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Capítulos 6 e 7

Introdução – com quem Skinner está falando?

Filósofos da linguagem; lógicos; linguistas; psicólogos cognitivistas que descreveram a


cognição partindo de modelos computacionais; epistemologos; gestaltistas.

2. O que ele busca?

“A linguagem tem caráter de coisa (...) uma concepção muito mais produtiva é a de
comportamento verbal” (p.79)

- Ter, possuir X ser capaz de; tencionar a (propriedades X disposições).

“Erros de categoria são frases como “O número dois é azul”, “A teoria da relatividade
está tomando café da manhã” ou “As ideias verdes dormem furiosamente” – Uma
maneira de compreender a crítica de Skinner é compreendendo que o a mente e a
linguagem são disposições que são tratadas como substantivos. “A linguagem tem um
caráter de coisa, algo que a pessoa adquire ou possui”

- internalismo x externalismo na gênese da “mente”. (ex. do self na FAP)

Capítulo 6

(p.79) “Tem caráter especial tão só porque é reforçado por seu efeito pelas pessoas”
– A linguagem é um repertório desenvolvido e mantido por comunidades verbais.

(p.80) “Afora um público pertinente ocasional, o comportamento verbal não requer


suporte ambiental”. – Uma vez modelado o repertório, o controle por estímulos pode
ser inteiramente privado (eg. o conde de Monte cristo e Hannibal).

(p.81) “O significado não é corretamente visto como uma propriedade ou da


resposta, ou da situação, mas sim como propriedade das contingências responsáveis
pela topografia (...) e do controle por estímulos” – Exemplo do experimento sobre
adrenalina e perigo x prazer. O significado não é relativo à forma (Gestalt); nem dado
pela cognição (cognitivistas), mas sim pelo contexto.

(p.82) “Não há significados que sejam os mesmos para falante e ouvinte...” A


resposta idiossincrática a proposições deve ser buscadas na história de reforçamento
(eg. Davidson e Wittgenstein)

Capítulo 7

(p.91) “(...) considerarei certo número de processos comportamentais que deram


origem à invenção daquilo que é usualmente chamado de processos mentais
superiores” – crítica à idéia de que percebemos, processamos e agimos (sensação,
percepção, atenção, memória, afetividade... etc).

(p.92) “Em geral, porém, o termo [pensamento] se refere a um comportamento


acabado [discreto] (...) o comportamento oculto é quase sempre adquirido de forma
manifesta” – Pensamentos são comportamentos privados que no entanto são
modelados em uma comunidade verbal a partir de emissões públicas. Uma criança
“pensa em voz alta”.
(p.93) “O que está envolvido na atenção não é uma mudança de estímulos ou
receptores, mas as contingências subjacentes ao processo de discriminação”. –
Atenção deve ser substituído por atentar e o processo quase sempre envolve um
rearranjo no controle por estímulos (eg. respire e feche os olhos).

(p.95) “Procurar alguma coisa é comportar-se de maneiras que foram reforçadas


quando se achou alguma coisa” – buscar/procurar não é sondar um mundo mental
mas sim aumentar a probabilidade de que certas respostas possam emergir diante de
um contexto onde este comportamento produzirá reforçadores (lembre aí, vá...!)

O autor segue o mesmo modelo para investigar outros “processos mentais superiores”

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