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Todas as pessoas, até certo ponto, preocupam-se com cada uma das questões. O rótulo
“ponto de referência ou inclinação profissional” indica uma aérea de tamanha
importância que a pessoa não abre mão dela e acaba definindo sua autoimagem em
função dessa aérea, a qual vai predominar em cada etapa da carreira. Para compreender
claramente este conceito, é preciso examinar cada um dos pontos de referência e
verificar como pessoas com inclinações divergentes diferem uma das outras. As
seguintes descrições dos oito pontos destinam-se a proporcionar essas informações ao
leitor. Cada descrição começa fornecendo as características gerais do tipo de referência
e, em seguida, examina as questões que dizem respeito a como lidar com aquela
inclinação, inclusive o tipo de trabalho, remuneração e benefícios, sistema de promoção
e reconhecimento preferido.
Aptidão técnico- funcional
Promoção para tal pessoa não tem que obedecer necessariamente a uma
hierarquia. Se ela já receber um salário compatível ao pago no mercado externo, reagirá
favoravelmente ao ser designada para um cargo com atribuições mais amplas ou se
puder contar com maior alocação de recursos, áreas de responsabilidade, orçamento
maiores, mais apoio técnico ou maior número de subordinados, ou ainda se for
consultada mais vezes em decisões de alto nível por integrar comissões ou força-tarefa
chave.
Costuma-se afirmar que o poder decisório esta nas mãos do diretor geral.
Contundo, seria mais correto dizer que eles são capazes de identificar e colocar os
problemas de tal forma que decisões possam ser tomadas. O processo decisório cabe a
esta pessoa e para isto deve ser capaz de pensar de modo integrado, levando em conta
as múltiplas funções.Isto requer competência em vários campos.
Grande parte das informações técnicas que entra no processo de decisão está
cada vez mais nas mãos de subordinados e pares com âncoras de carreiras técnico-
funcional. Portanto, a qualidade das decisões depende grandemente da capacidade do
diretor geral de reunir as pessoas certas com o fim de solucionar problemas e então criar
um clima que favoreça a troca máxima de informações e o empenho total dessas
pessoas. Cada vez mais esta tomada de decisão ocorre em grupos, porque a
complexidade dos problemas requer que as pessoas compartilhem a informação para
solucionar problemas. Assim, habilidades de grupo são muito importantes para diretores
gerais.
Aqueles que descobrem que não têm talento para supervisionar ou, na verdade,
não gostam deste tipo de trabalho, sentem-se atraídas por outras atividades e ancoram
sua carreira em torno de competência técnica/funcional, autonomia ou até mesmo de
atividades empreendedoras. É crucial que as organizações criem sistemas de carreira
que possibilitem a estas pessoas deixarem a posição de supervisão, se não são talhadas
para esta função, preferivelmente sem penalidades. É comum o melhor engenheiro ou
vendedor ser promovido a supervisor, para fracassar nessa função, mesmo em
detrimento de outras possibilidades de carreira na empresa.
O diretor geral difere das pessoas com outras inclinações, principalmente porque
têm competência analítica, habilidade no trato interpessoal e intergrupal e competência
emocional. Não conseguem funcionar sem um certo grau de cada uma dessas áreas de
competência, embora nenhuma delas precise ser desenvolvida em um nível muito alto.
Para o gerente geral, o essencial é a combinação das habilidades, enquanto a pessoa
técnico-funcional precisa de um alto desenvolvimento de uma determinada habilidade.
Nesses aspectos, os gerentes gerais diferem bastante dos gerentes funcionais e aprender
a ser um gerente geral demora mais, porque essas competências só podem ser
aprendidas através da experiência real.
Todos tem necessidade de certo grau de autonomia, que varia ao longo da vida.
Entretanto, para algumas pessoas essas necessidades tornam-se prementes; sentem que
precisam ser donas de seus próprios destinos, sempre. Às vezes, a necessidade de
autonomia extrema resulta de altos níveis de educação e profissionalismo, nos quais o
próprio processo educacional ensina a pessoa a ser totalmente autoconfiante e
responsável. Geralmente, esses sentimentos são desenvolvidos na infância, por métodos
de educação que encorajam a autoconfiança e a independência.
Elas obtêm parte de sua satisfação identificando-se com suas organizações, ainda
que não ocupem cargos importantes.
Os muito talentosos desse grupo atingem altos níveis nas organizações, mas
preferem trabalhos que exijam desempenho constante e previsível. Os menos talentosos
podem estacionar na gerência média ou em posições de assessoria e gradativamente
tornam-se menos envolvidos. Quando alcançam a estabilidade que procuram, ficam
satisfeitos com qualquer nível que tenham atingido. Se tiverem talentos não utilizados,
procuram atividades fora do trabalho ou da carreira onde possam exercer esses talentos.
Algumas pessoas descobrem cedo na vida que têm uma necessidade premente de
criar seus próprios negócios, desenvolver novos produtos ou serviços, construir novas
organizações através da manipulação financeira ou assumir negócios estabelecidos para
reestruturá-los de acordo com seus próprios padrões. Estes nem sempre são inventores
ou artistas criativos apenas, embora, às vezes alguns se tornem empresários. Tampouco
devem ser confundidos com pesquisadores criativos, analistas de mercado ou executivos
de publicidade. Neste grupo, o ímpeto criativo está voltado especificamente para a
criação de novas organizações, produtos ou serviços que possam ser identificados com o
próprio esforço do empreendedor, que sobreviverá por conta própria e será
economicamente bem sucedido. Fazer dinheiro, então, é uma medida do sucesso.
Entretanto, nem todo mundo que tem ocupações orientadas para o dever é
motivado pelo desejo de servir. Alguns médicos, advogados, sacerdotes e assistentes
sociais podem ter como referência a competência Técnico- Funcional, autonomia ou
segurança; alguns podem querer tornar-se diretores gerais. Sem conhecer qual ponto de
referência está, realmente atuando, não se saberá o que o ocupante da carreira quer
efetivamente.
Tipo de trabalho. Pessoas desse grupo desejam um trabalho que lhes permita
influenciar as organizações que os empregam ou a política social na direção de seus
valores. Um bom exemplo deste tipo de pessoa é um professor de agricultura que deixa
um cargo universitário, que lhe garante estabilidade, para aceitar um emprego como
administrador de planejamento ambiental em uma grande empresa mineradora. .Ele
afirmou que continuaria a trabalhar para esta empresa, enquanto pudesse fazer o
planejamento ambiental principal e tivesse o poder da execução sob seu comando.