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LOGISTICA
ANTRAM –Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias
ANTRAM
Centro de Estudos Técnicos
Rua do Conselheiro Lopo Vaz, lote AB -Esc. A
1800-142 Lisboa
PORTUGAL
LOGÍSTICA 2 CP
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ÍNDICE
A LOGÍSTICA ...................................................................................................................................................... 5
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................................................... 5
2. O CONCEITO DE LOGÍSTICA ............................................................................................................................. 7
3. CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS ....................................................................................................................... 11
4. A GESTÃO LOGÍSTICA..................................................................................................................................... 12
5. OS SISTEMAS DE CONTROLO .......................................................................................................................... 13
6. A FILOSOFIA JIT ............................................................................................................................................ 14
6.1. Introdução............................................................................................................................................ 14
6.2. Princípios de base do JIT .................................................................................................................... 15
6.3. O JIT na distribuição .......................................................................................................................... 16
6.4. Um exemplo da distribuição em JIT ................................................................................................... 17
7. O VALOR ACRESCENTADO LOGÍSTICO .......................................................................................................... 18
7.1. Introdução............................................................................................................................................ 18
7.2. A logística do futuro ............................................................................................................................ 18
7.3. Os ciclos curtos de produção ............................................................................................................... 19
8. Auditoria e controlo da função logística ................................................................................................ 20
9. O serviço ao cliente ................................................................................................................................. 22
EXERCÍCIOS .................................................................................................................................................. 28
2. CASOS DE AVALIAÇÃO ........................................................................................................................... 30
RESOLUÇÃO DOS CASOS ............................................................................................................................ 32
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A LOGÍSTICA
1. Introdução
O termo logística, tal como é entendido hoje em dia, tem origem na época das
campanhas de Napoleão. Este apercebeu-se que não era suficiente apenas dispor
de soldados treinados e motivados mas que era pelo menos tão importante dispor
de aprovisionamentos correctos, disponíveis no local e no momento certo. Por esta
razão a atenção dada à logística tem vindo a aumentar.
Por exemplo: antes de uma refeição ser servida à mesa já tiveram lugar muitas
operações. Antes de a família poder efectivamente comer, têm de ser efectuadas as
seguintes operações:
compras
armazenamento das matérias primas
produção
armazenamento dos produtos prontos a consumir
distribuição
consumo
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Uma vez efectuadas, estas operações serão executadas e controladas pela nossa
família média. A família “Logística” engloba o pai, a mãe e os seus dois filhos X e Y.
Estamos a comparar o conjunto dos membros da família com uma organização, na
qual a direcção bicéfala pertence aos pais e onde os dois filhos são os
colaboradores. Esta organização engloba vários sectores e várias actividades
logísticas.
Compras
O sector Compras é constituído entre outros pelo filho X. O sector Compras regista
uma encomenda de compras a fazer vindo do sector de planeamento, via seu
director, a Da Logística. Por esta razão, uma certa quantidade de dinheiro foi posta à
disposição pelo Sr. Logística. É o que se designa por orçamento de Compras.
As mercadorias que são requisitadas todos os dias, como por exemplo doces, são
armazenadas na parte da frente de uma prateleira de provisões, enquanto que as
mercadorias menos correntes, como o vinho, são armazenadas na cave.
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A Produção
A Da Logística por exemplo pode receber a ajuda de X e Y, mas pode também ser
ajudada por aparelhos como o fogão.
Distribuição
O processo assim descrito, é (em parte) o processo logístico. Engloba acções que
foram ligadas umas às outras.
2. O conceito de Logística
Tudo o que foi acima referido leva-nos à seguinte pergunta: “O que é a Logística?”A
resposta a esta pergunta directa não é, porem, nada fácil. O conceito de logística
não é uma fórmula exacta e intemporal. O conceito tem evoluído naturalmente a par
e passo com a evolução do mercado.
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Duplo movimento:
Fluxo de mercadorias regulado de
Juzante para Montante através do
fluxo de informações
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Actualmente os autores que abordam este tema adoptam definições que no seu conjunto
constituem uma análise multifacetada sobre o conceito de Logística.
Assim, o U.S. Council of Logistics Management define Logística como sendo “O processo
de planeamento, implementação e controlo (duma forma eficaz e ao mínimo custo) do fluxo
físico e de informação, de matérias primas, produtos em fabricação e produtos acabados,
desde o ponto de origem até ao local de consumo, de acordo com as especificações do
cliente”.
A American Production and Inventory Control Society (APICS) define Logística como sendo
“O sistema que planeia e coordena os movimentos físicos de uma empresa, tais como,
fluxos de matérias primas, acessórios e produtos acabados, de tal maneira que o serviço
desejado seja atingido ao mais baixo custo possível”.
O conceito de Logística também pode ser apresentado através dos Sete R´s (SEVEN R´s),
ou seja “A Logística assegura a disponibilidade de produto certo (right product), na
quantidade certa (right quantity), na condição certa (right condition), no lugar certo (right
place), no tempo certo (right time), ao cliente certo (right customer), ao custo certo (right
price).
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ECO-LOGÍSTICA
ORIGEM
matérias primas
partes e componentes
processamento inicial
fábrica
fluxo Físico
fluxo Informação
depósito central
centros de
distribuição
retalhistas
MERCADO FINAL
LOGÍSTICA
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3. Características principais
LOGÍSTICA
A análise sistémica é efectuada visto que o funcionamento do sistema não deve ser
avaliado tendo em conta a agregação das actuações particulares de cada elemento que o
compõe, porque o todo é diferente da soma das partes.
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4. A gestão logística
A gestão logística tem como objectivo gerir o fluxo de mercadorias com a ajuda de fluxos
correctos de informação (os quais permitem, por exemplo, estabelecer um bom
planeamento) e assim controlar o fluxo financeiro. Os fluxos de mercadorias, financeiro e
de informação devem estar associados uns aos outros de modo que os resultados finais da
empresa sejam optimizados.
O fluxo de informações pode ser dividido de forma semelhante. Num armazém podemos
dizer que os expedidores encarregam-se do fluxo de entrada de informações com a ajuda
de folha de expedição e do diário de viagem.
Existem várias actividades que dizem respeito à organização e ao controlo do fluxo das
mercadorias. Uma destas actividades é, por exemplo, o planeamento do departamento de
produção.
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5. Os sistemas de controlo
Como foi visto anteriormente, é muito importante para uma empresa conseguir controlar o
seu funcionamento (fluxos de mercadorias, financeiro e de informação). Este controlo tende
a realizar os objectivos fixados e pode operar-se de muitas maneiras. Cada empresa ou
organização deverá criar os seus próprios sistemas de controlo (que dependem, entre
outras coisas, do produto).
Por exemplo: um farmacêutico necessita ter em stock uma certa quantidade de todos os
medicamentos de modo a poder satisfazer a procura.
4.Sistema de controlo dos projectos: a ordenação dos trabalhos determina o início de novas
tarefas.
Por exemplo: um construtor civil assegurar-se-á, uma semana antes de começar a fabricar
o betão, que a confragem já está preparada.
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6. A filosofia JIT
6.1. Introdução
O conceito JIT pode ser aplicado a todos os aspectos da gestão e influencia a maneira
como funciona cada um dos sectores de uma empresa. Mesmo assim, o JIT não necessita
de ser aplicado como um conceito constitutivo da gestão. Em função do tipo de empresas, é
perfeitamente possível pôr em prática os componentes do conceito JIT.
A filosofia JIT baseia-se na ideia de que os stocks estão na origem de todos os problemas e
que isto oculta continuamente os verdadeiros problemas. Reduzindo os stocks, os
problemas tornam-se mais visíveis: consequentemente eles devem ser eliminados e os
desperdícios que eles originaram desaparecem.
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Mas o JIT é mais do que isto. É uma preocupação constante de melhoria dos processos de
produção e de distribuição de tal modo que as performances da empresa coincidam com as
exigências flutuantes do mercado. Consequentemente, os princípios da filosofia JIT podem
ser aplicados tanto à indústria como ao comércio e aos serviços.
Trabalhar em função do cliente deve ser naturalmente uma evidência real para qualquer
empresa. O JIT tende a adaptar as exigências de performances internas com esse aspecto.
Se forem conhecidas as exigências do mercado, podemos estabelecer as exigências da
performance interna de modo a que estas se adaptem de uma forma óptima ao mercado.
O JIT preocupa-se mais com os mecanismos de base. Entende-se por mecanismos de base
as actividades da empresa tais como o Desenvolvimento, as Compras, a Produção, a
Montagem e a Distribuição.
Uma primeira exigência para que os processos de base funcionem da melhor forma é o
cumprimento dos princípios: zero defeitos, zero avarias.
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O JIT esforça-se por realizar uma produção e uma distribuição organizadas que sejam ao
mesmo tempo flexíveis e eficazes.
Segundo a teoria do JIT, a planificação é antes de tudo considerada como uma ferramenta
de médio prazo. Para o curto prazo, tenta-se trabalhar com sistemas que se adaptam
directamente ou automaticamente às variações da procura. O fornecimento das matérias
primas é a preocupação principal.
A maneira como o princípio do JIT liga os circuitos dos fluxos de mercadorias é tão evidente
que a gestão desempenha o seu papel em pleno.
Quando se fala da distribuição num sistema JIT, pensa-se tanto nos aprovisionamentos
como na distribuição dos produtos. Ao aprovisionar com pontualidade e flexibilidade, um
utilizador melhora o desempenho dos seus processos e evita parcialmente a necessidade
de manutenção de stocks de segurança, de matérias primas ou de produtos
comercializáveis.
Nesta fase final do fluxo de mercadorias, mal-entendidos e erros podem mesmo aniquilar
uma primeira fase perfeitamente executada.
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Friskip, fornecedor de produtos para aves de capoeira “mais frescos do que frescos”, deve
colocar os seus produtos nos estabelecimentos quando estes estão frescos. Aqui, a
distribuição JIT deve ser aplicada. O decorrer do processo de encomenda - produção -
distribuição deve ser executado em 24 horas.
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Durante o decorrer do dia, as carnes são distribuídas pelas diversos pontos de entrega. Ao
mesmo tempo, as listas para a embalagem e a entrega são preparadas para os turnos da
tarde, tendo as respectivas encomendas chegado da parte da manhã. Seguidamente todo o
ciclo recomeça.
7.1. Introdução
Relativo ao ambiente e devido a uma legislação cada vez mais restritiva, que assenta
fundamentalmente no conceito do poluidor-pagador, surge um novo fluxo físico de sinal
contrário que é constituído basicamente pela transformação de detritos, “avariados” e
embalagens entre outros em bens reciclados ou reutilizáveis.
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Este ciclo é designado por Logística Ecológica (green logistics) e a ele está associada uma
indústria em franco crescimento. Esta nova indústria pressupõe, à imagem da tradicional,
transporte, recepção, armazenamento e processamento, ou seja, um conjunto de
actividades logística ou afins.
Fechará o ciclo quando tornar o produto reciclado em matéria prima de outros cujo processo
está do lado do fluxo origem-mercado final.
O Valor Acrescentado Logístico (VAL) chega mais longe do que os serviços da logística. É
uma associação entre serviços logísticos (transporte, armazenagem e distribuição) e
actividades de produção de tal modo que as tendências do mercado local podem ser
exploradas rápida e eficazmente nas duas direcções.
Estes estão mais conscientes, do que quaisquer outros, da versatilidade crescente das
necessidades do consumidor e do encurtamento dos ciclos de produção. Antigamente as
empresas podiam controlar a variação de um produto particular durante anos.
Agora, elas são forçadas a introduzir no mercado um certo número de gamas num só ano.
“Com um condição no entanto: a produção deve poder ser controlada em função das
encomendas, o que exige uma tecnologia moderna”.
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Tal auditoria, pode incluir uma avaliação de todo o pessoal, da estrutura organizacional e do
“desenho” do sistema no seu todo, devendo, para isso, ser analisadas todas as
determinantes do sistema logístico. Mudanças substanciais na procura, serviço ao cliente,
políticas de preço, etc. podem determinar a necessidade de uma revisão estratégica.
Analisemos de seguida algumas variáveis.
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Custos logísticos: A quantidade de dinheiro gasto pela Logística determina muitas vezes a
necessidade de repensar estratégias. Uma empresa que produza equipamentos de
engenharia de elevado valor e que tenha um custo de distribuição de 10% sobre as vendas
poderá preocupar-se menos com a estratégia logística.
Por outro lado, uma empresa que produza produtos químicos ou alimentares pode ter
custos de distribuição física na ordem de 30% sobre as vendas. Quando os custos têm
estas proporções mesmo pequenas alterações nos custos de inventário e preços de
transporte podem fazer reformular a estratégia logística no seu conjunto.
Auditoria aos stocks: As auditorias aos stocks são essenciais no controlo de inventários.
Um sistema típico de controlo de inventários efectua os reajustamentos necessários
provocados por devoluções à fábrica, obsolescência, etc. Mas, outros factores podem
ocorrer e causa disparidades entre os registos administrativos e as quantidades físicas
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Outras auditorias: Embora com um carácter menos regular do que as precedentes, podem
ser elaboradas várias auditorias. Utilização de espaço em armazém, níveis de produtividade
no armazém, níveis de utilização de frota de transporte, representam várias áreas
específicas que podem ser auditadas.
Relatórios regulares: Para permitir um controlo efectivo de toda a função logística, são
normalmente sugeridos três tipos chave de relatórios de produtividade e o gráfico de
performance.
Relatórios custo-serviço: Estes relatórios têm como objectivo mostrar os custos dos
aprovisionamentos e da distribuição física, bem como os correspondentes níveis de serviço
ao cliente atingido durante um período de tempo.
9. O serviço ao cliente
Não existe nenhuma definição geral deste serviço. Muitas vezes, este serviço engloba todas
as interacções consideradas como importantes entre a empresa e os seus clientes. Na
realidade, a definição do serviço ao cliente depende de cada situação em particular. Mesmo
no seio de uma empresa, existem opiniões diferentes sobre a definição do serviço aos
clientes.
Neste manual, o serviço ao cliente será definido como “um sistema que permite assegurar
uma ligação permanente com o cliente, desde a encomenda até à entrega, com o objectivo
de satisfazer as necessidades do cliente”.
1. O serviço pré-transacção
2. O serviço de transacção
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O serviço antes da venda pode consistir, por exemplo, em: elaborar um organização virada
para o serviço, estabelecer por escrito uma política de serviço e tornar o sistema de logística
flexível.
Muitas empresas não possuem um serviço ao clientes ao qual estes podem recorrer em
caso de reclamações ou para obter informações. Daí resulta que, muitas vezes, o cliente é
enviado de um departamento para outro sem obter uma resposta clara.
É muitas vezes necessário a uma empresa pôr por escrito a sua política de serviço de modo
a explicar os objectivos que procura atingir nesta área. Este procedimento serve tanto para
os projectos internos como para os externos. Internamente, a política de serviço deve dizer
ao pessoal quais os objectivos importantes e em que medida estes são atingidos. Quando
existem diferenças entre o serviço projectado e o serviço fornecido, é necessário efectuar
uma análise das causas e, se necessário, reformular a política de serviço.
Externamente, uma política de serviço expressa por escrito possui a vantagem de informar
os clientes acerca do que podem esperar. Assim a política de serviço integra-se na política
geral da empresa, ao mesmo nível que a política de preços, de qualidade e de vendas. A
política de serviço informa o cliente acerca do que pode esperar.
Se este quer um serviço melhor (ex.: menores tempos de espera nas entregas) deve aceitar
pagar mais. No sentido inverso, uma política de serviço posta por escrito obriga a empresa
a manter os objectivos enunciados, tal como para as especificações fornecidas acerca do
próprio produto.
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Trata-se dos elementos flutuantes que entram na realização das tarefas logísticas.
Uma empresa pode influenciar estes três elementos. Por exemplo, o tempo de transmissão
de uma encomenda pode ser substancialmente reduzido permitindo aos clientes passar as
encomendas directamente.
em JIT o período de entrega pode ser definido com uma margem de uma hora. Se as
mercadorias chegam muito cedo, pode não haver lugar para as colocar ou pessoal para as
descarregar. Se elas chegam muito tarde a produção pode parar.
Mesmo que a maioria das encomendas seja entregue à hora certa, qualquer atraso na
entrega da mercadoria pode ser um factor essencial na apreciação feita pelo consumidor
acerca da pontualidade da empresa.
No entanto, a capacidade de uma empresa para satisfazer encomendas urgentes pode ser
considerada como fazendo parte da política de serviço. Por exemplo, a empresa pode criar
um serviço expresso especial, independente da distribuição normal com vista a satisfazer os
clientes que querem um serviço de maior qualidade e que estão dispostos a pagar por isso.
Na área da electrónica e dos meios de transporte, o serviço pós venda é muito importante
na escolha do fornecedor.
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Quando, por exemplo, um cliente escolhe material informático, ele escolhe ao mesmo
tempo o serviço de assistência e a possibilidade de efectuar melhoramentos com vista a
satisfazer necessidades futuras. O preço de um computador varia assim em função dos
diferentes serviços complementares fornecidos.
É óbvio que transportar mais rápido é mais caro que transportar mais lento assim como o
custo de manutenção de stocks vai aumentando da mesma forma que a quantidade de
produtos aumenta. Assim sendo existe a constante preocupação em que as necessidades
de serviço dos clientes deva ser satisfeitas dentro de limites razoáveis de custo, ou seja, o
custo de estabelecimento de certo nível de serviço deve ser em função das vendas
potenciais para aquele serviço, de maneira a maximizar os lucros.
Os custos logísticos tendem a aumentar com taxas crescentes a medida que o nível de
serviço é elevado para patamares superiores, coforme mostra a figura seguinte. A causa é
explicada por oportunidades que oferecem melhores ganhos de serviço com menor custo
são seleccionadas primeiro. Por isso, melhorias no serviço são mais caras quando o nível
de serviço já está num patamar superior relativamente aquele em que se situa num nível
inferior.
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CUSTO E
VENDAS
RECEITAS
LUCROS
CUSTOS
LOGÍSTICOS
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EXERCÍCIOS
1. QUESTÕES
Que significa, à luz do conceito JIT, a seguinte observação: os stocks são a raiz de todo os
males?
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RESPOSTAS ÀS QUESTÕES
Financeiro
Informação
5. Depois de chegar a acordo com alguém, podemos ainda fazer sugestões mas é
necessário que o outro as aprove: a comunicação é sempre um processo de
duplo sentido.
6. Avião : controlo das encomendas
Automóvel : controlo do programa de produção
Leitor de CD : controlo do programa de produção
Batatas fritas : controlo do programa de produção
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2. CASOS DE AVALIAÇÃO
Caso nº1 - Na empresa X a unidade de gestão procura avaliar como é que a empresa pode
trabalhar mais eficazmente. Um estudo provou que a gestão dos materiais poderia ser
melhorada. Pergunta-se aos fornecedores se a partir deste momento podem entregar as
matérias primas em JIT.
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Caso nº2 - Uma fábrica de chocolate compra cacau a uma plantação no Brasil. A partir do
cacau a fábrica de chocolate confecciona o produto acabado: as barras de chocolate. De
seguida vende essas barras aos supermercados.
Caso nº3 - Uma grande livraria de Amsterdão esforça-se por ter sempre em stock vários
exemplares de todos os livros que acabaram de sair.
Certos livros não se vendem muitas vezes e portanto ela não possui vários exemplares em
stock. Só quando um cliente pede especificamente esse livro é que é feita uma encomenda
ao fornecedor.
1. Quais são os dois sistemas de controlo que são utilizados por esta livraria ?
LOGÍSTICA 31 CP
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Caso nº1
1. JIT significa mesmo a tempo (ou no momento certo). O JIT implica que as
mercadorias certas, em quantidades certas estejam no sítio certo no momento
certo.
Caso nº2
Caso nº3
2. Porque uma livraria nunca pode saber com antecedência que livros serão editados
e que sucesso estes terão. O sistema de controlo da produção só é prático para
uma empresa que só faz um produto que se mantém idêntico durante anos, como
por exemplo a cerveja.
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