u que sejam incompatíveis cm a
prssecuçã de certs fins.

Assim, lhand para artig 6, e atendend a que ns diz AV, de fact, nã s´ a sciedade
comercial pderá realizar s ats necessáris à prssecuçã ds seus fins, mas também
aqueles que sã convenientes.
Quant á questã d lucr, pdend este nã ser fim principal da sciedade, a verdade é
que a lei pressup~e, principalmete quando limita a pssibilidade de realizar
liberalidades. Para além diss, estand em causa uma sciedade comercial, tend pr
bjet a prática de ats comercias, entã à partida visará a prssecuaçã de lucr.
Assim, pdems admitir que fim a que se subrdina é a lucr, ainda que tenha
liberdade de estabelecer seu bjet scial e estabelecer a prssecuaçã d lucr cm
instrumental.
Ra, assim send, send fim lucr, entã a medida da capacidade rege-se pr esse
escp.
Assim, tendi st em cnta, á partida at praticad pela SNC, visand a prssecuaçã de
lucr, é um at que entra na esfera jurídica da sciedade, lg, pde ser praticad.
N entanto, atendend a nº4 d artig 6, a verdade é que bjet scial é a realização
de cnsultria. Assim, apesar de este nã limitar a capacidade da sciedade, pdems
dizer que limita a sua legitimidade para a prática de certs ats, já que s ´rgãs
pderã nã ter cmpetencia para aprvar a sua relaizaçã.

U seja, s ats praticads seriam ilegítims pr vilarem a esfera de cmpetencia ds


administradres, send a cnsequencia a sua ineficácia.

Lhand para cas cncret, a verdade é que at nã parece contrariar bjet scial. U
seja, apesar de nã se identificar cm a cncreta realização direta d mesm, pde ser
conveniente á sua realização. Aliás, a gerar lucr cm a revenda, este pde ser
precisamente investid na realização d bejt. U seja, tud dependerá d cas cncret.
Se at em causa nã é pribid pel cntrat de sciedade, e se visa melhrar a
realização d bjet scial e nã apenas gerar mais lucr para s´cis, entã, admite-se
que este psaa ser eficaz.
Quando uma sciedade nasce pde ter determinads direits e deveres, capacidade
de gz. É que se fala n artig 6.
Principi da especialidade: s´pss praticar s ats que se subrdinem a fim.
Psiç~es a favr: fim é fim lucrativ, u seja, a sciedade pde fazer tud que estiver
cmpreendid n fim lucrativ. Bjet é que a sciedade se prp~e a fazer. N 6-4
entende-se que bjet nã limita a capacidade da sciedade. Bjet nã afeta a
capacidade de gz para esta psiçã.
Pde-se alterar bjet de sciedade? Sim, mas nã se pde ir além dele quando está
em vigr. Para prteçã de terceirs, pr exempl, que cnfiam em cert bjet scial.
Neste cas, at nã vai cntra fim.

Capacidade de exercício: teria da ficçã e teria rganica: u seja, a teria da ficçã vai
n sentid de que estas nã teriam capacidade de exercício. N cas da teria rgânica
diz que há mediante s seus´rgãs.
iii. Neste cas estams perante 2 prblemas: pr um lad a cnstituiçã de uma garantia a
favr de um s´ci pr parte da sciedade. Pr utr, a cnstituiçã de uma garantia a favr
de utra sciedade.

Quant a primeir problema, pde questionar-se se nã se está a clcar em causa


artig 6, em particular d nº2 e 3. N entanto, atendend as artigs 3i e 32, esta
garantia realizada pela sciedade a s´ci estaria fra d ambit da sciedade, já que
funcina cm uma liberalidade que, ainda que udesse ser justificada, cntraria
esquema de distribuição ds bens da sciedade pels s´cis. Assim, nã pderá ser
realizada.

Quant á garantia prestada à SA, tal leva-ns a artig 6-3:


À partida a garantia realizada nã é válida. N entanto, clcam-se duas exceç~es:
Pr um lad, quando se trate de garantia cnstituida a favr de sciedade em relaçã
de dmini u grup:

A relaçã de dmini está descrita n artig 486, u seja, quando uma sciedade exerce
uma influencia dominante sbre utra, u seja, determina as decis~es que sã
tmadas pela sciedade dminada, que nã parece ser cas, dad que a sciedade em
causa nã tem dmini sbre a utra, apesar ds s´cis serem s mesms.
Qaunt à relaçã de grup, 488, trata-se de situaç~es em que existe dmíni ttal d
capital de uma sciedade pr utra, pdend esta relaçã de grup nã resultar de
cntrat, mas da realidade fática.

Neste cas, parece que estams perante uma sciedade em relaçã de dmíni, u
seja, s s´cis de uma sã s s´cis da utra, estã preenchids s pressupsts d 486-i. u
seja, as pessas d 483-2.

Pr utr lad, pderá a sciedade prestar a garantia quando haja interesse justificad
interesse pr´pri.
Este pde ser um interesse em sentid bjetiv u subjetiv: u seja, se fr bjetiv terá de
ser aferido em função do fim produtivo, portanto, do objeto, da sociedade. No
caso do fim subjetiv, é interesse tal cmo definido pela própria sociedade,
aquando da deliberação para a feitura do ato. Se se aceitar interesse em
sentido subjetivo, então teríams que só haveria proibição a prestação de
garantias se houvesse má fé dos terceiros, ou seja, situações de fact
escandalosas.
Ra, neste caso, para funcionar o interesse subjetivo, tería a sociedade de
fundamentar a decisã nesse sentido.
No caso do interesse ser objetivo, então neste caso, o interesse pderia ser
provado, no sentido em que, pode ser importante para a realização do turismo
rural no solar, se houver neste produção de vinho, ou seja, pode ser mais uma
atividade a proporcionar aos que lá se hospedam. Assim, poderia tanto pelo
interesse objetivo, como subjetivo, estar presente o interesse na realização da
garantia.

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