DISCIPLINA: Sustentabilidade das indústrias - TÉCNICO EM MECATRÔNICA

Grupo N◦ 03

SUSTENTABILIDADE NOS PROCESSOS

INDUSTRIAIS
CARRAZONE, O. Victhor1 , FRANÇA, M. A. Jelysson 2
1
Discente do Curso Técnico em Mecatrônica, Departamento regional SENAI CETEM - Centro Tecnológico Dr. Volkmar Schuller, Porto Velho, Rondônia, Brasil
(e-mail: jelyssonma@gmail.com)
2
Discente do Curso Técnico em Mecatrônica, Departamento regional SENAI CETEM - Centro Tecnológico Dr. Volkmar Schuller, Porto Velho, Rondônia, Brasil
(e-mail: victhorarrazone@outlook.com)

RESUMO
A presente atividade irá discorrer sobre diversos tópicos que envolvem a sustentabilidade nos processos
industriais, a forma de organização no ambiente de trabalho, as ferramentas de gestão aplicadas nas
indústrias, os meios de prevenir e corrigir a poluição, desenvolvimento sustentável, as políticas que
devem ser implantadas pelos órgãos responsáveis e o impacto que a sustentabilidade causa nas pessoas
na era da tecnologia no ambiente fabril.

PALAVRAS CHAVE Indústria, tecnologias, sustentabilidade.

I. REFERENCIAL TEÓRICO a produtividade, mas também ajudará a reduzir o estresse e

A. ORGANIZAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO
A organização no ambiente de trabalho é essencial para
aumentar a eficiência, produtividade e reduzir o estresse.
Algumas dicas importantes para manter um ambiente de
trabalho organizado incluem [5]:
• Limpeza: Manter sua área de trabalho limpa e organi-
zada. Descarte regularmente os itens desnecessários e
certificar de que todos os materiais de trabalho estejam
em seus devidos lugares;
• Sistematização: Identificar os itens que são utilizados
com mais frequência e mantê-los próximos para fá-
cil acesso. Isso também ajudará a economizar tempo
quando precisar utiliza-los;
• Armazenamento: Utilizar armários, estantes e gavetas
para armazenar seus materiais de trabalho. Manter
esses espaços organizados e etiquetados para facilitar
a localização dos itens;
• Digitalização: Digitalizar documentos importantes e
manter cópias de backup para evitar a perda de in-
formações importantes;
• Agenda: Manter uma agenda atualizada com as tarefas
diárias e prazos para concluir as tarefas. Isso ajudará
a manter o foco e a garantir que tudo seja concluído a
tempo;
• Comunicação: Comunicar-se com os colegas de tra-
balho e supervisor para garantir que as tarefas sejam
concluídas em equipe e com eficiência.
Ao seguir essas dicas, é possível manter um ambiente de
trabalho organizado e eficiente. Isso não apenas aumentará
melhorar a qualidade de vida no trabalho [5].
B. FERRAMENTAS E INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO
1) Planos de negócios
Um plano de negócios é um documento que descreve a
estratégia, metas e objetivos de uma empresa, bem como
as estratégias que serão utilizadas para alcançá-los. O plano
de negócios deve incluir informações detalhadas sobre o
mercado em que a empresa opera, a concorrência, as opor-
tunidades e ameaças, os produtos e serviços oferecidos, a
estrutura organizacional e os recursos financeiros necessá-
rios para atingir os objetivos estabelecidos [8].
O plano de negócios é essencial para atrair investidores,
parceiros de negócios, clientes e outros stakeholders que
possam ajudar a empresa a crescer. Ele também é útil para
a equipe interna da empresa, ajudando a manter o foco
em seus objetivos e metas, e permitindo que sejam feitas
mudanças de curso quando necessário [8].
O plano de negócios deve ser claro, conciso e bem
estruturado. Ele deve incluir uma introdução que explique
a razão de ser da empresa e seus objetivos, seguido de uma
análise de mercado e uma descrição detalhada do produto ou
serviço oferecido. Também é importante incluir informações
sobre a estrutura organizacional da empresa, as estratégias
de marketing e vendas, e uma projeção financeira que mostre
como a empresa será rentável [8].
Em resumo, o plano de negócios é um documento fun-
damental para qualquer empreendedor que queira iniciar ou
expandir um negócio, pois ele ajuda a definir uma visão

Atividade 01, 2023 1

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clara do negócio e os passos necessários para alcançá-la
[8].
2) Análise SWOT
A análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities,
and Threats) é uma ferramenta utilizada para avaliar a
situação atual de uma empresa ou organização, identificando
seus pontos fortes e fracos, bem como as oportunidades e
ameaças que enfrenta em seu ambiente externo [1].
A análise SWOT geralmente é dividida em quatro partes
[1]:
• Forças (Strengths): Refere-se às características internas
da empresa que a diferenciam positivamente de seus
concorrentes. Exemplos podem incluir uma equipe
altamente qualificada, marca forte, ou uma tecnologia
patenteada.
• Fraquezas (Weaknesses): Refere-se às características
internas da empresa que podem representar obstáculos
para o seu sucesso. Exemplos podem incluir falta de
recursos financeiros, falta de experiência no mercado,
ou problemas de gestão.
• Oportunidades (Opportunities): Refere-se às tendências
ou fatores externos que a empresa pode aproveitar
para se desenvolver. Exemplos podem incluir uma nova
demanda do mercado, mudanças na regulamentação ou
avanços tecnológicos.
• Ameaças (Threats): Refere-se aos fatores externos que
podem limitar ou prejudicar o desempenho da em-
presa. Exemplos podem incluir a entrada de novos
concorrentes, mudanças na economia, ou mudanças nas
preferências do consumidor.
Ao avaliar os quatro aspectos da análise SWOT, a empresa
pode ter uma visão clara de sua posição no mercado e,
assim, tomar decisões mais informadas e estratégicas para
o seu futuro [1].
3) Software de gestão ERP
O software de gestão ERP (Enterprise Resource Planning,
ou Planejamento de Recursos Empresariais) é um sistema
integrado de gestão empresarial que permite que as empresas
gerenciem suas operações diárias de maneira mais eficiente
e eficaz [5].
Um ERP geralmente inclui uma variedade de módulos,
como finanças, recursos humanos, compras, vendas, produ-
ção, controle de estoque e gerenciamento de projetos. Esses
módulos trabalham juntos para fornecer uma visão holística
das operações da empresa em tempo real, permitindo que a
gerência tome decisões mais informadas e estratégicas [5].
Os benefícios de um software de gestão ERP incluem
maior eficiência, redução de custos, melhor visibilidade
das operações, automação de processos, melhor colaboração
entre departamentos, tomada de decisões mais informadas e
melhoria da satisfação do cliente. No entanto, é importante
selecionar o ERP certo para as necessidades específicas
da empresa e garantir que a implementação e treinamento
2 Atividade 01, 2023
sejam feitos corretamente para garantir o sucesso do sistema
[5].
4) ISO 9001
A ISO 9001 define os requisitos para um SGQ que possa
ser aplicado a qualquer organização, independentemente
do seu tamanho, tipo ou natureza do produto ou serviço
fornecido. O objetivo dessa norma é ajudar as organizações
a fornecer produtos e serviços consistentemente de acordo
com os requisitos do cliente e aprimorar continuamente seus
processos e desempenho geral [3].
Para obter a certificação ISO 9001, a organização precisa
passar por um processo de auditoria e demonstrar que
atende aos requisitos da norma. A certificação é emitida
por organizações independentes de certificação e é válida
por um período limitado de tempo, geralmente três anos,
antes de ser necessário passar por uma nova auditoria de
nova certificação [3].
5) Ciclo PDCA
PDCA, ou ciclo PDCA, é uma metodologia de gestão
de qualidade criada pelo engenheiro norte-americano Walter
A. Shewhart, e posteriormente desenvolvida por William
Edwards Deming. A sigla PDCA significa Plan, Do, Check,
Act (Planejar, Executar, Verificar, Agir), e é um ciclo
contínuo de melhoria que pode ser aplicado em diversas
áreas de uma organização [8].
Os quatro passos do ciclo PDCA são [8]:
• Plan (Planejar): nesta etapa, são definidos os objeti-
vos a serem alcançados e estabelecidos os processos
necessários para atingi-los. É importante que todos os
envolvidos no processo participem do planejamento.
• Do (Executar): aqui, são colocados em prática os
planos definidos na etapa anterior. É importante que
sejam seguidas as diretrizes estabelecidas e que os
resultados sejam medidos.
• Check (Verificar): nesta etapa, os resultados obtidos
são comparados com os objetivos definidos na etapa
de planejamento. É importante analisar os dados de
forma crítica e identificar possíveis desvios.
• Act (Agir): com base nas informações coletadas na
etapa anterior, são tomadas as medidas necessárias para
corrigir os desvios e melhorar o processo. É importante
que as ações tomadas sejam planejadas e executadas
de forma eficaz, para que se obtenham resultados
positivos.
Após a conclusão do ciclo PDCA, o processo deve ser
reavaliado para que se possa identificar novas oportunidades
de melhoria e iniciar um novo ciclo. A aplicação contínua
do ciclo PDCA permite aperfeiçoar os processos e garantir
a qualidade dos produtos e serviços oferecidos pela organi-
zação [8].
6) 5W2H
O 5W2H é uma ferramenta simples, mas poderosa, usada
para planejar e analisar qualquer atividade, projeto ou pro-
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blema. Ele significa [8]:
Quem: Refere-se à pessoa ou pessoas responsáveis pela
realização da atividade ou projeto.
O quê: Refere-se à atividade ou projeto que precisa ser
concluído.
Quando: Refere-se ao cronograma ou cronograma para a
conclusão da atividade ou projeto.
Onde: Refere-se ao local ou local onde a atividade ou
projeto será realizado.
Por quê: Refere-se ao propósito ou objetivo da atividade
ou projeto.
Como: Refere-se ao método ou processo de realização da
atividade ou projeto.
Quanto: Refere-se ao orçamento ou recursos necessários
para concluir a atividade ou projeto.
Ao responder a essas perguntas, indivíduos e equipes
podem obter uma compreensão clara do que precisa ser
feito, quem precisa fazer, como será feito e por que é
importante. Isso pode ajudá-los a tomar melhores decisões
e atingir seus objetivos com mais eficiência [8].
C. POLUIÇÃO X PREVENÇÃO X CORREÇÃO
1) Poluição
A poluição do meio ambiente é a introdução de substân-
cias ou agentes físicos no meio ambiente que causam danos
ou alterações nocivas à saúde humana, aos ecossistemas
e à biodiversidade. Essas substâncias podem ser produtos
químicos, gases, partículas, resíduos sólidos, entre outros. A
poluição pode ser originada de diversas fontes, como indús-
trias, veículos, atividades agrícolas, mineração, construção
civil e até mesmo das atividades cotidianas das pessoas,
como o descarte inadequado de resíduos [9].
Os efeitos da poluição ambiental podem ser graves,
como o aumento da incidência de doenças respiratórias e
cardiovasculares, a morte de animais e a degradação dos
ecossistemas. Além disso, a poluição também contribui para
as mudanças climáticas, que trazem consequências ainda
mais amplas e duradouras. Por isso, é importante adotar
medidas de prevenção e controle da poluição, como o
desenvolvimento de tecnologias limpas, a implementação de
políticas públicas de gestão de resíduos e o engajamento da
sociedade em ações de preservação ambiental [9].
2) Prevenção
A prevenção do meio ambiente refere-se a uma série de
medidas, políticas e práticas destinadas a evitar danos ao
meio ambiente e à promoção da sustentabilidade ambiental.
Isso envolve a identificação e redução de ameaças à saúde
humana e ao meio ambiente, bem como a implementação de
estratégias para minimizar a geração de resíduos, a poluição
e a emissão de gases de efeito estufa [6].
A prevenção do meio ambiente pode ser alcançada por
meio de uma ampla gama de ações, tais como: conservação
da biodiversidade e dos recursos naturais, adoção de práticas
sustentáveis em empresas e empreendimentos, implementa-
ção de políticas governamentais de gestão ambiental, pro-
Atividade 01, 2023
moção do uso de fontes de energia limpa e renovável, entre
outras medidas. Aqui estão algumas maneiras de prevenir
danos ao meio ambiente [6]:
• Reduzir o uso de energia: Usar lâmpadas de baixo
consumo, desligar aparelhos elétricos quando não es-
tiverem em uso, usar equipamentos mais eficientes e
epor consequência, economizar energia sempre que
possível;
• Economia de água: Tomar banhos mais curtos, conser-
tar vazamentos, usar um balde de água para lavar o
carro em vez de uma mangueira, regar as plantas no
final da tarde ou no início da manhã e usar sistemas
de irrigação eficientes;
• Reciclagem: Separar o lixo reciclável do lixo comum
e leva-lo para um ponto de coleta ou reciclagem.
Podendo reciclar plásticos, papel, vidro e metais;
• Usar produtos biodegradáveis: Escolher produtos de
limpeza e de higiene pessoal que sejam biodegradáveis
e menos tóxicos para o meio ambiente;
• Plantar árvores: As árvores ajudam a absorver o dió-
xido de carbono e fornecem sombra e habitat para
animais selvagens;
• Não jogar lixo no chão: Manter as ruas e parques
limpos e descartar o lixo em latas de lixo apropriadas;
• Escolha de produtos sustentáveis: Comprar produtos
que são fabricados de forma sustentável e que não
agridem o meio ambiente.
3) Correção
Quando ocorre a destruição total ou parcial de um espaço
no meio ambiente, faz-se necessário uma recuperação desse
perímetro. Portanto, é realizado uma correção atendendo a
legislações vigentes, normas técnicas e também conside-
rações sobre a região para um trabalho eficiente. Existem
diversas maneiras de contribuir para a correção e proteção
do meio ambiente [4].
As soluções para catástrofes ambientais dependem do tipo
de catástrofe, da sua escala, da sua causa e de outros fatores
específicos. No entanto, aqui estão algumas medidas gerais
que podem ajudar a prevenir e mitigar catástrofes ambientais
[4]:
• Reduzir a emissão de gases de efeito estufa: Isso inclui
a transição para fontes de energia renovável e a redução
do uso de combustíveis fósseis.
• Investir em infraestrutura verde: Construir infraestru-
tura verde, como parques, jardins e corredores verdes,
pode ajudar a absorver a água da chuva e reduzir o
risco de enchentes.
• Preservar ecossistemas saudáveis: Ecossistemas saudá-
veis, como florestas e oceanos, podem ajudar a prevenir
catástrofes, como deslizamentos de terra e tempestades.
• Educação e sensibilização: Educar as pessoas sobre
as causas e os efeitos das catástrofes ambientais pode
ajudar a prevenir futuros desastres.
• Monitoramento e planejamento: Monitorar e planejar
3
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a prevenção e resposta a catástrofes ambientais pode
ajudar a minimizar danos e salvar vidas.
• Adaptação e resiliência: Desenvolver habilidades para
se adaptar e se recuperar de catástrofes ambientais pode
ajudar a reduzir os impactos e proteger as pessoas e os
ecossistemas.
• Cooperação internacional: Trabalhar em conjunto em
nível internacional para prevenir e responder a catás-
trofes ambientais pode ajudar a reduzir sua ocorrência
e minimizar seus efeitos.
D. MÉTODOS DE PREVENÇÃO
1) Economia circular
A economia circular é um modelo econômico que busca
maximizar o valor dos recursos disponíveis, reduzindo a
quantidade de resíduos e minimizando os impactos ambi-
entais. Nesse modelo, os produtos, materiais e recursos são
mantidos em uso pelo maior tempo possível, por meio de
processos como a reutilização, a reciclagem e a remanufa-
tura [11].
Um exemplo de empresa que aplica o método de Econo-
mia circular é a Coca-Cola. A gigante do ramo de bebidas
possui várias iniciativas locais em direção à economia
circular, como a reutilização de suas garrafas de vidro. Em
2019, a engarrafadora Coca-Cola FEMSA Brasil celebrou a
reciclagem de 100 milhões de garrafas PET em um ano, por
meio do centro de coleta SustentaPET. O local funciona em
parceria com catadores de material reciclável e cooperativas,
fortalecendo sua atuação e colaborando para o descarte
correto de resíduos [11].
2) Produção mais limpa
Produção mais limpa é uma abordagem de gestão ambi-
ental que busca reduzir ou eliminar o impacto ambiental da
produção industrial por meio da melhoria da eficiência dos
processos, do uso mais eficiente dos recursos naturais e da
minimização da geração de resíduos e emissões poluentes,
um exemplo de empresa que aborda esse tipo de produção
e a natura [10].
A Natura é uma das empresas brasileiras que aplicam
a produção mais limpa. A empresa assinou compromisso
de desenvolver valores e práticas sustentáveis até 2050. O
investimento nessa visão de futuro se iniciou há algum
tempo, com a troca de matéria-prima, onde 90% de suas
fórmulas são feitas com ingredientes naturais, renováveis e
nativos do país, o que ajuda a desenvolver a economia de
certas regiões do Brasil [10].
Desde de 2006 a organização passou a não testar em
animais, um outro ponto forte. A empresa também vem
investido fortemente em logística reversa. A natura além
de disponibilizar refil para a maioria de suas linhas, ainda
investiu na linha Ekos em embalagens rastreáveis e reci-
cláveis. Isso foi possível através de uma parceria com a
Braskem, e a utilização de plástico verde nas embalagens
dessa linha [10].
4 Atividade 01, 2023
Outro ponto de sucesso na aplicação da produção mais
limpa na Natura, foi o uso de energia solar para ajudar na
redução de emissão de carbono da empresa. A aplicação
de 1.800 m2 na fábrica de Cajamar em São Paulo, permite
uma redução anual de 37 tonelada de CO2. Essa é a maior
instalação de painéis solares do mundo [10].
3) Logística reversa
Logística reversa é o processo de planejamento, imple-
mentação e controle do fluxo de materiais, informações e
recursos financeiros em toda a cadeia de suprimentos, com
o objetivo de recuperar produtos, peças e materiais que
já foram utilizados pelo consumidor final, um exemplo de
empresa que aplica a logística reversa é o McDonald´s [12].
O McDonald’s possui uma ideia interessante com relação
à reutilização do óleo. Material que é amplamente usado
para fritar as batatas fritas oferecidas em suas filiais pelo
Brasil. Conveniada a uma empresa chamada Martin-Brower,
desenvolveu-se uma técnica de logística reversa focada na
sustentabilidade. Assim, utilizada a fim de regularizar o
descarte do óleo utilizado em suas frituras. Os caminhões
que levam os alimentos para as filiais do McDonald’s
recolhem o óleo que restou e os levam para uma análise
do produto. Em seguida, o óleo é encaminhado para uma
usina que o transforma em biocombustível, que é utilizado
para abastecer os próprios caminhões da empresa [12].
4) Ciclo de vida do produto
O ciclo de vida do produto é um modelo que descreve as
diferentes fases pelas quais um produto passa desde a sua
concepção até a sua retirada do mercado. Este modelo é di-
vidido em quatro fases principais: introdução, crescimento,
maturidade e declínio [5].
• Introdução: nesta fase, o produto é lançado no mercado
e as vendas são baixas. As empresas precisam investir
em marketing e propaganda para informar ao público
sobre o novo produto e incentivar a compra;
• Crescimento: a fase de crescimento é caracterizada
por um aumento nas vendas, à medida que o produto
começa a ser reconhecido e adotado pelos consumi-
dores. As empresas precisam investir em produção,
distribuição e promoção do produto para atender à
crescente demanda;
• Maturidade: nesta fase, as vendas começam a se es-
tabilizar e a concorrência pode se intensificar. As
empresas podem buscar novas formas de diferenciação
para manter ou aumentar sua participação no mercado;
• Declínio: nesta fase, as vendas começam a cair, devido
a mudanças no mercado, como a entrada de novos
concorrentes, a obsolescência do produto ou a mudança
nos hábitos do consumidor. As empresas podem optar
por retirar o produto do mercado ou buscar formas
de reavivar as vendas, como lançar novas versões do
produto ou reduzir o preço.
O ciclo de vida do produto é importante para que as
empresas possam entender em que fase do ciclo seus pro-
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dutos estão e tomar as decisões adequadas para garantir a
continuidade do negócio. Isso pode incluir o investimento
em novos produtos, a redução de custos ou a adoção de
novas estratégias de marketing [5].
E. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL X CONSUMO
SUSTENTÁVEL
O consumo Sustentável envolve a escolha de produtos
que utilizaram menos recursos naturais em sua produção,
que garantiram o emprego decente aos que os produziram, e
que serão facilmente reaproveitados ou reciclados. Significa
comprar aquilo que é realmente necessário, estendendo a
vida útil dos produtos tanto quanto possível. Consumimos de
maneira sustentável quando nossas escolhas de compra são
conscientes, responsáveis, com a compreensão de que terão
consequências ambientais e sociais – positivas ou negativas
[2].
O desenvolvimento sustentável e o consumo sustentável
são conceitos intimamente relacionados, que visam garantir
a preservação do meio ambiente e a qualidade de vida das
gerações presentes e futuras. O desenvolvimento sustentável
refere-se a um modelo de desenvolvimento que leva em
consideração os aspectos ambientais, sociais e econômicos
de forma integrada e equilibrada. O objetivo é garantir o
uso responsável dos recursos naturais e a proteção do meio
ambiente, ao mesmo tempo em que se busca a redução
das desigualdades sociais e a promoção do crescimento
econômico [2].
Já o consumo sustentável envolve a adoção de hábitos
de consumo conscientes e responsáveis, que levem em
consideração os impactos ambientais e sociais dos produtos
e serviços que adquirimos. Isso significa optar por produtos
e serviços que sejam produzidos de forma sustentável, com
respeito ao meio ambiente e aos direitos dos trabalhadores
envolvidos na produção. O consumo sustentável também
envolve a redução do desperdício e o reaproveitamento de
recursos, bem como o uso de fontes de energia renováveis
e a adoção de práticas que reduzam a pegada ecológica [2].
Portanto, o desenvolvimento sustentável e o consumo sus-
tentável são complementares e essenciais para a construção
de um mundo mais justo e equilibrado, em que os recursos
naturais são preservados e utilizados de forma responsável,
garantindo a qualidade de vida das pessoas e das gerações
futuras [2].
F. PRODUÇÃO X CONSUMO INTELIGENTE
Produção e consumo inteligente se referem a práticas
sustentáveis que buscam maximizar a eficiência na produção
e no consumo de bens e serviços, minimizando o impacto
ambiental e promovendo a equidade social. Essas práticas
incluem a adoção de tecnologias mais eficientes, a redução
do desperdício, a utilização de matérias-primas renováveis
e a implementação de modelos de negócios circulares [9].
Na produção inteligente, as empresas procuram reduzir o
consumo de energia e matérias-primas, adotando processos
mais eficientes e tecnologias de baixo impacto ambiental.
Atividade 01, 2023
Isso pode ser feito por meio de iniciativas como a uti-
lização de fontes renováveis de energia, a implementação
de sistemas de gestão ambiental, a redução do desperdício
de materiais e a utilização de processos de produção mais
limpos [9].
No consumo inteligente, as pessoas procuram adotar
práticas que reduzam o impacto ambiental de suas atividades
cotidianas, como o uso de transporte público, a escolha
de produtos com menor impacto ambiental e a redução do
desperdício de alimentos. Isso pode ser alcançado por meio
de mudanças nos hábitos de consumo e pela adoção de
tecnologias mais eficientes, como carros elétricos e sistemas
de aquecimento e refrigeração de baixo consumo [9].
Em resumo, a produção e o consumo inteligente visam
promover um estilo de vida mais sustentável e equilibrado,
que leve em consideração as necessidades do planeta e das
gerações futuras [9].
G. POLÍTICAS E PROGRAMAS NAS INDÚSTRIAS
As indústrias podem adotar diversas políticas e progra-
mas sustentáveis para reduzir o impacto ambiental de suas
operações e promover a sustentabilidade. Algumas dessas
políticas e programas incluem [6]:
• Gestão de resíduos: As indústrias podem implementar
sistemas eficientes de gestão de resíduos para reduzir
a quantidade de resíduos produzidos e minimizar o
impacto ambiental desses resíduos.
• Eficiência energética: As indústrias podem adotar me-
didas para reduzir o consumo de energia, como a
adoção de tecnologias de eficiência energética, a im-
plementação de sistemas de gestão de energia e a
utilização de fontes de energia renovável.
• Conservação de recursos: As indústrias podem im-
plementar programas para a conservação de recursos
naturais, como a água e o solo. Isso pode incluir
a adoção de práticas de gestão de água e solo, a
utilização de tecnologias de conservação de recursos
e a implementação de programas de reciclagem.
• Produtos ecológicos: As indústrias podem produzir
produtos ecológicos que são feitos com materiais sus-
tentáveis e que têm um menor impacto ambiental.
• Certificações ambientais: As indústrias podem obter
certificações ambientais, como a ISO 14001, que de-
monstram o compromisso da empresa com a sustenta-
bilidade e a responsabilidade ambiental.
• Parcerias com a comunidade: As indústrias podem
trabalhar em parceria com a comunidade local para
promover a sustentabilidade e apoiar projetos de con-
servação ambiental.
• Educação ambiental: As indústrias podem desenvolver
programas de educação ambiental para conscientizar
seus funcionários, clientes e fornecedores sobre a im-
portância da sustentabilidade e das práticas ambiental-
mente responsáveis.
5
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H. SER HUMANO X MEIO AMBIENTE VICTHOR O. CARRAZONE Nascido em 2000,

De acordo com o ecologista Arne Naess, o indivíduo deve natural de Porto Velho, graduando em Gestão de
Segurança Privada e discente regular do curso
conviver em harmonia com o meio ambiente e protegê- Técnico em Mecatrônica no Senai CETEM -
lo não apenas por causa da sua importância a sociedade. Centro Tecnológico Dr. Volkmar Schuller.
Esse conceito estipulado pelo escritor refere-se as atitudes
que os seres humanos fazem diariamente com o meio
ambiente, entre elas, a poluição, degradação e desgaste do
mesmo. Logo, essa frase retoma ao dever do indivíduo
de conviver com políticas públicas, atitudes sustentáveis,
consumo de produtos ecológicos, ter uma gestão de resíduos
e principalmente, agir de maneira preventiva para um meio
ambiente mais limpo e de possível convivência para todos
[7].

Referências
[1] ÁVILA, Rafael. Como Usar Análise SWOT Quando For Expandir
Sua Empresa. Disponível, em: <https://blog.luz.vc/como-fazer/como-usar-
analise-swot-quando-forexpandir-sua-empresa/2>. Acesso em: 07 mar.
2023.
[2] BELLEN, H. M. van. Indicadores de sustentabilidade: uma análise com-
parativa. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.
[3] ESAG, Júnior. A Função do Planejamento Estratégico no Cresci-
mento Empresarial. Disponível em <http://esagjr.com.br/planejamento-
estrategico-nocrescimento-empresarial/>. Acesso em: 06 mar. 2023.
[4] FIALHO, Francisco A. P.; et al. Gestão da sustentabilidade na era do
conhecimento. Florianópolis: Visual Books, 2008.
[5] GESTÃO INDUSTRIAL. Lean Manufacturing: Reduzindo
Desperdícios e Aumentando a Qualidade. Disponível em:
<http://gestaoindustrial.com/index.php/industrial/manufatura/lean-
manufacturing>. Acesso em: 07 de mar. de 2023.
[6] LEFF, E. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade,
poder. Petrópolis: Vozes, 2011.
[7] NAESS, A. The deep ecological movement: some philosophical aspects.
1986. mimeo.
[8] NEGRI, Marlon; HURSE, Wanderley Horn. A Ferramenta de Prospecção
de Cenários no Processo de Tomada de Decisão, 2013.
[9] NUNES, Luciana dos S. Regulação e sustentabilidade: o caso do setor pe-
tróleo no Brasil. Tese (Doutorado em Ciências e Planejamento Energético)
- Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPE. Rio de Janeiro, 2005.
Disponível em: <http://www.ppe.ufrj.br/ppe/production/tesis/lnunes.pdf>.
Acesso em: 06 mar. 2023
[10] REDE DE PRODUÇÃO MAIS LIMPA. Guia da produção mais limpa.
Disponível em:<http://www.gerenciamento.ufba.br/Downloads/guia-da-
pmaisl.pdf>. Acesso em 07 mar. 2023.
[11] VAN DEN BERG, M. R.; BAKKER, C. A product design framework for a
circular economy. In: In: PRODUCT LIFETIMES AND THE ENVIRON-
MENT CONFERENCE, Nottingham, 2015. Proceedings. Nottingham:
Nottingham Trent University, 2015
[12] VAZ, Letícia. Educação Ambiental e Logística Reversa. 2012, 9f. Mono-
grafia (Graduação em Engenharia Ambiental) - Universidade Federal de
São Carlos-UFSCar, São Carlos, 2012.

JELYSSON M.A. FRANÇA Nascido em 1999,

natural de Porto Velho, possui curso Técnico
em Eletromecânica, graduando em Engenharia
Elétrica e discente regular do curso Técnico em
Mecatrônica no Senai CETEM - Centro Tecnoló-
gico Dr. Volkmar Schuller.

6 Atividade 01, 2023