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Questão 2: Por força da aplicação subsidiária dos artigos 322 e 324 do CPC e da incidência do art.
840, §1° da CLT para a reclamação escrita, patrocinada por advogado contratado pelo reclamante, o
pedido deve ser certo e determinado. Dessa forma, a simples indicação de ‘reflexos nas verbas
rescisórias’, sem qualquer cálculo ou parametrização do valor pleiteado enseja a inépcia do pedido,
acolhendo-se a preliminar. Mister salientar que não havia qualquer circunstância que
impossibilitava à parte o cálculo do quantum requerido.
Questão 3: De acordo com o art. 114, VI da CR, as demandas de indenização por dano moral
decorrentes de relação de trabalho devem ser julgadas pela Justiça do Trabalho. In casu, o dano
moral teria ocorrido por postagem no Facebook, com conteúdo causado pela conduta supostamente
discriminatória da empresa no ato de dispensa por justa causa. Ainda que as redes sociais da
reconvinda sejam ambiente extralaboral, vislumbro nexo de causalidade entre a relação de emprego
e a conduta que ensejaria indenização, subsumindo-se à hipótese do dispositivo constitucional
supracitado. Por isso, deve ser rejeitada a preliminar de incompetência material da Justiça do
Trabalho.
Questão 5: a dispensa da reclamante foi motivada por discriminação contra a gestante, ensejando
aplicação do art. 4°, I da Lei 9.029/95. A ilicitude evidencia-se pela determinação por parte da
empresa de que a reclamante deveria deixar a função de supervisora para retornar à de secretária,
inclusive com redução salarial, somente um dia após a divulgação de seu estado gravídico. A
justificativa para tal exigência era medida de proteção à saúde do feto, o que se afigura infundado
ante a ausência de insalubridade da posição de supervisora. Após a recusa da empregada,
consumou-se a dispensa discriminatória, o que engendra à autora o direito de reintegração ao ofício
de supervisora com ressarcimento integral pelo período de afastamento