1) As principais críticas ao regime jurídico das sociedades limitadas são os altos quóruns necessários para deliberações e a regra que permite que 1⁄4 do capital social opõe à cessão de quotas para não-sócios. Uma norma melhor prevêria maioria absoluta para deliberações significativas e direito de preferência aos sócios em caso de cessão.
2) A exclusão de sócios ocorre por motivos previstos no contrato ou por falência, inadimplemento, incapacidade ou justa causa. Esta última é
1) As principais críticas ao regime jurídico das sociedades limitadas são os altos quóruns necessários para deliberações e a regra que permite que 1⁄4 do capital social opõe à cessão de quotas para não-sócios. Uma norma melhor prevêria maioria absoluta para deliberações significativas e direito de preferência aos sócios em caso de cessão.
2) A exclusão de sócios ocorre por motivos previstos no contrato ou por falência, inadimplemento, incapacidade ou justa causa. Esta última é
1) As principais críticas ao regime jurídico das sociedades limitadas são os altos quóruns necessários para deliberações e a regra que permite que 1⁄4 do capital social opõe à cessão de quotas para não-sócios. Uma norma melhor prevêria maioria absoluta para deliberações significativas e direito de preferência aos sócios em caso de cessão.
2) A exclusão de sócios ocorre por motivos previstos no contrato ou por falência, inadimplemento, incapacidade ou justa causa. Esta última é
1) A principal crítica doutrinária ao regime jurídico das sociedades limitadas é o
quórum elevado necessário para uma série de deliberações sociais relevantes.
Destacam-se os quóruns de ¾ do capital social para qualquer modificação do contrato social ou operação de incorporação, fusão e dissolução da sociedade (art. 1076, I/CC) e de 2/3 para designação de administradores não sócios (art. 1061/CC). Esses dispositivos são considerados cogentes, de modo que sequer há possibilidade de adequação do regime legal aos interesses particularizados dos sócios.
O problema de tais quóruns é o alto risco de impasse quando há maior fragmentação do
capital ou número de sócios, ainda que um deles detenha porcentagem significativa da participação societária (60 ou 70%, p.ex.). Essa inação sói gerar prejuízos econômicos significativos, dificultando, inclusive, o acesso ao crédito para sociedades que não detenham grande concentração de capital em um sócio. Uma norma mais adequada preveria a maioria absoluta da participação social para as deliberações significativas, como existe para as sociedades anônimas (art.129, LSA), sem prejuízo de o contrato social prever quórum mais rigoroso a depender da vontade dos sócios.
Outra crítica ao regramento das sociedades limitadas é a regra supletiva de que ¼ do
capital social pode opor-se à cessão de quotas para não-sócios (art. 1057/CC). O código perdeu a oportunidade de ratificar a livre cessibilidade das quotas e, além disso, exigiu quórum baixo para a oposição. Ausente disposição de vontade expressa no contrato social, a melhor regra seria fornecer direito de preferência aos sócios, tanto por tanto, ao invés da possibilidade de vedar a cessão das quotas imotivadamente.
2) A exclusão do sócio nas sociedades limitadas decorre de hipóteses previstas no
contrato social ou das seguintes hipóteses legais: (i) falência ou liquidação da quota por credor do sócio (art. 1030, §único), (ii) inadimplemento na integralização das quotas (art. 1058), (iii) incapacidade superveniente (art. 1030) e (iv) justa causa (art. 1030 c/c 1085). A mais controversa das hipóteses é o elástico conceito de falta grave, justa causa ou atos de inegável gravidade. É certo que a conduta deve prejudicar o desempenho da sociedade, violando o dever genérico do sócio de agir conforme a boa-fé objetiva e no interesse social. Não se pode admitir, malgrado entendimento de parte da jurisprudência, a simples alegação de quebra da affectio societatis, como se qualquer desavença entre os sócios, inclusive no plano pessoal ou de menor importância, justificasse a exclusão do minoritário. Como regra, os motivos (iii) e (iv) exigem ação judicial, enquanto os demais operam com deliberação assemblear. Porém, a exclusão por justa causa pode ser realizada extrajudicialmente, desde que haja cláusula no contrato que autorize esse procedimento e haja deliberação por maioria absoluta em assembleia de sócios convocada especialmente para esse fim, garantido o direito de defesa do sócio excluído (art. 1085/CC). A exclusão deve ser inscrita no Registro competente para produzir seus efeitos perante terceiros.
Salvo disposição contratual, há controvérsia quanto ao critério legal supletivo para a
apuração dos haveres, se o valor patrimonial da sociedade ou seu valor econômico, aqui incluído o prognóstico de desempenho futuro (o chamado good will). Entretanto, a referência a ‘situação patrimonial da sociedade, à data da resolução’ do art. 1031/CC e, com maior clareza, o art. 605/CPC fundamentam a primeira alternativa, isto é, a quantificação com base no valor contábil dos ativos da sociedade, individualmente considerados, no momento da dissolução parcial. Deve-se fazer um balanço especialmente levantado, no qual cada bem será mensurado com base em seu preço de mercado, em oposição ao critério contábil ordinário do preço de compra. Além da literalidade do texto legal, o valor econômico da sociedade na prática conferiria uma opção de venda ao sócio excluído, o que violaria a finalidade sancionatória da exclusão e prejudicaria os demais sócios ao reduzir-lhes o capital para a manutenção do objeto social.
3) De acordo com o art. 4° da Lei das Sociedades Anônimas, a companhia aberta é a
sociedade por ações cujos valores mobiliários por ela emitidos podem ser negociados em mercados de valores mobiliários. O critério é formal, na medida em que se exige apenas a aptidão de negociação, por meio de registro na Comissão de Valores Mobiliários. Essa qualificação jurídica gera um regime mais regulado, que prescreve órgãos de fiscalização societários obrigatórios e um padrão mais intenso de transparência para o mercado.
A vantagem mais imediata da abertura de capital é o acesso ao financiamento por meio
do mercado mobiliário, uma fonte volumosa e eficiente de investimento para grandes empreendimentos. Essa opção de investimento também propicia a diluição de riscos com acionistas e a maximização do valor do controle da companhia aberta na medida em que ela costuma empregar métodos mais profissionalizados de gestão. Finalmente, também é relevante uma mediação mais distanciada com os financiadores da companhia em comparação ao crédito bancário, que costuma impor significativas restrições às escolhas da companhia. Os acionistas, por sua vez, mantêm um contato mais impessoal com a companhia, atuando por meio do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal.