Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Módulo 1
1. HISTÓRIA DA PSICOLOGIA DAS ORGANIZAÇÕES (PO): EMERGÊNCIA &
DESENVOLVIMENTO
O termo "Psicologia Organizacional" emergiu nos anos 60 do séc. XX (nos EUA) devido
desejo de mudança face à visão microscópica centrada no comportamento individual do
trabalhador na situação de trabalho.
Olhar apenas para o indivíduo no trabalho era uma visão redutora e incompleta do
comportamento humano no trabalho:
Para se estudar as organizações, os grupos e os indivíduos é preciso não só estudar os
indivíduos, como os grupos e as organizações e as múltiplas relações que se estabelecem
entre eles.
1
Psicologia das Organizações I
• Industrielle Psychotechnik
Psicologia Industrial Americana desenvolveu-se numa perspetiva diferencial, com a
aplicação de testes por autores como: Galton e Cattell.
Psicólogos intervinham no meio industrial como consultores, utilizando as suas técnicas
– testes e entrevistas – de forma a responderem aos pedidos dos clientes: empresas
industriais, exército (foco na seleção de pessoal - escolha do indivíduo para dada função).
A sua intervenção seguia uma lógica de mercado, os psicólogos industriais faziam aquilo
que as empresas-clientes solicitavam: aplicação de conhecimentos psicológicos à
indústria para escolher os melhores trabalhadores ou os que + se adequavam ao perfil do
trabalho a realizar.
No contexto americano - questões mais ligadas à organização do trabalho eram domínio
dos engenheiros, e não dos psicólogos.
Marcos históricos:
1973: American Psychological Association (Divisão 14) com a designação Psicologia
Industrial e Organizacional (EUA) antes:
• IBP (Industrial and Business Psychology) até 1962;
• IP (Industrial Psychology) até 1973.
1982: I/O Psychology|POTRH: representada na APA pela Society of Industrial &
Organizational Psychology (SIOP) que também representa a área na American
Psychological Society (sociedade de cariz + científico).
A afirmação da designação "Psicologia Industrial e Organizacional", usada nos USA,
ocorre em 1973, no âmbito da APA e da sua Divisão 14*, e que hoje é representada pela
Society of Industrial and Organizational Psychology (SIOP) que, representa a área da
POTRH na APA (esta de cariz + científico).
*Uma Divisão existente desde 1945 – data de fundação da APA – e que assumia a
designação de Industrial and Business Psychology (até 62) e de Industrial Psychology (entre
62 e 73).
Na Inglaterra:
A Psicologia Industrial Inglesa é marcada pelo desenvolvimento de instituições ligadas à
Universidade, tinha preocupações ao nível:
• da investigação fundamental
• da resolução de problemas (ex: Psicologia ligada à Fisiologia)
• problemas sociais existentes no contexto da 1ª Guerra Mundial – como era o
caso da necessidade de aumentar a produtividade durante este período muito
conturbado.
Surgem organizações/associações:
• Health of Munitions Workers Committee (1915-17),
2
Psicologia das Organizações I
Na Europa
Década de 80 (Séc. XX): surge uma rede de profissionais da área, de diversas
Universidades Europeias, a ENOP (European Network of Occupational Psychologists) que
cria a Associação Europeia de Psicologia do Trabalho e das Organizações (EAWOP) que
adota a expressão "Psicologia do Trabalho e das Organizações" (WOP)), havendo
atualmente uma tendência cada vez maior para o termo POTRH (WOP-P)
No contexto inglês, a designação "Psicologia Ocupacional" ainda subsiste. Na França a
"Psicologia do Trabalho", a "Psicologia das Organizações" e a "Psicossociologia" existem,
contudo, outras diferenças em diferentes países.
Em Portugal, durante muito tempo a expressão mais utilizadas eram a Psicologia do
Trabalho ou a Psicossociologia das Organizações (designações francófonas), e depois a
Psicologia das Organizações (designação com origem mais anglo-saxónica).
3
Psicologia das Organizações I
*As diferentes denominações utilizadas (e que não são indiferentes, nem equivalentes)
para referir esta área, assim como as diferentes orientações teóricas e metodológicas que
no seu interior coexistem, relacionam-se com as razões pelas quais estes problemas de
identidade surgem.
4
Psicologia das Organizações I
5
Psicologia das Organizações I
Acentua-se:
a) numa abordagem grupal: a liderança em especial
b) uma abordagem que articule o nível individual e organizacional: sobre como
satisfazer as necessidades dos indivíduos, procurando articular objetivos individuais com
os objetivos organizacionais, e como desenvolver todo o potencial do indivíduo no
trabalho.
Apesar algumas noções da Psicologia Geral terem sido adotadas, a maior parte dos
desenvolvimentos foram iniciados por solicitações da indústria e pela aplicação de noções
de outros ramos da ciência.
6
Psicologia das Organizações I
Definição de PO
7
Psicologia das Organizações I
Objeto de estudo:
▪ organizações e o ato de organizar;
▪ comportamento das/nas organizações (nos seus diversos níveis).
▪ A Psicologia das Organizações é uma área da psicologia que faz das organizações e
da ação de organizar, o seu objeto de estudo/intervenção.
Objetivo da PO:
8
Psicologia das Organizações I
Psicólogo das organizações → profissional que procura uma articulação entre o bem-
estar e os objetivos pessoais com as metas organizacionais
Missão → é a integração do indivíduo, nos grupos e na organização; é o de
“facilitador/mediador” entre os indivíduos e/grupos/organizações.
Abordagem Sistémica
As organizações enquanto sistemas: a divisão do trabalho fraciona o sistema organizacional
em subsistemas.
Para atingir os seus objetivos, uma empresa pode dividir-se em setores (departamentos,
secções, serviços), que cobrem grandes funções (produção, vendas, marketing, recursos
humanos, finanças, administração).
Estes subsistemas, à medida que descemos na estrutura piramidal incluem subsistemas
mais numerosos, mas de dimensões + reduzidas: equipas de trabalho numa fábrica,
equipa de cuidados num hospital, turma numa escola – e que têm em comum serem
Grupos/Equipas
Subsistemas que estão interrelacionados e são interdependentes.
Abordagem Contingencial
9
Psicologia das Organizações I
10
Psicologia das Organizações I
• liderança
• delegação
• cooperação
• participação
Analisa de problemas – motivação, satisfação, relações interpessoais e intergrupais,
gestão de emoções, conciliação T-F
11
Psicologia das Organizações I
• Recrutamento e seleção
• Avaliação de desempenho,
12
Psicologia das Organizações I
13
Psicologia das Organizações I
SWOT: é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou análise de
ambiente), sendo usada para gestão e planeamento estratégico de uma organização,
mas podendo, devido a sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de análise de
cenário, desde a criação de um blog à gestão de uma multinacional.
14
Psicologia das Organizações I
Diagnosticar
Obter dados, de indivíduos/grupos/organizações ou de situações, através de vários
métodos (observação, questionários, escalas, testes, entrevista, análise documental…).
Intervir
Qualquer atividade que o psicólogo leve a cabo com o objetivo de promover
respostas de um indivíduo, grupo ou organização (técnicas: análise SWOT, MBO,
Teambuilding, enriquecimento de tarefas.)
Avaliar
Para além de uma avaliação contínua, devem comparar-se os resultados obtidos com
os objetivos e finalidades especificados nas fases de Análise das
necessidades/problemas e de Formulação de soluções.
O objetivo da avaliação é responder às questões:
- Qual foi o resultado obtido?
- Qual era o resultado esperado?
- Estes são semelhantes?
- Se não, porquê?
16
Psicologia das Organizações I
17
Psicologia das Organizações I
Exemplos de Missão
- “Produzir automóveis que as pessoas desejam comprar e tenham orgulho de…”
- “Solucionar problemas de forma inovadora”
- “Comercializar produtos e serviços que promovam o Bem-Estar/Estar Bem.”
Visão
• Define o que a organização pretende ser, qual a direção que quer tomar (de
futuro).
Exemplos de Visão:
- “Ser a empresa que melhor entende e satisfaz globalmente as necessidades de
produto, serviço e autorrealização da mulher”
- “Criar uma empresa líder onde as pessoas tenham orgulho e prazer de trabalhar”
- “Experimentar o prazer de avançar e aplicar tecnologia para o benefício das pessoas”
Valores
• Pressupostos fundamentais, convicções dominantes, crenças básicas.
19
Psicologia das Organizações I
20
Psicologia das Organizações I
2 – Departamentalização
Base em que as funções numa organização são agrupadas para coordenar tarefas.
Agrupamentos frequentes:
• Função (tipo)
• Produto (ou serviço)
• Área geográfica
• Processo (tipo)
• Cliente (tipo)
Vantagens:
✓ Permite economia pela utilização máxima de máquinas e produção em massa.
21
Psicologia das Organizações I
22
Psicologia das Organizações I
23
Psicologia das Organizações I
Desvantagens:
✓ Possibilidade de perda de visão global do processo.
24
Psicologia das Organizações I
✓ Aumenta motivação;
✓ Melhores decisões;
Perigos da Delegação:
✓ Perda de controlo se o feedback não for apropriado;
25
Psicologia das Organizações I
• aumentam flexibilidade
4. Centralização e Descentralização
Centralização
Grau em que tomada de decisão estão concentradas num único ponto (da estrutura)
na organização.
Refere-se ao "locus" de autoridade na tomada de decisão nas organizações. Se as
decisões são tomadas no topo - organização muito centralizada.
Descentralização
Grau em que as decisões são distribuídas (delegadas) por diferentes pontos (da
estrutura) na organização.
Serve para resolver problemas + depressa (rápida tomada de decisão) e obter maior
contribuição e envolvimento dos trabalhadores em relação às metas organizacionais.
5. Formalização
26
Psicologia das Organizações I
1. Estrutura Simples
Forças Fraquezas
Ambiguidade mínima
• Centralizada
• Centralizada
Forças Fraquezas
Eficiente em actividades Regras estimulam conflitos e
estandardizadas ineficácia
27
Psicologia das Organizações I
3. Estrutura Matriarcal
Linhas duplas de autoridade, combinando departamentalização funcional e por
produto.
Forças Fraquezas
- Aptidão para inovar, responder à mudança e
estimular a articulação entre diversos - Ambiguidades quanto ao nível de autoridade e
especialistas responsabilidade (quebra o conceito de unidade
de comando)
- Facilita a coordenação de atividades
complexas e interdependentes
Algumas implicações comportamentais:
28
Psicologia das Organizações I
Modelo Orgânico
• Estruturas flexível (baixa formalização)
• Baixa formalização, polivalência de funções
• Descentralização das decisões
• Elevada amplitude de controlo
• Forte confiança nas interações pessoais.
Exemplos: estrutura simples, estrutura matricial.
29
Psicologia das Organizações I
Módulo 2
Outra forma de conceber comunicação - Escola de Palo Alto/California – Paul
Watzlawick (1921-2007); Gregory Bateson (1904-1980)
Comunicar é inerente à existência humana, é o fundamento existencial da relação
humana.
• O homem age comunicando
30
Psicologia das Organizações I
Comunicar é inevitável, contínuo e universal (seja qual for o modo como o fazemos,
veiculamos sempre uma mensagem, mesmo que não estejamos conscientes disso).
31
Psicologia das Organizações I
32
Psicologia das Organizações I
▪ Saturação de informação
▪ Centrar-se na descrição/factos
33
Psicologia das Organizações I
Escuta Ativa - Capacidade para ajudar o emissor a transmitir aquilo que realmente
pretende.
▪ Não falar em excesso
▪ Ser simpático
▪ Estabelecer contacto visual
▪ Usar linguagem não verbal adequada
▪ Estar ativo e focado
▪ Perguntar
▪ Evitar ações ou gestos distratores
▪ Parafrasear e reformular
▪ Evitar interromper
▪ Sensibilização aos sinais verbais e não verbais e maior confiança entre emissor
e recetor
34
Psicologia das Organizações I
1.5. Comportamentos
Verbais ou não verbais. Expressam atitudes, valores e crenças. Comportamento gera
comportamento.
São uma “arma” relacional que pode ser mais, ou menos, eficaz. Produzem sempre
resultados/impacto nos outros e desencadeiam comportamentos.
I. Comportamento PASSIVO
Atitude Geral
• Evitamento de pessoas/situações geradoras de ansiedade.
Comportamentos Particulares
35
Psicologia das Organizações I
Expressões de suporte
▪ “é preciso saber ceder”
Em Grupo
▪ Bloqueio e falta de iniciativa e de participação
▪ Adaptabilidade
Efeitos da Passividade
Nos outros No próprio
Pena Frustração
Exploração Angústia/Depressão
Irritação Perda de autoestima
Indiferença Autocomiseração
Evitamento Revolta/Agressividade
36
Psicologia das Organizações I
Comportamentos Particulares
▪ Autoritarismo, coerção
▪ Intolerância, hostilidade a priori
▪ Contestação sistemática
▪ Presença ruidosa e interrupções sistemáticas
▪ Participação descontrolada
Em grupo:
▪ Autoritarismo, frieza, menosprezo e intolerância (quando superior)
37
Psicologia das Organizações I
Comportamentos Particulares
▪ Exploração astuciosa
▪ Mudança de opinião em função dos seus objetivos
▪ Comunicação indireta e participação reduzida
▪ Sedução, dissimulação, encenação, conspiração
▪ Ameaça, lisonja
Em grupo
▪ Relações estratégicas
Efeitos da manipulação
Nos outros No próprio
Sentimento de culpa / exploração Sentimento de poder
Desconfiança / Agressividade/ Cólera Frustração
Indiferença / Evitamento Isolamento/Solidão
38
Psicologia das Organizações I
Comportamentos particulares
• À vontade em situações de face a face (expressão calma, honesta, construtiva
e apropriada)
Em grupo
• Postura distendida e cordial
39
Psicologia das Organizações I
40
Psicologia das Organizações I
41
Psicologia das Organizações I
• Criatividade
• Formação de subgrupos
42
Psicologia das Organizações I
Importa que diferentes estruturas sejam definidas para diferentes tipos de tarefa.
2.2. Comunicação em grupo e outras variáveis de grupo
Competição intragrupal – tende a bloquear a circulação de informação.
Dimensão – Grupos maiores:
• Reduzem o tempo de uso da palavra para cada um dos seus membros →
menor participação
43
Psicologia das Organizações I
Contribui para a realização das atividades, a Contribui para satisfazer necessidades de interação
operacionalização da estratégia e a social.
prossecução dos objetivos da organização.
Pode melhorar o desempenho através de canais +
rápidos e eficazes (como também pode perturbar o
desempenho).
44
Psicologia das Organizações I
• Vertical Ascendente
• Lateral/Horizontal e Diagonal
• Serpenteante
1. Fluxo Descendente
A informação segue a linha hierárquica do topo estratégico até ao centro operacional.
A nível geral, o objetivo é informar sobre:
• Cultura, missão, visão
• Práticas e políticas
• Instruções de trabalho
• Reuniões de informação.
Para além dos canais formais, nas redes informais também circulam valores e
pressupostos:
• Atenção e Uso aos canais informais
45
Psicologia das Organizações I
• Possibilita ter info sobre resultados (dá inputs para tomada de decisão).
46
Psicologia das Organizações I
• Entrevistas de saída
3. Fluxo Lateral
Refere-se à troca de informação que ocorre entre departamentos e funções distintas
do mesmo nível hierárquico (horizontal) ou que cruza diferentes áreas e níveis
(diagonal).
Funções:
• Coordenar, planear e executar atividades.
• Competição.
47
Psicologia das Organizações I
• + veloz.
Características
• Informal, não controlado pela gestão (de difícil controle/combate/gestão).
48
Psicologia das Organizações I
3.1. Rumores
Rumores: mudanças de pessoal, segurança no trabalho, reputação da organização.
Sugestões para reduzir as consequências negativas de Rumores (prevenilos ou
“neutralizá-los”)
• Comunicação aberta e honesta com os colaboradores.
• Não recear enfatizar o lado negativo das decisões atuais e planos futuros.
49
Psicologia das Organizações I
Módulo 3
1. Motivação
Como definir?
- O que nos move a fazer, ou não, algo (Gredler, Broussard e Garrison, 2004)
- Esboço ou esquema de ação sujeito-mundo (Abreu, 1999)
- Motivação refere-se às razões que baseiam um comportamento (Guay et al., 2010)
Motivação é tida como algo que nos move, e razoes que baseia um comportamento e
não outro.
A motivação está relacionada com:
- com aquilo que leva uma pessoa a efetuar certa atividade (ativação)
- com o que leva a escolher entre uma e outra ação (direção)
- com a intensidade com que o faz (nível de esforço)
- durante quanto tempo (persistência ou duração)
50
Psicologia das Organizações I
Distinção entre motivação e satisfação que é possível fazer - as pessoas motivadas são
mais persistentes para contribuir para o coletivo. As pessoas satisfeitas estão bem,
não significa que estejam motivadas para atingir o objetivo, apenas estão bem com as
condições e com o que o contexto lhe dá.
Motivação mais ligada ao desempenho, satisfação está relacionada com a vontade de
ficar ou sair de um contexto.
Motivação – relaciona-se com o desempenho individual, o qual se reflete na
produtividade organizacional. Remete para o futuro.
Satisfação – relaciona-se com os sentimentos que cada um experiencia com o seu
trabalho. Remete para experiências de trabalho passadas ou presentes.
Satisfação pode levar a mais motivação (ex: ser promovida dá-me satisfação e posso
ser mais produtiva). Mas uma pessoa satisfeita tbm pode não ser motivada.
51
Psicologia das Organizações I
• Goal-setting theory
52
Psicologia das Organizações I
Como motivação no trabalho (resposta a verde) pode ser mantida satisfazendo todas
as necessidades?:
Contribuições de Maslow:
Ideia inovadora: motivar = criar oportunidades d, no seu trabalho, satisfazer
necessidades não realizadas.
Os indivíduos são plurimotivados (não conseguimos motivar pessoas só com dinheiro
ou com a segurança, pq as pessoas têm varias necessidades)
É uma teoria simples (não é o mesmo que simplista), de fácil interiorização, que
permite a definição de estratégias de motivação no trabalho, que correspondem às
necessidades mais elevados os trabalhadores.
Nota: esta teoria não foi criada para o mundo do trabalho. foi depois aplicada para
isto.
Limitações
Tem um frágil suporte empírico – os estudos que existem não suportam a ideia da
pirâmide como nós a conhecemos (de que é noção universalista que todos nós temos
aquela hierarquia de necessidades)
Os 5 níveis das necessidades e sequencia da sua satisfação tem recebido fortes criticas:
53
Psicologia das Organizações I
• Uma necessidade de nível mais elevado frustrada pode fazer regredir para
níveis mais baixos (dimensão frustração-regressão)
54
Psicologia das Organizações I
Combinações possíveis
55
Psicologia das Organizações I
56
Psicologia das Organizações I
• Abrir canais de feedback (que deve ser dado com frequência para reforça no
momento os comportamentos positivos)
Ajuda-nos a perceber como motivar mais as pessoas. O que tem de diferente: não é
universalista. É um modelo que tem uma variavel que somos nós, que modera tudo
isto. Põe o sujeito na equação.
Esta teoria traz, além de ser conhecida ainda hoje na literatura e ser um modelo que
recebe muitas evidencias empíricas, realça a importância das diferenças individuais
(não é universalista, ao contrário dos outros).
É um upgrade do modelo de Herzberg – o trabalho é um forte motivador das pessoas
(características na função podem ser importantes para motivar).
Contudo, as características das tarefas não afetam da mesma forma todas as pessoas.
Depende da “força das necessidades de crescimento” do sujeito.
Propõem que as características das tarefas não afetam da mesma forma todas, pois
depende da força das necessidades de crescimento de cada sujeito (há pessoas que
têm necessidade de crescer no trabalho outras não, veem apenas o trabalho como um
meio para atingir um fim).
Nota: neste modelo, as características das tarefas é o que motiva as pessoas, mas não
afetam da mesma forma todas as pessoas. Isso dependem do quanto eu sinto que
quero crescer no mundo trabalho. Depende das minhas necessidades de crescimento.
57
Psicologia das Organizações I
A característica do trabalho não tem influencia direta nos resultados. É através dos
estados psicológicos que criam nas pessoas que os estados positivos se refletem nos
resultados.
Os indivíduos devem perceber que o seu trabalho possui sentido, mas para
compreender isto cognitivamente, as tarefas que realizam devem ter 3 características
principais: variedade, identidade e significado.
Variedade - não devem ser tarefas rotineiras e simples, devem requerer à pessoa
diferentes skills.
Identidade – é a pessoa que esta a fazer certo trabalho perceber qual é o inicio do
processo de trabalho, e o seu fim. Para compreender o contexto do trabalho e
perceber a que e que se destina – dá identidade à tarefa.
Ex: dizer a pessoas para fazer um relatório. Ex2: “faz este relatório, que tem como
objetivo X, necessitas da papelada Y, isto vai servir para Z” - aqui conferiu-se
identidade à tarefa.
Significado – significado da tarefa. É perceber que o meu trabalho é importante para
os outros.
Há ainda 2 características importantes: a autonomia e o feedback.
O Feedback - ao ter feedback leva a pessoa a ter uma capacidade de regular
internamente como faz o seu trabalho.
58
Psicologia das Organizações I
59
Psicologia das Organizações I
• Ex: eu e a minha colegas esforçamo-nos o mesmo para um exame, mas ela tira
melhor nota que eu
Rácio – entre o que eu dou (input) e com o que os outros dão e recebem (outputs)
60
Psicologia das Organizações I
61
Psicologia das Organizações I
É uma teoria cognitiva segundo a qual cada pessoa é um decisor racional na questão
da quantidade de esforço que despende na situação de trabalho para obter as
recompensas desejadas.
A motivação apoia-se na antecipação dos acontecimentos futuros.
Os indivíduos empenham-se para realizar atividades se esperarem que os resultados
da sua ação permitem atingir os objetivos desejados
• Quanto mais forte a carga atrativa (valência)
• Quanto mais forte for a expectativa de que uma ação conduz a um resultado
• Quanto mais forte for a ligação entre dois resultados de níveis diferentes
62
Psicologia das Organizações I
63
Psicologia das Organizações I
2.1. Atitude
Forte tendência para sentir, percecionar, avaliar e comportar-se de um determinado
modo, relativamente a objetos, pessoas ou situações.
As atitudes tendem a persistir, a não ser que algo seja feito para as alterar.
As atitudes são constituídas por 3 componentes:
1. informacional - a informação e as convicções que se têm acerca de algo, podendo
estas corresponder ou não à realidade;
2. emocional - as emoções sentidas acerca de algo, que podem ser positivas, negativas
ou neutras;
3. comportamental - tendência para adotar comportamento face a uma situação
específica.
64
Psicologia das Organizações I
Expressão da insatisfação
2.3. Satisfação
Desempenho:
• Resultados inconsistentes - Relação positiva
Absentismo:
• Relação negativa e consistente, mas moderada.
Turnover:
• Relação negativa, consistente, e um pouco superior
65
Psicologia das Organizações I
Burnout:
• Relação positiva entre níveis elevados de satisfação e saúde psicológica, assim
como física.
66
Psicologia das Organizações I
67