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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

FILOSOFIA – VESPERTINO 2021

FICHAMENTO SINTÉTICO - (Utilitarismo, cap. 5)

Stuart Mill

Professora: Alex Moura e Caetano Plastino

Disciplina: FLF0114 –Filosofia Geral

Aluno: Luiz Fellipe Cruz Pimenta

Número USP: 12686641


Qual o problema central do texto?

Mill está empenhado em investigar se a realidade que envolve o sentimento de


justiça precisa de uma revelação especial por parte da natureza, que faz distinção do que
são ações justas e injustas irrestritamente, ou se esse [sentimento] é somente um
apanhado de qualidades. Se um conjunto de qualidades ou atributos está presente na
caracterização do que é justo ou injusto, é apropriado investigar se este conjunto de
atributos seria capaz de gerar um sentimento de caráter e de intensidade particulares,
como no caso da justiça.

Qual a tese proposta pelo autor?

O conceito de justiça, segundo Mill, não deriva de uma realidade estática. É


entendido por Justiça o nome de certas categorias de regras morais, essas regras estão
diretamente relacionadas aos aspectos básicos do bem-estar humano e, portanto, têm
obrigações mais absolutas do que quaisquer outras regras de vida. Nesse sentido, justiça
é um termo para certos requisitos morais que, em conjunto, têm uma classificação mais
elevada na escala de utilidade do que qualquer outro. Pondera-se, entretanto, que podem
haver certos casos em que outro dever social é imposto de forma a anular as máximas
gerais de justiça.

Qual a argumentação oferecida pelo autor para sustentar a tese?

Ao decorrer do texto, o autor irá trazer à mesa algumas concepções de justiça de


acordo com algumas áreas do saber, como a história, filosofia e etimologia. A
diversidade de propostas evidencia que não há consenso entre aqueles que tentaram e
tentam defini-la.

Logo após fazer um apanhado de casos onde a justiça é aplicada, o filósofo busca,
então, determinar os elementos comuns de cada caso para formar sua composição. A
partir disso, conclui-se dois elementos pertinentes à formação do sentimento de justiça:
o desejo de castigar aquele a quem se julga responsável pelo dano e a convicção de que
há algum ou alguns indivíduos que sofreram danos.

Por fim, cabe destacar a distinção ou a superioridade do que é justo sobre o que é
confortável, permitindo uma exceção apenas nos casos em que conflite com o que é
confortável para a sociedade.

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