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DISSEMINADA (CIVD)
SUMÁRIO
1. Definição........................................................................ 3
2. Fisiopatologia............................................................... 3
3. Quadro Clínico.............................................................. 6
4. Diagnóstico................................................................... 8
5. Tratamento..................................................................10
Referências Bibliograficas..........................................13
COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR DISSEMINADA (CIVD) 3
DOENÇA
DE BASE
GERAÇÃO
DESCONTROLADA
DE TROMBINA
PERMEABILIDADE FIBRINÓLISE
PDF, D-dímeros
VASCULAR SECUNDÁRIA
SANGRAMENTO DIFUSO
COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR DISSEMINADA (CIVD) 6
Figura 2. Gangrena periférica com edema e cianose da pele do pé. Fonte: HOFFBRAND, A. Victor. Fundamentos em
hematologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
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4. DIAGNÓSTICO
CONCEITO! Esquizócitos são defini-
O diagnóstico de CIVD deve ser con- dos como eritrócitos fragmentados, com
siderado em qualquer paciente que morfologia irregular ou nas formas de
apresente sangramentos em mais de capacete, de mordida ou triângulo. São
comumente encontrados no esfrega-
um sítio e/ou tromboses, e que simul- ço de sangue periférico no contexto de
taneamente tenha uma doença de hemólise.
base em que a ativação desregulada
da coagulação possa ocorrer. Mais do
Um aspecto importante que deve ser
que se apegar as listas de doenças
considerado é a apresentação dinâ-
associadas a CIVD já publicadas, o
mica do quadro clínico e laboratorial
médico deve compreender os meca-
em um paciente com CIVD. As mani-
nismos fisiopatológicos desencade-
festações clínicas e laboratoriais são
antes da CIVD a fim de ser capaz de
determinadas por duas variáveis rela-
associar um quadro clínico variável e
cionadas ao mecanismo responsável
inespecífico a condições tão hetero-
pela ativação desregulada da coagu-
gêneas quanto alguns exemplos des-
lação. São elas: a velocidade de insta-
critos na tabela 1.
lação e a extensão do processo.
Após o reconhecimento que um pa-
No paciente com CIVD aguda em
ciente com sangramentos, tromboses
que a ativação da coagulação ocorre
ou concomitância de ambos é por-
de forma rápida, maciça e persisten-
tador de uma condição como poten-
te, as manifestações hemorrágicas
cialmente associada à CIVD, a con-
tendem a prevalecer sobre as trom-
firmação diagnóstica pode ser feita
bóticas, e o laboratório mostrará au-
por achados relativamente simples.
mento do TP, TTPa, TT e D-dímeros,
Os dados laboratoriais comumente
associado a diminuição da contagem
observados são o prolongamento do
de plaquetas e do fibrinogênio.
Tempo de Protrombina (TP), Tem-
po de Tromboplastina Parcial ati- No paciente com CIVD crônica, com
vada (TTPa) e Tempo de Trombina uma neoplasia oculta por exemplo,
(TT). Também pode ser observado pode haver apenas fenômenos trom-
consumo progressivo dos níveis de bóticos de repetição, com alterações
fibrinogênio, plaquetopenia progres- mínimas ou mesmo ausentes do TP,
siva, presença de esquizócitos no TTPa e TT. Para esse tipo de paciente,
esfregaço de sangue periférico e au- apenas o reconhecimento da possibi-
mento dos produtos de degradação lidade de uma neoplasia oculta como
de fibrina/fibrinogênio (PDFs) ou de mecanismo para uma CIVD crônica,
D-dímeros. que cursa como elevação importante
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O PACIENTE
POSSUI DOENÇA
ASSOCIADA
A CIVD?
NÃO SIM
SOLICITAR EXAMES DE
NÃO PROSSEGUIR CONTAGEM DE PLAQUETAS,
TP, FIBRINOGÊNIO, PDF
PONTUAÇÃO 0 1 2 3
MODERADO
PDF (D-dímero) NORMAL GRANDE AUMENTO
AUMENTO
DEPOSIÇÃO
SEPSE INSUF. HEPÁTICA INTRAVASCULAR DE
GRAVE PLAQUETAS
FIBRINA
PDF/D-dímero
IMCOMPATIBILIDADE PANCREATITE
ABO ATIVAÇÃO TP
DESRREGULADA DA SANGRAMENTO
SIND. DA LISE COAGULAÇÃO FIBRINOGÊNIO
TRAUMA TUMORAL
DIAGNÓSTICO CLÍNICO/ TROMBOSE + ALTERAÇÕES
EMBOLIA DE LÍQUIDO LABORATORIAL
AMNIÓTICO ATIVAÇÃO DA HEMOSTASIA
POR RESPOSTA SÍNDROME DOENÇA DE BASE
INFLAMATÓRIA SISTÊMICA CLÍNICO-PATOLÓGICA
DPP
CONTROLE DA
DOENÇA DE BASE
PRÉ-ECLÂMPSIA
DESENCADEADA POR
TRATAMENTO TERAPIA DE SUPORTE
TUMORES DOENÇA DE BASE
VASCULARES CIVD HEPARINA*
EMBOLIA GORDUROSA
AGUDA CRÔNICA CONCENTRADO
DE ANTITROMBINA/
NEOPLASIAS PROTEÍNA C
RECOMBINANTE
MANIFESTAÇÕES MANIFESTAÇÕES
EXPOSIÇÃO DA CORRENTE HEMOMRRÁGICAS SUBAGUDA TROMBÓTICAS TRANSFUSÃO DE
SANGUÍNEA A PRÓ-COAGULANTES HEMOCOMPONENTES
PETÉQUIAS LESÃO ISQUÊMICA PLASMA FRESCO
CONSUMO CONGELADO
DE PLAQUETAS DOS TECIDOS
GERAÇÃO DES-
CONTROLADA E FATORES DE EQUIMOSES CONCENTRADO
DE TROMBINA COAGULAÇÃO GANGRENAS PELE DE PLAQUETAS
PDF, D-dímeros EPISTAXES
PULMÕES INTESTINOS NECROSE DE
PERMEABILIDADE INTESTINOS
VASCULAR GENGIVORRAGIAS
NECROSE FÍGADO SUPRARRENAIS SÍND WATERHOUSE-
DEPÓSITOS FIBRINÓLISE HEPÁTICA FRIEDERICHSEN
DE FIBRINA NA SECUNDÁRIA HEMATÚRIAS
MICROCIRCU- CÉREBRO RIM NECROSE
LAÇÃO TROMBOS/ TUBULAR RENAL
MICROTROMBOS HEMORRAGIAS
CEREBRAIS
LESÃO DAS CONVULSÕES COMA PARALISIAS
HEMÁCIAS E LESÃO ISQUÊMICA
HEMÓLISE DOS TECIDOS
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFICAS
ZAGO, Marco Antônio; FALCÃO, Roberto Passetto; PASQUINI, Ricardo. Tratado de hema-
tologia. São Paulo: Atheneu, 2013.
HOFFBRAND, A. Victor. Fundamentos em hematologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
LORENZI, Therezinha F. Manual de hematologia: propedêutica e clínica. 4. ed. Rio de Janei-
ro: Guanabara Koogan, MEDSI, 2006.
KASPER, Dennis L. et al. Medicina interna de Harrison. 19. ed. Porto Alegre: AMGH, 2017.
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