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Definir sintoma Guia, estabelecer relação do sintoma guia com outras queixas, estabeleça ordem

cronológica com começo, meio e fim.

Semiologia da Febre:

➢ Início: quando, súbito ou gradual ?

➢ Intensidade: LEVE até 37,5ºC, MODERADA 37,6ºC até 38,5ºC, ALTA acima de 38,6ºC.

➢ Duração: RECENTE (menos de 7 dias), PROLONGADA (mais de 7 dias).

➢ Modo de evolução:

o Contínua: permanece sempre acima do normal com variações de até 1 grau, sem
grandes oscilações.
o Irregular ou Séptica: picos muito altos intercalados baixas temperaturas ou apirexia,
sem nenhum caráter cíclico nessas variações.
o Remitente: há hipertermia diária com variações de mais de 1 grau, sem períodos de
apirexia.
o Intermitente: a hipertermia é ciclicamente interrompida por um período de
temperatura normal. Pode ser cotidiana, terçã (um dia com febre e outro sem) ou
quartã (um dia com febre e dois sem).
o Recorrente ou Ondulante: semanas ou dias com temperatura corporal normal até
que períodos de temperatura elevada ocorram.

➢ Sintomas associados: mialgia, calafrios, extremidades frias, taquicardia, taquipneia,


náusea, vômito, convulsões, delírio, confusão mental, astenia, cefaléia, fraqueza, sudorese,
prostração, tosse seca ou produtiva, dispneia, etc.

*O término súbito é chamado de crise e apresenta sudorese profusa e prostrações.

*O término gradual é denominado de lise e apresenta uma diminuição da temperatura dia após
dia, até alcançar os níveis normais.

Semiologia da Dispneia:

➢ Início: época e hora de aparecimento. Súbito ou Insidioso.

➢ Modo de instalação: SÚBITA ou PROGRESSIVA (dispnéia de instalação súbita é


comum em processos de instalação aguda, como pneumotórax espontâneo ou embolia
pulmonar; dispnéia de instalação progressiva é característica de processos evolutivos, tais
como DPOC e fibrose pulmonar.)

➢ Fatores desencadeantes: tipos de esforços, exposições ambientais e ocupacionais,


alterações climáticas, estresse, etc.

➢ Frequência e Duração : início dos sintomas e duração das crises, número de crises e
periodicidade (ao longo do dia, semanas e meses);

Leonardo Mendes
➢ Fatores atenuantes: medicamentos, repouso, posições assumidas e relação com o
decúbito.

➢ Sintomas associados: tosse, febre, sudorese, chiado, edema, palpitações, hemoptise,


escarro, etc.

*dispneia atual: reflete as características do sintoma num momento preciso como, por exemplo,
durante ou após a corrida em esteira.
*dispneia usual: diz respeito às limitações provocadas pelo sintoma na execução de atividades do
cotidiano como, por exemplo, para subir escadas.

Semiologia do Edema:

➢ Início: quando começou, foi súbito ou insidioso?

➢ Localização e distribuição: LOCALIZADO ou GENERALIZADO.

➢ Intensidade: +/++++, ++/++++, +++/++++, ++++/++++. A intensidade do edema é dita


com base na profundidade da fóvea.

➢ Consistência: MOLE ou DURO.

*Mole é agudo, de curta duração. Duro é de longa duração que houve fibrose ou repetidos surtos
inflamatórios.

➢ Elasticidade: ELÁSTICO ou INELÁSTICO.

*Elástico retorna rapidamente ao normal, Inelástico a depressão persiste por longo tempo.

➢ Temperatura da pele circundante: NORMAL, FRIA ou ELEVADA.

*Comumente a temperatura será a mesma do corpo.

➢ Sensibilidade da pele circundante: PRESENÇA ou AUSÊNCIA DE DOR.

*Dor indica edema inflamatório.

➢ Coloração: PALIDEZ, CIANOSE, VERMELHIDÃO.

*Palidez, indica alterações da irrigação sanguínea; Cianose, indica perturbação venosa localizada;
Vermelhidão, indica RI.

➢ Textura e espessura: LISA e BRILHANTE, ESPESSA, ENRUGADA.

*Lisa e Brilhante é edema agudo; pele Espessa é edema de longa data; pele Enrugada surge
quando o edema está desaparecendo.

➢ Sintomas associados: dor, falta de ar, febre, cardiopatia, hemoptise, dispneia,


hepatomegalia, icterícia, ascite, esplenomegalia, etc.

Leonardo Mendes
Semiologia da Dor:

➢ Localização: onde? Avaliar a sensibilidade HIPOESTESIA ou HIPERESTESIA.

➢ Qualidade ou caráter: CONTÍNUA, CÓLICA, PONTADA, QUEIMAÇÃO, PULSÁTIL,


SURDA, CONSTRITIVA, PROVOCADA, MEMBRO FANTASMA, CHOQUE, CÃIBRA.

o Dor Contínua: mantém sem interrupção. Típica em pancreatite aguda.


o Dor em Cólica: sensação de torcedura. Cólica intestinal, biliar, nefrética ou menstrual.
o Dor em Pontada ou Fincada: lembra a sensação desencadeada por objeto pontiagudo.
o Dor em Queimação: lembra a sensação desencadeada por calor intenso. Dor da esofagite
e úlcera péptica.
o Dor Pulsátil ou Latejante: é pulsante. Característica de enxaqueca, abscesso ou
odontalgia.
o Dor Surda: dor contínua, imprecisa e de baixa intensidade. Dor lombar e dor em vísceras
maciças.
o Dor Constritiva: causa impressão de aperto ou constrição. Ocorre em isquemia miocárdica,
anginas e IAM.

➢ Intensidade: escala EVA de DOR 0 a 10. *EVA (Escala Analógica Visual)

➢ Duração: AGUDA, SUBAGUDA, CRÔNICA.


Aguda: dor de início súbito;
Subaguda: horas, dias ou semanas;
Crônica: duração superior a três meses;

➢ Evolução: modo de instalação SÚBITA ou INSIDIOSA, e se a dor Evoluiu (mudança de


intensidade ou do tipo de dor).

o Dor Contínua: calcula o tempo desde o início até o tempo da anamnese, já que para ser
continua, dói o tempo todo.
o Dor Intermitente: deve saber há quanto tempo começou, número de episódios e duração
de cada episódio. Uma dor que ocorre em crises e desaparecendo.
o Dor evocada: pode ser hiperalgesia ou alodínia.

➢ Irradiação: avaliar se a dor é IRRADIADA OU REFERIDA.

➢ Relação com as funções orgânicas: avaliar se a dor tem relação com os órgãos
próximos a ela.

➢ Fatores desencadeantes ou agravantes: fatores que desencadeiam ou aumentam


a dor, como alimentos, bebidas. medicamentos, esforço físico, estresse, luz, barulho.

➢ Fatores atenuantes: o que melhora a dor? Postura, repouso, medicamentos (quais e


posologia.)

➢ Manifestações concomitantes: sintomas que acompanham a dor, como, sudorese,


febre, taquicardia, palidez, mal-estar, náusea, vômito, HAS, diabetes, etc.
Leonardo Mendes

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